janeiro 2013 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

27/01/2013

Mudança Que Vem de Dentro


Mudança Que Vem de Dentro


Você brigou com o vizinho ou com algum parente, tem conta atrasada pra pagar, o chefe está exigindo demais, seus relacionamentos não dão certo...

Isso já aconteceu ou pode acontecer um dia. Tudo aparenta estar calmo e de repente, uma sucessão de erros e problemas aparece e praticamente lhe derruba.

Lá dentro, no fundo de sua alma, parece que há um nó se formando, às vezes de mágoa, às vezes de raiva.

Você precisa dar um jeito de sair dessa situação o mais rápido possível e chegar à superfície para respirar!

Daí você lembra que há um terreiro de Umbanda que pode lhe ajudar.

Com muita esperança você vai até o terreiro pedir ajuda e tomar um passe de um preto-velho.

Logo na entrada da casa de fé há alguns vasos com plantas que estão ali estrategicamente postados para começar a canalização de energias. Em seguida, a tronqueira, ou casinha de Exu, pronta para receber as cargas mais fortes que são direcionadas ao terreiro ou aos filhos de fé. Uma ou duas imagens de santo na porta estão emanando boas vibrações.

Começa a gira, os pontos cantados e o som dos atabaques servem para nivelar e neutralizar as más vibrações. Em seguida, entra um cambono ou um médium com um turíbulo para dar início à defumação. Todos os cantos e passagens do terreiro são defumados, os filhos da corrente e a assistência também são. Defumar para queimar os miasmas impregnados no corpo. Defumar para ajudar o corpo a absorver as energias emanadas pelos guias. Defumar para facilitar a entrada de boas e novas energias.

Os guias incorporam nos "cavalos" trazendo força e boa vibração da Jurema e, como uma onda, essa força e vibração vão atingindo a todos na casa.

Às vezes os guias fazem o xirê, dança no centro do congá (ou abassá), onde energias nocivas e acumuladas no ambiente e nas pessoas são concentradas e expelidas no redemoinho de forças e energias criado pelos guias.

Chega a hora de se consultar com o guia e você pede proteção e ajuda para que tudo volte ao normal em sua vida.

O Preto-Velho te dá um passe, te benze com ervas, defuma com a fumaça do cachimbo e acende uma vela pra você.

Hora de ir embora. Você sai com a sensação de que aquele nó na alma continua lá.

Os dias passam e as coisas não melhoram.

Sua conclusão era de que o "guia era ruim" ou "o terreiro é fraco" ou "o médium estava mistificando".

Mas o que aconteceu de errado realmente?

Ao chegar no terreiro você desejou do fundo do coração retirar todo o mal interno?

Tentou tirar a raiva, o ódio, o ciúme, a maledicência, a inveja que residem dentro de você?

Durante a gira você se esforçou um pouco para se concentrar no trabalho e orar por aqueles que te fazem mal?

Refletiu sobre aquilo que faz diariamente e talvez no mal que possa estar causando a outros?

Percebeu que o passado ficou pra trás e que não adianta mais ficar recordando de mágoas e derrotas, pois isso envenena o coração?

Ao consultar-se com o guia, tentou ouvir o que ele dizia para aprender seus ensinamentos ou ficou remoendo seus problemas?

Ficou em silêncio na assistência ou falando em voz baixa e o necessário?

Se na maioria das perguntas acima sua resposta foi "não", acredite: você e somente você pode fazer uma limpeza interna, refletir sobre o que faz ou o que deixa de fazer, mudar atitudes, aprender a ouvir para ser ouvido, perdoar quem tenha te feito mal, ignorar aqueles que não consegue perdoar sem revidar com a mesma moeda, agradecer a Deus pela vida que tem.

A Umbanda não faz milagres! Os guias não fazem milagres!

Mas há a bondade divina com toda sua justiça que dá aquilo o que a pessoa realmente precisa e merece!

Se a sua vida não melhora é porque algo está errado com você.

Mude internamente para que os guias, a Umbanda e Deus possam te ajudar!

Newton Carlos Marcellino



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Interações com os Guias


Interações com os Guias


O trabalhador de um grupo mediúnico tem, em geral, oportunidades mais frequentes de dialogar com guias espirituais do que a maioria das pessoas.

Esse fato, em si, traz a esses trabalhadores uma responsabilidade muito grande, pois o uso adequado daquilo que recebemos de graça nos será cobrado pela nossa consciência quando alcançarmos uma maior evolução intelectual e moral.

É imprescindível, assim, que sempre nos questionemos a respeito de como melhor utilizar essa oportunidade tão bela.

Allan Kardec discute em detalhes, no capítulo XXVI de "O Livro dos Médiuns", a respeito dos tipos de perguntas que devemos levar aos espíritos superiores, os quais têm sempre prazer em respondê-las quando elas nos levam ao bem e ao progresso.

Será que devemos usar o contato frequente que temos com as entidades para satisfazer curiosidades ou atender necessidades imediatistas referentes à nossa vida pessoal?

Será que devemos "procurar problemas" para trazer à análise de nossos irmãos mais iluminados? Vale meditar a respeito.

Esse tópico se resume em um questionamento:

A que ponto de vibração estamos levando os espíritos que vêm nos ajudar?

Precisamos ter muito cuidado para não canalizar a energia dos nossos iluminados guias para assuntos de ordem material, de natureza inferior.

Essa é parte importantíssima da responsabilidade do grupo de trabalho.

Estejamos sempre, por favor, plenamente conscientes da orientação que queremos dar aos trabalhos.

Nossos mentores vêm auxiliar-nos em nossa evolução moral e intelectual, porém eles precisam de nossa cooperação—através de um trabalho consciente, bem intencionado e responsável—para que consigam nos ajudar com mais eficiência.

Não podemos, nem devemos, censurar todas as perguntas de caráter pessoal e rotulá-las como sendo de finalidade egoísta.

Como pode sempre haver um fim produtivo nessas perguntas, todos os nossos mentores estarão sempre dispostos a nos dar auxílio e orientação quando nos deparamos com dificuldades em nossas vidas.

Devemos manter em mente, no entanto, que, ao nos dispôr ao trabalho na caridade pela mediunidade, devemos antes buscar servir do que ser servido, antes consolar do que ser consolado.

Muitos irmãos em grande sofrimento e ignorância podem encontrar alívio através de nossa mediunidade e, se escolhemos remoer improdutivamente nossos "problemas" quando estamos em condições de trabalhar, não estamos exercendo todo o bem que poderíamos exercer.

Paralelamente, é muito importante que sempre nos lembremos que os "problemas" em nossas vidas são, na verdade, "soluções", ou seja, oportunidades de crescimento.

Vivenciar esse conhecimento através de uma atitude sempre positiva, que reflita resignação e paciência, é um dos grandes frutos da verdadeira fé.

Nossos mentores nunca vão resolver os nossos "problemas", pois isso seria um desfavor para nós.

Eles vão, isso sim, nos auxiliar a resolvê-los através de ensinamentos que nos motivem a buscar a fé e o cumprimento da Lei do Amor em nossas vidas.

O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita


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20/01/2013

Saravá Oxossi






Oração a Oxossi

Escrito por Maria de Fátima 




Divino Pai do Reino Vegetal,

Onde a Vida se renova sem sangrar,

Quero beber da seiva pura das Tuas matas,

Para me curar e renascer.

E nos Segredos encantados onde habitas,

Peço licença para entrar e aprender.



Busco a cura da alma e do corpo

E sei que no Teu Reino vou encontrar.

