agosto 2012 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

30/08/2012

Iemanjá

Iemanjá


Dia da semana: segunda-feira – dia do Astro Lua


Data comemorativa: 08 de dezembro

Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição, em Pernambuco.

Cor: azul clara

Ervas: colônia, alecrim, lágrimas de nossa senhora e outras.

Frutas: melancia, mangaba, graviola e outras.

Flores: rosas brancas e todas as flores brancas e azuis.

Reino Natural: Mar – Calunga Grande

Elemento: água

Pedras: água marinha - turquesa

Símbolos: lua - ondas

Saudação: Odôyá! / Odôfiaba / Odôcy Yabá! Significa: Salve a grande Mãe!

Astro: Lua

Deuses na mitologia greco-romana: Diana para os romanos, deusa que representa a Grande Mãe. Selene para os gregos.


Iemanjá, Orixá das águas salgadas, é também conhecida como Janaína ou Rainha do Mar, é a Orixá mais popular do Brasil, sincretizada com Nossa Senhora da Conceição em Pernambuco. O seu sincretismo com Nossa Senhora está relacionado ao arquétipo de mãe, tão bem representado pela Mãe de Jesus na Igreja Católica.

Seu Reino Natural é o Mar, grande provedor de alimentos desde o início da civilização, desta forma, Iemanjá auxilia nas questões materiais, nas questões da sobrevivência do corpo físico, a Grande Mãe que alimenta e acolhe os filhos contribuindo para os seus desenvolvimentos enquanto seres encarnados.

Iemanjá é a Grande Mãe da Umbanda, representada pelas águas salgadas, mares e oceanos. A água deu início à vida no planeta e o ser humano é gerado na água, é a água o simbolismo da vida e a vida só existe através do ser Mãe. Iemanjá é a Orixá que acolhe a todos como filhos, protege as famílias e os lares, proporciona a fecundidade e a prosperidade e como geradora da vida direciona os filhos para o cumprimento das Leis Divinas, acompanhando-os com muito amor em suas escalas evolutivas.

As águas salgadas têm grande poder de assepsia astral e espiritual. O mar é o renovador natural da energia planetária, limpa e ao mesmo tempo purifica o processo fluídico da terra. Por este motivo, o mar é o Reino Natural preferido pelos espíritos para limpezas e reequilíbrios energéticos. Em diversas passagens da literatura espírita, podemos observar que os espíritos encarregados de auxiliarem o desligamento do corpo físico, muitas vezes, recorrem à praia com o moribundo a fim de facilitar o seu desencarne.

Na Umbanda, o dia de segunda-feira geralmente é o dia escolhido para desenvolver trabalhos de desmanches de magias negativas e limpezas energéticas; muitas doutrinas dentro da Umbanda elegeram a segunda-feira como o dia dos Exus e de todos os espíritos que trabalham mais diretamente com energias mais densas. Porém, é a Grande Mãe Iemanjá quem sustenta, neste dia, todo o trabalho de descarrego de energias deletérias, com a força do seu Mar Sagrado. Por este motivo, na doutrina da Tenda de Umbanda Luz e Caridade, o dia de Mãe Iemanjá é a segunda-feira e também por ser o dia do Astro Lua, um dos seus simbolismos.

Os filhos de Iemanjá geralmente aparentam certa realeza e soberania, são muito ligados às questões familiares, ao cuidar e proteger o que é seu com esmero. Ligados aos bens materiais, eles gostam de lidar com o poder e o dinheiro. Costumam guardar as ofensas e têm dificuldades em perdoá-las. São elegantes, discretos, leais, generosos, ativos. Quando seguem o lado oposto da Orixá tornam-se irritantes, irônicos, agressivos e intoleráveis.

Do livro Umbanda luz e Caridade - Ednay Melo







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29/08/2012

Guias (colares) na Umbanda

Guias (colares) na Umbanda

Conhecidas também como "Cordão de Santo", "Colar de Santo" ou "Guias", são ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam. 

São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.

Para que servem

Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado.

Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas atraem a "energia" particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.

Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não aguentarem, rebentam.

Podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.

As guias devem ser tratadas pelos médiuns com todo carinho e o máximo de respeito, pois elas representam o Orixá e a segurança do médium.

Confecção

Dependendo o ritual de cada terreiro deve ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por exemplo) antes de montar a guia.

Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. As contas, miçangas, etc. são enfiadas uma a uma no fio.

Toda guia deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro. As guias podem ser cruzadas com pemba, ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão prontas.

Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada e imantada não representa nada, energeticamente falando, seria apenas mais um colar.

Normalmente as guias são confeccionadas seguindo um "padrão da Casa".

Depois de colocada no pescoço a Guia deve alcançar até abaixo do umbigo.

Cuidados no Manuseio e Uso

São elementos ritualísticos pessoais, individuais e intransferíveis, devendo ser manipuladas e utilizadas somente pelo médium a quem se destinam.

Deve-se observar que cada indivíduo e cada ambiente, possuem um campo magnético e uma tônica vibracional própria e individual. A manipulação das guias por outras pessoas, ou ainda, seu uso, em ambientes ou situações negativas ou discordantes com o trabalho espiritual, fatalmente acarretará uma "contaminação" ou interferência vibracional.

Pelos motivos expostos, o uso de guias pertencentes ou recebidas de outras pessoas, é uma pratica normalmente desaconselhável a um médium.

Enquanto estamos usando as guias devemos observar algumas recomendações:

· Não se alimentar (exceto em ritual).
· Não ingerir bebidas alcoólicas (exceto em ritual).
· Não manter relação sexual.
· Não ir ao banheiro
· Não tomar banho.

Em qualquer destes casos, deve-se retirar a guia e guardar, ou entrega-la para o Pai/Mãe de Santo, Pai/Mãe Pequenos ou Ogãs para que tomem conta das mesmas.

Como vimos as guias são elementos ritualísticos muito sérios e como tal que devem ser respeitados e cuidados. Seu uso deve se restringir ao trabalho espiritual, ao ambiente cerimonial (terreiro) e aos momentos de extrema necessidade por parte do médium. Utilizar a guia em ambientes ou situações
dissonantes com o trabalho espiritual, ou por mera vaidade e exibicionismo, é no mínimo um desrespeito para com a vibração a qual representam.

Devem ser sempre limpas e guardadas no terreiro ou em algum lugar longe do alcance e visão dos curiosos. Lembre-se que as guias são objetos sagrados e como tal devem ser tratadas.

Um detalhe importante é de tempos em tempos, descarregarmos nossas guias com água do mar ou da chuva, e depois energizá-las com amaci, buscando sempre o aconselhamento de um dos dirigentes sobre como proceder.

Sociedade Espiritualista Mata Virgem



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É Força de Pemba, Sim "Sinhô"


É força de pemba


É força de pemba... é Lei
Se errou... se extraviou...
Ninguém pode dá caminho
Ninguém pode dá malei...
Só quem pode dá malei
É "preto-véio" de seu congá
Assim mesmo é preciso
Que se endireite e volte cá...

Esse ponto nós o ouvimos (e jamais o esquecemos) de um certo "preto-velho", num antigo e extinto terreiro de um amigo e irmão de lei (já falecido) — médium de fato e de direito, numa ocasião memorável...

Resumamos o caso em foco, para podermos dizer ou dar positivamente, certos conselhos a certos médiuns...

"Preto-velho" estava firme no "reino" (o aparelho era bom mesmo — incorporava bem)... Desde que chegou, foi cantando... tirando sempre esse ponto acima...

Os "cambonos" — gente viva de idéia, traquejados, foram logo após algum tempo certificar-se do porquê desse ponto, com "preto-velho"...

Ele balançou a cabeça pra lá e pra cá, deu umas fumaçadas com seu "pito" e disse, usando o linguajar de guerra, mais familiar a todos os entendimentos: —"uai gente — suncês nun tão alembrado daquele fio daqui, o Fulano"?

Eles então logo lembraram desse caso e respoderam: — "estamos sim, meu velho"...

E "preto-velho" logo retrucou: — "pois bem — zi Fulano vem pur aí, tá case chegando nesse congá de preto-véio"... e acrescentou: — "óia fios, arrecebam ele bem, oviro? "...

E pôs-se a repetir esse ponto acima grafado...

Abramos um parêntese ligeiro, para recordarmos o tal caso de Fulano...

Como tantos outros em outros terreiro, nesse apareceu um filho-de-fé, doente, aflito, cheio de mazelas e confusões, principalmente na parte mediúnica espiritual, porque realmente era médium (dentro de seu grau) e vinha sofrendo mais por falta de apoio e boa orientação.

