Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

12/07/2024

Por Amor à Espiritualidade

Amor ao caboclo de umbanda


Certa vez, em uma reunião em nosso terreiro, perguntou-se:

- Por que você entrou para a Umbanda?

Com 23 médiuns que participavam da casa, cada um deu um motivo para sua entrada na Umbanda, um era porque estava com problemas financeiros, outro era por problemas de relacionamento, outro por doença, outro por que gostou, etc...

Somente dois disseram que era por amor à espiritualidade, a sua espiritualidade, para cuidar de sua espiritualidade.

A grande diferença entre as pessoas, médiuns que entram para a Umbanda, não é tão grande assim, na verdade é simples.

A diferença é simplesmente: o "AMOR".

Sim, aquele que assume seu compromisso espiritual dentro de uma casa de Umbanda por amor, amor à espiritualidade, amor a si próprio, sabe que estará ali para o que der e vier, com comprometimento, humildade e simplicidade.

Porém, aquele que assume seu compromisso espiritual para resolver seus problemas pessoais, para que seu relacionamento melhore, para ter um cargo melhor em seu emprego, etc... podemos ter a certeza que virão problemas, decepções, falta de comprometimento para com a casa, com o dirigente, falta de respeito com os irmãos.

Virá aí, a soberba, o status, o querer ser mais do que o outro, criando discórdia, fofoca, etc...

Aquele que descobre sua espiritualidade e a assume realmente com amor, aquele compromisso espiritual já acordado na espiritualidade, terá comprometimento consigo mesmo, irá buscar conhecer, aprender, evoluir.

Sua dedicação é espontânea, sua participação é assídua, sua disponibilidade para ajudar a todos estará sempre em alta.

Esse sim, podemos ter a certeza que veremos grandes mudanças, veremos EVOLUÇÃO.

É aquela velha história:

- Quantos filhos a sua casa tem?

Façamos uma análise, de nossos comportamentos, atitudes, etc... qual será realmente o motivo que nos levou a assumir um compromisso dentro da religião em que estamos?

- Será que temos o comprometimento conosco?

- Será que evoluímos nesse tempo todo em que tomamos a atitude de realmente trabalhar com a espiritualidade?

Por amor à espiritualidade, a nossa espiritualidade, será que cuidamos de nós primeiramente, buscamos conhecimento, buscamos errar menos, estar preparados um pouco mais, para podermos ajudar o nosso próximo assim como nos ajudamos?

Por amor a espiritualidade, será que abrimos mão de certas regalias da vida cotidiana, das festas, das viagens de férias,etc... para estarmos enfurnados dentro de um terreiro dias e dias a se dedicar aos nossos irmãos, buscando colaborar para o bem de nós mesmos e consequentemente de todos?

Sim, consequentemente de todos, porque se for por amor à espiritualidade, a nossa espiritualidade, faremos o bem primeiramente a nós e consequentemente ao próximo.

Porque o que é bom para mim, é bom para o meu próximo, e muito melhor ainda quando é feito por amor, com amor.

Pensemos nisso,e façamos uma análise até onde vai o nosso AMOR À ESPIRITUALIDADE.

Aurea Oliveira


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15/06/2024

Conheça a Umbanda

Oxalá com pombos brancos


A DOUTRINA DE UMBANDA - Por Ednay Melo

Umbanda é uma religião monoteísta. Seu principal objetivo é despertar a consciência religiosa dos seus fiéis, proporcionando o religamento ao Criador Deus, Olorum, ou ao Sagrado, que é o verdadeiro sentido de todas as religiões. A sua Doutrina é de Amor e Caridade. Uma das características da religião é a simplicidade, a Umbanda não alimenta vaidades nem ostentações de quaisquer espécies, principalmente entre médiuns e dirigentes. Outra característica da religião é a liberdade de escolha, sempre com respeito ao amadurecimento individual e ao livre arbítrio. A Umbanda não é proselitista.

A Umbanda incentiva o cultivo da autoestima e promove o autoconhecimento do ser humano como ser agente ativo da sua própria vida, capaz de melhorá-la sempre que desejar, e para isto a Umbanda o ampara e o estimula, fornecendo meios para alcançar os seus objetivos. É preciso saber que a Umbanda ajuda a quem quer ser ajudado e a quem se propõe em ajudar-se a si próprio.

O médium de Umbanda é preparado para o trabalho assistencial se utilizando dos meios energéticos da natureza a fim de estar em constante processo de limpeza e fortalecimento dos seus chakras. Porém, o imprescindível para o fortalecimento do médium umbandista é manter uma vida regrada, é ser humilde e ao mesmo tempo perseverante em vencer os seus próprios desafios, com respeito às Leis Divinas e às leis dos homens.

Os princípios básicos da Umbanda são:

A crença em um único Deus, Olorum, crença nos Orixás que são vibrações energéticas de Olorum em toda a natureza, a fim de proporcionar o equilíbrio e a harmonia do planeta e seus habitantes. É religião naturista, considera a natureza o seu altar natural e o seu campo de ação sagrado.

Como religião espiritualista, considera o espírito além do corpo físico, o mundo espiritual e a reencarnação. A Umbanda acolhe a todos os espíritos, encarnados e desencarnados, que tenham o desejo de ascensão espiritual.

Os Orixás como potências energéticas não participam do mediunismo de Terreiro, é impossível incorporar a vibração do mar e das matas, por exemplo. O que os médiuns incorporam no Terreiro são os Falangeiros dos Orixás, espíritos evoluídos que vêm trazer o axé dos Orixás que representam.