Vou me cobrir de folhas

E me banhar dos seus segredos,

Limpando a mente das ilusões e medos;

Mirar o Alto da Tua Sagrada Flecha,

Que às Luzes do Criador vai me guiar.



Quero abraçar os animais e as plantas

A quem dedicas tanto Amor,

Assim nos ensinando que toda vida é Santa,

Embora feita de elos desiguais,

Mas que se juntam sob o Teu comando

Para varrer do mundo a ignorância e a dor.



Divino Pai,

Que nos ensinas a todo o instante

E a vida inteira,

Tu és o nosso Educador e Mestre,

A nos mostrar o valor de cada espécie

Do fabuloso Mundo em que campeias,

Extraindo sucos e remédios,

Domando feras e elevando os homens

Para honra e glória de OLORUM,

A nos mostrar

Que diante DELE e NELE, nós somos Um!...



Okê, Oxóssi!

Amado Paizinho,

Senhor da Flora e da Fauna,

Arqueiro Sagrado de OLORUM,

Que venha a nós a Cura Soberana

Do Teu Conhecimento Iluminado!

Dá-nos a Tua bênção, Divino Instrutor!








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16/01/2013

As Dez Coisas que os Seres das Sombras Mais Gostam que Você Faça


1. - Que você minta, que não viva a verdade em cada ato, que não faça da vida aquilo que gosta, que procure preponderar os interesses materiais em relação aos conscienciais e que jamais cumpra com a sua palavra.

2. - Que você tenha muita dúvida, que sinta-se inseguro o tempo todo e que não tenha fé na vida, nas pessoas e nas possibilidades que o universo nos oferece.

3. - Que você não estabeleça uma conexão com a Fonte Divina ou Deus. Que você acredite que só se vive uma vida. Em especial que você se concentre em aproveitar a vida no sentido de apenas se divertir o tempo todo, principalmente, que você não dê atenção à evolução do amor e da consciência. Quanto menos você pensar e agir no sentido de realizar a missão da sua alma, que é o propósito da sua existência, mais você agrada os seres das sombras e mais você facilita o trabalho deles.

4. - Que você não se preocupe jamais com os outros. Que não pense em caridade, em bem-estar alheio, em colaborar para a formação de uma sociedade mais digna e elevada. Quanto mais você pensa unicamente nos seus interesses mundanos, mais você agrada e facilita o trabalho das sombras.

5. - Que você jamais perdoe, que sinta muita raiva e desejo de vingar-se das pessoas as quais lhe fizeram mal. Além disso, que você faça valer a sua palavra a qualquer preço, sem compaixão, sem paciência e sem respeito. O tipo de campo de energia produzido por esses sentimentos alimenta muito a força dos seres das sombras, oferecendo a eles alimento, energia e campo de ação para suas investidas nefastas.

6. - Que você jamais estude e que nunca busque o desenvolvimento de seus potenciais. Em especial que você seja acomodado, preguiçoso e sem iniciativa. Quanto menos você cuidar do seu corpo, da sua mente, das suas emoções e do seu espírito, mais você ajudará a facilitar o trabalho das sombras. Quanto mais alienado e cético você for, melhor!

7. - Que você seja fanático, determinista, inflexível, convicto e fascinado. Quanto menos tolerância, equilíbrio, leveza e sensatez você tiver nos seus atos, mais você contribuirá para as estratégias dos seres das sombras.

8. - Que você elimine da sua vida a oração, a meditação e qualquer tipo de prática espiritual. De preferência que você substitua essas práticas por vícios como drogas, álcool, fumo, alimentação desequilibrada, jogos e sexo promíscuo. Quanto mais você abandonar práticas saudáveis, mais você contribuirá para abrir a porta de acesso que liga os seres das sombras até você.

9. - Que a sua disciplina seja muito ruim e que você nunca tenha persistência para seguir seus objetivos, para realizar suas práticas diárias de conexão com Deus e que nunca tenha perseverança em seguir os seus sonhos.

10. - Que jamais acredite na sua intuição e que siga apenas a voz da razão e que não confie em nada, absolutamente nada que não seja comprovado cientificamente ou que não tenha relevância acadêmica. Em especial, que você abandone a sua sensibilidade de perceber as coisas e situações, acreditando apenas no que você vê com os próprios olhos. De preferência, quando situações ruins acontecerem em sua vida, vitimize-se e rapidamente encontre um culpado, que certamente não deve ser você.

Não quer alimentar atitudes que atraiam obsessores ou seres das sombras para a sua vida? Quer construir um estilo de vida que lhe faça feliz? Quer estar em sintonia com as Fontes Divinas?

Então, faça um exame de consciência e elimine da sua vida esses comportamentos citados anteriormente. Eliminando esses erros comuns você certamente dará um importante passo na conquista de uma vida cheia de bênçãos e bem aventurança!


Bruno Gimenes


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13/01/2013

Orixás

Orixás - Por Pai Etiene Sales

Orixás são divindades.
Fagulhas de um sagrado que mistura o entendimento humano, nossa capacidade de entendimento de tais seres, com a força emanada por eles que nos dão sustento. Principalmente nos piores momentos de nossas vidas.

Orixás são vida.
Uma chama tranquila de vida que nos desperta para uma outra consciência, em que não existe bem nem mau, mas um significado para todos os nossos atos e ações. Fazendo com que saibamos que eles estão lá, em um lugar qualquer, nos orientando, nos guiando, nos enriquecendo de sabedoria. Porém, não são responsáveis pelos nossos erros, nossas escolhas ruins, nossos infortúnios, nossas quedas, nossa ignorância, pois Eles avisam, alertam, orientam ... Mas é nossa a vida e são nossas as escolhas.

Orixás são caminhos. 
Que deveríamos seguir, mas acabamos desviando, tentando atalhos, uma maneira melhor e mais rápida ... Daí voltamos, e eles estão lá nos esperando. Sempre de braços abertos, mesmo que nos sacudam e nos dêem broncas, estão lá, aguardando por nós.

Orixás são temperança.
Têm vontade própria, caráter, glória, perseverança, bondade, carisma ... Todas as características humanas, pois somente assim poderíamos definí-los.; somente assim, poderíamos descrevê-los.; somente assim, eles poderiam se revelar diante de nós. Como um espelho onde é refletida a nossa imagem, mas que tem sua própria têmpera e brilho, os quais não podemos ver com os nossos frágeis olhos, porém, sabemos que Eles estão alí, pois a força que vem do olhar do reflexo é algo a mais que não enxergamos, mas que podemos apenas sentir. Vemos, mas não enxergamos, apenas sentimos.

Orixás são idealizações. 
Onde eles se colocam tudo do que há bom, e onde não conseguimos alcançar esse bom. Ao contrário, só sabemos pedir, arriar, oferecer, obrigações materiais, onde não vemos o retorno útil, pois somos egoístas demais, ignorantes demais, brutos demais e muitos não sentem o retorno daquilo que é oferecido e revertido em nossas vidas. A transmutação da matéria ofertada em energia geradora de uma construção interior que poucos ainda conseguem entender e utilizá-la em suas vidas.

Orixás são luta.
Luta pela vida, por viver, por continuar, por existir, pela família, pelos amigos, pela tribo, pela glória de ser humano ... Ser especial da criação, que luta desde o ventre e continua lutando, não se deixando sub-julgar nem se derrotar pelo mau do sofrimento, do egoísmo, da ganância, do soberba, da exploração do homem pelo próprio homem.

Orixás são amor.
Amor de mães, de pais, de fraternidade, de dividir a comida, compartilhar as responsabilidades, do ensinar as gerações futuras para que se possa preservar uma crença, os ritos, a doutrina, a fé.

