2017 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

26/12/2017

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

A Suave Luz do Terreiro de Umbanda

Soa a campainha três vezes, chamando os médiuns. É hora de mais um encontro sagrado com os Orixás.

Encaminhando-se lentamente em direção ao terreiro, já se sente o aroma das ervas queimadas, e os cânticos de quem vai cruzando o templo com os defumadores.

Cada um vai se concentrando, guias de variadas cores na mão, já sentindo as vibrações no plexo esplênico, sintonizando-se com as vibrações das entidades protetoras da casa. Os atabaques começam a tocar, e cada um passa cantando pelo defumador na entrada, sensação boa de irmandade com aqueles que defumam cada filho de santo e depois toda a assistência, preparando para mais uma noite de trabalhos espirituais.

Ao pisar no espaço abençoado, o pensamento de cumprir mais uma missão, permeando todo o corpo com os fluidos magnéticos que impregnam o ambiente, e que circulam sob as batidas persistentes, sob as vozes uníssonas.

Chega-se ao congá, pedindo proteção aos chefes espirituais, às entidades que participam das egrégoras do terreiro, e em muda prece, faz-se a oração de alma, pedindo proteção por mais esta noite, batendo cabeça para cada orixá ali presente e sobretudo, á Oxalá, que através da imagem ali presente, parece olhar cada um, enchendo de ânimo, Amor e Fé.

Enfim, o médium conseguiu ali chegar, lutando contra o cansaço, a fome, os percalços do dia, seus problemas pessoais, seus embate e vivências. Conseguiu combater o desânimo, a preguiça, e toda uma série de contratempos que parecem lhe afastar da meta. Mas ali está, nada mais importa, agora é o tempo dos caboclos, dos pretos velhos, e de todas as falanges que lhes seguem, compondo o círculo sagrado das emanações da Luz Divina.

Ao início dos trabalhos, sempre cantando, o corpo acordando para as danças ancestrais, pede-se proteção ao anjo da guarda na missão abençoada, e todos se prostram para mais uma gira, reverenciando humildemente todas as evocações do chefe espiritual da casa, já incorporado no Babalorixá, comandando com a firmeza de sempre, mostrando sua Força ao manter tudo na mais perfeita harmonia, mesmo entre tantas emanações que reverberam em toda parte, incluindo a assistência, de onde vem angústias, dores e empecilhos.

Os caboclos chegam girando, cortando as demandas, quebrando grilhões com seus gritos, que cortam o ar, em mais vibrações que são como raios que dispersam toda dor, toda aflição.

Desfilam os caboclos de Oxóssi, trazendo o frescor das matas, o Prana vital da Natureza. Os caboclos de Ogum perfilam-se em harmonia, guerreiros incansáveis da Paz. E os atabaques contam as façanhas de Xangô, e o terreiro se enche de caboclos que trazem das pedreiras a Magia, a Luz, a energia que tudo equilibra.

A gira prossegue, e agora são os pretos velhos que se aproximam, com seu passo lento e olhar sereno, procuram seus cavalos, seus banquinhos, seus cachimbos, pembas e mandingas, e começam suas consultas. Sem pressa alguma, acolhem cada filho, lhes dão passes, e palavras de alento. Aconselham, contam histórias, trabalham com seus cambones, de maneira calma e ininterrupta, dando assistência a todo e qualquer apelo, corrigindo os pensamentos sem uma palavra rude, mostrando os caminhos, sem interferir nos arbítrios, ao mesmo tempo que em silêncio, vão limpando as auras, curando dores, atuando muito mais do que falam, pois são os mais sábios.

A madrugada se aproxima, é preciso terminar os trabalhos. Vão-se os pretos velhos em suas manifestações, para se colocarem ao lado de seus médiuns, junto de todos os outros guias espirituais.

Todos se ajoelham novamente, agradecem por mais uma oportunidade de trabalho edificante, cada um com seus próprios anseios apaziguados. Além do cansaço físico, sentem-se renovados em energia, pois o maior alimento é a Caridade prestada.

As luzes voltam a clarear com força, trazendo cada um ao plano terreno. É o momento de todos se confraternizarem com abraços e sorrisos, enquanto se reúnem mais uma vez, para bater a cabeça diante o congá, imantado das poderosas forças que lhe habitam. Cada um cumprimenta o Babalorixá e prepara-se para a volta para casa. Muitos, levarão horas para chegarem em seus destinos.

E,enquanto isso, no terreiro, nesse momento iluminado apenas com as luzes das velas, ainda ficará muitas horas fervilhando com a espiritualidade ali presente, até que todos os pedidos sejam auxiliados, todos os nós desatados, todas as demandas desmanchadas.

Suave Luz do terreiro de Umbanda, que permanece mostrando a presença da Senhora Velada, a infinita Sabedoria traduzida em Paz, Amor, Perdão, Serenidade e Equilíbrio, a verdadeira Jornada.

Salve Umbanda querida! Salve Orixás Benditos! Que sua Luz sempre brilhe sobre nós, que estamos na Busca.! Obrigado pelos caminhos, obrigado pelas lições, obrigado por ter-nos permitido vê-la, e em ti vivê-la!

Alex de Oxóssi



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O Compromisso de Ser Umbandista

O Compromisso de Ser Umbandista

A mediunidade é uma das chamadas mais precisas para seguir no caminho da Umbanda, porém, a mediunidade não se limita apenas na incorporação. Por quê digo isso? Muitos confundem a Umbanda com uma espécie de casa que apenas acolhe ou principalmente acolhe médiuns de incorporação, mas a mediunidade é complexa, ela abrange qualquer tipo de comunicado com o plano espiritual, desde uma intuição, uma percepção, inspiração, visão, audição, incorporação e outros.

Todos que na Umbanda se desenvolvem fazem por onde desenvolverem o tipo de mediunidade que mais está acentuada em seu interior, porém, também desenvolvem outros tipos se for o caso. Com isso, todos que fazem parte de uma corrente umbandista são médiuns preparados ou em processo de desenvolvimento, por isso no nome da corrente é ''CORRENTE MEDIÚNICA''. Sendo assim, o compromisso de um umbandista é o compromisso de ser um médium, e, quando nossa mediunidade é despertada passamos a trabalha-lá para que assim através dela possamos ajudar a evolução do próximo e a nossa própria evolução espiritual, enfim, passamos a trabalhar em prol da evolução espiritual de todos e de tudo, desta forma zelando por nosso corpo espiritual para que assim possamos enfrentar as barreiras da vida física.

Para que todo um desenvolvimento ocorra, para que toda esta evolução ao lado de muito trabalho espiritual flua, o indivíduo tem que assumir um compromisso disposto a se dedicar com seriedade, presteza, amor e muita fé. Mas isso privará a pessoa de sua vida pessoal? Jamais, as religiões justamente são um auxílio para que as pessoas vivam de maneira mais espirituosa, para que elas saibam lidar com as diversificadas situações da vida física e para que constantemente fortaleçam e zelem de seus corpos espirituais, pois, ambos os corpos, tanto o físico como o espiritual são de extrema importância para nós, dependemos do físico em dia para vivermos a vida carnal bem e do espiritual em dia para reabastecer o corpo físico com boas energias e para vivermos uma vida eterna na transição entre os dois mundos de forma evolutiva e construtiva.

O compromisso espiritual é mais um de grande importância que escolhe para seu ciclo, sendo assim, ele vem a somar com os outros compromissos e terá seu espaço assim como os demais. A exigência é apenas que após assumir um compromisso o abrace e o siga com respeito e seriedade, não deixando como última prioridade em sua vida, todos os compromissos que assumimos para nós devem ter o mesmo grau de importância, apenas divididos e cumpridos cada um em seu espaço, sem tomar a frente do outro. Se comprometer com amor e dedicação ao culto não é apenas fazer isto por si, mas sim pelo seus irmãos de fé que ali estão com o mesmo objetivo, quando se falta num trabalho espiritual por motivos supérfluos, quando não se dispõe a lutar pelo andamento do templo, quando não cumpre seus afazeres espirituais, você não estará somente atrasando seus preceitos espirituais, mas sim atrapalhando o seus irmãos e a todos que em seu templo frequentam, pois uma corrente deve ter todos os elos firmes, e basta apenas um elo frouxo ou quebrado para toda uma corrente arrebentar.

Ser médium é um compromisso em qualquer segmento desde que passe a trabalhar esta mediunidade a colocando em prática, mas é importante lembrar que mediunidade não é sinônimo de incorporação, existem diversificadas formas de desenvolver a mediunidade, e a Umbanda trabalha com todas elas.

Carlos Pavão




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19/11/2017

O Benzimento

O Benzimento

Segundo o dicionário, a palavra benzer vem de fazer a cruz. E é com esse símbolo que a maioria dos benzimentos tem início.

Na cultura popular, corpo e espírito não se separam, tampouco desliga-se o homem do cosmos, ou a vida da religião. Para todos os males que atingem o corpo e a alma do homem sempre há uma reza para curar. É por isso que, apesar do tempo e dos avanços da medicina, a tradição dos benzedores ainda persiste na nossa moderna sociedade capitalista.

Acreditando ou não no poder da reza, tem sempre aqueles que procuram, nas rezas e nas benzeções, uma cura para a sua doença ou um alívio para a sua dor.

O que é o benzimento?

Benzer significa tornar Bento ou Santo. Benzer uma pessoa é o ato de rezá-la, pedindo que dela se afastem todos os males ou o mal específico que lhe esteja afligindo.