O triângulo espiritual constituído pelos Caboclos, Pretos Velhos e Crianças forma a Linha de Trabalho da Umbanda. As demais entidades, todas elas detentoras de luz e saber, formam as Linhas Auxiliares de Trabalho da Umbanda; todos são espíritos em evolução.

A Umbanda lida diretamente com as energias sutis dos seus Orixás e Guias, como também com energias deletérias oriundas de espíritos trevosos, proporcionando a estes o encaminhamento a esferas iluminadas e libertando quem a eles estavam ligados em processos obsessivos.

A Umbanda é religião magística, utiliza-se de elementos materiais para fins espirituais, como as ervas constituídas de folhas, flores e frutos, uso das velas, da água, dos cristais e demais elementos que, impulsionados pela força do pensamento e aliados à força espiritual, direcionam seus princípios energéticos em benefício do fiel.

É regida por leis universais, como a Lei do Merecimento e a Lei de Causa e Efeito, dessa forma, incute nas consciências a necessidade de fazer por merecer as graças pretendidas, através da reforma íntima, burilando constantemente as suas ações, que devem ser pautadas na luz dos ensinamentos do Cristo Jesus.

A religião de Umbanda não pratica a imolação de animais; não promove trabalhos de baixa magia objetivando o mal; não suja a natureza e vias públicas; não cobra pelos seus trabalhos e por nenhuma de suas atividades; não alimenta vícios de nenhuma espécie e não faz apologia à vaidade nem à ostentação.

É na simplicidade e na discrição, no sentimento de fraternidade, no respeito ao seu próximo e à natureza, na prática da caridade incondicional, que se fundamenta a Umbanda.



COMO NOS BENEFICIAR DA UMBANDA - Por Ednay Melo

Partindo da premissa de que só se podem obter os benefícios quando se sabe usar as ferramentas adequadas para todo e qualquer empreendimento, resolvemos escrever este texto sobre como nos beneficiar da nossa amada religião de Umbanda.

Em primeiro lugar, devemos estabelecer claramente para nós mesmos o que esperamos da religião. Resolver um problema mundano, por exemplo, adquirir um emprego, um amor, saúde ou resolver problemas familiares, requer acima de tudo o cumprimento da Lei de nosso Pai Maior que é a Lei do Merecimento. Mas que Lei é esta?

A Lei do Merecimento está ligada a Lei de Causa e Efeito, lei natural de que todo efeito tem uma causa, fato incontestável em todos os segmentos da ciência, filosofia e religião.

Partindo deste princípio, nada nem ninguém pode mudar uma situação que nós mesmos criamos. Só cabe a nós a mudança. Podemos nos perguntar: "Mas eu não criei a doença!" Sim tem casos em que se cria a doença. Nós criamos as doenças do nosso corpo através dos pensamentos e sentimentos, que geram as doenças chamadas psicossomáticas e exceto estas, as doenças são provocadas por ações indevidas ou pelo processo natural de desgaste orgânico, e se são naturais, são imprescindíveis.

A religião de Umbanda nos oferece meios para resolver os nossos problemas, mas não da forma a qual desejamos que é sempre a forma mais cômoda: ir ao terreiro e passivamente esperar os resultados. Devemos ter fé em Deus e em nós mesmos e estarmos dispostos à mudança, à reforma íntima. Com o coração puro e o sincero desejo de se melhorar os nossos Mentores e Guias com certeza mostrarão o caminho, auxiliarão no que for possível no universo mágico da Umbanda. E se o problema for cármico, que precisa ser vivenciado em respeito à Lei Maior, receberemos o conforto necessário para viver esta fase com paz e equilíbrio.

Ainda têm aquelas pessoas que querem resolver um problema de desmanche de magia negativa que supõem serem vítimas. Voltamos a salientar que tudo depende primeiramente de nós. Neste caso, reflitamos sobre os conceitos da ciência espírita e física: tudo é sintonia! Assim, não somos tão vítimas quanto pensamos e se está havendo influência negativa espiritual é porque existe algum pensamento ou atitude nossa que está abrindo a porta para este espírito menos esclarecido nos influenciar. Mas se temos consciência que tentamos nos melhorar sempre, cultivando as virtudes, o primeiro passo é não dar poder a esta influência negativa e através da nossa Umbanda iremos desmanchar a magia negativa com a magia do amor, auxiliando estes irmãos equivocados que se comprazem no mal e com isto sofrem, após este primeiro e fundamental procedimento, a Umbanda também se utiliza de elementos magísticos para promover o reequilíbrio das partes envolvidas neste processo.

E as pessoas que procuram a nossa Umbanda em busca de uma religião que lhes despertem o sagrado no íntimo do seu ser, que querem participar desta família para somar e dividir a luz e a caridade em prol da sua evolução espiritual, a estas pessoas sugerimos, primeiramente, que encontrem uma Casa cuja doutrina esteja próxima de suas convicções e princípios, nunca faça comparação entre uma e outra Casa, porque dentro da diversidade umbandista cada Casa tem sempre algo novo a nos oferecer e muitas vezes precisamos reformular conceitos aprendidos, enfim, precisamos "desapegar" para estar aberto ao novo. No mais, é ter paciência e aguardar a sua resposta vir naturalmente, com a nossa vivência em Terreiro podemos observar que os nossos próprios Guias nos sinalizam quando o caminho é o certo, podemos sentir uma enorme emoção aos primeiros contatos com este Terreiro, este sentimento surge em diversas pessoas bem-intencionadas, que têm a boa vontade de se dedicar à prática da caridade.