Orixás são comunhão. 
Entre Deus (Olorun ou Zamby) e os homens, nas pessoas das entidades. Dos pretos-velhos, dos caboclos, dos exus e pombogiras, dos boiadeiros, dos baianos, das crianças, dos marinheiros, dos ciganos, de tantos e tantos outros que se dispuseram a retornar para, munidos com a força de seus Orixás, orientar e guiar os homens no mundo da Terra, trocando o sofrimento pela alegria.; a dor pelo alívio.; a discriminação e o preconceito, pela liberdade e pelo respeito.; a inveja pelo dividir e compartilhar.; a ignorância pela consciência da humildade do conhecimento de ensinar e aprender ...


Orixás são a minha vida e sem eles eu não sou nada, eu não existo.


Etiene Sales




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Consulta na Umbanda é Coisa Séria

Consulta na Umbanda é Coisa Séria


Existem muitas pessoas que vêm perguntar aos guias sobre assuntos os mais variados: saúde, vida sentimental, vida material e até mesmo vida espiritual.Querem emprego, namorados, dinheiro, posição.

… Querem se livrar dos inimigos, dos aborrecimentos; querem ganhar na loteria, saber do marido ou mulher e com quem andam.

Querem que os guias deem respostas para qualquer pergunta por mais indiscreta e complicada que seja e que, além disso, resolva rapidamente as situações mais escabrosas, os problemas mais difíceis.

Nada disso é sério.

Consulta na Umbanda é esclarecimento, conselho amigo e sábio dado por um guia de Luz e que enxerga longe para ajudar a quem necessita, para caminhar na estrada difícil da escola da vida.

Para guiá-lo para a luz.

O médium que dá consultas, quando incorporado com seus guias, assume uma grande responsabilidade para com a pessoa atendida.

Essa tem, habitualmente, propensão para acreditar cegamente em tudo o que ouve do médium incorporado.

Uma palavra leviana pode ter consequências gravíssimas e irremediáveis, pode levar a erros e injustiças, pode afastar o consulente do caminho da luz, pode provocar dramas.

Alguns assuntos são espinhosos, saúde por exemplo:

médium não é médico, logo não tem direito de diagnosticar nem receitar remédio de farmácia.

Os Guias verificam se a doença é de origem espiritual ou material e, então, aconselham o paciente, porém, sem ter a pretensão de substituir o médico da Terra. Só Ela pode fazer algo.

Alguns guias receitam banhos de ervas ou chás.

Para estes últimos é preciso muito cuidado e o médium responsável deve conhecer bem as ervas receitadas para evitar possíveis aborrecimentos ou acidentes.

Em todos os casos, temos que encarar os seguintes fatos: os guias, por mais esclarecidos e evoluídos que sejam, não são infalíveis nem dotados do conhecimento integral de tudo que acontece no Universo.

O saber de cada guia é fator de sua evolução.

Os guias podem ignorar ou não ter licença para dizer certas coisas.

Ora, uma Entidade de luz é disciplinada e prefere calar-se a dizer o que não deve.

No que se trata de bens materiais, o assunto é complexo, a maioria dos guias prefere ajudar sem falar, por vários motivos:

  • A pessoa está na Terra para aprender uma lição de vida 
  • A mãe pode ajudar o filho e explicar o dever de casa, mas não pode fazê-lo. 
A pessoa tem que lutar para conseguir o que deseja e ela tem um carma a pagar.
Numa prova cármica, em regra geral, ninguém pode interferir.

Muitas vezes o pedido formulado é altamente prejudicial à evolução espiritual do consulente, ou à sua felicidade material futura.

Os guias preferem ouvir os pedidos em silêncio para poder agir em seguida da melhor forma.

Não devemos esquecer que o guia não é onisciente.

Ele corre gira para ficar ciente de todas as circunstâncias.

Ele também não é todo-poderoso.

Só pode dar com licença do Alto e conforme o merecimento de cada um.

Há pedidos sobre o futuro aos quais nem sempre o guia pode responder, o futuro é aleatório e seu conhecimento não é aberto a todos.

Estamos lançados numa trajetória porém temos livre-arbítrio e podemos nos desviar dela.
Algumas perguntas não passam de fofocas e os guias não tem tempo a perder com este gênero.

A parte espiritual é que justifica a existência das consultas.

Um guia que está dando passe não precisa conversar para saber do que é que a pessoa necessita; nem precisa colocar seu médium a par dos problemas que a afligem.

Ele vai ajudar no que for possível.

A utilidade da consulta vem da necessidade que as pessoas têm de contar seus problemas a um amigo discreto, compreensivo e que pode lhe dar bons conselhos, esclarecendo dúvidas, ajudando de fato, explicando, encorajando, consolando.

As pessoas precisam de um ouvido atento, de um amparo afetivo.

Necessitam poder se abrir sem constrangimento.

Tudo isso elas encontram na figura amiga dos guias.”

O médium deve vivenciar a síntese da Sabedoria:


1- FÉ no Poder Eterno da Vida;

2- ESPERANÇA de atingir a perfeição;

3- CARIDADE para retribuir a Misericórdia do Alto;

4- PAZ para sentir a Harmonia da Lei que rege os Espaços;

5- AMOR para com todos os seres e para com todas as forças da Natureza;

6- SABEDORIA como humildade, reconhecendo que somente Deus é possuidor da Sabedoria Divina;

7- CRISTO como presença íntima em nosso coração;

8- COMPREENSÃO – por saber que os seres atuam em planos diferentes de entendimento;

9- SERVIÇO – reconhecendo de que deve colocar-se como servo do Mestre e nunca como senhor;

10- VIGILÂNCIA – observação das falhas que lhe são próprias, antes da constatação dos erros alheios;

11- HUMILDADE – todas as tarefas são importantes e feitas para Aquele que é maior do que todos os companheiros;

12- DAR – sem pensar em receber, agradecendo.


Autor desconhecido



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11/01/2013

A Calunga Grande

A Calunga Grande

O termo "calunga" é de origem bantu e tradicionalmente faz referência à morada dos mortos, ou mais comumente, ao cemitério. Assim, sempre que nos referimos à calunga, estamos nos referindo ao campo santo, o cemitério, o local os despojos carnais são depositados. No entanto, essa palavra assumiu uma outra dimensão. 

Ao serem capturados (ou ao ver seus irmãos sendo feitos cativos) e colocados em navios negreiros, os africanos passaram a ver o mar como um grande cemitério, já que a viagem rumo à escravidão representava uma espécie de morte em vida. Era como se o mar levasse embora tudo que lhes era precioso: os costumes, a crença, a dignidade, o convívio com os entes queridos e, principalmente, a liberdade. Dessa forma, o mar passou a ser encarado como uma grande calunga, ou seja, como um grande cemitério.

Assim surgem dois novos verbetes no vocabulário do negro – e que viriam integrar o dialeto das religiões com matiz africana: a calunga grande (o mar) e a calunga pequena (o cemitério propriamente dito).

Há um aparente paradoxo na utilização desse termo para se referir ao mar, afinal não é ele um dos reinos dos orixás? Não seria o mar a origem da vida? Então como relacioná-lo à morte?

Não esqueçamos que a morte (iku em yorubá) não representa o fim, e sim uma transformação. Não esqueçamos também que Omolu, o orixá da cura, mas também da morte (no sentido de transformação, não de fim), e Iemanjá, a rainha do mar, o princípio e a origem da vida, da maternidade, da concepção.