Faz-se o “sinal da cruz” sobre a pessoa, animal ou objeto, recitando orações diversas com o objetivo de consagrá-la ao divino e pedir para o favor do céu, abençoando.

A bênção é um veículo que possibilita ao seu executor estabelecer relações de solidariedade e de aliança com os santos, de um lado, com os homens de outro e entre ambos, simultaneamente (Oliveira, 1985).

É uma prática muito antiga a muitas culturas, mas aqui no Brasil ganhou força no período da colonização junto aos imigrantes que chegaram.

Vale lembrar que os próprios Índios aqui já estabelecidos praticavam seus rituais de cura dentro de um conjunto de orações no seu próprio dialeto.

A maioria das benzedeiras são idosas, católicas, com pouca escolaridade e baixa renda.

Elas encaram seu ofício como um serviço assumido por tradição e em resposta a necessidades, da comunidade. Não cobram pelos benzimentos, mas geralmente os que procuram seus serviços, levam presentes como forma de agradecimento.

No quadro dos colonos tínhamos duas classes predominantes no Benzimento:

As parteiras e os benzedeiros.

O benzimento é uma técnica simples, independente de crença ou religião, de dia, lua, horário ou local para ser praticado.

Quem pode benzer?

Alguns dizem que o benzimento só pode ser praticado quando se aprende dentro de uma tradição ou quando se é passado por alguém da própria família.

A maioria das antigas benzedeiras relatam que aprenderam com alguém da família ou que foram apadrinhadas por outra benzedeira pois tinham o dom. Algumas relatam que receberam as orações e a missão de benzer durante um sonho.

Atualmente muitas pessoas defendem que para praticar o benzimento não é preciso ser médium, possuir dons espirituais, nem ter nenhum tipo de pré-requisito além da vontade de ajudar ao próximo. Sendo assim o Benzimento é livre a qualquer pessoa que queira aprender.

Qualquer pessoa pode fazê-lo desde que tenha fé na força que vem de Deus e que habita em cada um de nós.

Através da vontade no bem, criamos um campo fluidico cheio de magnetismo benéfico, repleto de agentes restauradores de forças e energias gastas, que ao serem repostas, atuam na reparação dos males que se instalaram.

O que pode ser benzido?

As enfermidades curadas pelas benzedeiras se configuram como perturbações que atingem não apenas o corpo, a esfera física, mas estão relacionadas a questões sociais, psicológicas e/ou espirituais que afetam o cotidiano.

Enquanto a Medicina científica se concentra nos aspectos biológicos do processo saúde-doença, a benzeção ocupa-se de perturbações que desequilibram a vida das pessoas e que podem ser causadas por um amplo leque de fatores, aproximando-se mais da forma subjetiva como as pessoas vivenciam o processo saúde-doença. Além disso, a eficácia do benzimento está estreitamente relacionada ao modo como as pessoas percebem a saúde e a doença.

A BENZEDURA COMO PRÁTICA TERAPÊUTICA

Negócios, mal no corpo, doenças físicas, psicológicas ou espirituais, sapinho na boca, quebranto, mau olhado, etc. Algumas benzedeiras se especializam em determinadas rezas. Por exemplo: geralmente as mulheres benzem crianças e os homens picadas de cobra.

Elementos no benzimento

O dom ou a faculdade de curativa é inerente ao benzedor, a preferência por certo objeto, erva, ou certa gesticulação, serve-lhe de catalizador do próprio benzimento.

Os elementos utilizados são diversos, tais como:

Vela, tesoura, faca, carvão, ervas, água, ramos, sal, Bíblia, rosários, fios de linha, etc.

O elemento mais popular é o ramo. Algumas benzedeiras dizem que quando não usam o ramo o mal “vira prá elas”; após a reza, se a pessoa estiver carregada, as folhas ficam “murchas”. Pode-se usar qualquer tipo ramos de plantas para realizar o benzimento.

Dentre as ervas podemos citar a arruda, o alecrim, o alevante, o guiné. Pelas propriedades de cada uma delas, de limpar a energia negativa. Ou ainda alguma erva que a benzedeira use somente para esse fim.

Também são utilizados elementos em rezas específicas, como por exemplo uma faca para cortar o mau olhado ou o ramo de oliveira para a “vermelhidão”. No entanto é importante que aqueles que queiram iniciar a prática do benzimento saibam que os elementos não são necessários.

Quando mencionamos o uso de objetos dentro do benzimento, notamos que na realidade se vincula aos mesmos no plano etéreo suas atuações idênticas no plano físico.

Quando utilizamos facas para se benzer, nem sempre esta prática é bem aceita pois a associação que se faz com este elemento esta sempre ligada ao negativo. Olhando por um prisma espiritual verificaremos que a faca tem uma única função “CORTAR" e não se dever ser associado a ela a AÇÃO que o ser vivente toma com a mesma, sendo esta segunda de total responsabilidade de quem o faz.

Ao benzermos uma pessoa com o uso de uma faca, pouco importa sua forma ou alegoria que nela seja colocada, nem tão pouco se tenha corte ou não, pois em momento algum há o contato dela e de seu fio de corte com a pessoa que esta sendo benzida, ficando a atuação somente no campo ritualístico.

Os movimentos neste benzimento devem ser lentos para não assustar o assistido e vale lembrar que a fé é elemento propulsor de energia e sem a mesma nada se realiza.

Géro Maita



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17/11/2017

Por Que os Maus se Dão Bem na Vida?

Por Que os Maus se Dão Bem na Vida?

De vez em quando vemos as pessoas fazerem a seguinte indagação:
Por que muitas pessoas boas, que ajudam os outros, estão mal, sofrendo, e ficam com suas vidas bloqueadas? E por que outras pessoas egoístas, orgulhosas, que prejudicam os outros, estão bem, ganham dinheiro, tudo em suas vidas dá certo e elas conseguem o que desejam?
Em primeiro lugar devemos dizer que não há como saber se essas pessoas estão mesmo bem e felizes. Alguns desses indivíduos egoístas, arrogantes, rancorosos, intolerantes etc, podem ter boas condições financeiras, família, uma vida confortável e ter poucos problemas, mas nada disso garante alegria e paz. A felicidade não se encontra em nenhuma destas coisas, mas num desprendimento interior, numa liberdade de ser e numa consciência que independem de qualquer aspecto da vida humana. Por isso, nada nos faz acreditar que essas pessoas são felizes. Talvez essa felicidade seja apenas uma aparência. Aliás quase tudo na vida humana é feito de imagens, de miragens e de ilusões. A imagem de felicidade e bem estar que muitas pessoas projetam a outras não é exceção.
Em segundo lugar, é preciso verificar se as pessoas que julgamos “boas” são tal como nós pensamos. O ser humano cria em sua mente um modelo de bondade, de santidade, de solidariedade que está baseado em suas crenças pessoais. Pessoas boas podem ser boas apenas na aparência, mas por dentro guardarem uma escuridão interior. Elas fingem ser bondosas a fim de ganhar alguma coisa com isso, nem que seja reconhecimento que vem alimentar seu ego. Por outro lado, muitas pessoas que são supostamente boas, caso tivessem poder, usariam mal esse poder adquirido. Vemos todos os dias situações parecidas com essa. Pessoas que pareciam ser boas apenas por não lhes ter sido dada a oportunidade de se mostrarem tal como são. Como diz a máxima: “Quer conhecer uma pessoa? Dê poder a ela.” É certo que muitos oprimidos anseiam em se tornar opressores. Ao invés de lutarem contra as injustiças, sonham em um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles. Portanto, é preciso tomar cuidado com rótulos de bondade. Da mesma forma que não devemos fazer um julgamento de uma pessoa como sendo alguém mau e perverso, não devemos também julgar uma pessoa como sendo boa antes de conhece-la mais a fundo.

O terceiro ponto dessa resposta, e o mais importante, é entender que as pessoas realmente boas e puras estão mais adiantadas no caminho espiritual, e por esse motivo, estão aptas a enfrentar provas mais duras. Para entender esse ponto, vamos recorrer a um exemplo. Vamos imaginar um aluno da primeira série fazendo uma prova. Vamos imaginar também um aluno da sétima série fazendo uma prova. Cada um desses alunos realiza um exame que foi preparado de acordo com os conhecimentos do aluno dentro da série onde ele está. Alguém imagina o aluno da primeira série sendo obrigado a resolver as questões de uma prova da sétima série? Claro que não. O aluno da primeira série deverá fazer uma prova adaptada aos padrões da ensino da série em que se encontra.
O mesmo ocorre com as almas que vem a esse mundo. Cada alma possui um certo nível de amadurecimento espiritual. Os espíritos se encontram em certa fase de seu desenvolvimento. Uns são mais adiantados e outros são mais atrasados. As almas mais adiantadas devem obviamente realizar provas mais difíceis porque já estão aptas a serem bem sucedidas. As almas mais atrasadas, por outro lado, não estão preparadas para provações mais complexas, mais duras, mais pesadas, que exijam muito delas, pois se isso ocorrer, elas facilmente vão sucumbir a essas adversidades. Não se pode exigir algo de quem não tem. É necessário dar as provações mais difíceis aos espíritos mais avançados e provas mais simples aos espíritos igualmente mais simples. No futuro, as almas menos adiantadas vão avançar em evolução, e nesse momento, estarão preparadas para as provas mais árduas, mais penosas, que exijam mais de si mesmos. Como diz a máxima: “Deus dá as batalhas mais difíceis aos seus melhores soldados”.
Por isso, ninguém deve se surpreender quando pessoas sem caráter, primitivas e grosseiras se dão bem na vida. Na realidade, esses espíritos ainda não podem ser submetidos aos testes mais rigorosos, caso contrário, ficarão revoltados, perdidos e podem desistir. É preciso que as almas primitivas vão recebendo as lições espirituais mais lentamente, aos poucos, dentro do nível que eles são capazes de assimilar. Assim, eles vão sendo preparados de forma branda para depois serem introduzidos nas provações de nível mais alto. Por outro lado, aqueles que sofrem provações mais severas devem agradecer essa oportunidade, pois Deus já sabe que essas almas são mais adiantadas e estão preparadas para desafios maiores.
Respondendo então a pergunta inicial, os espíritos atrasados não se dão bem na vida. Eles apenas se encontram incapacitados de superar provas mais duras. Por isso, essas provas são adiadas até que eles estejam preparados.