Esperamos que este texto possa trazer um pouco de esclarecimento e benefício às pessoas que procuram a nossa Umbanda para resolverem os seus problemas imediatos, e às pessoas que buscam nela o crescimento espiritual, lembrando que teremos um maior benefício dos ensinamentos quando o nosso coração estiver aberto para recebermos as mensagens dos nossos Guias, através da nossa própria consciência.




ORIXÁS NA UMBANDA - Por Ednay Melo

A natureza, criada por Deus, representa a supremacia do todo sobre as partes. Todo ser vivo sobrevive nela e com ela, e por ser parte viva da natureza o ser humano interage movido por sua energia cósmica e dinâmica, a energia do Criador, que vibra em todo o planeta originando-se em reinos específicos da natureza.

Como reinos da natureza, podemos citar os rios e cachoeiras, mares, formações rochosas, matas e camadas internas e externas do globo. À energia que vibra em cada um desses reinos dá-se o nome de Orixá, porém Orixá não é só isso, seu conceito vai muito além do que os nossos poucos sentidos podem alcançar. Existem Orixás que não têm reino específico, mas dominam determinados fenômenos e são marcados por determinados simbolismos, como Iansã que domina os ventos e as tempestades, e Ogum que domina os caminhos e percursos existentes sobre a terra, que representam o dinamismo natural da vida.

Nós, seres humanos, não temos maturidade espiritual, ainda, para definir Orixá, da mesma forma como não podemos definir Deus. O que os nossos poucos sentidos percebem é que Orixá é um ser imaterial, dotado da Essência Divina, que se propaga no planeta a fim de direcionar os seres da Criação. Orixá é Deus em nós, é Deus em toda natureza, é a oportunidade de encontrar Deus através da Sua Obra.

Na Umbanda, damos nomes aos Orixás através da mitologia africana.

A nível de Terreiro, nos referimos à Umbanda que praticamos na Tenda de Umbanda Luz e Caridade, consideramos sete Orixás como básicos: Iansã, Omulu, Ogum, Oxum, Xangô, Iemanjá e Oxossi. E por que sete? Porque existem centenas de Orixás e não podemos cultuar a todos, mas todos interagem entre si; o fato de cultuarmos sete não significa que os outros não atuem, eles se relacionam harmoniosamente entre si, tal como é toda a natureza Divina. Nas Giras de Umbanda, incorporamos os enviados dos Orixás ou Falangeiros, que são espíritos evoluídos que vêm nos trazer os axés dos Orixás os quais representam, geralmente não falam, porque a sua função não é falar e sim trazer o axé do Orixá, axé daquele reino que atuam. Quem tem a função de falar na Umbanda são os Guias espirituais, como são nossos Caboclos, Pretos Velhos e tantos outros que se aproximam mais particularmente do filho de fé para trazer sua palavra de conforto e muitos ensinamentos.

O ser humano, enquanto encarnado na terra, recebe influência de todos os Orixás, porém, apenas um casal o direciona em todas as encarnações, fazendo parte constante dos seus corpos sutis e influenciando diretamente a sua persona no meio onde vive, a estes damos o nome de Orixás Regentes do nosso Ori (cabeça) ou Orixás Ancestrais. Estes Orixás influenciam na personalidade dando características próprias e universais aos seus filhos. Dentre eles, o primeiro é o dominante e o denominamos de Orixá Regente. O segundo denominamos Co-regente, que influencia o filho em um segundo plano, não menos importante.

Geralmente, esses Orixás principais que nos regem formam um casal, isto é, o masculino e o feminino para respeitar a dualidade sexual da personalidade humana, constituída a partir de sua essência espiritual assexuada. O que isto quer dizer? Quer dizer que o espírito desencarnado não tem sexo, este é determinado no momento da sua encarnação. Daí pode-se encarnar em um corpo de homem ou de mulher, diante da necessidade do espírito. O inconsciente, que é a memória espiritual, guarda os registros das experiências do corpo masculino e feminino, desta forma, todo ser humano tem um lado feminino e um lado masculino, daí, justifica-se a atuação do casal de Orixás Regentes na coroa dos seus filhos, bom frisar que Orixá como energia não tem sexo, ele representa o arquétipo masculino ou feminino.

O sincretismo dos Orixás com os Santos Católicos se deu, inicialmente, pela necessidade dos escravos negros africanos burlarem as exigências dos seus senhores, no período da escravatura, que proibiam o culto aos seus Deuses Africanos (Orixás). Este sincretismo perdura até hoje, talvez pela necessidade do homem em ter sempre ao seu alcance uma referência material, ao alcance dos seus sentidos físicos.

Orixá é energia sublime em nós! O culto aos Orixás na Umbanda remete ao encontro do Eu Interior com o Eu Divino. As oferendas aos Orixás são um canal para a sintonia com essas Energias, porém, lembremos que mais eficaz do que o elo material das oferendas, é o elo espiritual do amor verdadeiro, da fé, da gratidão e do esforço constante na busca da perfeição moral, que nos aproxima, indubitavelmente, das Virtudes Divinas dos nossos Orixás.


ORIXÁ ANCESTRAL E DE FRENTE

Ouvimos sempre perguntas a respeito do que seja Orixá Ancestral, de Cabeça, de Frente, Adjunto. São muitas as denominações e explicações, muitas vezes, de difícil entendimento.