O que parece ser um paradoxo é, na verdade, a explicação para essa questão. Ao mesmo tempo em que o mar representava a morte aos cativos, representava também um renascimento no Brasil. Não que esse renascimento fosse algo agradável, longe de defender a escravidão, mas era um renascimento no sentido de levar a sua cultura, as suas crenças, os seus orixás a terras tão distantes. Era como se a o pai Omolu determinasse o fim em terras africanas e Iemanjá um recomeço em novas terras, permitindo assim que os povos americanos tivessem a oportunidade de conhecer as divindades pelo ponto de vista africano, e não do europeu, tradicionalmente cristão/católico. Concluímos que aqueles negros cativos, bravos heróis, deram a sua liberdade e a sua vida para nos agraciar com a crença e o conhecimento sobre os divinos orixás, inkisses e voduns. Graças a eles e à sua heroica resistência hoje temos a oportunidade de cultuar essas entidades, sem a viseira das religiões tradicionais da Europa.

Assim sendo, o mar, chamado de calunga grande, que representou em tempos idos um gigantesco cemitério, é para nós um reino sagrado, que nos trouxe essa oportunidade. A quem cultua as divindades do panteão africano não basta reverenciar seus reinos sagrados, é preciso conhecer os seus fundamentos e história. Ao colocar os pés na água do mar, não esqueça de saudar os divinos orixás, a vida e aos nossos ancestrais cativos, a quem devemos tanto.

Douglas Fersan




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08/01/2013

Palavras de um Exu

o guardião da meia noite

O Guardião da Meia Noite, Livro inspirado por Pai Benedito de Aruanda através do médium Rubens Saraceni, nos revela a extraordinária história da trajetória de um Exu, desde sua estadia no corpo físico até se tornar um servidor da Lei Divina. Abaixo, selecionei um trecho do livro que esclarece quem são e como trabalham os nossos fiéis amigos servidores da Umbanda. É mais uma constatação de que, para se conseguir trabalhar nas trevas, é preciso ter luz! Laroiê todos os Exus de Lei! Obrigada, Rubens Saraceni, por este excelente trabalho. (Ednay Melo)

***




Trecho do capítulo "Conhecendo a Lei":

"E eu pensei: Como era poderoso o Guardião dos Sete Portais das Trevas, que leu o meu pensamento.

- Não pense que consegui o meu poder sendo um tolo. Sempre dormi com um olho aberto. Nunca deixei uma ofensa sem resposta, nem um inimigo mais fraco sem conhecer o meu poder. Nunca deixei de respeitar um igual ou de temer a um mais forte. Foi assim que consegui tanto poder. Também nunca saí da lei do carma. Não derrubo quem não merecer, nem elevo quem não fizer por merecer. Não traio ninguém, mas também não deixo de castigar um traidor. Leve o tempo que for necessário, eu o castigo. Não castigo um inocente, mas não perdoo um culpado. Não dou a um devedor, mas não tiro de um credor. Não salvo a quem quer perder-se, mas não ponho a perder quem quer salvar-se. Não ajudo a morrer quem quer viver, mas não deixo vivo quem quer matar-se. Não tomo de quem achar, mas não devolvo a quem perder. Não pego o poder do senhor da Luz, mas não recuso o poder do senhor das Trevas. Não induzo ninguém a abandonar o caminho da Lei, mas não culpo quem dele se afastar. Não ajudo quem não quer ser ajudado, mas não nego ajuda a quem merecer.

Sirvo à Luz, mas também sirvo às Trevas. No meu reino eu mando e sei me comportar. Não peço o impossível mas dou o possível. Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo que dou é porque me pediram. Só respeito à Lei do Grande da Luz e das Trevas e nada mais. É isso que o Grande exige de mim, portanto, é isto que eu exijo dos que habitam o meu reino.

Não faço chorar o inocente, mas também não deixo sorrir o culpado. Não liberto o condenado, mas também não aprisiono o inocente. Não revelo o oculto, mas não oculto o que pode ser revelado. Não infrinjo à Lei e pela Lei não sou incomodado.

Agora sabe de onde vem meu poder, senhor da Meia-Noite. Eu sou um dos sete guardiões da Lei nas Trevas; os outros seis, procure e a Lei lhe mostrará.

- Por que o senhor não socorreu o Cavaleiro em sua queda?

- Foi a Lei Maior que assim determinou, por isso eu me calei. Mas quando Ela saiu em seu auxílio, eu arrasei o reino de Lúcifer para saber onde estava o Cavaleiro e acabei descobrindo, pois foi a Lei que me ordenou que assim o fizesse. Ele teve que calar-se e entregar-me o culpado.

- Obrigado, Guardião dos Sete Portais das Trevas! Deu-me uma sábia lição! Sou seu devedor!

- Nada me deve, Senhor da Meia-Noite. Gosto de ensinar a quem quer aprender mas também gosto de castigar quem aprende e faz mau uso do saber.

Ele bateu o pé esquerdo e o recinto se encheu de entidades que haviam sido religiosos quando na carne.

- Eis aí um exemplo do mau uso do saber. Eles aprenderam tudo o que precisavam para suas missões na Terra, mas não seguiram o que pregavam. Usaram do que sabiam em benefício próprio ou para arruinar aos que acreditaram neles. Olhe bem, Guardião da Meia-Noite e verá que os que se diziam sábios, iluminados, profetas, grandes lideres religiosos ou grandes sacerdotes não passavam de otários, idiotas, tolos, imbecis, cegos e mal -intencionados. Verá entre eles todo tipo de defeito e nenhuma qualidade. Eram lobos uns, pois se aproveitavam e comiam suas ovelhas, e hienas outros, pois se contentavam em consumir os restos deixados pelos lobos. Uns e outros, hoje, choram pelo erro cometido, pela oportunidade perdida e pela luz não conquistada. Viveram do mundo e não pelo mundo.

A Lei não os perdoou e os entregou a mim. Eu lhes dou o que merecem porque sou um guardião da Lei nas Trevas, e esta é a minha missão.

A Lei não iria colocar um ser bom e iluminado para castigar os canalhas, nem colocaria um carrasco como eu para premiar aqueles que venceram suas provas. Não!

Os guardiões da Lei na Luz têm uma função como a minha, mas afeita à Luz: não deixam cair quem fez por merecer à ascensão. Eu não deixo subir os que fizeram por merecer a queda. Eu sou a mão que castiga e a que acaricia; sou a mão que derruba e a que levanta. Tudo isso eu sou, e, ainda assim, não sou infeliz, triste, arrependido ou ruim. Não sofro de remorso por castigar aquele que a Lei derrubou, assim como um guardião da Lei na Luz nada sente ao premiar quem merece. Sou o que sou, um guardião da Lei nas Trevas, e me orgulho disso, porque sei que sou necessário a ela.

E tudo isto você também é, ou será, se assumir todo o seu passado, resgatá-lo e se sentir feliz em servir à Lei. Ela o recompensará quando assim quiser, não porque você peça qualquer recompensa pelo seu trabalho, mas porque serve-a sem lamentar por estar nas Trevas, pois Luz e Trevas são dois lados do Criador.

Há os que trabalham durante o dia e dormem à noite, mas também há os que trabalham à noite e dormem durante o dia. Há os animais que só saem de sua morada sob o sol, e aqueles que só o fazem sob o luar. Há o verão, mas também o inverno. O que um aquece, o outro esfria. Há a primavera, mas há também o outono: O que um faz brotar, o outro faz recolher. Há o fogo para queimar e a água para saciar a sede. Há a terra para germinar e há o ar para oxigenar. Há tantas coisas e, no fim, são somente partes do Um.