Hugo Lapa




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15/11/2017

Saravá Umbanda!

Salve o dia 15 de novembro!
109 anos refletindo a Luz Divina!

Gratidão à luz que vem de Aruanda!

Gratidão aos nossos mais velhos!

Parabéns a todos os umbandistas, que levam ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá!

Saravá Umbanda!





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14/11/2017

A Roupa Branca

A Roupa Branca

Por causa de Oxalá, a cor branca está associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.

Além disso, quando da manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, no momento em que expressou as diretrizes da nova religião, a Umbanda, ele sugeriu que todos os médiuns, sacerdotes ou pessoas que participassem das sessões vestissem roupas de cor branca.

A cor branca sempre foi usada desde os tempos remotos para simbolizar a paz e a fraternidade. Nas antigas ordens religiosas do Oriente, encontramos a cor branca como sinônimo de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados por utilizarem sua magia sempre para o bem, e suas vestes sacerdotais eram sempre brancas. Também consideramos que a cor branca dá a sensação de limpeza, beleza, paz e harmonia, por isso, tantos profissionais a utilizam para representar sua ação, como a área médica e a de ensino. Há, ainda, uma razão científica para o uso dessa cor. Segundo estudos e pesquisas elaborados pelo cientista Isaac Newton, descobriu-se que, quando a luz solar (branca) passa por um prisma de cristal, desdobra-se a cor matriz (branca) nas cores do arco-íris, provando assim que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores.

Em outras palavras...

Essas duas cores, branca e preta, representam à união e a ausência de todas as cores e nos levam ao plano iniciatório ultrapassando a dualidade. São as cores do universo simbólico representado no tabuleiro do Xadrez, no preto que é luto no ocidente e no branco que é o luto no oriente, no branco que é a cor do vestido da noiva e no preto que a cor do fraque do noivo, no preto que é a noite insondável e no branco que é a neve que reflete a luz fria em altitudes inatingíveis. O branco e o preto se alternam quando a palheta de cores atinge certa rotação, formando um desenho preto-branco e branco-preto criando uma nova unidade de cor. O branco é a pureza e o preto é atração magnética que tudo absorve, é o feminino e o masculino, o positivo e o negativo, o oriente e o ocidente, o yin e o yang, o sol que reflete a luz e a lua que absorve a claridade, é a presença e a ausência.- Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição.- Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério.

Na Umbanda usa-se como roupagem para os médiuns apenas roupa branca, representando a simplicidade e humildade. O branco representa e é a cor de Oxalá e além do sentido da pureza e da reverência ele traz a proteção espiritual para o médium, pois o branco É IRRADIADOR POR SI SÓ formando um campo de força único, fazendo com que o baixo astral não consiga enxergar ou caracterizar o médium protegendo-o dos ataques espirituais.

A cor branca resulta da sobreposição de todas as cores, enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposição origina um arco-íris.

Na Umbanda por exemplo, aquela trazida pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas, não é comum o uso de fantasias, adornos, enfeites, objetos brilhantes e coloridos, ou afins, como se verifica no candomblé ou kimbanda por exemplo, onde cada qual segue sua ritualística. Pode ocorrer de uma preta velha solicitar uma saia ou um lenço para simplesmente amarrar os cabelos... Mas uma outra visão sobre a vestimenta e apetrechos materiais utilizados pelos Guias Espirituais são como condensadores de energia, sendo um modo de concentrar-la e depois enviá-la ou dissipá-la no elemento apropriado.
Deve-se ficar atento diante das solicitações espirituais para que não haja influência do próprio médium perdendo todo o efeito de realização e descaracterizando a Umbanda de sua simplicidade, pois como diz seu Zé, vestir branco é o branco interno e não o externo.
No entanto a roupa branca quando destinada aos trabalhos caritativos deve ser usada única e exclusivamente na hora dos trabalhos mediúnicos.

Mônica Caraccio




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06/11/2017

A Natureza do Perispírito

A Natureza do Perispírito

Conhecer melhor o corpo fluídico que envolve o espírito é a chave que permite compreender a enorme gama de fenômenos mediúnicos.

Alcione Rebelo Novelino - Associação Médico-Espírita do Brasil

Perispírito, corpo fluídico ou corpo espiritual, no dizer dos espíritos, é um corpo fluido que envolve o espírito. Kardec é quem deu a este corpo fluídico o nome de perispírito, em alusão ao perisperma, membrana que envolve a semente de um fruto.

O perispírito é um dos produtos mais importantes do Fluido Cósmico Universal. "É uma condensação deste fluido em torno de um foco inteligente ou alma". Tanto o corpo carnal como o perispírito são matéria e derivam do fluido cósmico, mas a matéria de ambos se encontra em diferentes condições vibratórias, como diria André Luiz.

Praticamente todas as civilizações humanas do passado falaram no perispírito. Os egípcios conheciam-no como o "KHA". Na índia, no Rig Veja, fala-se em "Iíngua-sharira", enquanto que no esoterismo judeu é o "nephesh". Paracelso o chamou de "corpo astral" ou "evestrum" e Paulo de Tarso o denominou como "corpo espiritual" ou "corpo incorruptível".

Formado dos fluidos espirituais de cada globo, o perispírito varia de acordo com o meio onde se encontra. Suas características dependem do nível moral e espiritual alcançado por cada individualidade, pois é esta moral idade e espiritualidade alcançada em numerosas experiências reencarnatórias que funcionará como um foco de atração para este ou aquele elemento (átomo) da matéria espiritual, de sorte que o perispírito retratará sempre o nível espiritual de cada criatura.

Portanto, o corpo espiritual ou perispírito tem uma forma para se constituir bem distinta do corpo físico. Enquanto que este é formado basicamente dos elementos carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio (constituintes básicos da matéria orgânica), os átomos espirituais que compõem o perispírito variam de acordo com sua evolução.

MATRIZ ESPIRITUAL DO CORPO

Kardec nos ensina que o perispírito, por meio de uma expansão do mesmo, une-se ao ser humano desde o momento da fecundação do óvulo pelo espermatozóide. Daí para frente, orienta a divisão celular do mesmo, unindo-se ao corpo físico célula a célula, órgão a órgão, molécula a molécula, átomo a átomo. Esta união permanece por toda a vida física do indivíduo e só por ocasião da morte do corpo físico é que ocorre a desunião do perispírito, quando ele volta ao mundo espiritual, que é seu local de origem.

Orientando a divisão celular, o perispírito é, por isso mesmo, a matriz do corpo físico. Numerosos fenômenos podem ser explicados quando conseguimos perceber que a matriz do corpo físico se encontra fora do mesmo, embora agregado a ele. Um deles é o intrincado fenômeno da embriogênese.

É muito conhecido entre os embriologistas e curiosos o fato de que, quando nos estágios iniciais de formação do embrião, ao se colocar uma célula que, em seu lugar de origem, já estava sendo diferenciada para dar formação a uma estrutura do aparelho digestivo, por exemplo, em um local que deveria redundar no olho do organismo, esta célula que já estava se diferenciando regride para seu estágio de indiferenciação e começa agora a se diferenciar novamente, para ajudar a formar o olho do organismo. Tudo se passa como se, por trás da gênese orgânica, houvesse "algo" que orientasse sua formação.

É a este algo que o fisiologista francês Claude Bernard dá o nome de "idéia diretriz", Hans Driesch dá o nome de "intelékia" e o dr. Hernani Guimarães Andrade, parapsicólogo brasileiro, dá o nome de "modelo organizador biológico". O Espiritismo nos ensina que esse "algo" que organiza a matéria orgânica nada mais é que uma das propriedades do perispírito que se manifesta como a matriz orientadora do corpo físico.

O leitor poderá objetar que tal princípio está concentrado nos genes que estão inseridos nos cromossomos das células, como vem demonstrando tão bem a genética, ciência que estuda os fenômenos da hereditariedade. Sem dúvida, a genética tem elucidado muitas leis que regem a hereditariedade, mas está longe de conhecer e explicar todos os fenômenos da organogênese.

Dentre os muitos fatos que a genética ainda não consegue explicar, poderíamos citar como exemplo o curioso fato das moscas sem olhos. O dr. Hernani Guimarães Andrade relata em seu livro Psi Quântico que "realizando o cruzamento entre si, as moscas das frutas (Orosophila melanogaster) portadoras dos genes recessivos correspondentes ao caráter "mosca sem olhos" podem gerar o aparecimento de moscas sem olhos. Neste caso, a linhagem é pura com relação a este caráter, o que quer dizer que, de acordo com as leis da genética, as descendências deverão ser sempre moscas sem olhos. Entretanto, não é isto exatamente o que ocorre. Depois de um certo número de gerações por entrecruzamento de moscas cegas, surgirão novamente moscas com olhos normais" .