O lema da Umbanda que praticamos é sempre a simplicidade, não confundir com o simplório, mas entender de forma simplificada o que, talvez, não estejamos ainda preparados para entender em sua plenitude e essência.

O que a espiritualidade que nos assiste nos informa e que somos capazes de entender é o seguinte, para que principalmente os médiuns da nossa Casa, da Tenda de Umbanda Luz e Caridade – Tulca, tenham um conceito sobre Orixás Regentes de Coroa mais próximo da nossa doutrina:

Os Orixás Ancestrais são os que chamamos de Pai e Mãe de Cabeça, ou Pai e Mãe Orixás. É o casal Orixá cuja essência, qualidade divina, herdamos em alguns traços da nossa personalidade, que nos direcionam e sustentam em toda a nossa existência como ser encarnado e desencarnado. É como a marca do DNA no corpo biológico, sendo uma característica interna de toda a existência espiritual. Fique bem claro que as características negativas de personalidade nunca são dos Orixás e sim do encarnado que usa o seu livre arbítrio.

Entendemos Orixás de Cabeça porque eles regem o nosso campo mental, campo das ideias e pensamentos. Exemplo: O encarnado que tem o Orixá Ogum como seu Orixá de Cabeça ou Ancestral, terá sempre a Centelha Divina da Lei e da Ordem em seu inconsciente. E por que inconsciente? Porque o inconsciente é a instância psíquica onde reside todo o arquivo mental, de todas as vidas, sendo o condutor mestre de todas as ações e reações do indivíduo.

Então, a essência Orixá está lá bem guardadinha no inconsciente. Acontece que a pessoa pode seguir fielmente as virtudes dos seus Orixás, no caso do nosso exemplo do Orixá Ogum e pode também não seguir e se tornar uma pessoa contrária à Lei e à Ordem, ser em ações contrária à sua essência divina e isto causará um grande desequilíbrio em sua estrutura emocional, por exemplo: uma pessoa corrupta filha de Ogum, estará sempre com um "peso na consciência", porque estará contrária à sua essência, aos seus reais valores internos. Este é apenas um exemplo, grosso modo, para que possamos entender.

Importante salientar, que a Energia Primeira do Criador representada na Umbanda por Pai Oxalá, também está presente na coroa de todos os filhos, ao "lado" da vibração dos Pais Ancestrais. Imaginemos, grosso modo, sobre a nossa cabeça e onde reside o chakra coronário a nível perispiritual, imaginemos três feixes de luzes, uma na cor branca que vem de Pai Oxalá e as outras duas nas cores do nosso casal de Orixás Ancestrais ou Pai e Mãe de Cabeça. Acontece que o filho pode ter, por afinidade que ainda não sabemos definir, pode ter mais presente o feixe de luz branca em seu Ori, a energia de Pai Oxalá se sobrepõe aos seus dois Orixás Ancestrais, mas isto não quer dizer que ele seja filho apenas de Pai Oxalá. Então, na nossa Casa, todos são filhos de Pai Oxalá.

Para simplificar, usamos o termo Força Orixá. Temos na nossa Casa sete forças Orixás que formam a Coroa Espiritual dos filhos: Oxalá é a primeira força, o casal de Orixás Ancestrais é a segunda força e da terceira à sétima força são os Orixás de Frente e Adjuntos.

E o que seriam então Orixás de Frente e Adjuntos? É um par de Orixás, não necessariamente um casal, sendo que estes direcionam apenas a encarnação presente. O Orixá de Frente está mais presente e evidente do que o Adjunto, que o auxilia em um segundo plano, sempre com o principal objetivo de fornecer o equilíbrio energético, a fim de harmonizar ao máximo o indivíduo, considerando o ser humano em sua forma holística. Ressaltamos que o Orixá de Frente pode ser também um dos Orixás Ancestrais ou ambos. Ressaltamos também que por serem cinco os Orixás de Frente e Adjuntos, pois como vimos acima, Oxalá e os Ancestrais ocupam as primeiras e segundas Forças Orixás respectivamente e estamos nos referindo às sete Forças Orixás, então ressaltamos que o Orixá de Frente que está na “última” posição, ou a quinta, faz par com o Adjunto anterior. Se você entendeu o nosso raciocínio, deve estar se perguntando: “Então eu tenho três Orixás de Frente?” Ao que te respondemos: Sim, você tem! Só que apenas um é o dominante, o mais evidente, de acordo com a sua maior necessidade atual.

Basicamente à frente do indivíduo estão todos os Orixás, que harmoniosamente interagem e se completam para auxiliá-lo em determinados momentos da sua vida. Exemplo: uma pessoa reprimida em suas emoções estará à sua frente, pela misericórdia Divina, a Orixá Iansã para proporcionar o dinamismo e o extravasamento destas emoções contidas.

É por isto que costumam dizer, erradamente apenas na denominação, que os Orixás “brigam” pela coroa do filho, termo este inconcebível a um Orixá. Eles não brigam, apenas estão ali porque o filho está precisando das suas vibrações energéticas naquele momento, em outro momento o filho poderá estar precisando de outro tipo de energia para restabelecimento do seu equilíbrio, daí a constatação pelo sensitivo de mais de um Orixá de Frente. Ou então em um momento visualizar um Orixá e em outro momento visualizar outro. O dinamismo entre as vibrações Orixás a frente do indivíduo se faz necessário para o equilíbrio energético, físico e emocional do encarnado.