Por isso lhe digo, Guardião da Meia-Noite, há os anjos e os demônios. Os anjos habitam a Luz e os demônios as Trevas. Uns não condenam aos outros, pois sabem que são o que são porque assim quis o Criador. Aqueles que vivem no meio é que criam tanta confusão com suas descidas na carne. Do nosso lado, não há nada disso. Cada um sabe a que lado pertence. E os que não sabem, são os primeiros de quem nos apossamos. Esta é a Lei que rege a nós e a todo o resto da Criação.

Não vou falar mais, pois precisaria de muito tempo para tal. Espero que possa sair daqui melhor servidor da Lei do que quando chegou.

- Agradeço suas palavras, Guardião dos Portais. Pena que eu seja muito pequeno para ajudá-lo, senão eu diria: se precisar de minha ajuda, é só pedir!

- Pois ainda lhe digo que a maior das pirâmides não prescinde da menor de suas pedras; a maior das aves, de sua menor pena; o maior teto, de sua menor telha, e o maior corpo, do seu menor dedo. O maior rio não rejeita a menor gota de chuva, nem o maior exército o seu mais fraco soldado. O maior rico é aquele que valoriza o menor dos seus bens.

Muito mais eu poderia falar, mas me satisfaço em dizer-lhe: Obrigado, Guardião da Meia-Noite! Se eu precisar de seu auxilio, não terei vergonha de pedir-lhe, pois, por terem vergonha, muitos morrem. Morrem por terem desejado algo e não terem provado o seu gosto. Vergonha não faz parte de meu vocabulário e a palavra que mais prezo é ”respeito”. Aja assim e não será traído, nem odiado, mas respeitado. Nem os maiores passarão por cima de você, nem os menores lhe escaparão.

Ele parou de falar.

- Até a vista, Guardião dos Sete Portais das Trevas!

- Até a vista, Guardião da Meia-Noite!"






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06/01/2013

Desligando-se dos Problemas nas sessões

Desligando-se dos Problemas nas sessões

Nas reuniões que promovem trabalhos espirituais é importante que os envolvidos se abstenham de lembrar de seus problemas. Pois, tais ambientes precisam de paz e de concentração, e não de vibrações que tragam angústia e preocupação. 

Entretanto, muitos podem perguntar como alguém com sérios problemas, como dívidas a pagar, desemprego, doenças e situações difíceis na família pode se concentrar devidamente frente a tantas questões.

Se por outro lado notarem que a pressa é inimiga da razão e que o desespero não é solução, se fosse já estariam com os problemas resolvidos, cabe lembrar que o raciocínio se processa com mais eficiência com a mente em equilíbrio.

Sendo assim, ao participarem de trabalhos mediúnicos, entendam que estão ingressando em breves momentos de tranquilidade e de paz amparados pela espiritualidade, tão necessários ao equilíbrio das mentes, do corpo denso e do espírito. Abstenham-se de conturbar esse momento, tirando-lhes o próprio direito de algumas horas de serenidade.

E justamente nesses momentos de paz e de reflexão é que surgem muitas respostas, ou então, que são plantadas diversas soluções que vão frutificar com o tempo.

Dessa forma, quando se desligam dos problemas ao participarem de trabalhos espirituais, não estão apenas intensificando a caridade que praticam, fortalecendo boas vibrações. Estão plantando também, na própria mente, as sementes da razão num clima de paz, cujos frutos poderão lhes trazer a tranqüilidade que tanto almejam.

Um Espírito Amigo
Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha,
publicada no livro "Sabedoria da Criação"




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05/01/2013

A Umbanda não é Show


A Umbanda não é Show

Quando eu digo que a Umbanda é uma religião abarcadora de consciências, significa que suas portas estão constantemente abertas para todos. 

A Umbanda não é discriminatória e no movimento umbandista sempre existe um terreiro em que nossas almas se harmonizam, adequado ao nosso nível de consciência e preparado para desenvolver o nosso reencontro com o Sagrado.

É verdade, que no primeiro momento, muitos procuram a Umbanda para tentar sanar os seus males, sejam eles de origem material, física e objetiva (saúde, dinheiro, emprego, amor, causas as mais diversas etc.), sejam as espirituais e subjetivas (mediunidade, saúde, distúrbios psíquicos e psicológicos, demandas etc.).

Para isso, em dias de reuniões nos terreiros, a maior parte do tempo é dedicado aos trabalhos mediúnicos.

Os médiuns incorporam as entidades espirituais e essas realizam o atendimento ao público presente.

Esse atendimento visa também a prática da caridade do ouvir, do deixar falar e desabafar, da palavra e do ombro amigo, da mão estendida, do conselho e da orientação proporcionada pelos caboclos, pretos-velhos, crianças, exús entre outros.

Nas reuniões o material vai ao encontro ou serve de instrumento ao espiritual, o visível se conecta ao invisível, objetivo e subjetivo se completam e encarnados e desencarnados se comunicam.

As palavras-chaves servir, conexão, completude e comunicação conseguem cumprir os seus significado nas reuniões em um terreiro, se existirem a contra-partida dos trabalhos espirituais.

E trabalhos espirituais em 99,9% dos terreiros do movimento umbandista acontecem com médiuns incorporados e entidades atendendo alguém.

A gira mediúnica é o auge ou o clímax de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber:

-abertura, momento que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bênçãos, proteções, pedidos e auxílios;
- a gira mediúnica, instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público;

-encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais.

Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público.

Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que frequenta determinada casa.
Abarcar consciências é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência.

Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus.

Através do que já discorremos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro.

As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc.

O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa.

Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.

Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina.

Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades.

Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público.

Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.

O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.

É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.

Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, os tambores e outros instrumentos formando um conjunto harmonioso de sons, a batida das palmas, os fardamentos, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar.

Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.

Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público.

Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.

O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado.

Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.

A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento.

A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambones, tambozeiros etc., no entanto, cadê o público?

Ou mediante as essas condições por que ele não é em grande número?

Diversos fatores contribuem para que tais fatos ocorram dentro de um terreiro:

a) Nas giras mediúnicas os médiuns trabalham para si mesmos;

b) Os médiuns incorporados se amontoam em frente ao tambor, em uma disputa para quem passa [cantar a curimba (ponto-cantado)] primeiro com a entidade;

c) Muitas vezes, existem guerras particulares, em que médiuns incorporados tentam demandar uns aos outros;

d) Ausência do Pai/Mãe-de-Santo na reunião, e quando presentes sem tomar as rédeas dos trabalhos na mão, nem uma iniciativa, nem participação a não ser ficar sentado olhando tudo acontecer como o público que ali se faz presente;

e) Sim, o público, porque se eles não tiverem iniciativa própria para falar com alguma entidade, terminam a reunião como iniciaram, apenas assistindo e nada mais;

f) Entidades tolhidas (impedidas) de fazerem quaisquer trabalhos espirituais, que não sejam apenas, falar com o consulente e no máximo aplicar-lhe um passe. Já que todos os trabalhos devem ser direcionados para o dirigente através de se provocar uma consulta particular;

g) Todos os médiuns trabalham, independente de sua condição de já estarem preparados o suficiente para dar consultas;

h) Giras mediúnicas confusas, barulhentas, com bebidas alcoólicas em excesso, tambor sem ritmo ou acelerado demais, adeptos tendo que gritar mais alto para poder cantar as curimbas, entra-e-sai de filhos-de-santo, conversas o tempo todo entre os que estão na corrente segurando a banda etc.

Eis, meus amigos o que ocorre quando o objetivo da Umbanda se perde, num jogo de interesses e mau condução, quando o dirigente perde o gosto pelas reuniões de sua casa em troca de questões extra-religiosas. O terreiro fica sem dono ou com várias pessoas querendo ser dono dele.