"Preto-velho" cuidou, tratou, reafirmou suas condições mediúnicas, enfim, levantou-o de todo...

Depois de muito tempo — já firme — fez o seu batismo de lei, ato que implica um juramento espontâneo, consciente da lealdade à faixa espiritual que o acolheu, zelou e levantou...

Mas — é o caso corriqueiro de centenas e centenas de médiuns ou de irmãos que procedem assim — a certa altura começou a se envaidecer e a ter ambições próprias de chefiar; tornou-se um tanto ou quanto arrogante, olhando os outros com superioridade.

Começou a criar casos. A fazer sessões por conta própria em sua casa, na casa dos outros médiuns mais ingênuos etc... A "ovelha" estava se desgarrando do "aprisco"...

Aconteceu o que, forçosamente, acontece nesses casos... Um choque hoje, outro amanhã e o ambiente do terreiro vai ficando "irrespirável" para tal médium e ele lá se foi... não obstante os conselhos de "preto-velho" — aos quais não deu muita importância... porque "pensava estar seguro, pois também não tinha seus protetores"?

Nesses casos — repetimos — que acontecem em profusão e não há Tenda que não se queixe disso, o médium extraviado segue sempre dois caminhos: — ou abre terreiro por conta própria ou começa a correr gira — de terreiro em terreiro... pois ele quer exibir seus "protetores", suas artes mágicas...

Com esse aconteceram as duas coisas e nada deu certo para ele (como não tem dado para os outros também — se saíram de uma gira digna, honesta, sincera)...

O terreiro que abriu, acabou fechando (quando não acaba fechando é porque descambou ou para o animismo estilizado ou para o vale-tudo) de tantos e tantos "estouros" e contratempos astrais, intrigas e outras coisinhas mais...

Daí começou a ficar desconfiado... e se auto-interrogava de consciência pesada:


— "será que é força de pemba"? Quanto mais pensava, mais adquiria essa certeza.


Mudou. Foi "correr gira"... Foi se apegar com outros...


Não deu certo... e iniciou uma romaria de terreiro em terreiro. Fez preceito de toda ordem (sim porque acabam caindo mesmo "nos tais terreiros que de umbanda só têm o nome" — até "camarinha" fazem), firmou "cabeça", fez o santo várias vezes.


Nada. Aqueles contatos positivos que tinha lá no terreiro de "preto-velho" que ele traiu... nada... sumiram como por encanto.

As antigas confusões voltaram... na vida, no lar, nos negócios etc. Aí ele medrou mesmo de verdade... "será força de pemba" — meu Deus? — ruminava ela, dia e noite, com sua mente apavorada, sugestionada, perturbada...


Ainda suportou muito, por causa de sua vaidade, "de não querer dar o braço a torcer"... pensando na humilhação da volta...


Porém, acabou sendo mesmo aconselhado por outrem que já tinha passado por essa situação e decidiu-se...

Foi quando — nessa noite — resolveu voltar, assim como quem estava com saudade... querendo rever os velhos companheiros de lá...


E "preto-velho" cantava... sabia e cantava... esperando (ah! velho de fato e de direito)... quando apareceu ele — a "ovelha transviada". Desconfiado, "cabreiro", como se diz na gíria de terreiro...


Todos os companheiros antigos ficaram alegres (já estavam preparados), encorajaram-no apontando para o "preto-velho": — "olha Fulano, — o velho tá te esperando"...


Emocionado, aproximou-se da entidade amiga, ajoelhou-se e não disse nada... não tinha o que dizer, ou melhor, disse tudo nesse gesto de ajoelhar...


"Preto-velho" disse para ele — lembramos bem: — "levante, meu fio, só se ajoeia quando se reza pra Zamby ou pra Oxalá e esse "preto-'veio" não é merecedor disso".


Deu-lhe o "malei" que pedia; vários conselhos de conforto e voltou com outro pontinho (indefinível para muitos dos que ali estavam), com a mão por cima de sua cabeça.

Ei-lo:

"Na ladera de pilá
É... tombadô...
Bota fogo ni sapê
Pra nacê ôta fulô..."

Foi quando o médium arrependido não pôde e desabafou emocionadíssimo: — "eu sei, meu velho — foi força de pemba... sim sinhô"...

(Significado oculto do pontinho que o tal médium logo aprendeu: — "na ladera de pilá", quis dizer: — "no caminho da vida espiritual-mediúnica"...

"É... tombadô...", quis dizer: — "caiu, derrapou, se extraviou, errou etc"...

"Bota fogo ni sapê", quis dizer: — "destrua sua mazelas morais, psíquicas, suas vaidades, seus erros"...

"Pra nacê ôta fulô", quis dizer: — "regenerar para criar outras forças novas, forças espirituais, morais etc"...)

Assim, extraindo desse caso o saldo moral, vamos dar alguns conselhos, nesse sentido. Cremos ser oportuno.

a) Irmão médium: — se você anda por aí, às tontas, fazendo "cabeça", se enterrando cada vez mais de "terreiro em terreiro" — não continue assim; volte para a sua Tenda, de vez que você sabe que ela é digna, se pauta na linha justa da caridade, da moral, da humanidade e da sinceridade. Por que fez isso?

Cuidado! Você está prestes a entrar, se já não entrou, "na força de pemba... sim sinhô"...


b) Irmão médium: — você que saiu de sua Tenda ou terreiro, "fofocando"(desculpem o termo), cheio de vaidade, pensando ser o tal e até difamando o seu médium-chefe ou dirigente — cuidado com a força de pemba... sim sinhô!...


c) Irmão médium — você foi causa de quizila, conscientemente, em sua Tenda e de lá saiu, cheio de impáfia, pensando já ter os conhecimentos de lei "para abrir o terreiro ou agrupamento"?...


Você provou cisões — por causa dessa sua imbecil vaidade? Pois saiba: — "você semeou maus ventos e vai colher tempestades... se já não as colheu!"...

Você foi desleal e ingrato? Se você foi isso e o fez em gira de "preto-velho", você vai ver o que "é força de pemba... sim sinhô"...

Traição, ingratidão, deslealdade, difamação, não têm perdão — assim como você pensa! Cuidado! "É na força de pemba... sim sinhô"... que você vai ver quanto está lhe custando ou vai custar tudo isso...


Quizilas (que você semeou no terreiro) em família? Abandono de amigos e traições? Choques morais? Também podem lhe acontecer, porque, "força de pemba... é lei"... não "dorme" não senhor...


Você abriu terreiro? — com que ordens e direitos de trabalho? Cuidado com o astral inferior que, na certa, já sabe que você é faltoso, está errado e com toda certeza já o envolveu e deu-lhe alguns "tombos"...


Você caiu, machucou-se, quebrou costelas, pernas, pés etc? Pensa que foi mero acidente? Coitado!... Isso "é força de pemba... sim sinhô"... que o baixo astral aproveita pra lhe judiar — pois você está "desguarnecido", essa é que é a verdade...


Quem mandou trair os sagrados compromissos que assumiu com "preto-velho"?...


"Preto-velho" é a Lei — representa as Ordens e os Direitos de Trabalho da Sagrada Corrente de Umbanda... mas, não é mau, nem castiga diretamente; mas sabe que "força de pemba... é a lei" que você infringiu, traiu e que tem de processar o seu curso de ação e reação normal, ou seja: — o que semeares, isso colherás...


E seus "guias e protetores"? — Na certa que você pode pensar que lhe estão dando cobertura. Qual!


Você está nessa altura é mesmo com um belo "quiumba", matreiro, velhaco, sugando-o, envolvendo-o, dominando-o... isso sim!


Guias e protetores de fato não acobertam erros, vaidade, quizila, ignorância e deslealdade...


Obs: — Isso tudo não tem endereço certo. É pura doutrina. É recado do astral que estamos dando. Nós não temos casos especiais que nos tenham abalado a esse ponto. Nós estamos acima disso... Graças a Deus. Somos completamente indiferentes a certas "águas passadas"...


Quando se diz que o médium faltoso está "pembado" é porque ninguém pode dar jeito na situação dele (ninguém quer botar a mão na cumbuca); nenhum Guia ou Protetor de outra "gira" pode interferir; socorrê-lo... pois "é força de pemba" mesmo que ele está enfrentando, é a lei interna moral-espiritual que infringiu e portanto... está sendo disciplinado...