Enfim, Orixás Ancestrais estão na nossa essência energética, são a nossa característica básica de personalidade que nos acompanham pela eternidade, um é mais dominante a quem chamamos de Orixá Regente da nossa Coroa, o outro menos dominante, mas igualmente importante, a quem chamamos de Orixá Co-regente da nossa Coroa; em contrapartida, os Orixás de Frente ao “lado” dos seus Adjuntos se fazem presentes diante da necessidade momentânea do filho, estão presentes também de acordo com o seu compromisso reencarnatório.

Daí a importância de não se ter preferência nem fanatismo por nenhum Orixá, todos são importantes e essenciais na nossa vida. Devemos agradecer sempre a todos eles, com muita fé, amor e respeito.




GUIAS OU ENTIDADES DE UMBANDA - Por Ednay Melo

Guias de Umbanda são espíritos em evolução, que trabalham pela caridade nos Terreiros através dos seus médiuns ou na contraparte astral, dando sustentação aos trabalhos realizados. Dentre eles podemos citar os Caboclos, Pretos Velhos, Crianças ou Ibejis, Exus, Povo Cigano, Marinheiros, Boiadeiros, etc.

A Umbanda acolhe todos os espíritos encarnados e desencarnados que desejem ou necessitem trabalhar na terra pela caridade, dando oportunidade de ascensão espiritual a todos. O Caboclo das Sete Encruzilhadas, quando da anunciação da Umbanda em 1908, estabeleceu que: "Com os espíritos mais evoluídos aprenderemos, aos menos esclarecidos ensinaremos e a nenhum renegaremos." Desta afirmação, fácil concluímos que a Umbanda arregimenta os mais evoluídos do que nós, que são os nossos Guias; estão também entre nós os espíritos menos esclarecidos, que muitas vezes acompanham as falanges dos Guias para aprenderem com eles; estão também irmãos desencarnados que nos obsediam e aqueles que são enviados para tratamento no grande hospital que existe na contraparte astral do Terreiro.

Então, o médium que trabalha na Umbanda tem a oportunidade de prática da caridade não apenas para os consulentes encarnados, mas também para a grande maioria desencarnada e necessitada. Como assim? Como o médium auxilia os espíritos desencarnados?

O médium auxilia os desencarnados primeiramente quando auxilia a si próprio, cuidando da sua saúde espiritual e emocional, seguindo os ensinamentos da sua Casa espiritual com disciplina, cuidando do aspecto moral que molda o seu caráter, tentando praticar os ensinamentos do Evangelho em sua vida. Durante os trabalhos em seu Templo e também fora dele, deverá emitir pensamentos positivos sempre para todos, reprimir os sentimentos de inveja, raiva, rancor e melindres, treinando a humildade e sentimento de fraternidade. Desta forma, ele contribui para promover uma atmosfera fluídica salutar em benefício de todos, desta forma estará apto a doar ectoplasma para auxiliar no tratamento dos desencarnados e também estará apto a ensinar, através do bom exemplo, acolhendo a esses irmãos com amor.

Até aqui, já sabemos que existem na Umbanda espíritos Guias, espíritos menos esclarecidos, espíritos obsessores dos encarnados, espíritos sofredores e doentes e também espíritos trevosos que insistem em lutar contra a luz. São estes últimos, os que se comprazem nas trevas, que iremos nos deter neste texto a fim de sabermos identificá-los, pois muitas vezes eles se passam por Guias, ludibriando médiuns invigilantes e o estrago é bem maior quando se passam por Guias Chefe de um Terreiro, através da mediunidade de um dirigente tão negativado quanto ele próprio.

Uma regrinha básica: se tudo é sintonia, o médium atrai para si espíritos semelhantes a ele próprio. Então se quer conhecer a natureza de um espírito, observe a natureza do médium que lhe serve de instrumento. Ninguém é perfeito, claro. Mas é certeza que os bons espíritos, os nossos Guias, estão sempre próximo do médium que se esforça em melhorar-se. Porém, aqueles cujo objetivo é a satisfação pessoal, seja material ou que acaricie o seu ego através da vaidade e orgulho, aqueles que passam por cima do seu irmão e semelhante para se promover e se sobressair, aqueles que semeiam a mentira, a discórdia, a fofoca e toda vibração incoerente com o trabalho de um Guia, com certeza, destes os Guias estarão afastados e permitindo que aprendam com as consequências dos seus erros.

Outra forma de identificar um espírito trevoso, já nos dizia Kardec, é observar a sua linguagem. Alguns até conseguem enganar por um momento com uma suposta sabedoria, mas em algum momento eles se denunciam. No nosso grupo de estudos na Tulca, foi dado um bom exemplo para ilustrar este fato: Pede-se gentilmente que um espírito desincorpore do seu médium para que os trabalhos continuem com outra falange e ele, sentindo-se ofendido, rebate: "ainda não terminei de falar, sou um Guia e preciso continuar..." Ou então: "você sabe com quem está falando?" Um Guia, mesmo da mais alta elevação, sempre é humilde e jamais constrangerá quem quer que seja.