Ah! O público, sim, afinal é ele a nossa principal preocupação e da Umbanda, se os adeptos tem outras formas válidas de conseguirem a sua harmonização, o seu religare e conhecimentos, ao público só resta este contato momentâneo que as reuniões proporcionam.
Em situações como eu relatei, ao público, geralmente leigo e incapaz de identificar esses problemas, se perguntado por que ele frequenta este terreiro a resposta será:

"É porque eu acho bonito!".

Amigo leitor, tenha certeza, a Umbanda não é um show!

Caio de Omulu




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Uma Entrevista com Pai Joaquim de Aruanda

Uma Entrevista com Pai Joaquim de Aruanda

Uma Entrevista com o Pai Joaquim de Aruanda - Um Preto-Velho Maravilhoso

1. Por que muitos abandonam os estudos espirituais?

Resposta: A resposta é clara, meu filho: ego grande demais para suportar as provas do caminho, e coração pequeno, sem humildade, para reconhecer os passos tristes e as atitudes intempestivas e irracionais. A maioria se deixa levar pelas seduções materiais do meio; e outros, pelas atrações psíquicas deletérias às quais se vinculam, muitas vezes influenciados por pessoas ou ambientes correlacionados aos seus anseios internos.

O certo é que muitos titubeiam diante do desenvolvimento espiritual e caem, vitimados por orgulho e intemperança. E Nosso Senhor estava certo, quando ensinava que “alguém pode até ganhar o mundo, mas, também, pode perder sua alma”.


2. Por que muitos até mesmo renegam o caminho espiritual, voltando-se pesadamente contra aquilo que antes estudavam?

Resposta: Meu filho, vamos ser bem claros nisso. O trabalho com as coisas do espírito não é tarefa fácil. Quem está nessa senda precisa ter fibra forte na vontade e grande generosidade no coração, além de muita paciência... 
Não é possível desenvolver-se adequadamente se não houver compromisso forte e vontade inquebrantável no cerne do espírito. E muitos se desviam da senda da luz porque os atrativos do mundo são muito sedutores e os para os becos do caminho. E porque eles são fracos de vontade, e fortes de orgulho. Pensam que sabem muito e que estão sempre corretos. No entanto, por dentro, sem a luz do espírito para intuí-los sobre os enganos da matéria, estão bem esculhambados. Podem até vestir-se bem e ter certa fama em seus meios, mas, com as energias contaminadas e o lado espiritual congelado, não passam de crianças birrentas e sujas de lama psíquica. Muitos dão pena, embora pareçam realizados no mundo e contentes com suas ilusões. Porém, estão expostos a toda sorte de assédios extrafísicos, ocultos e deletérios, principalmente durante o sono do corpo, quando se desprendem da matéria e ficam de frente com seus algozes espirituais. E aí, quem poderá salvá-los de serem vilipendiados energeticamente? 
A verdade secreta é essa: quem se deixa levar pela inércia ou pela arrogância, torna-se vítima de entidades horríveis, que roubam suas energias e seu equilíbrio psíquico. E muitos têm dormido mal por esse motivo: são espoliados espiritualmente enquanto tentam descansar. E, presos de grande arrogância, nem se lembram de orar e pedir proteção aos mentores de luz, que são trabalhadores valorosos de Nosso Senhor.

3. E os que bandeiam para o lado escuro da força? Os que passam para o lado das trevas conscienciais?

Resposta: Meu filho, essas pessoas se esquecem que os espíritos vêem além da carne e da aparência. Em sua prepotência, elas pensam poder manipular as entidades do mundo invisível ao seu bel prazer. 
Ledo engano. Enquanto elas imaginam serem donas de suas vontades, entidades malévolas e treinadas em manipulações psíquicas de todos os tipos roubam sua harmonia e suas energias. Às vezes, elas até as ajudam em algumas coisas, para ganharem sua confiança, mas, gradualmente, se apossam de suas vidas, ao ponto de implantarem idéias esdrúxulas em suas mentes, levando-as para os becos escuros do ego e da falta de bom senso. E muitos caem assim!
Então, aqui cabe um alerta para todos: quem almeja o mal de alguém, seja por que motivo for, já está em sintonia com mentes extrafísicas malignas que habitam no Invisível e gostam de ligar-se aos incautos de todos os tipos. Nem mais nem menos: pensamentos e intenções deletérios atraem psiquicamente entidades nefastas para a vida da pessoa.
É preciso ponderar bastante e refletir em cima dos ensinamentos espirituais elevados, para não entrar em climas mentais perversos. E Nosso Senhor sempre alertou sobre isso, dizendo: “Orai e Vigiai!”

4. Como diz o aforismo espiritual, “semelhante atrai o semelhante”, não é mesmo?

Resposta: Meu filho, isso pode ser complementado com outro ensinamento espiritual: “A cada um segundo suas obras!”
Nem mais nem menos: é assim mesmo que as coisas funcionam, no mundo e no espaço espiritual.

5. E sobre as saídas do corpo? O senhor pode dar algum toque legal sobre esse tema?

Resposta: Ah, meu filho! Mesmo nesses estudos a maioria se perde fácil. Falando bem claro e firme: muitos que estudam isso padecem de um medo terrível de espíritos e do Invisível. E muitos estão é com “o rabo preso” em algumas coisas, como o fato de pensar mal dos outros. Além disso, a maioria dorme pensando num monte de coisas relacionadas ao plano da matéria – ou no terreno das emoções pegajosas.
A chave dessas saídas da matéria reside em adormecer com o pensamento voltado para algum clima espiritual elevado. É preciso dar uma pausa para si mesmo e desprender-se antes das coisas relacionadas aos assuntos do mundo. Entrar no sono com a mente voltada para as coisas do espírito. Nem mais nem menos: deitar-se lembrando que é um espírito e que a morada real é no plano espiritual, seu ponto de origem. 
E, para aqueles que sabem da grandiosidade de participar de algum trabalho de assistência extrafísica junto com seus mentores, basta mergulhar no sono com esse pensamento sendo o alvo psíquico de sua experiência. 
E não custa nada orar antes de deitar o corpo na cama! Não que isso seja essencial para uma viagem fora do corpo; mas isso quebra o ego no meio e faz a pessoa lembrar-se do Céu e de coisas boas. E que a prece seja de coração, agradecendo a todos os trabalhadores da Luz, que sempre agem em nome de Nosso Senhor.
E aqui cabe outro alerta: quem quiser lidar com isso de forma justa e sadia, que estude seriamente o tema; que abra o coração para além da mente, com alegria e honra de estar na sintonia das coisas do espírito; que isso seja para melhorar o próprio nível de consciência e tornar-se mais feliz e sereno; que isso faça o estudante tratar melhor aos outros e valorizar a existência e todos os seres; em suma, que isso leve as pessoas para o caminho da Luz.