Essa disciplina, às vezes, é sutil, porém, segura... O médium errado leva anos debaixo dela, enfrentando certos impactos, certos tombos duros, de um lado e de outro, sem se aperceber de que está "apanhando", mesmo porque "força de pemba é lei... sim sinhô"...


Fonte: Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda / W.W. da Matta e Silva



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28/08/2012

Lixo Umbandista


Lixo Umbandista

Na prática litúrgica da Umbanda, a oferenda é um dos atos mais sagrados de conexão entre fiel e Divindade.

Toda religião tem sua prática ofertória, quer seja uma fruta no Congá ou até uma nota de R$ 10,00 no envelope. Não importa, este é um ato de oferta, um ato de fé e cada religião tem a sua leitura própria de como deve ser esta prática.

Nas religiões naturais, de culto a Deus e Divindades na natureza, no geral estas religiões tem como pratica ofertória a oferenda daquilo que vem da natureza, ou seja, flores, frutos, grãos etc.

A Umbanda é uma religião natural, ela entende a natureza física como pontos de força, santuário natural, sítio sagrado ou mesmo casa dos Orixás. E encontramos variadas formas de oferendas, tem oferenda para tudo, para energização, para descarrego, para abertura de caminhos, para prosperidade, para amor e por aí vai. O fato é que oferenda está presente no dia a dia do Umbandista.

Já que é tão comum o ato ofertório e principalmente depositado na natureza ou nos pontos de força, como: cachoeira, mata, bosque, mar, encruzilhada... Fica a pergunta: o Umbandista foi sendo preparado para ter consciência ambiental ?

Nunca se falou tanto em meio ambiente, efeito estufa, caos planetário como nestes últimos anos. Todavia se não fosse algo tão sério não se falaria tanto. Claro que podemos ajudar muito fazendo cada um a sua parte, como diminuir o tempo do banho, selecionar o lixo, diminuir o uso do carro, etc.

Mas é realmente preocupante o que fazem por aí os Umbandista e demais religiões quando entram na natureza para uma prática sagrada e acabam profanando o espaço sagrado. É isso mesmo, profanando!

Você já observou a quantidade de lixo que fica no pé da árvore? Na beira do rio?

Assustado? Como é que falo lixo???

Sim, é lixo mesmo!

Este artigo vai ser assim mesmo, um tanto indigesto, é para provocar náuseas e quem sabe ao final, no seu vômito, você comece a evitar que os Orixás continuem tendo que tolerar nosso lixo.

Vamos à parte prática. Reflita comigo, ok?

O conceito de oferenda é o ato religioso de interação do fiel com seu guia, Orixá e forças da natureza. Energeticamente o prana das oferendas é usado em beneficio de quem oferenda ou pra quem se destina, ou seja, quando uma oferenda é feita para terceiro. Magisticamente é a movimentação de energias e elementais em beneficio próprio ou de outrem. Isso é a síntese pratica de como funciona a oferenda. A Umbanda é o culto à natureza e na oferenda colocamos tudo que é natural.

Partindo deste pressuposto fica claro que o conjunto geral da oferenda deve ser um ato salutar para todos os envolvidos, ou seja, o fiel, a natureza e o Orixá. Pense, os pontos de força naturais são as casas dos Orixás, como a mata está para Oxossi, o mar está para Iemanjá, as cachoeiras estão para Oxum, as pedreiras para Xangô, etc.

Oferendar também é uma forma de presentear. Você gosta de receber presentes e eu também, porém no final a embalagem jogo no lixo e fico com o que é usual no presente.

Sejamos práticos e objetivos. O saquinho plástico não é oferenda. A garrafa não é oferenda. Os descartáveis não são oferendas. O que é oferenda?

As flores, frutos e comidas.

Se a Umbanda vê a natureza como sagrado, logo deve preservá-la. Todo cidadão precisa de uma consciência ecológica para o exercício da cidadania, mas com o Umbandista a coisa vai mais longe, ecologia é preceito religioso, e isso significa muita coisa.

O respeito com a diversidade ritualística que encontramos em nossa religião não pode ser confundido com tolerância aos abusos. Porém, antes de julgar precisamos orientar.

Sei que existem muitos conceitos sobre oferendas e postura dentro dos campos sagrados. Certa vez me falaram que tudo que entra na mata não pode sair, ou seja, aquelas dezenas de sacolinhas plásticas que serviram apenas de condutores materiais, tinham que ficar lá. Os copos plásticos, garrafas e bandejas de isopor também. A justificativa: não tirar carrego da mata!

Oras, ou aquele lugar é sagrado e como tal é benéfico, ou é profano e prejudicial, temos que definir isso na mente.

Pelo lado energético eu pergunto: o que vai me atrair negatividades? São as sacolinhas que por sinal são isolantes ou minha vibração mental e emocional?

Se é a opção dois então qualquer ambiente me fará mal, certo?

Então vamos descartar esta obrigatoriedade de poluir o espaço sagrado. Até porque esta prática é mais atual do que parece.

Os antigos zeladores do culto de nação e vertentes afros, anterior à Umbanda ensinavam que as oferendas deviam ser depositadas sobre folhas de bananeira, chapéu-de-couro ( erva ) ou folhagens do Orixá ofertado. Isso é sabedoria natural, não existiam ainda campanhas ambientais. Mais que isso, eles ensinavam que para natureza só vai o que ela ofertava. Os elementos orgânicos se decompõem no solo e viram adubo, muitas vezes as sementes brotam e uma nova vida nasce naquele ambiente.

Contudo, hoje não vemos isso, o que encontramos são garrafas estilhaçadas ao redor de árvores, panos nobres servindo de toalha para o "banquete divino“ e muitos descartáveis que não oferecem nenhuma utilidade.

Além de cuidar do meio ambiente, precisamos zelar pela boa imagem da religião. Pois, para aqueles que não são adeptos, quando chegam em ambientes com estes "restos", criam uma imagem bastante distorcida do real significado das oferendas.

Questão de Postura

Há algum tempo foi notícia em Porto Alegre – RS uma oferenda na beira do rio Guaíba contendo 77 cabeças de bode, claro que sabemos que não tem nada de Umbanda nisso, mas não foi isso que a mídia local divulgou. Também em Curitiba – PR foi proibido a entrada de Umbandista para pratica de oferendas numa reserva florestal, devido ao excesso de lixo não orgânico deixado na natureza e nem preciso citar as milhares de encruzilhadas diariamente forradas por elementos nada agradáveis.

Muitas vezes estes excessos provém da Umbanda, no entanto já foi manchada a nossa imagem e precisamos de postura real e firme, no dia – a – dia do fiel Umbandista, aliado a divulgações e mídias como que realmente a Umbanda se porta à natureza.

Em São Paulo capital, dois cemitérios ganharam há seis anos um Santuário de Obaluaiê / Omulú para os fiéis promoverem seus cultos e oferendas. No entanto tivemos notícia que estes espaços serão desapropriados devido a depreciação do ambiente e a quantidade diária de animais mortos despejados ali.

Precisamos erradicar o contra – senso da má prática ofertória. Para só depois conseguir mudar a imagem social.

Fazendo a Diferença

Foi preocupado com a violência urbana, privacidade e meio ambiente que o Sr. Pai Ronaldo Linhares, presidente da Federação Umbandista do Grande ABC fundou há 30 anos o Santuário Nacional da Umbanda, um espaço que na origem era uma imensa pedreira e terra seca, hoje todo reflorestado com árvores tópicas, cachoeiras, rio e uma imensa área verde. O Umbandista tem toda liberdade e privacidade para realização de seus cultos e oferendas, inclusive em praças específicas para cada Orixá ou linha de trabalho. Hoje, 263 terreiros estão construídos nesta área e há 40 lotes disponíveis para aluguel diário aos interessados em fazer trabalhos na natureza. É aberto ao público geral sem restrições.

Lá sim, você pode fazer uma oferenda com panos, pratos, descartáveis, vidros etc, pois o Santuário conta com uma equipe de funcionários responsáveis pela limpeza, a coleta é seletiva, o que é reciclado tem seu destino certo, o que é orgânico vira alimento para o minhocário que produz o adubo utilizado para o plantio de 300 mudas mensais e faz parte do reflorestamento da Mata Atlântica que o Santuário mantêm.

Pai Ronaldo informa que o Santuário tem um compromisso muito sério com o meio ambiente, por isso são feitas três coletas semanais de lixo, totalizando uma média de 8 a 10 toneladas de puro lixo. Não está incluso nesta conta os recicláveis, orgânicos e alguidares. Em épocas de festa chega a coletar quase o dobro disso. Todo esse lixo vem das 2 a 3 mil pessoas que frequentam semanalmente o Santuário.