Outro exemplo a nível de Terreiro: os trabalhos se encerram e depois, em um canto, um Guia baixa para falar sobre suas adivinhações da vida de uma pessoa e o cuidado que ela tem que tomar. É óbvio que o Guia respeita acima de tudo a disciplina do Terreiro e, uma vez os trabalhos encerrados pelo dirigente, jamais ele irá manifestar-se em hora imprópria e ser o mau exemplo com tamanha indisciplina. Sem falar que os trevosos podem ter acesso aos nossos segredos e os colocar para impressionar e passar por Guia.

Com relação ao uso da mediunidade na própria residência do médium, o Guia pode até vir em um caso extremamente necessário, raras vezes, por permissão e merecimento, mas nunca como hábito. Por isto, um médium ostensivo que queira realmente ajudar um irmão que procura a sua mediunidade deve aconselhá-lo a ir a seu Terreiro ou a qualquer outro, mas nunca deve dar passividade para os seus Guias em um local sem preparo e segurança, com risco de ser atendido por espíritos trevosos e oportunistas.

Esperamos com este texto poder contribuir um pouco para o reconhecimento de um verdadeiro Guia de Umbanda e consequentemente de uma boa Casa de Umbanda, a fim de evitar consequências desastrosas ao psiquismo de muitos irmãos de fé. Rogamos a Olorum que um dia todos estejam aptos a separar o joio do trigo e fazer a nossa Umbanda resplandecer límpida e cristalina aos olhos de todos.


CONSULTA COM UM GUIA DE UMBANDA

A Umbanda merece respeito, principalmente com os Guias que vêm nos acolher em uma consulta! Não os subestime, achando que são fracos porque não satisfez a sua curiosidade. O objetivo do Guia e de toda Umbanda é te ajudar a viver melhor, a ter paz e equilíbrio e, sobretudo, te ajudar a subir um degrau na tua evolução! A Umbanda te ajuda a angariar conquistas para o espírito e não para a matéria, pelo simples fato que um é eterno e a outra perecível. Satisfazer só uma curiosidade, que não acrescenta nada de real utilidade para a evolução, não é papel de um verdadeiro Guia de Umbanda.

Então, não procure uma consulta com um verdadeiro Guia de Umbanda somente para perguntar, por pura curiosidade apenas: se o seu marido tem outra; se vai obter um emprego; quem fez demanda contra ti; o que quer dizer aquele sonho que tiveste; com qual dos dois amores deve ficar; qual imóvel deve comprar; se pode confiar em determinada pessoa; se deve mudar de emprego, etc... O verdadeiro Guia pode até saber a resposta, mas não irá lhe dizer, porque este não é o papel da Umbanda. Pode até dar a resposta que você quer ouvir, se isto for de real utilidade. O trabalho de um verdadeiro Guia de Umbanda é muito mais profundo e sério. Respeite!

É muito fácil saber se estas perguntas são mera curiosidade, ou não! Quando o consulente segue com fé o tratamento que o Guia receitou. Muitas vezes o tratamento é para curar algo que o consulente nem vê, nem sabe que está se passando com ele e que o Guia enxerga de longe a verdadeira causa dos tormentos daquela pessoa, nem precisa falar para ele, para o consulente, muitas vezes nem deve por motivos vários, mas o tratamento para a real ajuda é exatamente o que ele prescreve. Para os Guias o que importa é se curar, é resolver os conflitos, é ajudar a se sentir feliz consigo próprio, dizer ao consulente qual pessoa fez demanda, magia negra para ele, por exemplo, não vai ajudá-lo em nada, pelo contrário, vai estimular o processo obsessivo, despertando nele sentimentos antagônicos a paz e ao amor, como a revolta e desejo de vingança. Pena que muitos não dão valor ao tratamento que o Guia prescreve, porque simplesmente não satisfez a sua curiosidade tão mesquinha.

Também não faça da Umbanda um balcão de negócios, porque vai perder o seu tempo. "Dai-me uma graça que te darei uma oferenda ou um presente!" Pagar por trabalhos ou consultas? Nem pensar! Isto não é e nunca foi Umbanda. A Umbanda ensina que as conquistas são por merecimento e por permissão Divina. Seja humilde para aceitar o resultado de suas investidas para conseguir algo na vida, entenda que para você pode ser muito bom, mas Deus pode ter outros planos para você, sabe melhor o que é melhor para você. Então lute para obter e seja humilde para aceitar se não chegou a hora, mas seja sempre grato a Deus e a sua religião, que te dá o verdadeiro suporte para viver bem e feliz, só lhe resta descobrir como.

Um verdadeiro Guia de Umbanda também não lhe carrega nos braços! Pare de se identificar com padrões de vitimização e pleitear compaixão! Você é criação divina e como tal é munido de possibilidades para ser feliz, Deus o fez forte e capaz e um Guia jamais vai lhe tirar isto, fazendo por você. Ele sabe o seu valor e jamais o subestima, lhe ajuda a encontrar os meios e nunca lhe dará um final, isto só compete a você. Acredite, você pode.

Então, meu irmão, antes de procurar a Umbanda certifique-se se entende o verdadeiro objetivo da religião, que é a prática da caridade, mas a caridade pode estar onde seus olhos não veem e onde seu ego não está.

Você que não conhece a Umbanda, não sabe o valor que a Umbanda tem! Estude, questione, pergunte, aprenda e acima de tudo, respeite os seus representantes na forma dos Orixás, Guias Espirituais e dirigentes espirituais encarnados, pois estes últimos são orientados pelos primeiros, são seus porta vozes em terra. E os Guias que vêm te acolher através de seus médiuns nos momentos das consultas de Terreiro esquecem-se de si mesmos, por você, deixam cair sua vibração tão sublime para estar em terra, com você, querem o seu melhor sempre. Se não sabe respeitar, não se consulte com um verdadeiro Guia de Umbanda. Talvez outras religiões sejam melhores para você!