6. E sobre a mediunidade? O senhor também pode passar algum toque legal?

Resposta: Meu filho, vou resumir isso numa só palavra: RESPONSABILIDADE.
Essa é uma área onde a leviandade faz a pessoa pagar um preço caro. Abrir o próprio campo energético é coisa séria demais. Não se pode brincar com isso. Essa atividade exige dos interessados um alto grau de dedicação e de amor. Também exige perseverança e paciência. Contudo, muitos não querem assumir tal responsabilidade.
E médium bom “não arrepia para fora do caminho”, por nada!” – E nem se corrompe, por coisa alguma. E não falta levianamente às reuniões de que participa.
Ah, meu filho! Se não fosse a paciência dos guias espirituais...****

7. Por favor, fale algo sobre fanatismo.

Resposta: Meu filho, fanatismo é doença psíquica séria demais! É uma espécie de vírus do ego. E é encontrado em todas as áreas humanas, até mesmo na Ciência. 
Sua base é sempre o ego, que pressupõe que seu caminho é melhor do que o dos demais. Seja o religioso, o cientista, o político, o esportista, ou o estudante espiritual, todos podem padecer desse mal. Portanto, falar de modéstia e flexibilidade é uma necessidade básica. Alertar sobre o orgulho de se achar o máximo é o mínimo. E saber que muitos são os caminhos que levam ao Divino, que está em tudo, é sabedoria.

8. O senhor pode me ajudar a não esquecer essa entrevista, quando eu voltar para o meu corpo físico? Os seus toques conscienciais serão úteis para reflexões de outros estudantes espirituais, de várias áreas.

Resposta: Ah, meu filho! Fique tranquilo. Eu não estou sozinho nisso. Você me vê aqui perto, mas, de planos mais altos, seres de luz, amorosos e verdadeiros, estão intuindo esse nosso colóquio espiritual, para o bem de todos. E, mais além deles, são as vibrações de Nosso Senhor que sustentam os trabalhos de esclarecimento e assistência espiritual.
Meu filho, eu sou um pequeno servidor do Céu, só isso. E sou feliz assim. Para que mais? E meu coração está cheio de agradecimento e fé. E o amor de Nosso Senhor irá garantir sua lembrança na carne. 
Então, volte à matéria e escreva. E depois, ore e agradeça ao Céu, pela chance do aprendizado e do trabalho que honra as coisas do espírito.
Pense nisso: o amor também melhora a memória das saídas do corpo. 
Meu filho, siga com o amor e a Fé... Nas luzes de Nosso Senhor.

P.S.:
Esses escritos são a transcrição de um papo extrafísico com o Pai Joaquim de Aruanda, amoroso benfeitor espiritual das lides de Umbanda. Conversei com ele, durante uma experiência fora do corpo, e consegui trazer para a memória física os seus toques conscienciais profundos e verdadeiros. Ele não se arroga como mestre de nada e eu, muito menos. Se esses escritos forem úteis para a reflexão sadia de alguém, ótimo.
O resto é com o Grande Arquiteto Do Universo, que conhece a todos e move os corações. Ele é o cara!
Em tempo: faço questão de deixar registrado aqui que, ao longo dos anos, em muitas ocasiões, dentro e fora do corpo - e até pela minha postura de trabalhar sempre de maneira universalista e consciente -, fui bastante ajudado pelos amparadores espirituais que operam nas linhas espirituais de Umbanda. E conheço outros projetores e médiuns que também foram ajudados em seus trabalhos por esses mesmos amigos extrafísicos, mas que não falam isso por vergonha, ou por medo da opinião dos outros. Então, como não sou de Umbanda e nem sigo nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, estou tranquilo para falar a verdade e com o coração cada vez mais aberto e contente, sabendo que espiritualidade é um estado de consciência e que o mundo espiritual se apresenta de diversas maneiras e roupagens, tantas quanto o homem precisar. 
Aqui e agora, muito obrigado, Pai Joaquim de Aruanda – e os amparadores extrafísicos, de todas as linhas espirituais.

Paz e Luz.

Wagner Borges






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04/01/2013

A Cura da Obsessão

A Cura da Obsessão

Você é um ser humano adulto e consciente, responsável pelo seu comportamento. Controle as suas idéias, rejeite os pensamentos inferiores e perturbadores, estimule as suas tendências boas e repila as más. Tome conta de si mesmo. Deus concedeu a jurisdição de si mesmo, é você quem manda em você nos caminhos da vida. Não se faça de criança mimada. Aprenda a se controlar em todos os instantes e em todas as circunstâncias. Experimente o seu poder e verá que ele é maior do que você pensa. 

A cura da obsessão é uma autocura. Ninguém pode livrar você da obsessão se você não quiser livrar-se dela. Comece a livrar-se agora, dizendo a você mesmo: sou uma criatura normal, dotada do poder e do dever de dirigir a mim mesmo. Conheço os meus deveres e posso cumpri-los. Deus me ampara.

Repita isso sempre que se sentir perturbado. Repita e faça o que disse. Tome a decisão de se portar como uma criatura normal que realmente é, confiante em Deus e no poder das forças naturais que estão no seu corpo e no seu espírito, à espera do seu comando. Dirija o seu barco.

Reformule o seu conceito de si mesmo. Você não é um pobrezinho abandonado no mundo. Os próprios vermes são protegidos pelas leis naturais. Por que motivo só você não teria proteção? Tire da mente a ideia de pecado e castigo. O que chamam de pecado é o erro, e o erro pode e deve ser corrigido. Corrija-se. Estabeleça pouco a pouco o controle de si mesmo, com paciência e confiança em si mesmo.

Você não depende dos outros, depende da sua mente. Mantenha a mente arejada, abra suas janelas ao mundo, respire com segurança e ande com firmeza. Lembre-se dos cegos, dos mudos e dos surdos, dos aleijados e deficientes que se recuperam confiando em si mesmos. Desenvolva a sua fé. Fé é confiança. Existe a Fé Divina, que é a confiança em Deus e no Seu Poder que controla o Universo. Você, racionalmente, pode duvidar disso? Existe a Fé Humana, que é a confiança da criatura em si mesma. Você não confia na sua inteligência, no seu bom senso, na sua capacidade de ação? Você se julga um incapaz e se entrega às circunstâncias deixando-se levar por idéias degradantes a seu respeito? Mude esse modo de pensar, que é falso.

Quando vier às reuniões de desobsessão, venha confiante. Os que o esperam estão dispostos a auxiliá-lo. Seja grato a essas criaturas que se interessam por você e ajude-as com sua boa vontade. Se você fizer isso, a sua obsessão já começou a ser vencida. Não se acovarde, seja corajoso.

Roteiro da desobsessão

1 — Ao acordar, diga a si mesmo: Deus me concede mais um dia de experiências e aprendizado. É fazendo que se aprende. Vou aproveitá-lo. Deus me ajuda. (Repita isso várias vezes, procurando manter essas palavras na memória. Repita-as durante o dia).

2 — Compreenda que a obsessão é um estado de sintonia da sua mente com mentes desequilibradas. Corte essa sintonia ligando-se a pensamentos bons e alegres. Repila as idéias más. Compreenda que você nasceu para ser bom e normal. As más idéias e os maus pendores existem para você vencê-los, nunca para se entregar.

3 — Mude sua maneira de encarar os semelhantes. Na essência, somos todos iguais. Se ele está irritado, não entre na irritação dele. Ajude-o a se reequilibrar, tratando-o com bondade. A irritação é sintonia de obsessão. Não se deixe envolver pela obsessão do outro. Não o considere agressivo. Certamente ele está sendo agredido e reage erradamente contra os outros. Ajude-o que será também ajudado.

4 — Vigie os seus sentimentos, pensamentos e palavras nas relações com os outros. O que damos, recebemos de volta.

5 — Não se considere vítima. Você pode estar sendo algoz sem perceber. Pense nisso constantemente, para melhorar as relações com os outros. Viver é permutar. Examine o que você troca com os outros.

6 — Ao sentir-se abatido, não entre na fossa. É difícil sair dela. Lembre-se de que você está vivo, forte, com saúde e dê graças a Deus por isso. Seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles durarão. É você que sustenta os seus males. Cuidado com isso.

