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Mediunidade Desperdiçada

Publicado em 11/12/2014


Mediunidade Desperdiçada

O conceito geral no Espiritismo é que todos somos médiuns. Uns mais, outros menos sensíveis. Aqueles que têm a mediunidade aflorada, isto é que é ostensiva, sofre perturbações de toda ordem. Isto porque a maioria dos espíritos à nossa volta, devido aos pensamentos, atos e atitudes mundanos, é atrasada. Não perturbam por maldade, mas por diversão. Os espíritos brincalhões têm permissão para fazer suas estripulias, porque o médium necessita de um chamamento. Se ele procurar um local ou pessoa entendida, que o oriente, tem um bom princípio. Estuda, educa a mediunidade e assim passa a ser um intermediário em benefício dos espíritos necessitados. É coisa simples, mas como muita gente desconhece, torna-se complicado.

Se a pessoa ou seus familiares têm idéia preconcebida contra o Espiritismo segue caminhos tortuosos. Passa a percorrer consultórios, variando de médicos até chegar a um psiquiatra. Se este é de mente aberta até pode aceitar o fato da perturbação espiritual. Caso contrário, se a mediunidade é de vidência ou de audição, aplica a medicação dita heróica, isto é, forte bastante para acabar com a alucinação. Isto geralmente acontece com pessoas praticantes de religiões avessas à idéia da comunicabilidade entre vivos e mortos. Outras também não procuram o caminho certo por preconceito social ao notar que a maioria dos espíritas tem vida simples e despojada. Enfim, há várias circunstâncias em que a pessoa passa a vida toda sofrendo sem necessidade, pois a continuidade de atuação espiritual, lúdica ou maldosa, acaba por prejudicar o corpo físico do médium.

Quando na espiritualidade, entre uma e outra reencarnação, nós escolhemos tanto o corpo físico, que nos proporcionará avanços na evolução, quanto as tarefas. Uma destas é a da mediunidade, missão que a pessoa escolheu por vários motivos e que se apresenta em um determinado momento da existência. Se a pessoa a exercer com boa vontade e desprendimento, avança rumo à perfeição. Caso não aceite pegar a tarefa que programou, sofre. O que seria uma bênção passa a ser um martírio. A vida passa, a velhice vai chegando e o tempo foi perdido. Pode-se objetar que os médiuns produtivos também sofrem principalmente incompreensões. Nesse caso, é porque têm o que resgatar e defeitos a extirpar, como por exemplo, orgulho e vaidade, milenarmente impregnados em seu psiquismo. Terá que se fazer humilde para ter boas companhias do Além. Caso contrário pode receber espíritos incentivadores do orgulho, caindo na autofascinação. Daí por diante não aceita corretivo, pois sempre dirá que o "guia" está dizendo o contrário do que seu orientador encarnado diz. Foge dos ensinamentos da Doutrina e do Evangelho.

Como a mediunidade, geralmente, tem início na juventude, se a pessoa não exercê-la passará a vida com achaques. Depois da idade avançada não há mais como iniciar no trabalho, pois as próprias condições do corpo físico determinam limitações. Passou a vida sem realizar o que prometeu. Terá que reprogramar para outra encarnação, geralmente, com mais dificuldades que esta desperdiçada. Quem apresentar mediunidade procure, pois, um Centro Espírita, cuide dessa bênção com amor e dedicação. A vida será mais branda e terá amigos espirituais que o auxiliarão nas vicissitudes que surgirem. Estamos sempre envolvidos pela Divindade. Façamos por sentir Sua presença..

Por Julio Capilé




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