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Umbanda - Semente de Vida e Amor no Universo

Publicado em 08/09/2012

Umbanda


Somos eternos e privilegiados aprendizes das Leis Divinas.

Foi-nos permitido aprender sempre: na escola e em casa, com erros e acertos; com conhecidos e desconhecidos, na alegria e na dor; com quem menos imaginamos e conosco mesmos; com crianças, velhos e adultos; com animais e plantas; e, com a vivência em sociedade.

Por merecimento, reencarnamos neste mundo de expiações e provas, com o objetivo de melhorarmos nossa índole, nossa essência e recebemos a oportunidade de nos conscientizarmos do prejuízo com o tempo perdido, com guerras, disputas e desentendimentos, para revermos nossas atitudes, vigiarmos nossos pensamentos, aprimorarmos nossos sentimentos, aprendermos a amar nossos semelhantes e, ainda, outorgados a dividir com outras pessoas essa maravilhosa experiência de amar, respeitar e honrar todas as formas de vida.

Nossa vida pode ser traduzida como capítulos de um livro, escrito sem ensaios nem borrachas, e deve ser conduzida sem pretensões de fartas colheitas no plano terreno.

Um livro com histórias bonitas e com finais felizes. Outras com novas histórias, feias e tristes, com batalhas desnecessárias, por motivos fúteis que, às vezes, até interrompem, momentaneamente, nossa evolução, nos desviando de pessoas queridas e do caminho escolhido.

Alguns capítulos que nos honram pela felicidade expressada por gestos simples, inesperados e delicados. Há alguns que nos envergonham pela estupidez dos nossos atos impensados e imaturos, mas, todos eles fazem parte do livro que escrevemos, nas páginas entregues a nós, por Pai Olorum, para darmos continuidade a nossa existência nesse plano terreno, utilizando a bagagem trazida durante nosso processo evolutivo.

Essa história tem alguns co autores, amigos espirituais que, quando permitimos, nos auxiliam a não repetirmos tanto os erros passados. São como gotas de luzes coloridas e cristalinas que aliviam nossas dores e guiam nossa jornada. São Prepostos do Divino Criador, que recebem a feliz missão de partilhar conosco a nossa caminhada Divina.

Encontramos pelo caminho muitas pessoas, que também são parte do Todo e representam, assim como nós, uma centelha Divina. Algumas com muitas perguntas e poucas respostas, muitas verdades e pouca humildade, muita soberbia e pouca sabedoria, muito sucesso e pouco conhecimento. Outras buscam o brilho das estrelas sem conhecer a noite, sonham com a luz, sem conhecer o sol, querendo alçar altos vôos, sem saber caminhar.

São personalidades distintas: doentes ou saudáveis, delicadas ou cruéis, honestas ou cínicas, amáveis ou abomináveis, sinceras ou maquiavélicas, leais ou perversas, mas sempre as encontramos.

As personalidades que se farão presentes ao nosso lado, serão frutos do retorno daquilo que conseguimos construir em nossa própria existência, daqueles que atraímos e fidelizamos como nossa companhia.

A Lei da afinidade e a Lei do retorno são realidades. Verdadeiras dádivas do Pai Maior que, incentivam nossa evolução através do livre arbítrio, que nos permitem identificar, reconhecer e optar pelas personalidades com quem queremos aprender, conviver e compartilhar a caminhada.

A colheita nem sempre é estável, farta e com resultados abundantes e esperados. Às vezes não colhemos frutos saudáveis, saborosos e de fácil degustação, mas sempre são atribuídos a nós, pelas sementes que plantarmos, frutos semelhantes aos que doamos e alimentamos quem se aproxima, muitas vezes, sedento de luz, implorando uma gota de amor, buscando uma fagulha de conhecimento, faminto por um gesto de carinho.

Quando as sementes são entregues a nós por Pai Olorum para serem cultivadas, a colheita é certa. O fruto em desenvolvimento deve ser tratado com amor e cuidado. A opção é dele, mas, certamente, terá uma oportunidade real para amadurecer e se tornar salutar para alimentar outros semelhantes com o efeito grandioso dos seus humildes gestos de amor, sentimentos reais de fé e caridade, assimilados e vivenciados diariamente.

Mas, quando a semente é desprezada e o fruto é mal direcionado ou maltratado, pode não só se perder no meio da plantação, como contaminar outros imaturos, despreparados e sensíveis às ervas daninhas.

Aprendemos, com lições muitas vezes duras, a respeitar o limite de cada ser humano, sem exigir crescimento, desenvolvimento ou que aceitem as nossas verdades, sem exigir o que ele não consegue nos conceder. Afinal, o ser humano só consegue doar aquilo que tem e não aquilo que esperamos de cada um.

A reencarnação é isso: uma oportunidade de resgates, de reencontros, de crescimento, de culto ao amor ao próximo e nos faz acreditar que sempre é tempo de recomeçar e recuperar espíritos desequilibrados e equivocados, dentro da Lei Maior, da Justiça Divina e do merecimento de cada um, naturalmente, se esses irmãos, em processo de conscientização, se deixarem conduzir pelas luzes Divinas enviadas por Pai Olorum, caso contrário, a colheita para eles, também é certa!

Por isso, meus irmãos, filhos amados da Seara de Pai Olorum, não precisamos conviver, mas, necessariamente, deixemo-nos contagiar pela arte de amar ao próximo, independente da condição apresentada por eles, sejam afins ou não aos nossos conceitos de vida, pois, somente assim, estaremos aprendendo e contribuindo verdadeiramente para a evolução do Todo, fortalecendo a corrente de amor, do bem, da caridade, da fraternidade, da justiça e da fé difundidos pela Umbanda Sagrada.

É fácil amar quem nos ama, abraçar quem nos abraça, concordar com quem concorda conosco; cuidar, zelar e proteger aqueles que estão sob nossos cuidados; e, ensinar quem silencia diante das nossas palavras.

O mérito está em conseguirmos fazer tudo isso com aqueles que estão desequilibrados, discordam, questionam, divergem, provocam e desafiam. Aí sim, estaremos participando ativamente e auxiliando em todo esse processo magnífico de reconstrução astral, de evolução pessoal, crescimento individual que refletirá diretamente na qualidade das relações humanas, permitindo que todos façam sua reforma íntima, se conheçam verdadeiramente, busquem melhoramento contínuo, resgatem seus débitos, não repitam suas falhas e conduzam de maneira equilibrada seus atos, sentimentos e pensamentos.

Dessa forma, poderemos nos denominar Umbandistas, mensageiros da fé e semeadores do amor de Pai Oxalá. Isso sim é Umbanda - Semente de Vida e Amor no Universo!

Que Pai Oxalá nos abençoe, guie nossa jornada e nos cubra com o Seu manto Sagrado

Arley Lobo




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