Bater Cabeça na Umbanda - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

02/08/2012

Bater Cabeça na Umbanda

Bater Cabeça na Umbanda

Bater cabeça é um ato de respeito e obediência aos orixás. Significa que nossa cabeça, que simbolicamente é a parte mais importante da matéria e que comanda todo o nosso corpo, está se subordinando ao poder dos Orixás e aos fundamentos da Umbanda.

O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos. O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões.

Antes da abertura dos trabalhos religiosos, os médiuns devem bater cabeça para os Orixás perante o Congá. Para isso, o médium deve posicionar-se de bruços e deitado em frente ao Congá, com as mãos no mesmo nível que a cabeça. Nesse momento, o ato de bater cabeça representa um ato de humildade, obediência e resignação aos preceitos religiosos da Umbanda.

Deve-se, em uma rápida prece mental, pedir a licença para trabalhar “neste chão” e pedir auxílio a Deus, aos Orixás e aos Guias espirituais, para um melhor desempenho de nossas funções mediúnicas, recebendo o axé dos Orixás donos deste Templo Sagrado.

Bater cabeça também é reverenciar. Esse ato é feito somente pelos membros da corrente mediúnica do terreiro e é feito em respeito às firmezas dos Orixás e das entidades presentes. Bate-se a cabeça a fim de pedir proteção e fluidificar-se para as tarefas, recebendo as energias concentradas no congá.

Quando feito no chão, em frente ao congá, é importante tocar a cabeça no chão mesmo, com humildade, uma das premissas de nossa religião.

Há momentos em que se bate cabeça para o Pai/Mãe de Santo do Terreiro ou os mais velhos na religião em sinal de respeito (vale observar que o respeito ao seu “Pai de Santo” é fundamental e definitivo no caminho da espiritualidade, pois ele é o condutor de sua vida espiritual e religiosa). Em algumas casas também se bate cabeça tanto nos pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques).

Nossa religião é ritualística, então se no inicio batemos a cabeça para pedir licença, proteção e bons trabalhos, no final batemos a cabeça agradecendo pelos trabalhos e pedindo a proteção até a próxima gira.

Marcia Conti


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