7 — Freqüente a instituição espírita com que se sintonize. Não fique pulando de uma para outra. Quem não tem constância nada consegue.

8 — Se você ouve vozes, não lhes dê atenção. Responda simplesmente: Não tenho tempo a perder. Tratem de se melhorar enquanto é tempo. Vocês estão a caminho do abismo. Cuidem- se. E peça aos Espíritos Bons, em pensamento, por esses obsessores.

9— Se você sente toques de dedos ou descargas elétricas, repila esses espíritos brincalhões da mesma maneira e ore mentalmente por eles. Não lhes dê atenção nem se assuste com esses efeitos físicos. Leia diariamente, de manhã ou à noite, ao deitar-se, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo e medite sobre o que leu. Abra o livro ao acaso e não pense que a lição é só para você. Geralmente é só para os obsessores, mas você também deve aproveitá-la. No caso de visões a técnica é a mesma. Nunca se amedronte. É isso que eles querem, pois com isso se divertem. Esse spobres espíritos nada podem fazer além disso, a menos que você queira brincar com eles, o que lhe custará seu aumento da obsessão. Corte as ligações que eles querem estabelecer com você, usando o poder da sua vontade. Se fingirem ser um seu parente ou amigo falecido, não se deixe levar por isso. Os amigos e parentes se comunicam em sessões regulares, não querem perturbar.

J. Herculano Pires
(do livro "Obsessão – O Passe, A Doutrinação")



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Ação das Trevas em Grupos Espíritas



Ação das Trevas em Grupos Espíritas

Na mensagem abaixo não consta o autor e nem mesmo o Centro Espírita no intuito de preservar sua identidade e, assim sendo, evitar represálias daqueles que não creem na vida após a morte.

Encaminho a vocês para que repassem àqueles que acreditam e, principalmente, àqueles que fazem algum trabalho em alguma casa espírita.

Infelizmente, muitos de nós acreditamos que pelo simples fato de sermos espíritas as “portas do paraíso” já estão escancaradas (hum....) e deixamos que nosso ego fale mais alto em nossos trabalhos quando deveríamos deixar que apenas o AMOR e a HUMILDADE fossem nosso guia.

Para mim, este e-mail caiu como uma luva!!!!!

Um super abraço e que tenhamos uma semana repleta de paz e de luz!

“Prezados irmãos. Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor.

Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.

No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, nós publicamos uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.

Eu estava presente na reunião na qual essa entidade se manifestou.

Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”.

Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece. Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”. Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse:

“mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”. Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”.


Ela disse: “Sim”.


“Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.

Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”.

O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”. “Mas o amor não é ladainha meu irmão”. “Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece.


Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”.

“O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.



COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?

Como vimos, os verdadeiros representantes das trevas além de maldosos são, também, extremamente inteligentes. São Espíritos que não estão muito preocupados com as Casas Espíritas.

Eles têm suas bases nas regiões da Sub-Crosta. São Espíritos que estiveram envolvidos, por exemplo, na 1ª e 2ª guerras mundiais e no ataque às Torres Gêmeas nos Estados Unidos.

São os mentores intelectuais de Bin Laden, de Sadam Hussein e de inúmeros outros ditadores que já passaram pelo mundo, porque eles têm um plano muito bem elaborado, que é o de dominar o mundo. Os grupos espíritas não apresentam tanto perigo para eles.

Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas. Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas. Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.

Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos. Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita. Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.

Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”. O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça, tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros”.



POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS?

FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota. Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.

Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.

Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles. Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós. É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.


E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?

Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio. Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados. Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidade do mal entram. Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades do mal já entraram.


O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental..

Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores. No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência. Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.


COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?


• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo.


• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual..


• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.


• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos, para verificar se os três itens anteriores estão realmente acontecendo .


Corrige em ti o que te desagrada em mim. (Emmanuel)


Autor desconhecido



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01/01/2013

A União Ainda Faz a Força

A União Ainda Faz a Força


Fazer parte de um terreiro de Umbanda exige uma conduta condizente com a filosofia da religião. Em outras palavras, não basta entrar em uma gira com a mentalidade individualista, acreditando ser uma peça única dentro daquele grupo. Certamente cada um possui sua individualidade, seus valores particulares, convicções e até afinidades. Isso tudo é perfeitamente normal, já que somos humanos e essas características são inerentes à nossa natureza.

No entanto é preciso exercer o bom senso - sempre ele. É preciso tratar cada um do grupo como seu irmão-de-fé. Mas o que significa isso?

Significa que mesmo não havendo laços consanguíneos, cada membro da correte deve tratar ao outro como irmão. Será que isso é difícil?

Talvez num primeiro momento, sim, afinal quando adentramos um templo religioso buscamos, entre outras coisas, o crescimento espiritual e, nesse primeiro momento, é provável que esse crescimento ainda não tenha sido o bastante para exercer a irmandade de maneira plena. Mas com o passar do tempo é imprescindível que ela seja exercida, e mais: é dever do dirigente do terreiro que ensine, exemplifique e exija esse tratamento dos seus filhos-de-fé. Pequenas intrigas, maledicências, constituição de sub-grupos devem ser coibidos, pois são essas atitudes, inicialmente pequenas, que muitas vezes derrubam um terreiro. Deus, os orixás, as entidades de luz certamente não vão coadunam esse tipo de atitude.

Não se trata de exigir a perfeição, pois já foi citada a natureza humana, mas se trata sim de tentar chegar o mais próximo possível a ela.

E em qual momento é possível saber se esse objetivo está sendo alcançado?

Será ao final do ano, quando realiza-se a confraternização do terreiro? Ou será na festa de Cosme e Damião, quando o terreiro fica lotado? Ou será ainda na festa de Iemanjá, quando todos se unem para ir à praia jogar flores à divina Rainha do Mar?

Todas as respostas acima estão erradas. É no momento de dor que descobrimos nossos verdadeiros amigos. E no caso em questão, é nesse momento que descobrimos se existe realmente uma irmandade ou apenas um aglomerado de pessoas vestidas de branco.

Seu terreiro se une quando um de seus membros passa por um momento de dificuldade? Os demais se mobilizam para ajudar a sanar seu problema ou ao menos dar uma palavra amiga?

Não? Então algo está errado. É preciso repensar algumas coisas urgentemente.

Muitos dirão que nada podem fazer, afinal cada um tem seus problemas cotidianos, suas obrigações, seu trabalho, os afazeres domésticos, suas dívidas. Mas se esquecem que estender a mão e praticar a caridade não significa apenas doar ou emprestar dinheiro ou coisa parecida. Muitas vezes a palavra amiga tem mais valor. Aquele tapa no ombro seguido da frase "você não está só". Um telefonema de solidariedade. Uma prece, uma vela para o anjo da guarda do companheiro de terreiro.

São pequenas atitudes que fortalecem os laços e, sendo esses cada vez mais apertados, fortalecemos também a espiritualidade que nos ampara. Nossos guias e orixás encontram em nossa solidariedade a energia positiva necessária para auxiliar aquele irmão desvalido. A união ainda faz a força. Quando nos unimos, nos fortalecemos, nossa queda se torna mais improvável. Lembre-se que a sua ajuda é sempre muito importante e ela não é necessariamente uma ajuda material, que vai lhe custar tanto. Às vezes os atos mais nobres não custam nada.

E ao entrar em um terreiro como membro da gira não se esqueça que aqueles que ali estão, passam a ser naquele momento seus irmãos. E como irmãos, um dia podem precisar de você, assim como um dia podem lhe estender a mão, pois você não está imune aos revezes da vida.

Douglas Fersan


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