O mais interessante é como se aproveita a maioria dos materiais que seriam lixo. Os alguidares são limpos e triturados para servirem de cascalho nas estradas internas do parque. Louças, pratos, copos etc, também são limpos, desinfetados e defumados pela Mãe–de–Santo, Dona Luíza, que separa tudo e encaminha para várias instituições de caridade.

Já os recicláveis são selecionados pelos funcionários que dividem o lucro da venda destes produtos, que não é pouco, sai um caminhão por mês cheio de garrafas e até duas toneladas de plástico, papel e latas, se juntássemos tudo isso, o peso seria em média de 25 toneladas ao mês de “lixo”, evitado de ser despejado e destruir a natureza.

Próximo a cachoeira uma placa alerta os visitantes: "O lixo traz o rato, o rato traz a cobra, a cobra traz a morte". A limpeza das oferendas é feita sempre com o prazo mínimo de 24 h após ser arriada. "O Umbandista não precisa de uma catedral como só o gênio humano é capaz de construir. Só precisa de um pouco de natureza, como Deus foi capaz de criar" frisa Pai Ronaldo.

Em Juquitiba, também interior de São Paulo, a União de Tenda de Umbanda e Candomblé do Brasil, presidida pelo Sr. Pai Jamil Rachid, construiu o Vale dos Orixás com o mesmo fim, porém, restrito aos filiados da federação.

Pai Jamil afirma que, por mês, cerca que 2.000 filiados utilizam este espaço.

Em Bauru – SP, a Federação Umbandista Reino de Oxalá, presidida por Sr. Pai Rubens Amaro, há oito anos fundou o Vale dos Orixás.

Infelizmente pelo tamanho do nosso corpo religioso são poucas as iniciativas para "privatizar" santuários naturais e trazer conforto, segurança e ecologia para nossa comunidade.

Mas se você reside distante destes espaços se adapte e faça a diferença.

Dicas de Bom Senso

De forma geral os Umbandistas se utilizam da natureza pública, poucos tem acesso aos recintos privados, como citamos. Portanto, todos nós podemos adotar atitudes simples que resultam em grande impacto.

Quando chegar no ponto de força da natureza e definir onde irá arriar sua oferenda, priorize forrar o chão com as folhagens do ambiente. Coloque os elementos e comidas sobre as folhas. Dispense pratos ou coisas do tipo. Os líquidos coloquem em copos descartáveis. Acenda as velas e prepare tudo.

Não há resultado em oferendas feitas às pressas, lembre – se que este é um ato sagrado e com dedicação deve ser ministrado. Então, faça as preces, cantos e pedidos com tranqüilidade. Normalmente na natureza em 30 a 40 minutos as velas já queimaram, ótimo. Recolha as borras e coloque no lixo. Antes de sair, jogue o líquido dos copos ao redor da oferenda, os descartáveis vão pro lixo. Faça o mesmo com garrafas e demais elementos. Certifique-se que ficará na natureza apenas material não poluente.

Seguindo esse preceito deixaremos de agredir a natureza sem perder o ato sagrado e ainda alegrar o Orixá. Não apoie velas no tronco das árvores, você pode matá-las. E lembre – se:

Conceitos de Oferendas e a Natureza

No livro Rituais Umbandistas de Rubens Saraceni, pela Editora Madras, o autor cita na página 21 que "o ato de fazer uma oferenda ritual a um Guia Espiritual em um ponto de força abre-lhe a possibilidade de recorrer à própria hierarquia e às forças da natureza, tanto para auxiliarem seu médium como para socorrerem as pessoas que atender." Ele ainda complemente que "a oferenda ritual atua como uma chave de abertura e de religação do médium com o Orixá...”

O espírito Ramatís no livro A Missão da Umbanda, editora do Conhecimento, na página 94 elucida que "na cosmogonia das religioes africanistas, especialmente a ioruba, o ato de "arriar" uma oferenda estabelece e perpetua uma troca de força sagrada entre dois mundos: o divino oculto e o profano visível; tudo é energia e tem mais afinidade com este ou aquele Orixá. Essa energia deve estar sempre em movimento em ambos os sentidos: entre o plano concreto – material e o invisível – astral. Assim como a água em seu ciclo sucessivo de chuva, evaporação, resfriamento e degelo, a dinâmica de transferência energética é considerada essencial e parte da vida."

Observamos dois autores que ao tratar das oferendas convergem no mesmo ponto. A grandiosidade e sacralidade da oferenda e dos pontos naturais.


TEMPO DE INDIGESTÃO DA SUA OFERENDA

Material: Tempo de Degradação:

Alguidar - Indeterminado
Louças ( Ibás ) - Indeterminado
Lata de Alumínio - 200 a 500 anos
Vidro - Indeterminado
Isopor - Indeterminado
Metal - 100 anos
Garrafa Pet - 400 anos
Copo de Plástico - 50 anos
Bituca de Cigarro - 5 anos
Papel - 3 a 6 meses
Pano - 6 meses a 1 ano
Sacolas Plásticas - 100 anos
Tampinha de Garrafa - 150 anos
Palito de Fósforo - 6 meses


Revista Umbanda Sagrada






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Você é Umbandista?

Umbandista de joelhos


Uma das questões dentro da comunidade umbandista diz respeito a se apontar, dentro de um raciocínio aplicável a consciência do ser humano, se determinadas pessoas podem ser consideradas, de fato e de direito, como filhos da Corrente Astral de Umbanda. Não queremos de forma alguma aplicar fórmulas matemáticas a aspectos humanos.

Entendemos que cada um, dentro de seu estágio evolucional, tem uma maneira própria de se situar naquilo que conhece como religião, uma vez que os espíritos encarnados encontram-se em diferentes degraus da escala espírito-progressiva. No entanto, é certo e racional que firmemos parâmetros básicos que possam nortear e embasar uma definição, se não perfeita, pelo menos razoável, no que diz respeito a ser ou não ser considerado umbandista.

Tais considerações retrocitadas prendem-se ao fato de que, ao vivenciarmos o Movimento Umbandista, nos deparamos com situações (atos e fatos) que nos impulsionam a repelir determinadas formas de pensamento e comportamento, incompatíveis com as bases e diretrizes crístico-espirituais de nossa Umbanda. Vejamos:

  • É comum algumas pessoas (médiuns e assistentes) se intitularem espíritas (kardecistas) em vez de Umbandistas. Será que não sabem que, embora tais segmentos tenham pontos de contato, não são a mesma coisa? Ou será que mesmo sabendo, ainda não tiveram a dignidade e a convicção em se apresentarem a terceiros como umbandistas, movidos por vergonha em relação a religião que professam?

  • Será que podem ser considerados umbandistas aqueles que se insurgem contra a expropriação alheia através do famigerado dízimo, que serve a luxúria e ostentação material de muitos pseudo-religiosos, e, às escondidas, mercantilizam a mediunidade, vivendo às custas do que é arrecadado em um terreiro? 

  • Será que pode ser considerado umbandista aquele que, estando em conversações sociais, fica omisso quanto a críticas infundadas dirigidas a sua religião? 

  • Será que pode ser considerado umbandista aquele indivíduo que tendo filhos, em vez de os batizarem num templo umbandista, se valem de outra religião para o respectivo sacramento? 

  • Será umbandista aquela pessoa que tendo nascido e vivido anos dentro da Umbanda, ao decidir casar, requer os préstimos de outra religião para concretizar o matrimônio? 

  • Será que pode ser considerado umbandista aquele que só aparece no terreiro em dias festivos, onde há um maior número de assistentes, e que aproveita os presentes para exibir-se de forma bizarra e ridícula, fruto de sua deformação moral e espiritual? 

  • Será umbandista aquele indivíduo que faz caridade vinculada a favores posteriores, ou aquele que barganha um lugar de destaque, promovendo o " toma lá, dá cá "? 

  • Será que pode ser considerado umbandista aquele que é cúmplice da escravidão religiosa, não esclarecendo aos enclausurados que só o conhecimento os libertará dos vendilhões do templo? 

  • Será que é considerado umbandista o indivíduo que se omite diante do comportamento distorcido de um irmão de fé, não o auxiliando a desprender-se de certos conceitos prejudiciais a sua evolução? 