Diante de fenômenos como este, os geneticistas se perguntam: o que aconteceu ou o que interferiu nos genes para provocar tal mutação e corrigir o defeito da cegueira das moscas? Para tal pergunta, a genética não tem resposta. No entanto, se ela não responde, o Espiritismo o faz, quando nos afirma que toda a experiência da vida no planeta está registrada no perispírito e que, por isso mesmo, quando ocorre alguma anomalia no código genético da matéria, o espírito lança mão do arquivo mnemônico do perispírito para corrigi-Ia, provocando pequenas alterações nos genes no transcorrer das gerações, até que o defeito ou anomalia seja corrigido.

O Espiritismo não veio para desacreditar a genética ou qualquer outra ciência, mas veio para se associar a ela, a fim de permitir explicar numerosos fatos que a ciência por si só logra fazê-lo.

É bem conhecido o fato de que, no ser humano, todas as células físicas se desgastam e são substituídas, de sorte que, excetuando-se as células do sistema nervoso, todas as outras células são trocadas. No espaço de aproximadamente oito anos, todas as células do organismo foram substituídas, mas, no entanto, a criatura conserva seus traços fisionômicos. Esta "memória" que permite a recomposição celular sem perda dos sinais fisionômicos do indivíduo é mais uma das propriedades do perispírito.

O perispírito retrata nosso estado mental, pois, como foi mencionado na introdução, a matéria espiritual que está agregada ao corpo espiritual depende do grau de desenvolvimento moral e espiritual do espírito. Daí decorre que o que a pessoa é está estampado em sua fisionomia.

ALTERAÇÕES TRANSITÓRIAS DA FORMA

Uma das características da matéria espiritual é o fato dela ser muito dócil à ação plasmatizante do pensamento. Ela sofre a ação do pensamento e se modela de acordo com as sugestões do mesmo. Isto nos permite compreender uma série de fenômenos do plano espiritual. Um deles é o fato de que, estando o espírito condicionado que está doente, enfiridado ou aleijado, plasma em seu organismo, por mecanismos de auto-sugestões mentais, os sinais das moléstias que acredita possuir, enfiridando-se ou provocando aleijões. No entanto, basta se libertar dos condicionamentos para que o organismo espiritual volte a se apresentar totalmente saudável.

Estas sugestões podem também chegar ao espírito por via indireta, através de forte sugestão mental vinda de um outro espírito. André Luiz, espírito que nos escreve através da medi unidade psicográfica de Chico Xavier, conta em seu livro Libertação como uma mulher no plano espiritual, após sofrer fortes sugestões mentais hipnóticas de um outro espírito de que era uma loba, acabou por acatá-las, incorporando-as ao seu perispírito, cuja matéria espiritual se modelou de acordo com as sugestões.

Gradativamente, as expressões fisionômicas dessa senhora foram se modificando até tomar a forma de uma loba. Estes fenômenos de transformação fisionômica do espírito por sugestões hipnóticas é conhecido como "Iicantropia". No entanto, é preciso que se esclareça que esta é uma alteração provisória e não definitiva, pois quando cessam as sugestões hipnóticas, imediatamente o indivíduo recupera sua fisionomia humana. Portanto, não se trata de um retrocesso involutivo, o que nunca acontece, conforme nos esclarece a doutrina espírita.

A matéria espiritual se situa em um espaço diferente do nosso, possivelmente em um espaço de mais de três dimensões. Isto nos permite compreender o porquê do corpo espiritual ou perispírito poder atravessar nossa matéria sem impedimento. Um espírito pode atravessar nossas paredes e nossas portas mesmo que fechadas.

PERCEPÇÕES E SENSAÇÕES

No corpo físico, a percepção do mundo exterior é feita através dos órgãos dos sentidos. Exceto o fato que nos permite perceber o meio que nos cerca através de todo o nosso organismo, nós só podemos ouvir pelos nossos ouvidos, ver pelos olhos, degustar pelo paladar e sentir os odores pelo nosso olfato.

No entanto, no plano espiritual, pode-se perceber o mundo espiritual através de todo o perispírito, isto é, pode-se ver, sentir, ouvir, perceber odores e o gosto das substâncias por qualquer parte do perispírito e não somente pelos órgãos dos sentidos.

Alguns fatos paranormais estudados por nossos cientistas parecem apoiar estes conceitos. O dr. César
Lombroso, famoso metapsiquista italiano, teve, no transcorrer de sua vida, vários médiuns de renome à sua disposição e que lhe permitiram interessantes pesquisas e estudos.

Certa feita, trabalhou com sensitivas que apresentavam uma sensibilidade exacerbada quando em estado hipnótico. Estas sensitivas, quando em transe hipnótico, eram capazes de perceber odores e sons pelas mais variadas localizações de seu corpo. Eram, por exemplo, capazes de sentir odores pelos pés, ouvirem pelos joelhos etc.

Se formos explicar o fato pela teoria espírita, o que ocorre é que no indivíduo em transe hipnótico, o perispírito se expande e se exterioriza além dos limites corporais. Como a sensibilidade do perispírito é global, a capacidade de penetrar o meio externo pode acontecer em qualquer ponto do organismo. No entanto, quando o indivíduo sair do estado hipnótico, o perispírito se recolhe aos limites do corpo físico e a percepção exterior volta a ser feita apenas através dos sentidos físicos.

Outros fatos que também parecem cooperar para que se acredite na sensibilidade global do perispírito são as experiências conscientes de desdobramento. O sr. Monroe, de nacionalidade norte-americana, apresenta esta interessante característica de se desdobrar conscientemente. Muitas dessas experiências ele relata em seu livro Viagens Fora do Corpo.

Em uma dessas viagens, conta o sr. Monroe que andava por um determinado local quando, sem que virasse a cabeça, teve a sensação de ter visto um determinado objeto que estaria situado atrás dele. Ao voltar a cabeça para trás, constatou a presença do objeto. Em inúmeras outras experiências de desdobramento, percebeu que poderia ver sem os olhos, até tomar consciência de que, estando desdobrado e com sua consciência trabalhando em seu perispírito, poderia ter uma visão de 360 graus e não necessitaria dos olhos para ver. Ver pelos olhos era tão somente um condicionamento que adquirira com seu corpo físico.

Como já conhecemos, a matéria que compõe o perispírito dos espíritos depende do grau evolutivo do mesmo. Quanto mais evoluído, maior é a capacidade do espírito de atrair átomos mais sutis da matéria espiritual para formar seu perispírito. Esses átomos mais sutis são de pouca densidade e muitas vezes emitem luminosidade. Esta baixa densidade permite a esses espíritos sofrerem uma atração gravitacional muito pequena do planeta onde se encontram, o que lhes facilita a locomoção e permite a alguns deles a volitação, isto é, a capacidade de voar. A luminosidade irradiada pelos átomos espirituais permite que esses espíritos irradiem luz e até mesmo possam ser reconhecidos por seu espectro luminoso.

FENÔMENOS MEDIÚNICOS

Todos os fenômenos mediúnicos acontecem graças às propriedades do perispírito. Portanto, no perispírito se encontra a chave para o conhecimento desses fenômenos.

Para que aconteça o fenômeno mediúnico, é preciso que o perispírito se expanda e se exteriorize para além do corpo físico. É o que Kardec chama de "exteriorização do perispírito". Assim expandido, o perispírito passa a exibir suas propriedades, apercebendo-se do meio espiritual que o cerca. Se essa percepção não impressionar nenhuma área específica do cérebro, o indivíduo tem uma percepção geral do plano espiritual, que lhe chega à consciência geralmente na forma de impressões emocionais, como de agrado ou desagrado. Quando estas impressões conseguem atingir determinadas áreas cerebrais, elas podem ser específicas e o indivíduo pode "ver" ou "ouvir" o mundo espiritual.
Os espíritos podem, por sua vontade (e isto também está na dependência de suas aquisições evolutivas), condensar as moléculas de seu perispírito até que as mesmas se aproximem das características das moléculas da matéria física, o que permite que sejam vistos pelos médiuns videntes.

A bicorporeidade é a visualização do espírito de um indivíduo encarnado. O indivíduo em desdobramento, isto é, com seu perispírito afastado de seu corpo físico, poderá também sofrer uma condensação de suas moléculas, que, se forem de grande intensidade, poderá impressionar até os olhos físicos de qualquer criatura, dando a impressão de que o indivíduo tem dois corpos, o que é vulgarmente conhecido como "homens duplos".

TRANSFIGURAÇÃO DO PERISPÍRITO

Na transfiguração, o médium em transe mediúnico sofre um apagamento de seus traços
fisionômicos e aparece a fisionomia da entidade comunicante.

O que parece ocorrer é que há uma exteriorização do perispírito do médium além dos limites de seu corpo físico. Por mecanismos de afinidades, ocorre uma sintonia do perispírito da entidade que deverá se comunicar, formando-se uma atmosfera psíquica perispiritual comum entre o médium e a entidade. Através desta atmosfera perispirítica comum, há uma simbiose de pensamentos, sentimentos e sensações de ambos. Em seguida, as moléculas do perispírito do médium sofrem uma condensação, formando uma névoa brumosa em torno do médium, escondendo seus traços fisionômicos. Por mecanismos telepáticos, o médium recebe as impressões fisionômicas da entidade comunicante e o próprio psiquismo do médium impressiona seu perispírito com os traços fisionômicos da entidade comunicante, dando a impressão de que a entidade entrou no corpo do médium. Este tipo de fenômeno é bastante raro.