E aos filhos de fé, agradecidos sempre em nome da Umbanda, pelo amor e dedicação, perseverança e entendimento, humildade e respeito em levar adiante a Bandeira de Oxalá, enaltecendo sempre a nossa religião. Aos que amam a Umbanda fica o apelo de promover o esclarecimento da religião, divulgando o seu real valor. Saravá!

Do livro "Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo" 



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06/06/2024

Umbanda Antiga

Médiuns de antigamente

Sempre digo que tenho saudades da Umbanda de antigamente. A minha saudade é daqueles terreiros que eram nos fundos de um quintal.

Os dirigentes espirituais não eram vaidosos, os médiuns não eram vaidosos. Existia respeito de ambas as partes. Tudo era sagrado e muito respeitado. O terreiro era simples, firme e humilde.

Ao passar pela simples casa de Exu feita de tijolos e telha, você se arrepiava. As firmezas eram vela e copo de água. Nada de ferros e bugigangas.

Aquele teto com telhas cheio de bandeirinhas. O defumador era de lata de leite em pó e tinha um cheirinho ótimo pois o defumador era feito com ervas pelo dirigente.

Aquele terreiro que cantava ponto de raiz, que acreditava na magia das ervas, nas força da natureza. Aquele terreiro pé no chão. Aquele terreiro aonde a roupa dos médiuns era branca e simples feito algodão.

Saudades das rezas de Preto Velho com galho de arruda ou aroeira. Da vidência no copo da água. Da reza de quebranto, vento virado, espinhela caída.

Saudades daqueles quadros de preto velho, Iemanjá e Jurema já desbotados na parede.

Saudades do brado do caboclo que arrepiava até o cabelo do dedo mindinho. Saudades de quando o Exu pedia pra você acender um charuto e você tremia. Saudades de quando você via uma Pombogira e ficava com os olhos brilhando pelo mistério de sua gargalhada.

Saudades de quando o preto velho pedia para você acender uma vela com fé, que tudo iria se resolver. E se resolvia.

Saudades de quando uma ibejada chegava de surpresa e fazia todos sorrirem com suas peripécias. Saudades, saudades de uma Umbanda limpa, correta e muito verdadeira e firme.

Saudades dessa simples Umbanda, aonde tinha respeito, verdade, humildade, segurança, disciplina, caridade e união. Não havia disputas entre terreiros, fofocas, maldades, luxo, ganância, teoria da prosperidade.

Essa é a Umbanda que tenho saudades.

Agora quase não se vê mais isso.

Mas é por esta Umbanda que eu luto e faço de tudo para que não caia no esquecimento do tempo.

Diego de Oxóssi 



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26/05/2024

O Poder de uma Egrégora

Pessoas de mãos dadas


Que a luz de Tupã esteja com todos, principalmente no momento atual, pois está muito triste a situação do planeta. São agressões constantes à natureza e seus habitantes, culminando com uma guerra entre os homens, desproporcional e desumana. Grande parte dos seres humanos só sente o instinto, o ódio, somente o orgulho predomina.

Muitas pessoas, atualmente, têm a sensação de que a sua vida está pior, mais sofrida. Isso é reflexo do que o planeta vem passando. A energia está muito densa, facilitando para que os seres das trevas conduzam o pensamento das pessoas. Mas todo encarnado tem o poder de se desvencilhar dessas energias, basta querer, orar e nunca perder a fé.

Desde o advento daquela grave crise sanitária, que o planeta está em declínio. Está difícil de perceber claramente, mas de vez em quando surge uma tragédia da natureza ou uma tragédia das mãos dos homens.

Muitas vezes filhos de Umbanda ou de outra religião ficam tristes, desestimulados, achando que estão se doando para a religião e não estão tendo o retorno que queriam ter, ou que acham que mereciam ter, as vezes até podem merecer, mas o problema não é particular e sim geral. Claro que tem casos que continuam sendo provocados pela própria pessoa.

As energias desse planeta estão tão densas, diante das ações humanas de ódio, que de outros planos espirituais avistamos a Terra sem nenhum colorido. Precisamos aqui adentrar, baixar muito a vibração, para perceber algum colorido, alguma energia boa. Isso quer dizer que as energias ruins estão se sobrepondo às boas, e isto é grave.

Então Caboclo só tem a pedir: orem pelo planeta, orem pela humanidade. Chegou a hora de esquecer um pouquinho a minha dor, porque sei que a minha dor está vindo de um todo ao meu redor e que eu não tenho controle. Dessa forma, precisa-se unir forças.

Unam-se a uma egrégora de luz que a religião proporciona. Muitas pessoas dizem que não têm necessidade da religião, porque a religião é Deus e bastam eu e Deus. Em parte está correto, porém a egrégora soma forças e união, daí o resultado é mais efetivo e mais rápido, além do que, quando se unem a uma egrégora pessoas de diferentes níveis energéticos, uma ajuda a outra. Mesmo que não percebam, mas só o fato de estar próximo está havendo naturalmente troca de energias salutares. Um momento como este de união louvando a Tupã e a espiritualidade presente é um momento de muita força.

Claro que orar sozinho, sem participar de egrégora também tem efeito. Mas as vezes a carne é fraca, não se consegue firmeza no que, sozinho, se propõe a fazer. Dentro de uma comunidade religiosa somam-se forças e formam-se barreiras de proteção.