  • Será que é umbandista aquele que, ao observar um irmão de fé com faculdades mediúnicas, espirituais, morais, intelectuais e culturais que possam ser úteis ao progresso do Movimento Umbandista, ao invés de incentiva-lo a prosseguir, trata sorrateiramente de lhe "puxar o tapete", com medo que sua imagem fique ofuscada, ou por inveja? 

  • Será que é considerado umbandista aquela pessoa que, incorporando um Caboclo, Preto-Velho etc., e por isto tendo responsabilidades em estar nos dias e horas determinados para que seus Guias possam prestar a caridade, simplesmente deixa seus deveres mediúnicos a fim de usufruir dos prazeres efêmeros e sem nenhuma relevância espiritual? 

  • Será que é umbandista aquele que valoriza as pessoas pelos títulos honoríficos ou profissionais e pelos bens que estas possam ter, deixando em segundo plano os valores morais, éticos, caritativos e espirituais? 

  • Será que é considerado umbandista o indivíduo que ganha notoriedade em um templo através de ameaças, aconchegos e conchavos, ou através da mostra do saldo bancário, e que tenta a todo o custo ser o centro das atenções, utilizando até o nome sagrado de Jesus para tanto? 

  • Será que tudo o que foi escrito até agora servirá de alerta e conselho, para que alguns irmãos de fé se regenerem e possam engrossar as fileiras dos verdadeiros filhos de Umbanda? 


Esperamos que sim!!!

Jornal Umbanda Hoje



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24/08/2012

Conduta dos Médiuns de Umbanda

Conduta dos Médiuns de Umbanda


1 - Manter dentro e fora da Tenda, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral.

2 - Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo livros indicados pela Direção Espiritual do Terreiro, bem como assistindo palestras nesse sentido.

3 - Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente o aspecto moral.

4 - Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido, muito mais "tudo" que o dos seus irmãos, médiuns também.

5 - Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente.

6 - Dê paz ao seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando e "aborrecendo" a entidade. Fique certo de que, se ele, o seu protetor, tiver "ordens e direitos de trabalho" sobre você, poderá até discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgânicos, financeiros etc. Se você for desses que, além de tudo isso, ainda comete erros em nome de sua entidade protetora...

7 - Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.

8 - Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado "pronto" ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas ou propiciatório determinados por seu guia ou protetor, se for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, que poderão ser dados pela direção do terreiro.

9 - Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordens comprovadas de sua entidade protetora responsável direta e testadas no terreiro.

10 - Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência também para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que tenha impressionado dessa ou daquela forma.

11 - Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas maldizentes etc...

Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar delas...

12 - Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar as recompensas.

13 - Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a esperar e confiar...

14 - Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você está em débito com sua consciência.

15 - Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e, portanto ligado a dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, às lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se erre mais. Ou não cometer os mesmos erros.

16 - Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada

17 - Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o álcool.

18 - Nos dias de trabalhos, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar a sessão espiritual, limpo de corpo e espírito.

19 - Não se esqueça, hipótese alguma, de que não se deve ter relações ou contatos carnais na véspera e no dia dos trabalhos.

20 - Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o túmulo do médium.

21 - Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor. Ele é seu grande amigo e somente trabalha para a sua felicidade.

Extraído do livro: "Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda" Autor: W.W da Matta e Silva


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O Filósofo e o Preto Velho

O Filósofo e o Preto Velho

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar. Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. 

O filósofo respondeu:

Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente.

Pergunto eu: - o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.

Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. ”Téchne” e “Logos” também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida. Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, que aquela humilde entidade possuía. Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência?

Este, respondeu:

Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra. Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.

E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro, semeador das raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.

Que cada um formule a sua moral da história.

Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão alinhados com os propósitos de simplicidade. Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber.

Autor desconhecido



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23/08/2012

Como Mudar Sua Energia

Como Mudar Sua Energia

"Como o objetivo da nossa vida é a interação entre os seres para acontecer a evolução, acredito que o caminho é o processo da nossa educação mental e não a fuga."

Diga-me o que pensas e te direi quem és

Como já dizia o sábio, ‘diga-me com quem andas e te direi quem és’. Ele provavelmente estava referindo-se aos amigos, parceiros, sócios, etc. da pessoa em questão, mas certamente podemos aplicar a mesma lógica aos nossos pensamentos. Por mais que vivamos rodeados de gente, passamos muito mais tempo sozinhos com nossos pensamentos. E podemos certamente transformar a frase acima em ‘diga-me com que pensamentos andas e te direi quem és’.

Nossos maiores amigos e nossos piores inimigos são justamente nossos próprios pensamentos. Pensamentos podem ser melhores do que um doutor ou podem machucar mais do que uma pedra. Muita gente culpa forças externas pelos seus fracassos, quando na verdade deveria entender que pode estar sendo enfraquecido constantemente pelos seus próprios pensamentos. Nietzsche já dizia que muitas vezes a cabeça é o caixão dos nossos maus pensamentos.

Você conhece suas fraquezas? Você está disposto a aceitá-las e admiti-las? O que tem freado sua vida, impedindo-o de viver exatamente da forma que gostaria? Quando você é honesto consigo mesmo sobre suas fraquezas, e disposto a dedicar-se a trabalhar para melhorá-las, você acaba identificando um excelente caminho para melhorar e alcançar o sucesso.

Se você é criativo e tem ideias arrojadas, prepare-se para o fato de que a maioria das pessoas vai dizer constantemente que você está errado. Aí justamente reside um grande problema: por mais que tentemos evitar, temos a tendência de nos moldar à visão que os outros têm de nós.

A coisa mais fácil do mundo é ser você mesmo. A coisa mais difícil do mundo é ser a pessoa que você acha que os outros querem que você seja. A imagem que você tem de si próprio vai influenciar todos as decisões, momentos e atos do seu dia. Cada uma dessas decisões vai moldar e dar contorno à sua vida e ao mundo ao seu redor. Se você fizer apenas o que acha que deve fazer por causa dos outros, vai viver sempre insatisfeito e cheio de pensamentos conflitantes.

Um dos principais componentes da sabedoria é conhecer os limites do seu conhecimento. É preciso saber o que se sabe, e também saber o que não se sabe. As pessoas realmente inteligentes são aquelas que sabem e entendem que elas não têm todas as respostas. Pessoas realmente inteligentes estão sempre dispostas a perguntar, aprender e crescer, vendo as coisas como deveriam ser, não apenas como são.

Se você quer mudar seu mundo deve mudar seus pensamentos, disse Norman Vincent Peale, pois você acabará inevitavelmente transformando-se em tudo aquilo em que acredita. Se você acredita em alguma coisa sobre si mesmo, podia nem ser verdade antes de você começar a acreditar, mas com o passar do tempo com certeza vai ser. Isso pode ser tanto uma boa notícia quanto uma má, dependendo da imagem que tiver de si próprio.

Você transforma seu amanhã pelas ações que toma hoje. Por isso você tem que tomar tanto cuidado com o que você pensa sobre si mesmo, porque você investirá todo seu tempo, esforços e tudo o que tem (e faz) buscando alcançar esse resultado – positivo ou negativo, seja ele qual for.

Citando Dale Carnegie: “Qualquer tolo pode criticar, condenar e reclamar – e a maioria faz exatamente isso”. Se você deixar seu amanhã chegar sem sua participação ativa, existem grandes possibilidades que você não goste do resultado final.

Já dizia Aristóteles que a excelência não é um ato, mas sim um hábito, porque somos o que fazemos repetidamente. Parte importante da sua autoestima é responsabilizar-se pelos próprios atos. Por mais desculpas que possamos inventar, somos o que pensamos e fazemos.

Todas as pessoas podem ser divididas em 3 grupos: os imóveis (ou imexíveis), os móveis, e os que se movem. Para sair da zona de conforto e fazer alguma coisa muitas vezes precisamos de coragem. Infelizmente tem muita gente que acha que coragem é só para super-heróis. Mas isso não é verdade. Como escreveu Robert Louis Stevenson, todo dia a verdadeira coragem tem poucas testemunhas. Mas sua coragem não é menos nobre só porque não tem uma banda tocando ou a torcida gritando seu nome.

Seja corajoso e faça o que acha que tem que fazer. Esqueça o que os outros vão pensar ou dizer. Faça o que é certo. Se for diferente, já sabemos que vai ter sempre alguém criticando. Mas somente assim você romperá barreiras e estabelecerá novos limites. Você só pode descobrir um mundo novo arriscando-se a sair do velho.

