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O Dia de Finados

Publicado em 01/11/2013

O Dia de Finados

Dia de Finados: Data em que muitos visitam os cemitérios para prestar homenagens aos seus entes desencarnados. É interessante discorrer sobre questionamentos com os quais, de vez em quando, somos questionados por conhecidos, curiosos ou interessados em se iniciar nos assuntos relativos à espiritualidade...


De vez em quando alguém pergunta "por que o espírita não vai ao cemitério" (no dia de finados, mais especificamente). Cabe aqui, portanto, um esclarecimento útil.

Primeiro: - Nenhum espírita, em virtude de ideologia religiosa ou limitação de qualquer tipo imposta pela doutrina, "não pode" ir ao cemitério em qualquer época. Efetivamente, conheço muitos, simpatizantes ou espiritualistas convictos, que narram suas visitas a túmulos de parentes ou conhecidos.

Segundo: - O que ocorre mais amiúde é que, detendo o espírita a tranquila convicção de que seu ente querido não mais se demora por estas bandas, tendo demandado estâncias outras, mais ricas de vida, guarda a consciência clara de que tudo o que ficou na sepultura foi a "roupagem gasta", e não mais, portanto, a pessoa com quem compartilhou experiências e afeto.

Terceiro: - Isto não implica em que o espírita sincero condene ou critique o posicionamento dos demais semelhantes que, de todo o coração, prestam com sinceridade as suas homenagens aos seus afeiçoados que se anteciparam na viagem deste para o outro lado da vida. Aliás, reza no próprio conhecimento da doutrina que muitos desencarnados visitam, efetivamente, os cemitérios por ocasião da data, em consideração às demonstração de amor com que ali são distinguidos. E muitos outros, ainda, afeitos aos costumes dentro dos quais desenvolveram suas experiências na matéria, conferem ainda muita importância a este gesto, ressentindo-se, de fato, daqueles que não o prestem nas datas de molde a serem lembrados.

Vistas estas considerações, é sensata a conclusão de que jamais cabe padrão algum de conduta no que toca ao sagrado universo íntimo humano. Cada agrupamento familiar terreno é único e peculiar, e ninguém melhor do que os seus componentes para estarem inteirados do que atinge ou não atinge mais de perto a cada um; o que convém ou o que não convém em matéria de sentimento e dedicação, cujos estágios e características se multiplicam ao infinito correspondente do número de habitantes do vasto universo humano.

Efetivamente, somos do lado de "lá" o que fomos aqui. É dever básico não só do espírita, quanto de qualquer pessoa que se diga civilizada, respeitar a diversidade dos caminhos escolhidos que, destarte, haverão de conduzir a cada ser, no tempo certo, ao mesmo ponto de encontro comum na intimidade das luzes divinas.

Questão de temperamento, de agrupamento humano, de fé e de hábitos, o ir ou não ir ao cemitério, de vez que é na sinceridade do gesto e não no gesto em si que se vislumbra a verdadeira homenagem aos desencarnados, de forma que, amor pelos mesmos, podemos dirigir-lhes tanto do recesso abençoado do nosso recanto de meditação no lar, quanto do ambiente de qualquer templo religioso, ou ainda diariamente, no movimento tumultuado das ruas ou também no cemitério, a qualquer dia do ano.

De forma que aqueles que partiram nos amando de todo o coração haverão de valorizar e entender a nossa melhor intenção ao seu respeito, seja de onde for que se irradie, colhendo-os de pronto, pela linguagem instantânea do coração e do pensamento. Os que foram afeitos aos hábitos costumeiros do dia de finados, na medida de suas possibilidades espirituais após a transição lá estarão, junto à sepultura física, colhendo com sincera afeição os votos de paz e as preces que lhes estejam sendo dirigidas.

Os provenientes dos lares espiritualistas na Terra receberão as mesmas demonstrações de amor a qualquer tempo, em qualquer data que faça emergir naqueles que ficaram para trás no aprendizado físico as gratas lembranças com que são evocados.

O importante é que espíritas e não-espíritas têm em comum, em relação aos seus amados que já se foram, à qualquer época, a linguagem inconfundível do amor entre as almas. Enxerguemos acima dos horizontes das limitações de visão humanas para alcançarmos com clareza a compreensão de que é assunto individual a forma como celebramos o nosso afeto para com os nossos entes queridos, e que o fator da sinceridade e da intenção é o que de fato conta, na certeza de que nossas preces e votos de paz serão bem recebidos por aqueles que prosseguem nos amando de igual forma na continuidade pura e simples da vida, que a todos aguarda para além das portas da sepultura, sob as bênçãos de Jesus. 

Christina Nunes 


***



Na nossa religião de Umbanda, como espiritualistas, sabemos que a morte não existe, os nosso entes queridos apenas partiram para outra dimensão. E com eles estamos todos os dias, não apenas no dia consagrado a eles pelos humanos, dia 02 de novembro, estamos com eles através do sentimento de afeição que transcende qualquer tempo e espaço, e a nível terra os homenageamos em nossos Templos, nossos espaços de luz e fé todos os dias do ano, e rogamos a nosso Pai Omulu, Orixá que nos ampara na passagem do mundo físico para o espiritual, que os acolham, fortificando e vivificando o seu espírito na seara do amor e do trabalho da caridade, que resplandece o espírito nas regiões sutis da Divina Luz.

Ednay Melo





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