Fenômeno ainda mais raro é quando o médium sofre uma transfiguração e, com seu perispírito exteriorizado e as moléculas do mesmo condensadas, permite que se veja seu estágio evolutivo estampado em seu perispírito. O caso mais inusitado de que se tem notícia é o fenômeno da transfiguração de Cristo no Monte Tabor.

Contam-nos os evangelistas que, certa feita, Cristo convidou três de seus discípulos (Pedro, João e Tiago) para orarem com ele numa alta montanha, que parece ser o Monte Tabor. Estando Cristo em oração, eis que o rosto deste resplandece como o sol, suas vestes ficam alvas como a luz e, como esta, surgiram Moisés e Elias a seu lado. E então Pedro disse: "Senhor, que bom é estarmos aqui, pois faremos três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Isto ele dizia porque não sabia o que dizer. Neste momento, uma nuvem os cobriu e uma voz, como um trovão, surgiu de dentro dela e disse: "Este é o meu filho amado, em quem me com prazo, ouvi-o"! Os três apóstolos se assustaram tanto que colaram seus rostos ao chão.

Neste caso, podemos entender a transfiguração de Cristo como a exteriorização de seu perispírito, seguida pela condensação das moléculas do mesmo, permitindo que os discípulos o pudessem ver em toda sua glória, isto é, em toda sua evolução.

O estudo do perispírito é muito apaixonante. No conhecimento de sua natureza e propriedades se encontra a chave que nos permite compreender uma gama enorme de fenômenos biológicos, psíquicos e paranormais.




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02/11/2017

Chakras e Cura

Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Chakras são centros de força situados no duplo etérico (corpo energético) cuja função é captar, absorver e distribuir energias. As energias salutares são as captadas do fluido cósmico universal ou prana, a fim de equilibrar energeticamente o indivíduo como ser físico e espiritual. Os chakras fazem a ligação energética entre o corpo físico, o espiritual e o meio ambiente. Transmutam energias tornando-as mais condensadas e adequadas ao corpo físico. Assemelham-se à flor-de-lótus, giram no sentido horário, situam-se na região dos plexos nervosos; as energias captadas pelos chakras são conduzidas através do sistema nervoso. O tamanho e velocidade do chakra irá depender do grau evolutivo do indivíduo. Um chakra em desequilíbrio não capta energia para a sua região, prejudicando o metabolismo dos órgãos do corpo relacionados a ele. Apesar de cada chakra está relacionado com determinado sistema de órgãos do corpo físico, quando um está em desequilíbrio afetará em maior ou menor proporção todos os outros, da mesma forma que a doença de um órgão afeta outros órgãos ou sistemas.

Existem terapias que facilitam o processo de abertura, alinhamento e equilíbrio dos chakras, auxiliando no processo de cura. A partir do ano 2018, o nosso Templo, a Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca irá oferecer Tratamentos de Auxílio para a Cura (TAC), totalmente gratuito como todas as atividades da nossa Tenda; em um dia específico a ser divulgado na agenda 2018. Sempre amparados e dirigidos pela espiritualidade que nos assiste.

Em cada chakra pode-se trabalhar a cura de patologias físicas, mentais, emocionais e espirituais, bem como o seu alinhamento, equilíbrio e reposição energética salutar, favorecendo o aumento da qualidade de vida.

É através dos chakras que o tratamento espiritual atua e direciona fluidos benéficos de acordo com a patologia ou desequilíbrio. É através dos chakras que a mediunidade é trabalhada e desenvolvida. É enfim, através dos chakras a comunicação do indivíduo com o mundo espiritual, que pode ser mundos superiores ou inferiores, de acordo com os pensamentos, sentimentos e ações de cada um.

Existem milhares de chakras, porém, apenas sete são considerados principais, porque estão ligados ao sistema endócrino do organismo físico, dessa forma, cada chakra tem uma glândula endócrina correspondente. A ligação hormonal entre os chakras e as glândulas endócrinas remete a alterações nas células de todo o corpo, bem como a diminuição de energia de um chakra pode produzir uma diminuição da atividade na glândula endócrina correspondente. Então são sete chakras maiores e principais, os demais chakras são secundários. Vamos nos deter neste artigo apenas aos chakras principais.

Alguns autores consideram o chakra esplênico como principal. Porém o chakra esplênico está relacionado com o baço, que não é uma glândula endócrina.

Os chakras se apresentam em linha vertical, acompanhando a coluna vertebral e são:

Coronário - Frontal - Laríngeo - Cardíaco - Umbilical - Sexual - Básico.

Cada chakra tem uma cor de fundo, que pode modificar-se de acordo com o momento emocional do indivíduo. Têm também uma função específica e variável de acordo com a necessidade de auxiliar o alinhamento dos outros chakras. Cada chakra representa um elemento da natureza, com exceção do coronário e frontal, porque estes estão ligados ao orum (céu). Cada chakra tem também um ou mais orixás correspondentes, pois a função dos Orixás também é promover o equilíbrio integral do ser. Cada chakra tem, também, uma pedra cristal correspondente.

Com a morte física, o duplo etérico com os seus chakras deixam de existir.

A seguir, falaremos um pouco de cada chakra e, como os estamos descrevendo apenas teoricamente, enumeramos os chakras de cima para baixo:



1) Coronário:



Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Conhecido como o lótus das mil pétalas, situa-se na área correspondente ao topo da cabeça por onde entram as energias celestes que alimentam os outros chakras. Responsável pela conexão com esferas superiores. Seu desequilíbrio gera falta de significado para a vida, pois o indivíduo fica desconectado da espiritualidade e da sua essência.

Glândula correspondente: pineal, considerada o ponto de ligação das energias superiores.

Cor de fundo: violeta ou branco fluorescente.

Função: expansão da consciência. Importante nos fenômenos anímicos-mediúnicos. Auxilia no equilíbrio de todos os outros chakras. Alimenta o sistema nervoso central.

Orixás correspondentes: Oxalá e o casal de Orixás ancestrais.

Pedras: ametista, tanzanita, lolita, lepidolita, cocoxenita, fluorita, safira violeta, quartzo transparente, criatal arco-íris, cristal rutilado de dourado, pedra da luz.

Tratamento: doenças mentais, emocionais, principalmente depressões severas e patologias neurológicas. Auxilia na cura de todas as doenças.



2) Frontal:



Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Conhecido como o terceiro olho. Situa-se na área da glabela (entre as sobrancelhas), no espaço espiritual interno da testa.

Glândula correspondente: hipófise.

Cor de fundo: azul índigo

Função: Aprimorar inteligência, aprendizado, conhecimento. Importante para a intuição, inspiração e clarividência. Alimenta o sistema nervoso autônomo.

Orixá correspondente: Orixá que está a frente do indivíduo na atual encarnação. Influencia a maneira de ver e de estar no mundo. Chakra que abre oportunidades de crescimento pelo aprendizado constante, através da observação e assimilação gradual das vivências no mundo físico em comunhão com o mundo espiritual.

Pedras: safira, sodalita, lápis lazuli, quartzo azul intenso, turmalina azul, azurite, pedra da lua, apatita azul, cianita, fluorita.

Tratamento: desequilíbrio dos sentidos físicos. Doenças relacionadas aos órgãos da cabeça, enxaquecas, infecções, fragilidade mental e muscular, apatias e depressões. Trata perturbações psíquicas, especialmente as causadas por obsessões. Problemas de memória, do sono, alucinações, delírios e ilusões.



3) Laríngeo:



Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Situado no espaço correspondente à frente da garganta. É o chakra da expressão em todas as formas.

Glândula correspondente: tireóide, que tem como uma das funções desintoxicar e purificar a corrente sanguínea.

Cor de fundo: azul celeste

Função: Energiza as cordas vocais, boca, dentes, língua, faringe, laringe, esôfago, traquéia. Influencia na comunicação, deglutição e respiração. Promove a psicofonia e a clariaudiência.

Orixás correspondentes: Iansã e Xangô. Iansã atua para aumentar a velocidade do chakra, tornando a pessoa mais comunicativa e expressiva. Xangô atua para diminuir a velocidade do chakra, caso a pessoa precise conter as suas expressões na busca do equilíbrio.

Elemento: ar

Pedras: água marinha, turquesa, quartzo azul, quartzo lavanda, ágata azul rendada, berilo, apatita, jade, lápis lazuli, ágata musgosa, citrino, jasper marrom.

Tratamento: Este chakra estando em desequilíbrio, a tireóide não purifica o sangue, daí surgem inflamações, principalmente articulares como tendinites, bursites, artrites e artroses. Doenças como faringites, amigdalites, laringites, sinusites, otites, asmas e todas as patologias relacionadas ao pulmão, bem como isolamento social, dificuldade de linguagem, incertezas e desânimos.



4) Cardíaco: 


Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Está relacionado com a área cardio-respiratória. É o canal do sentimento, expressa o amor. É o ponto de encontro das energias superiores que vem do chakra coronário com as energias da terra, que vem do chakra básico. Daí remete ao arquétipo de plenitude: "o céu e a terra se harmonizam em mim" (Encontro do triângulo para cima - energias superiores - e do triângulo para baixo - energias inferiores - símbolo da Estrela de Davi).

Glândula correspondente: timo

Cor de fundo: verde ou rosa

Função: equilibrar as energias de todos os outros chakras. Influencia na circulação sanguínea e sistema imunológico. Auxilia a auto-estima e a capacidade de amar.

Orixás correspondentes: todos, pois todos os orixás trabalham harmoniosamente para o equilíbrio do indivíduo e todos expressam o amor de Deus por Suas criaturas.

Elemento: ar

Pedras: quartzo verde, malaquita, esmeralda, turmalina verde, turmalina rosa, rodocrosita, quartzo rosa, aventurina, rodonita, canga rosa.