Não tem muita coragem? Não sabe por onde começar? Não tem problema. Faça como os japoneses – aplique a filosofia do Kaizen: pequenas melhorias contínuas que no final dão um grande resultado.

Existem 3 coisas que todo ser humano deve saber: o que é demais para ele, o que é de menos, e o que é certo. Encontre alguma coisa que esteja dando certo na sua vida e tente melhorá-la só um pouquinho. Não é necessário fazer alguma coisa grandiosa ou revolucionária – basta um simples detalhe, algo que você pode fazer agora mesmo. Veja só que coisa interessante: hoje é justamente um dia excelente para você melhorar só um pouquinho alguma área da sua vida.

Gandhi resumiu bem quando disse que a diferença entre nossa capacidade de fazer e o que realmente fazemos poderia resolver todos os problemas do mundo. Basta termos a coragem de pensar de forma diferente – e depois agir. Um passo por vez, um pouquinho todos os dias, e com certeza você conquistará qualquer objetivo em sua vida.

Raúl Candeloro







Livre-se das Energias Negativas

1. Pensamentos obsessivos – Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos – mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos – Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo – Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal -Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.

8. Bagunça e projetos inacabados – A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza – A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

Atenção - posicionar os móveis de maneira correta, usar espelhos para proteger a entrada da casa, colocar sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d’água para acalmar o ambiente são medidas que se tornarão ineficientes se quem vive neste espaço não cuidar da própria energia. Portanto, os efeitos positivos da aplicação do Feng Shui nos ambientes estão diretamente relacionados à contenção da perda de energia das pessoas que moram ou trabalham no local. O ambiente faz a pessoa, e vice-versa.

(autor desconhecido)








Livre-se dos Vampiros de energias

Todos nós os conhecemos, sabemos como são, como se vestem, como agem e seus propósitos: sugar o sangue de suas vítimas, pois só assim sobrevivem. Esses são os vampiros dos filmes, seres errantes de capa preta e grandes dentes, ávidos por sangue, que andam pelas sombras em busca de suas vítimas.

Mas existe um tipo de vampiro que convivemos diariamente - os vampiros de energia. Eles podem ser nosso irmão, marido ou esposa, empregado, amigo, vizinho, gerente do banco, ou seja, qualquer um do nosso convívio. Eles roubam energia vital, comum no universo, mas que eles não conseguem receber.

Mas, afinal, por que estas pessoas sugam nossa energia?

Bem, em primeiro lugar a maioria dos vampiros de energia atua inconscientemente, sugando a energia sem saber o que estão fazendo. Isso acontece porque elas não conseguem absorver as energias das fontes naturais e ficam desequilibradas energeticamente.

Quando essas pessoas bloqueiam o recebimento destas energias naturais (ou vitais), precisam encontrar outras fontes mais próximas, que nada mais são do que as pessoas ao redor. Na verdade, quase todos nós, num momento ou outro da vida, quando nos encontramos em um estado de desequilíbrio, acabamos nos tornando vampiros da energia alheia.

Como identificar e combater essas pessoas?

1. Vampiro cobrador: cobra sempre, de tudo e todos. Quando nos encontramos com ele, já vem cobrando o porquê não lhe telefonamos ou visitamos. Se você vestir a carapuça e se sentir culpado, abrirá as portas. O melhor é usar de sua própria arma, cobrando de volta e perguntando por que ele não liga ou aparece. Deixe-o confuso, sem tempo para retrucar e se retire rapidamente.

2. Vampiro crítico: crítica tudo e todos, e o pior que é só critica negativamente. Vê a vida somente pelo lado sombrio. A maledicência tende a criar na vítima um estado de alma escuro e pesado, que abrirá seu sistema para que a energia seja sugada. Diga 'não' à suas críticas e nunca concorde com ele. A vida não é tão negra assim. O melhor é cair fora e cortar o contato.

3. Vampiro adulador: o famoso puxa-saco. Adula o ego da vítima, cobrindo-a de elogios falsos, tentando seduzi-la. Muito cuidado para não dar ouvidos ao adulador, pois ele espera que o orgulho da vítima abra as portas da aura para sugar a energia.

4. Vampiro reclamador: reclama de tudo e de todos. Opõe-se a tudo, exige, reivindica, protesta sem parar. O mais engraçado é que nem sempre dispõe de argumentos sólidos e válidos para justificar seus protestos. A melhor tática é deixá-lo falando sozinho.

5. Vampiro inquiridor: sua língua é uma metralhadora. Dispara perguntas sobre tudo e não dá tempo para que a vítima responda. Na verdade ele não quer respostas, mas sim desestabilizar o equilíbrio mental da vítima, perturbando seu fluxo de pensamentos. Para sair de suas garras, não se ocupe à procura de respostas. Reaja fazendo-lhe uma pergunta bem pessoal, contundente e procure se afastar assim que possível.

6. Vampiro lamentoso: são os lamentadores profissionais, que anos a fio choram suas desgraças. Para sugar a energia da vítima, ataca pelo lado emocional e afetivo. Chora, lamenta-se e faz de tudo para despertar pena. É sempre o coitado, a vítima. Corte suas lamentações dizendo que não gosta de queixas, pois elas não resolvem situação alguma.

7. Vampiro pegajoso: investe contra as portas da sensualidade e sexualidade da vítima. Parece um polvo querendo envolver a pessoa com seus tentáculos. Ele suga a energia seduzindo ou provocando náuseas e repulsa. Nos dois casos você estará desestabilizado e vulnerável. Invente uma desculpa e fuja rapidamente.

8. Vampiro grilo-falante: a porta de entrada que ele quer arrombar é o seu ouvido. Pode falar durante horas, e enquanto mantém a atenção da vítima ocupada, suga sua energia vital. Para livrar-se invente uma desculpa, levante-se e vá embora.

9. Vampiro hipocondríaco: cada dia aparece com uma doença nova. É desse jeito que chama a atenção dos outros, despertando preocupação e cuidados. Enquanto descreve os pormenores de seus males e conta seus infindáveis sofrimentos, rouba a energia do ouvinte, que depois sente-se péssimo.

10. Vampiro encrenqueiro: para ele o mundo é um campo de batalha onde as coisas só são resolvidas na base do tapa. Quer que a vítima compre sua briga, provocando nela um estado raivoso, irado e agressivo. Esse é um dos métodos mais eficientes para desestabilizar a vítima e roubar-lhe a energia. Não dê campo para a agressividade, procure manter a calma e corte laços com este vampiro.

Bem, agora que você já conhece como agem os vampiros de energia, livre-se deles o mais rápido possível. Mas, não esqueça de verificar se você, sem querer é obvio, não faz parte dessa lista...

Vera Caballero, jornalista, orientadora metafísica e professora de bioenergias e proteção psíquica








Como mudar sua energia /Estratégias Mentais
(o que você deve fazer de dentro para fora)

1.Pense sempre, de forma positiva. Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro! Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um “atleta”, treine muito;

2.Não tenha medo de nada e ninguém. O medo é uma das maiores causas de nossas perturbações interiores. Tenha fé em você mesmo. Sentir medo é acreditar que os outros são poderosos. Não dê poder ao próximo;

3. Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos;

4. Risque a palavra “culpa” do seu dicionário. Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa retaguarda para espíritos opressores e agressores, que vibram com nossa melancolia. Ignore-os;

5. Não deixe que interferências externas tumultuem o seu quotidiano. Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. Seja prestativo com quem presta. Sintonize com gente positiva e alto astral;

6. Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente. Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez;

7. Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças.

autor desconhecido




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22/08/2012

Conversando Sobre Umbanda

Conversando Sobre Umbanda
Umbanda é prática da caridade. Mas caridade não é colocar as pessoas no colo e resolver os problemas delas. Caridade não é apenas consolar, mas também esclarecer. É necessário que o movimento umbandista se conscientize disso. A Umbanda coloca inúmeras ferramentas energéticas, magísticas, espirituais e conscienciais a vossa disposição. Repassem essas ferramentas. Façam com que não apenas os médiuns e integrantes da corrente conheçam as "mirongas de umbanda", mas as ensine, de forma simples e prática, para que a assistência também se beneficie, quebran­do a dependência dela em relação aos guias. Umbanda é esclarecer...

Esclarecer também em relação ao mundo espiritual, as leis cármicas, de afinidades, etc. Esclarecer a respeito dos Orixás, da família espiritual de cada um. Tantos são os assuntos que poderiam ser ventilados dentro dos terreiros para melhor desenvolvimento das pessoas. Mas os umbandistas estão mais preocupados com os fenômenos, com a manifestação, esquecendo de se voltar para a filosofia espiritualista que está no âmago e na sustentação da religião de Umbanda.