Que a luz de Tupã, de Oxóssi e a força das matas estejam com todos.

Caboclo Flecheiro - Mensagem canalizada por Mãe Ednay - Proferida em Gira Pública na Tulca, em 04/11/2023.




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19/05/2024

Giras em Homenagem aos Pretos Velhos e ao Povo Cigano

Festa na Tulca
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Vagas esgotadas



Convite

 Agendar através do Formulário de Agendamento (menu do blog).

 O formulário será fechado quando as vagas forem preenchidas.

 Daremos a confirmação do agendamento e demais informações na sexta-feira, véspera da reunião.

 Pedimos que em caso de desistência, nos avise em tempo hábil para repassar a sua vaga.

OBS: Esse agendamento para o dia 25/05 também é válido para a reunião de consulta a ser realizada no dia 08/06, às 16:00h (não precisa agendar de novo).

OBS: Esse agendamento para o dia 25/05 também é válido para a reunião de tratamento (TAC) a ser realizada no dia 08/06, às 15:00h (não precisa agendar de novo).

 O TAC é exclusivo para quem já passou por consulta.

 Não se inscreva se não pretende comparecer, pois você está tirando a vaga de quem pode estar muito necessitado. Isso também é caridade.


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15/05/2024

Necessidades do Médium na Incorporação

Médium espirrando


REFLEXOS E INCORPORAÇÃO

Movimentos instintivos e reflexos durante a incorporação são comuns, todos os reflexos do médium, o processo do corpo são comuns, por exemplo, uma tosse, um espirro, assim como os batimentos do coração e a respiração.

As reações do corpo não interferem na incorporação, o fato de um médium estar incorporado e tossir, ou espirrar, não quer dizer que ele não esteja incorporado.

Portanto meu irmãos, não vamos julgar ou criticar aqueles médiuns que quando incorporados, tossem, espirram ou limpam o suor do rosto, isso é um processo comum de nós seres humanos e o fato de estarmos com uma entidade manifestada não quer dizer que nosso processo seja paralisado e tudo que faz parte do nosso momento (uma gripe, um resfriado) vai sumir enquanto estivermos incorporados, isso não é motivo de saírem falando que ali não tem entidade nenhuma.

A.D.

***

PODE O MÉDIUM INCORPORADO TOSSIR E ESPIRRAR?

Mas é claro que sim! Se o médium espirra ou tosse, é porque o corpo dele precisa desses atos para manter o seu bem estar. Alguns podem pensar “que pergunta mais boba! Que resposta mais óbvia!”, porém, ainda observamos muitos resquícios da necessidade de comprovar a veracidade da incorporação.

Para muitos, o médium não pode tossir, espirrar, sentir dor, ter vontade de ir no banheiro, cair, sentir fome, sede, cansaço. Ele é quase uma máquina, ou um super-homem, e a entidade ali presente supostamente anularia todas essas sensações físicas.

Porém, a realidade é bem diferente. O médium é humano como todos nós, vulnerável e portador de um corpo físico com todas as suas fraquezas. E a entidade não precisa provar que está presente, não necessita realizar nenhum feito antinatural. Ela vem, antes de tudo, para nos aconselhar, auxiliar, trazer força e sabedoria para nosso dia-a-dia.

Não espere que o guia realize um ato sobrenatural. É respeitando as leis da natureza que ele firmou sua sabedoria. Embora fenômenos inexplicáveis ainda acontecem, eles ocorrem quando a própria espiritualidade assim o deseja. Tudo tem um bom propósito, as entidades não fazem nada apenas para satisfazer nosso ego e vaidade. Portanto, vamos ter mais lucidez em nossas manifestações mediúnicas.

Diego Paiva Pimentel



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12/05/2024

O Que se Busca na Umbanda?

O Que se Busca na Umbanda?


O que se busca na Umbanda?

Geralmente as pessoas buscam se sentirem melhor, buscam ajuda para superarem obstáculos, para conseguirem um objetivo, para melhorarem a saúde, etc.

Muitos buscam também confirmar as suas suspeitas. Suspeita de que está magiado; suspeita de que o marido ou esposa lhe traiu; suspeita que aquele emprego que não consegue é por causa de olho gordo, etc.

Os Guias de Umbanda nunca vão confirmar algo que possa lhe deixar mais aflito. Eles vão te auxiliar com tratamentos e conselhos para te fortalecer, a fim de que consigas o que almejas.

A vida é uma transição, tudo passa, o importante é estar fortalecido.

Outras pessoas buscam no terreiro de Umbanda a própria evolução, através da prática da caridade.

Seja qual for o motivo, não precisa estar necessariamente num terreiro de Umbanda. Todos que têm fé em Deus e perseverança são capazes de resolver os seus problemas, de fazer a caridade, de evoluir em qualquer lugar que esteja.

Porém, se for difícil de conseguir, vir ao terreiro ajuda para que através das orientações espirituais, do axé que a casa emana, a pessoa sinta-se mais fortalecida e mais tranquila para buscar o que deseja.

Não se enganem com o Terreiro que promete ganho fácil. Porque se houver ganho é por pouco tempo. O ganho verdadeiro é o conquistado pelo próprio esforço.

Salve Deus!

Mestre Malunguinho - Canalizada por Mãe Ednay - Proferida em Gira Pública na Tulca, em 01/02/20




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