Tratamento: todas as doenças psicossomáticas e acarretadas por desequilíbrios emocionais, especialmente do aparelho digestivo, pele e pulmão. Todas as doenças relacionadas ao sistema cardio-respiratório. Trata as tristezas, mágoas e ressentimentos.




5) Umbilical:


Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Localiza-se em toda a área abdominal, incluindo o sistema digestório. Chakra das emoções inferiores.

Glândula correspondente: pâncreas.

Cor de fundo: amarelo

Função: facilita a percepção das energias do meio ambiente. Relacionado a questões do poder. Atua no sistema nervoso.

Orixás: Ogum e Oxum. Ogum liberta das energias inferiores e Oxum traz o equilíbrio emocional.

Elemento: fogo

Pedras: citrino, jaspe amarelo, topázio amarelo, âmbar, berilo amarelo, ágata cornalina, cacochinita, hematita, quartzo rosa.

Tratamento: doenças do aparelho digestivo, enjoos, vômitos, má digestão, ansiedade, diabetes, úlceras, hérnia de hiato, gastrites, cálculos de vesícula. Trata de fobias, medos, irritações, insônias, pânicos e timidez, bem como patologias causadas por sentimentos de ódio, rancores e vinganças.



6) Sexual:



Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Localizado na área correspondente ao aparelho genital. Relacionado à sexualidade, reprodução e vias urinárias. Chakra regido pela lua.

Glândula correspondente: gônadas: ovários na mulher e testículos nos homens.

Cor de fundo: laranja

Função: contribui para melhorar o funcionamento dos outros chakras. Relacionado a questões do prazer.

Orixás: Iemanjá, relacionada à reprodução e Ogum relacionado à vitalidade sexual.

Elemento: água

Pedras: cornalina, calcita laranja, pedra do sol, topázio imperial, rubi, granada, rubilita, dolomita, magnetita, hematita, olho de tigre, água marinha.

Tratamento: depressões, desânimos, impotência sexual e frigidez, infertilidade, alergias, problemas de pele, hemorróidas, gula, baixa auto-estima, sentimentos de culpa. Todas as doenças relacionadas com o aparelho genital.



7) Básico:


Chakras e Cura - Por Ednay Melo

Situado na área correspondente à base da coluna vertebral. Absorve energia telúrica. Tem relação direta com os fenômenos bioenergéticos e parapsíquicos.

Glândula correspondente: supra-renais

Cor de fundo: vermelho ou preto

Função: responsável pela energia do corpo e circulação sanguínea, ao captar energia da terra favorece à auto-estima e vitalidade. Relacionado a questões de segurança e sustentação.

Orixás: Omulu e Oxossi. Omulu é o maior provedor de energias telúricas e Oxossi, sendo o orixá da fartura e do conhecimento, promove os meios de cultivo dessas energias para obter a sustentação do corpo.

Elemento: terra

Pedras: rubi, calcita vermelha, jaspe sangue, granada vermelha, coral vermelho, turmalina negra, ônix, quartzo vermelho, turmalina vermelha, morion, opala dentrita, esmeralda, quartzo verde.

Tratamento: doenças ósseas, musculares, cânceres, tumores retais, ciática, varizes, sistema sanguíneo, desnutrição e patologias ou disfunções dos órgãos relacionados ao aparelho genital, reprodutor e urinário. Trata medos, fobias e inseguranças.

Ednay Melo



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Como Surgem as Doenças?

Como surgem as doenças


Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes?

Antes de se falar em cura espiritual, é importante definirmos o que é uma doença. Seria ela um mal de fato? No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: "Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é". De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma "doença", isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.

A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuímos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais".

Permanentemente, recebemos energia vital que vem do cosmo, da alimentação, da respiração e da irradiação das outras pessoas e para elas imprimimos a energia gerada por nós mesmos. Assim, somos responsáveis por emitir boas ou más energias às outras pessoas. A energia que irradiamos aos outros estará impregnada com nossa carga energética, isto é, carregada das energias de nossos pensamentos e de nossos sentimentos, sendo necessário que vigiemos o que pensamos e sentimos.

TIPOS DE DOENÇAS

Podemos classificar as doenças em três tipos: físicas, espirituais e atraídas ou simbióticas. As doenças físicas são distúrbios provocados por algum acidente, excesso de esforço ou exagero alimentar, entre outros, que fazem um ou mais órgãos não funcionarem como deveriam, criando uma indisposição orgânica.

As doenças espirituais são aquelas provenientes de nossas vibrações. O acúmulo de energias nocivas em nosso perispírito gera a auto-intoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético propício para a instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como coração, fígado, pulmões, estômago etc., arrastando um corolário de sofrimentos.

As energias nocivas que provocam as doenças espirituais podem ser oriundas de reencarnações anteriores, que se mantém no perispírito enfermo enquanto não são drenadas. Em cada reencarnação, já ao nascer ou até mesmo na vida intra-uterina, podemos trazer os efeitos das energias nocivas presentes em nosso perispírito, que se agravam à medida que acumulamos mais energia negativa na reencarnação atual. Enquanto persistirem as energias nocivas no perispírito, a cura não se completará.

Já as doenças atraídas ou simbióticas são aquelas que chegam por meio de uma sintonia com fluidos negativos. O que uma criatura colérica vibrando sempre maldades e pestilências pode atrair senão as mesmas coisas? Essa atração gera uma simbiose energética que, pela via fluídica, causa a percepção da doença que está afetando o organismo do espírito que está imantado energeticamente na pessoa, provocando a sensação de que a doença está nela, pois passa a sentir todos os sintomas que o espírito sente. Aí, a pessoa vai ao médico e este nada encontra.

André Luiz afirma que "se a mente encarnada não conseguiu ainda disciplinar e dominar suas emoções e alimenta paixões (ódio, inveja, idéias de vingança), ela entrará em sintonia com os irmãos do plano espiritual, que emitirão fluidos maléficos para impregnar o perispírito do encarnado, intoxicando-o com essas emissões mentais e podendo levá-lo até à doença".

O SURGIMENTO DAS DOENÇAS

A cada pensamento, emoção, sensação ou sentimento negativo, o perispírito imediatamente adquire uma forma mais densa e sua cor fica mais escura, por causa da absorção de energias nocivas. Durante os momentos de indisciplina, o homem mobiliza e atrai fluidos primários e grosseiros, os quais se convertem em um resíduo denso e tóxico.

Devido à densidade, estas energias nocivas não conseguem descer de imediato ao corpo físico e vão se acumulando no perispírito. Com o passar do tempo, as cargas energéticas nocivas que não forem dissolvidas ou não descerem ao corpo físico formam manchas e placas que aderem à superfície do perispírito, comprometendo seu funcionamento e se agravando quando a carga deletéria acumulada é aumentada com desatinos da existência atual.

Em seus tratados didáticos, a medicina explica que, no organismo do homem, desde seu nascimento físico, existem micróbios, bacilos, vírus e bactérias capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, eles não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois ficam impedidos de terem uma proliferação além da "cota mínima" que o corpo humano pode suportar sem adoecer. No entanto, quando esses germes ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da natureza, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, eles se proliferam e destroem os tecidos de seu próprio "hospedeiro".

Partindo das estruturas energéticas do perispírito na direção do corpo, em ondas sucessivas, essas radiações nocivas criam áreas específicas nas quais podem se instalar ou se desenvolver as vidas microscópicas encarregadas de produzir os fenômenos compatíveis com os quadros das necessidades morais para o indivíduo. Elas se alimentam destas energias nocivas que chegam ao físico, conseguindo se multiplicar mais rapidamente e, em conseqüência, causando as doenças.
A recuperação do espírito enfermo só poderá ser conseguida mediante a eliminação da carga tóxica que está impregnada em seu perispírito. Embora o pecador já arrependido esteja disposto a uma reação construtiva no sentido de se purificar, ele não pode se subtrair dos imperativos da Lei de Causa e Efeito. Para cada atitude corresponde um efeito de idêntica expressão, impondo uma retificação de aprimoramento na mesma proporção, ou seja, a pessoa tem que dispender um esforço para repor as energias positivas da mesma maneira que dispende esforços para produzir as energias negativas que se acumulam em seu perispírito.

ELIMINANDO AS ENERGIAS TÓXICAS

Assim, como decorrência de tal determinismo, o corpo físico que veste agora ou outro, em reencarnação futura, terá de ser justamente o dreno ou a válvula de escape para expurgar os fluidos deletérios que o intoxicam e impedem de firmar sua marcha na estrada da evolução. Durante a purificação perispiritual, as toxinas psíquicas convergem para os tecidos, órgãos ou regiões do corpo, provocando disfunções orgânicas que conhecemos como doença.

Quando o espírito não consegue expurgar todo o conteúdo venenoso de seu perispírito durante a existência física, ele desperta no além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Em tal caso, devido à própria "lei dos pesos específicos", ele pode cair nas zonas umbralinas pantanosas, onde é submetido à terapêutica obrigatória de purgação no lodo absorvente. Assim, pouco a pouco vai se libertando das excrescências, nódoas, venenos e "crostas fluídicas" que nasceram em seu tecido perispiritual por efeito de seus atos de indisciplina vividos na matéria.

Os charcos pantanosos do umbral inferior são do mesmo nível vibratório das manchas e placas, por isso servem para drenar essas energias nocivas. Embora sofram muito nesses locais, isso os alivia da carga tóxica acumulada na Terra, assim como seu psiquismo enfermo, depois de sofrer pela dor cruciante, desperta e se corrige para viver existências futuras mais educativas ou menos animalizadas.

Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os "pecadores" que já estão em condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes à crosta terrestre.

Cada um tem certo limite que pode agüentar em meio a estes charcos, então eles são resgatados mesmo que ainda não tenham expurgado todas as placas, reencarnando em corpos onde permanecerão expurgando e drenando essas energias através das doenças que se manifestarão no corpo físico.

AJUDA DA MEDICINA

A doutrina espírita não prega o conformismo, por isso é lícito procurar a medicina ter rena, que pode aliviar muito e curar onde for permitido. Se a misericórdia divina colocou os medicamentos ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que migraram do perispírito para o corpo físico, mas não devemos esquecer que os medicamentos alopáticos combatem somente os efeitos da doença.

Isto quer dizer que, quando as doenças estão presentes no corpo físico, devemos combatê-la, buscar alívio. Muitas vezes, estas doenças exigem tratamentos prolongados, outras vezes necessitamos até de cirurgia, mas tudo faz parte da "Lei de Causa e Efeito", que tenta despertar para uma reforma moral através deste processo doloroso. Qualquer medida profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano.

Estados de indisciplina são os maiores responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas que adoecem o homem pelas reações de seu perispírito contra o corpo físico. Sentimentos como orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância, hipocrisia, amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, bem como as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são também geradores das energias nocivas.

Ou seja, a causa das doenças está na própria leviandade no trato com a vida. Analisando criteriosamente o comportamento, ver-se-á que os males que atormentam as pessoas persistirão enquanto não forem destruídas as causas. Portanto, soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar contra todas as aflições, mas jamais de forma milagrosa. Procuremos sempre pensar e agir dentro dos ensinamentos cristãos, a fim de alcançarmos a cura integral.

Por Edvaldo Kulcheski




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31/10/2017

O Duplo Etérico

O Duplo Etérico


O DUPLO ETÉRICO

Postado em Editora Vivência

Sua função primordial é servir de ligação entre o perispírito e o corpo carnal, funcionando como um filtro das energias que chegam e saem do físico, protegendo o ser de cargas negativas que podem gerar desequilíbrios e doenças.

- Por Eduardo Kulcheski -

Quando os elementos espiritual, perispiritual e físico se contactaram, observou-se a necessidade de haver um filtro que absorvesse e reciclasse as energias vitalizadoras que passariam a percorrer essas três entidades. Assim, criou-se o filtro conhecido como "duplo etérico", que é a sede dos centros de captação de energia, o elo mais tênue, que liga o corpo ao seu perispírito, ou o mais denso, que une o perispírito e o espírito ao seu corpo físico momentâneo.

O duplo etérico, composto por energias bastante densas, quase materiais, mas ainda ocultas da visão humana, é o responsável pela repercussão vibratória direta do perispírito sobre o corpo carnal. Sua atividade principal é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o corpo físico todas as energias que deverão alimentá-lo. Esta comunicação é feita através dos chacras, que captam as vibrações do espírito e as transferem para as regiões correspondentes na matéria física.

As obras complementares, sobretudo as de autoria de André Luiz, trouxeram mais dados sobre a especificação dos invólucros dos espíritos. Ele afirma que o corpo mental é o envoltório sutil da mente e que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que reveste o corpo físico do homem. Diz ainda que o corpo mental preside a formação do corpo espiritual, que, por sua vez, comanda a formação do corpo físico juntamente com o corpo vital.

Natureza e Características
O duplo etérico é permanentemente acoplado ao corpo físico, sendo responsável por sua vitalização. Portanto, morrendo o corpo físico, imediatamente morrerá o correspondente corpo etérico. É constituído por éter físico emanado do próprio planeta Terra e funciona com êxito tanto no limiar do plano espiritual como do plano físico. Sua textura varia conforme o tipo biológico humano, ou seja, será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas criaturas primitivas.

Ele funciona como um mediador na ligação entre o corpo físico e o perispírito, não sendo, portanto, um veículo separado da consciência. É um campo mais denso que o perispiritual, condensando as energias espirituais que seguem para o físico, mas, ao mesmo tempo, recebe os impulsos físicos, converte-os e direciona-os aos arquivos perispiríticos, mentais, inconscientes e espirituais. Atua como uma proteção natural contra investidas mais intensas de habitantes menos esclarecidos do plano espiritual, defendendo também do ataque de bactérias e larvas que podem invadir não só a organização física durante a encarnação, mas a própria constituição perispiritual.

No entanto, o duplo etérico é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de idênticos contornos. Apesar dele ser um corpo invisível aos olhos carnais, apresenta-se aos videntes e aos desencarnados como uma capa densa e algo física. De aparência violeta-pálida ou cinza-azulada, o duplo etérico, em condições normais, estende-se cerca de 6mm além da superfície do corpo denso correspondente.

As energias que entram no organismo físico, como o fluido vital, passam pelas regiões do duplo etérico responsáveis pela absorção e circulação destas: os centros de força conhecidos como chacras. Os chacras do duplo etérico são temporários, durando o tempo que este existir, ao contrário dos chacras perispirituais, que são permanentes. Cada chacra conta com uma localização e função principal, correspondente a uma região de plexos nervosos do corpo físico. São sete os principais chacras, ligados entre si por condutos conhecidos como meridianos, por onde flui a energia vital modificada pelo duplo etérico.

Sensibilidade do Duplo Etérico

O duplo etérico acusa de imediato qualquer hostilidade ao corpo físico e ao perispírito, através dos centros sensoriais correspondentes na consciência perispiritual e física. O perispírito, por sua vez, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do espírito imortal, ao manifestar seu pensamento, seus desejos ou sentimentos em direção à consciência física, também obriga o duplo etérico a sofrer os impulsos bons e maus, tal qual os espíritos desencarnados quando atuam no mundo oculto, inclusive acusando aos sentidos físicos os ataques dos espíritos malfeitores.

Algumas criaturas que sofreram mutilação de um ou mais membros do seu corpo se queixam de dores nesses órgãos físicos amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operação cirúrgica não foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material. Assim, é comum às pessoas sem pernas ou braços ainda conservarem uma sensibilidade reflexa por algum tempo, a qual é transmitida para sua consciência pelos correspondentes membros etéricos.

Apesar do duplo etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade consciente, ele não é apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo carnal, reagindo de forma instintiva às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam o perispírito e, depois, causam efeitos enfermiços no corpo carnal. Este automatismo instintivo lhe possibilita deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do perispírito para o corpo físico, pois, do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando no desencarne do ser.

Deve-se considerar que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas, gerando ondas, raios ou dardos violentos que se lançam da mente incontrolada para o cérebro físico por meio do duplo etérico, destrambelhando o sistema nervoso do homem sob esse mar revolto de vibrações antagônicas. Em seguida, perturba-se a função delicada dos sistemas endócrino, linfático e sangüíneo, podendo ocorrer conseqüências físicas na forma de patologias, como apoplexia, decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela cólera, síncope cardíaca, em virtude da contenção súbita da corrente sangüínea alterada pelos impactos do ódio, ou a repressão violenta da vesícula, devido a uma explosão de ciúme.

Algumas emoções afetam o duplo etérico em sua tarefa de medianeiro entre o perispírito e o corpo físico. No entanto, quando submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, o duplo etérico baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que descem da consciência perispiritual afetem o corpo carnal, promovendo uma espécie de barreira vibratória. Assim, faz com que haja uma imunização contra a freqüência vibratória violenta do perispírito, contraindo sua densidade no sentido de evitar o fluxo dessas toxinas mortíferas, deixando o impacto psíquico de ódio, cólera ou ciúme impossibilitado de fluir livremente e atingir o sistema fisiológico do corpo físico.

Afastamento compulsório

Entretanto, quando o duplo etérico não consegue reagir com seus recursos instintivos de modo a proteger o corpo físico contra uma explosão emocional do perispírito, recebe um impulso de afastamento compulsório. Neste caso, a vitalidade orgânica do homem cai instantaneamente, fazendo com que desmaie ou tenha o que chamamos de "ataques".

Ante os impactos súbitos e violentos do perispírito, o chacra cardíaco é o centro de forças etéricas que mais sofre os efeitos de tal descarga, por ser o responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração. É por isso que, nestes casos, há o risco de enfartes cardíacos de conseqüências fatais. No entanto, o duplo etérico, por seu instinto de defesa, mobiliza todos os recursos no sentido de evitar que os centros de força etérica se desintegrem por completo.

Agora, caso a descarga violenta do perispírito não consiga atingir o corpo físico devido à reação defensiva do duplo etérico, as toxinas emocionais sofrem um choque de retorno e voltam a se fixar no perispírito, ficando nele instaladas até que sejam expurgadas na atual ou em uma futura encarnação. Isto porque a única válvula de escape para esses venenos psíquicos é o corpo físico, que, para propiciar essa "limpeza", sofre o traumatismo das moléstias específicas inerentes às causas que lhes dão origem.

Aliás, os desajustes morais são uma fonte crescente de distúrbios psíquicos, gerando um número cada vez maior de indivíduos neuróticos, esquizofrênicos e desesperados, tudo isso como conseqüência da intensa explosão de emoções alucinantes que destrambelham o sistema nervoso. Isto resulta em um aumento cotidiano do índice de vítimas, pois o duplo etérico torna-se impotente para resistir ao bombardeio incessante das emoções tóxicas e agudas vertidas pela alma e alojadas no perispírito até que sejam transferidas ao corpo físico. Se a carga deletéria acumulada em vidas anteriores for aumentada com desatinos da existência atual, essa saturação pode gerar afecções mórbidas mais rudes e cruciantes, como o câncer e outras enfermidades.