As pessoas insistem em ficar culpando a espiritualidade por suas condições pessoais, buscando jogar a culpa nos “Diabos”, mas esquecem que o verdadeiro “diabo” não é rabudo e nem tem chifres. Não é vermelhinho, nem anda com tridente algum. No entanto, espeta como ninguém, principalmente quando usa a auto-culpa das pessoas como meio comum para suas estocadas ocultas.

O verdadeiro diabo não é ostensivo, pelo contrário, é discreto demais, mas é radical em seus propósitos. Ele age na calada oculta do ego, sempre estimulando as reações extremadas, mesmo aquelas disfarçadas de causas justas, ou aquelas revestidas de aparente raciocínio crítico. Ele gosta dos corações empedernidos no ódio e das mentes ressequidas de orgulho.

O verdadeiro diabo não criou inferno algum, pois ele já o encontrou plasmado dentro das pessoas cheias de medo e culpa. E, para sua própria surpresa, descobriu que o tal inferno não é um lugar, mas um estado de consciência, mantido pelas próprias pessoas. E ainda mais: descobriu que ali não é quente, pelo contrário, é um clima sombrio e frio, sem o calor da luz e sem o viço da alegria.

Pois é, o inferno é um estado de consciência, e o diabo não é uma entidade maléfica à parte do ser humano, nem mesmo um ser criado por Deus. Não mesmo!

O verdadeiro diabo se chama IGNORÂNCIA, e as pessoas o adoram, principalmente os fundamentalistas de qualquer área, seja religiosa, técnica ou espiritualista, que simplesmente são os seus maiores divulgadores.

Esse é o diabo que precisa ser exorcizado dos homens: a ignorância em qualquer de suas manifestações.

Cuidado pois a SABEDORIA pode também se tornar ignorante. È isso mesmo a majestosa sabedoria, que é o acúmulo de conhecimentos vivenciados, através de uma nova personagem que é a VAIDADE pode se tornar sim ignorante.

O Poder da vaidade é tamanho que quando iniciamos em uma nova trajetória de conhecimento e chegamos num determinado momento dessa aprendizagem, começamos a pensar se devemos continuar e desvendar os objetivos daquele ensinamento ou se não já sabemos o suficiente e devemos parar.

Mas qual é o papel da vaidade senão proteger-nos de uma sabedoria que, se atingida, nos dará a capacidade para reconhecê-la, transferindo para nosso consciente o saber de como reconhecer atitudes de pura vaidade, tanto as nossas e quanto as das outras pessoas.

Não subestime sua vaidade! Na maior parte do tempo acreditamos que a controlamos ou mesmo que não a possuímos. Mas o que é isso senão a vaidade de não nos vermos como pessoas soberbas.

Mas, ter sabedoria é bem diferente de obter informação, pois, enquanto a informação se resume em quanto conteúdo que alguém pode assimilar sobre um determinado assunto, mesmo sendo este conteúdo fruto da sabedoria do outro; a sabedoria, na realidade, representa o processo psíquico que organiza de forma racional qualquer fato, acontecimento, informação ou pensamento, permitindo que nós mesmos reconheçamos seu conteúdo, e o colocamos em prática no nosso dia-a-dia.

Por sua vez, a ignorância é bem diferente do desconhecimento, pois, enquanto o desconhecimento representa apenas tudo àquilo que ainda não foi vivenciado ou apreciado por nossa razão, incorporando-se ao nosso inconsciente como conhecimento ou enquanto forma de saber; a ignorância é a consciência que temos da ausência do conhecimento.

Mas o que a vaidade tem a ver com tudo isso?

A vaidade surge em nossas vidas ainda na infância, quando passamos a ter a percepção de nós mesmos e com o tempo, enquanto evoluímos, ela evolui também. O problema é que a vaidade pode evoluir mais, ou menos, que nós mesmos evoluímos enquanto seres humanos e de forma “independente”, posto que a vaidade é fruto de nossa “psique”.

Ficou confuso! Mas, é isso mesmo! A vaidade evoluindo mais ou menos que nossa personalidade (nós mesmos), sempre influenciará nossas atitudes e, por ser “independente”, subjuga nossa sabedoria ou desperta nossa ignorância, evitando, assim, que atinjamos o saber, e passamos a barganhar com nós mesmos ofertas de um pouco de conhecimento ou algo que nos dê prazer.

Assim, a IGNORÂNCIA é a prisão da SABEDORIA e a VAIDADE sua fiel sentinela.

Então, esse é o momento de adquirir conhecimentos para transformar as experiências da vida em sabedoria, para assim vencer a ignorância e desfrutar de todo prazer que puder obter. Não desista ainda, pois se você chegou até aqui é porque seu inconsciente (sabedoria) está interessado em evoluir e, assim, poder tirar suas próprias conclusões com base no conhecimento (do saber) vencendo a ignorância (do desconhecimento).

Acredito que agora você já esteja conseguindo identificar a diferença entre possuir uma informação e ter conhecimento.

Quem nunca presenciou debates onde os participantes buscam primeiro defender seus pontos de vista de modo a sobressair aos do outro! Onde está o debate em torno do tema?

O que vemos aí é apenas a vaidade de cada um que, escondendo a ignorância, luta com os mais ardentes argumentos para que suas informações (desconhecimentos) não sejam vistas como inverdades (ignorância).

Infelizmente, nós criamos o hábito de valorizar, por pura vaidade, aqueles que, de alguma forma, mesmo que reprováveis, conseguiram alguma posição ou prestígio social, e quando fazemos isso, não nos damos conta de que nosso próprio esforço, conhecimento, realizações, etc, somente terão o reconhecimento merecido quando, de alguma forma, estivermos de outro lado, em igual situação.

Devemos aprender a valorizar o saber, o conhecimento. Um sábio acaba frustrando nossa vaidade, pois nos obriga a pensar para chegar às nossas próprias conclusões, mesmo com o risco de fracassar, ao passo que o ignorante apenas afirma o que já sabemos, dando-nos a falsa impressão de possuir tanto saber quanto ele, não nos acrescenta nada, mas acabamos nos sentindo valorizados. Vaidade, vaidade, vaidade… tudo é vaidade.
Lembre-se: Tem coisas que nenhum passe, nenhuma magia, nenhum banho ou defumação irá resolver. Mas talvez uma boa conversa, um bom livro ou apenas uma nova visão em relação à vida ou a situação possa ajudar a mudar.

A Umbanda está cheia de milagres e encantos, cheia de exemplos de superação, simplicidade e humildade. Mas esses milagres e encantos, esses exemplos são simples, acontecem a todo o momento, que acabamos por banalizá-los e não os percebendo. Faz-se necessário que deixemos nossa vaidade de lado, acabando com a ignorância, para que assim possamos seguir rumo a evolução proposta pela UMBANDA.

Então, escute, ouça, sinta… Seja um com Ele! Nisso reside todo Mistério.


Aconteceu na Antiga África:

Uma vez um grande sacerdote tentou realizar uma cerimônia para ressuscitar seu filho, um grande guerreiro morto em guerra. Toda tribo se reuniu para ver tamanho feitiço. No meio da cerimônia o corpo do guerreiro, sacudiu, tremeu, estrebuchou, rolou e finalmente se levantou. Os olhos eram vidrados, mortos. A tribo estava quieta de tanta tensão. Finalmente o corpo novamente caiu morto no chão.

A tribo ficou encantada. Aquele homem era milagroso, capaz de ressuscitar um homem, mesmo que por poucos segundos. Incrível...

Em um canto da tribo, perguntaram ao velho Meji o que ele achava de tudo aquilo:

- Ora, como alguém pode ressuscitar aquilo que nunca morreu? O milagre já está aí, acontecendo a todo momento. O espírito livre, a realidade imortal dele no coração do Orixá. O maior milagre é a própria Vida. Mas vocês se perdem naquilo que os olhos podem ver... E assim é até hoje. A maioria busca por milagres, transitórios, opacos, sem vida, que nada acrescentam. Os terreiros de Umbanda estão cheios desses antigos sacerdotes vendedores de milagres, assim como de olhos obcecados por eles. Mas em todos os cantos, a palavra sábia do preto-velho ainda ecoa tentando despertar alguma coisa no coração espiritual das pessoas.

Onde está o milagre? No manifesto, ou no imanifesto? No transitório, ou no imortal? No finito, ou no absoluto? Na visão, audição, tato, paladar, olfato ou no coração?

