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Falanges na Umbanda

Publicado em 13/01/2019


Falanges na Umbanda

Para entender o significado da palavra "falange", basta olharmos no dicionário, o qual diz que falange é o mesmo que legião, agrupamento de tropas organizadas. Visto isso podemos dizer que as falanges na Umbanda são agrupamentos de espíritos, sistematicamente organizados pela cúpula criadora da Umbanda Astral. Podemos dizer que dentro das falanges da Umbanda, existem hierarquias referentes a tipos vibracionais, áreas de atuação do espírito, grau evolutivo, experiência adquirida, dentre outros, cabe ainda salientar que essa organização espiritual não é de feitio somente da Umbanda, e sim de toda a espiritualidade, que do lado de lá trabalham como um todo, cada um em suas especialidades.

Como nosso objetivo principal é tratar da espiritualidade perante a Umbanda, cabe informar que as falanges que aparecem na nossa morada do Pai são atribuídas as linhas de trabalho existentes e também aos Orixás. Não podemos confundir por exemplo, a Linha de Pretos Velhos com Falange de Pretos Velhos, ou seja, a Linha de trabalho é referente ao grau alcançado pela evolução do espírito, que nela pode exercer a sua especialidade, onde esta especialidade é especificada dentro das falanges, por exemplo, um espírito que trabalha na Linha de Pretos Velhos e tem grande conhecimento em magia e quebra de feitiços poderá vir a trabalhar na Falange do Preto Velho Rei Congo, se apresentando como tal.

Algumas falanges (lembrando que não são todas deste modo), são criadas através do merecimento de certos espíritos, que após desempenhar muitos e muitos anos seu trabalho em outras falanges, só que com uma peculiaridade própria, a espiritualidade proporciona o presente e uma função de maior responsabilidade para este espírito, criando assim uma falange que estará sobre os seus cuidados e responsabilidades. Nesta falange se encontrarão assim, espíritos que se assemelham as funções e vibrações desta falange. Lembrando que para o espírito receber esta dádiva ele já possui extensa bagagem espiritual e grau evolutivo.

Compreendendo este modo hierárquico que a espiritualidade se organiza, podemos dizer que dentro de uma falange temos o chefe e criador da mesma, este responsável por todos os trabalhos desempenhados pelos obreiros que atuam nesta, temos os chefes de grupos de falanges, que são responsáveis pela coordenação de um grupo que trabalha na mesma falange, mas de menor patente e experiência, assim este chefe tomará conta e informará os resultados do grupo qual ele comanda ao criador da falange.

Normalmente as entidades que se apresentam com o numero sete no nome, por exemplo, Capa preta da sete encruzilhadas, são chefes de agrupamentos de espíritos que atuam na sua falange. Ainda podemos ver a divisão de especialidades dentro da própria falange, caracterizando assim uma sub-falange, por exemplo, os Pretos Velhos que se apresentam como Pai Chico da Calunga, estão dentro da falange do Pai Chico, mas por apresentarem o sobrenome da Calunga, mostra que o trabalho desempenhado por ele, é feito com as almas, ou seja, espíritos na transição do mundo físico para o espiritual, que se diferencia do trabalho desempenhado pelo Pai Chico de Aruanda, que tem o caráter mais doutrinário, esclarecedor do que se diz respeito ao evangelho de Cristo.

Sob esta ótica, podemos compreender como é possível existirem diversas entidades se identificando com o mesmo nome, em diversas casas, no mesmo horário, muitas vezes no mesmo terreiro, espalhados pelo país inteiro, e por que não pelo mundo.

A.D.




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