O transe mediúnico, a anestesia total, os passes, os ataques epilépticos, a hipnose, a catalepsia e os acidentes bruscos são fatores que afastam o perispírito e o duplo etérico. Quando este se separa do corpo carnal, provoca no homem uma redução de vitalidade física e queda de temperatura, pois o corpo físico se mantém com reduzida cota de fluido vital para se nutrir, esteja adormecido ou em transe.

Epilepsia e hipnose

O epiléptico é uma pessoa cujo duplo etérico se afasta com freqüência de seu corpo físico. O ataque epiléptico e o transe mediúnico do médium de fenômenos físicos apresentam certa semelhança entre si, com a diferença de que o médium ingressa no transe de forma espontânea, enquanto o epiléptico é atirado ao solo assim que seu duplo etérico fica saturado dos venenos expurgados pelo perispírito e se afasta violentamente, a fim de escoá-los no meio ambiente sob absoluta imprevisão de seu portador. Em certos casos, verifica-se que o epiléptico também é um médium de fenômenos físicos em potencial, já que a incessante saída de seu duplo etérico pode lhe abrir uma brecha medi única que o sensibiliza para a fenomenologia mediúnica.

Todo ataque epiléptico é um estado de defesa do corpo físico, que expulsa o duplo etérico e o perispírito para que estes se recomponham energeticamente, trocando energias negativas por positivas. Os epilépticos são pessoas que tiveram ação com energias muito densas em encarnações passadas. Assim, os psicotrópicos utilizados pelos médicos dificultam o desprendimento do duplo etérico, evitando os ataques.

Já o hipnotizador atua pela sugestão na mente do hipnotizado, Induzindo-o ao estado de transe hipnótico. Resulta daí o afastamento parcial do duplo etérico, que fica à deriva, permitindo a imersão no subconsciente. Com isso, o hipnotizado abre uma fresta no plano espiritual que lhe permite até mesmo manifestar e dar vivência aos estágios de sua infância e juventude ou mesmo de alguns acontecimentos e fatos de suas vidas pretéritas.

Quando o duplo etérico se distancia por alguns centímetros do corpo físico, a ação física diminui e a abertura para a atuação do perispírito se amplia, tornando-se um catalisador das energias espirituais. Por isso, favorece o despertar de seu subconsciente e a imersão ou exteriorização dos acontecimentos arquivados nas camadas mais profundas do ser.

As anestesias operatórias, os anti-espasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de carbono, óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcalóides como a mescalina são substâncias que operam violentamente nos interstíclos do duplo etérico.Embora a necessidade obrigue o médium a se utilizar por vezes de algumas destas substâncias em momentos imprescindíveis, é sempre imprudente exagerar no uso delas sob qualquer pretexto ou motivo. O médium que abusa de entorpecentes que atuam com demasiada freqüência em seu duplo etérico se transforma em um alvo mais acessível ao assédio do mundo inferior.

Rompimentos do duplo etérico

A estrutura íntima do duplo etérico fica seriamente afetada quando, por meio de desregramentos e vícios, a pessoa utiliza substâncias corrosivas como álcool, fumo, drogas em geral e certos medicamentos cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos. Ocorre um bombardeio à constituição do duplo etérico, queimando e envenenando as células etéricas e formando buracos semelhantes às bordas queimadas de um papel, criando brechas por onde penetram as comunidades de larvas e vírus do subplano espiritual, utilizados comumente por inteligências sombrias como uma maneira de facilitar seu domínio sobre o homem.

Acontece que sem a proteção dessa tela, que os mantém naturalmente afastados dos habitantes dos subplanos espirituais, os médiuns começam a perceber formas horripilantes, criadas e mantidas pelos seres infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano umbralino, ocorrendo os mais diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio físico-psíquico do ser humano. Falta aos médiuns a proteção etérica que violentaram pelo uso de substâncias químicas tóxicas que lhes destruíram parte do escudo que a natureza lhes dotou para sua segurança, a fim de impedir a abertura prematura da comunicação entre o plano espiritual e o físico. Embora essa destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou brechas, sua falta é verdadeiramente nociva, pois o duplo etérico é de suma importância para o equilíbrio do ser humano.

As lesões do duplo etérico são difíceis de serem recompostas. Para restabelecer o equilíbrio em tais casos, além dos recursos terapêuticos utilizados com freqüência nos centros espíritas, deve-se promover a doação e a transfusão de fluido vital ectoplasmático, suprindo a falta ou revitalizando a parte afetada do duplo etérico.

Camada protetora

O duplo etérico é, para o ser encarnado, como um manto protetor, protegendo a pessoa contra o ataque e a multiplicação de bactérias e larvas espirituais que, sem a proteção da tela etérica, invadiriam a organização não somente do corpo físico como a constituição perispiritual durante a encarnação.

O duplo etérico assemelha-se à camada de ozônio que reveste o planeta Terra, pois, na verdade, essa camada protetora tem, por analogia, a mesma função do duplo etérico no ser humano.

Quando é destruída a camada de ozônio do planeta, formando "buracos" em locais onde deveria haver a proteção natural, certos raios solares penetram pelas falhas e produzem diversos tipos de males nas pessoas imprevidentes do mundo.




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27/10/2017

Bater Cabeça

Bater Cabeça

Todos nós umbandistas “batemos a cabeça” em frente ao altar logo que chegamos ao terreiro, não é mesmo? Pois bem, será que já paramos para pensar na grandeza e no Sagrado desse ato?

Nós, umbandistas, herdamos dos povos africanos a representação do solo como a morada dos antepassados. Para eles, os orixás são antepassados divinizados, ou seja, pessoas e anciões que imergiram na terra e se tornaram Orixás, portanto, para cultura africana o Sagrado está na terra e não no céu como prega a cultura européia.

Além disso, sabemos que em determinado momento da vida escravocrata, os negros enterraram os otás e os elementos simbólicos de seus orixás para que não fossem descobertos pelos senhores das fazendas, os quais tentavam de todas as maneiras destruir e descaracterizar a cultura, a crença e as relações humanas desse povo.

Com esse saber, fica fácil compreender que quando “batemos cabeça” estamos entrando em contato com esses ancestrais e antepassados, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.

Não podemos deixar de lado também, o poder transformador do elemento terra, portanto, ao bater cabeça com os pensamentos firmados na ação e nas forças divinas, naturalmente conseguimos descarregar todos os pensamentos negativos e atuações negativas, que por ventura esteja envolvendo nosso mental.

Melhor ainda acontece quando temos a oportunidade de deitar no chão ao bater cabeça, nessa ocasião, a descarga acontece também no sentido emocional e em todos os nossos chacras, afinal eles também entram em contato com a terra.

Não tem como negar, a Umbanda é um encanto, está cheia de fundamentos, significados, tradição e axé!


Mônica Caraccio


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O ato de Bater Cabeça é uma atitude de reverência, entrega, dedicação, admiração, abnegação, devoção e adoração diante dos Orixás. É nessa hora que comungamos e conseguimos conectar verdadeiramente com nosso Orixá interior, o Orixá da natureza e os assentamentos sagrados do nosso terreiro, é neste momento que aproveitamos para pedir que nos ajudem a mantermos nossos olhos fechados para o ciúme, para o egoísmo e para a inveja, assim como nossos ouvidos fechados para as intrigas e para as curiosidades que fortificam a fofoca. 

É nessa hora que pedimos que nos ajudem a manter nossos corações abertos para o amor, para a fé, para a compaixão e para a esperança, e que nossa mente esteja sempre aberta para o discernimento, para a sabedoria e para a paciência. 

Que nos ajudem a manter nosso espírito purificado e iluminado para que assim possamos servir de “simples” instrumentos dos Deuses, das Leis e da Justiça Divina. 

É o momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa oportunidade única por estar diante do Poder Divino e sagrado, diante dos Orixás. 

Além disso, é o momento de absorver as potências energéticas da Terra pedindo para ela transmutar todos nossos pensamentos e sentimentos negativos, além de nos envolver com a Sabedoria Sagrada de nossa ancestralidade e abençoando toda humanidade, lembrando-se que o humano feliz não tem tempo de odiar o outro.

Baba Lokanfu, Toluaye


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O ato de bater cabeça, talvez seja a parte da ritualística umbandista cuja simbologia esteja no inconsciente coletivo da humanidade desde o princípio dos tempos.
O ato de levar a cabeça ao solo é encontrado, praticamente, em todas as religiões e foi trazido para alguns protocolos do mundano tendo em vista que em muitas sociedades os seus soberanos eram tidos como representantes terrenos da divindade.

Seu significado pode ser interpretado como (reconhecimento da) submissão do ser humano diante da onipotência da deidade, muitas vezes representada através de fenômenos da Natureza. Ou seja, a aceitação de nossas limitações diante daquilo que não podemos controlar. Trata-se, portanto, de um sinal de respeito e de entrega.


Também pode ser entendido como representação de humildade, bem como uma forma de agradecimento (p.e., à Mãe-Terra que, através de seus mistérios, nos dá tudo o que nos sustenta e mantém).

Pode-se, então, dizer que na Umbanda bater cabeça significa respeito pela deidade, orixás, guias e entidades que são representadas tanto pelo congá, como por pontos de força ou energia (a tronqueira e os atabaques), e ainda nas figuras dos sacerdotes e sacerdotisas ou mais velhos na religião.

A ritualística pode variar de terreiro para terreiro, função de doutrina e fundamentos próprios.

Robson Sciola




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