Pense bem...

Trabalhe dentro da Lei de Umbanda, mas não faça desse trabalho um fim. Cresça, melhore, desenvolva-se como consciência. Médium ou não, você está cheio de potencialidades, capacidades, dons. Não dependa em tudo dos guias espirituais. Não faça dos Orixás e de seu culto, um mercado de troca de favores e vantagens.

A maior riqueza que os Orixás podem doar a vocês não é acessada através de uma oferenda. Mas é sim, encontrada, no coração limpo, no terreiro simples e aconchegante que existe aí dentro, na sala de iniciação amorosa que ele É.

Limpe os pés, sujos pela lama do ego, antes de entrar.

Limpe as mãos, sujas pela treva da ignorância, antes de tocar e abrir o pórtico de acesso.

E principalmente, vá de intenção nobre a altruísta. Vá de alma e espírito brilhando. A verdadeira iniciação dos Orixás acontece aí dentro. A todo momento. É como um milagre.


O que é Umbanda? 

Umbanda é como aquela pérola bonita. 

Não pode ser vista, pois seu brilho é capaz de cegar. 

É como aquela poesia que nunca será escrita. As palavras são pobres para descrevê-la. 

É como a canção silenciosa cantada pelas estrelas. Só o coração pode escutar. 

É como a simplicidade do preto-velho. 

Tão natural. 

É como a alegria da criança. Tão ingênua. 

É como o sorriso do Exu. Tão enigmático. 

Umbanda é uma imensidão de povos e culturas. É uma imensidão de rostos. 

Uma imensidão... É o Todo. 

É a banda que trabalha pelo UM. 

É singela assim... 

Quando a individualidade desaparece 

A Luz de Oxalá inunda seu ser. 

Você é a Luz, A Luz é você! 

Quando o amor surge como uma flor, 

Os lírios de Mamãe Oxum 

brotam em seu coração. 

Você é a Flor, A Flor é Você! 

Quando a ignorância é eliminada, 

As Flechas do Caçador te guiam. 

O Caçador é você. A Caça também! 

Quando a alma vence sua própria treva 

O Raio de Xangô é vivo no espírito. 

Você é o Rei, o Rei é Você! 

Quando o tufão do discernimento surgir 

Não mais a sombra da alma há de te possuir. 

Você é a Guerreira, a Guerreira é você. 

Quando as cabeças do vício forem cortadas 

A Espada do guerreiro iluminará o caminho! 

Você é a Senda, A Senda é Você. 

Quando a cruz viva do "Velho" te marcar 

O peso do mundo em suas costas cairá. 

Você é Caridade, A Caridade é você! 

Quando a Anciã do destino, em ti existir 

Não mais mistérios hão de te possuir. 

Você é o Fim e também o Começo! 

Quando a estrela brilhar, e o canto encantar 

Nas praias de Aruanda a Mãe Divina você verá. 

Você é a Umbanda, Umbanda é Você! 

E então, no fim da jornada, 

Onde os caminhos se entrecruzam, 

E as Sete Encruzilhadas 

são contem­pladas, 

O Amor que a Tudo gera lá estará! 

Você é Olorum, Olorum é Você! 

Assim cantava-se na velha Luanda... 

Assim ainda se canta, 

Na querida Aruanda... 


Fonte:
Jornal de Umbanda Sagrada




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20/08/2012

Fundamento do Congá ou Altar


Acredito que muitos já devem ter se perguntado isso: Qual o fundamento deste altar? De onde vem essa energia? Qual a sua função perante a assistência? Sei como é difícil aceitar e até utilizar de forma correta o que não se entende, portanto, hoje falaremos sobre um ponto importantíssimo dentro dos terreiros: o Altar.

O Altar é um ponto de força e deve ser firmado e assentado corretamente, pois é o meio pelo qual as Irradiações Divinas alcançarão todos os fiéis diante dele. A principal função de um altar é criar um magnetismo, uma ligação entre “ o céu e a terra”, e é através dele que as irradiações verticais das Divindades – DO ALTO – descerão até o altar e se espalharão na horizontal ocupando todo o espaço destinado às praticas religiosas. Os fundamentos específicos de um altar só podem ser explicados por quem o fez, mas o Fundamento Divino de sua existência em um templo é que quando nos colocamos respeitosamente diante dele, estaremos bem próximos de Deus e de Suas Sagradas Divindades.

As imagens que encontramos nos altares dos centros de Umbanda têm a função de impor um respeito único aos frequentadores induzindo uma postura respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam os Orixás, uma vez que é muito utilizado também o sincretismo religioso, uma unificação através da semelhança entre as características de um Orixá e as de um santo católico. É claro que Ogum não é São Jorge apenas se assemelha a ele em sua qualidade guerreira e Oxalá não é Jesus Cristo apenas traz o mesmo sentido de paz, compreensão, amor incondicional, e assim segue para todos. Orixá não é santo, pois santo foi um espírito humano que viveu no plano material e por boas atitudes foi canonizado pela igreja católica e também não é anjo, pois anjo é um mensageiro de Deus. Orixá é Divindade de Deus, ou seja, é um ser Divino e um mistério de Deus, é uma exteriorização e representante exclusivo de Deus. Por isso entendam: Orixá nunca encarnou, portanto não é santo, nem dá consultas, Orixá não é mensageiro de Deus mas sim representante de suas qualidades, atributos e sentidos. Orixá vem da cultura africana Nagô – Yorubá. São Divindades criadas a partir de Olorun, que é o Deus Supremo onipresente, onipotente e onisciente.

Umbanda cultua Orixá através de suas qualidades, elementos e mistérios.

Umbanda é e está na Natureza e em seus elementos naturais. Por isso melhor que ter imagens nos altares, é ter elementos naturais que representem os Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, “da Umbanda”, para dentro de nossa casa. Esses elementos podem ser as águas minerais ou cristalinas, as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios, como também instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. Vejam alguns exemplos de elementos que podem ser colocados no altar de forma simples, bonita e muito poderosa:

Oxalá – cristal transparente, taça de inox ou copo com vinho branco ou água mineral, girassóis, trigos.

Oxum – pedras como quartzo-rosa, ametista, pirita, água doce de rio ou de cachoeira, rosas amarelas, flor chuva de ouro.

Oxóssi – pedra como esmeralda ou quartzo verde, ervas como guiné, alecrim, espada de Oxóssi, copo de vinho, cipó.

Xangô – pedras de otá ou jaspe, espada de Xangô, machados, cerveja preta.

Ogum – pedras como granada ou rubi, cerveja clara, espadas, lanças ou escudo de ferro, espada de São Jorge.

Obaluayê – pedras como ônix ou turmalina preta, taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palha da costa com búzios.

Iemanjá – pedras como água-marinha ou madre-pérola, água do mar, estrela do mar, conchas, rosas brancas, alfazema.

Não podemos esquecer das velas em nosso altar, pois vela é mistério usado por todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, se torna um poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico de quem recebe sua irradiação ígnea, elas têm o poder de consumir as energias negativas que são descarregadas pelos frequentadores do Templo.

Autor desconhecido



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17/08/2012

Desdobramento


Desdobramento


Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).


Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.


O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.


O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.


Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.


Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito. Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.


Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.


P-400 “O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? - É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.


P-401 “Durante o sono a alma repousa como o corpo? - Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.


P-403 “Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? - Pelos sonhos.


O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.


O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.


Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro. Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.


O sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária. Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes, “mestres” etc.


Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafetos desta ou de outras vidas.


Preparação para o Sono


Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.


Façamos um preparo para o nosso repouso diário:


Orgânico – refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.


Mental Espiritual - leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos.


Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.


Perispírito e Desdobramento


Embora, durante a vida, o Espírito seja fixado ao corpo pelo perispírito, não é tão escravo, que não possa alongar sua corrente e se transportar ao longe, seja sobre a terra, seja sobre qualquer outro ponto do espaço. (Allan Kardec , A Gênese, Cap. XIV, It 23).


Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, conclui: A melhor prova de existência do perispírito é mostrar que o homem pode desdobrar-se em certas circunstâncias.


Desdobramento
É o nome que se dá o fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.


O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).


Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer. O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.


Os desdobramentos podem ser:


a) conscientes : Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento. Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante. Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.


b) inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.


Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.


Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.


c) voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências. É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.


Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.


d) provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos, agentes desencarnados ou até mesmo encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios. Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.


e) emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo. O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se.


Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.


e) emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.


Aluney Elferr Albuquerque






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