novembro 2018 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

25/11/2018

Luz! Câmera! Mistificação!!!

Luz! Câmera! Mistificação!!!

Indignação.

Esta é uma das tantas palavras que afloram da mente dos verdadeiros Umbandistas, diante das várias situações negativas que infelizmente ocorrem em nosso meio religioso, e que, diga-se de passagem, nada têm a ver com a nossa Sagrada Umbanda.

A história é a mesma. Pessoas inescrupulosas, de comportamento vil, encarceradas pela vaidade e egocentrismo, atributos que constituem e comandam personalidades doentias, e que querem a qualquer custo ser o centro das atenções e discussões, nem que para isto tenham que macular a imagem da Umbanda. Para estes elementos de má índole, a Umbanda é vista, não como um instrumento de ação espiritual positiva, de amor e caridade, mas sim como trampolim para se alcançar interesses pessoais reprováveis.

Analisemos juntos e com serenidade espiritual uma situação que foge à observação de muitos, mas que merecem ser trazida à tona, a fim de que a grande massa de umbandistas (os verdadeiros, é claro!) possam ficar atentos e tirarem suas conclusões, ante a determinadas atitudes que ferem frontalmente os princípios sadios de nossa religião.

É acontecimento natural, reflexo da necessidade humana em registrar eventos de relevância, ou como forma de organização histórica das Instituições, que durante uma Gira ou Sessão que tenham por fim saudar a Espiritualidade Superior, ou ainda comemorar a fundação ou aniversário de fundação de um Templo Umbandista, que adeptos (médiuns ou assistentes) queiram perpetuar tais momentos de maneira a terem uma fonte documental de referência segura contra possíveis lapsos de memória.

Desde modo, é comum observarmos pessoas se utilizando de gravadores, máquinas fotográficas e câmeras de filmagem durante as várias cerimônias que se realizam nos terreiros. Até aí, nada demais, uma vez que não é um procedimento exclusivo da Umbanda, mas usual em outros seguimentos religiosos. No entanto é certo e lógico que ao utilizarmos da tecnologia para determos nos instrumentos sonoro ou visual manifestações da Espiritualidade Superior, devemos ter em mente o caráter de impessoalidade durante essas ações.

O importante nessas ocasiões é ter uma visão do que acontece como um todo, ou seja, registrar em gravadores ou câmeras a exteriorização da espiritualidade de uma forma coletiva em que cada médium se apresente como mera unidade instrumental para a manifestação dos espíritos.

Não se concebe a ideia de que Caboclos (as), Pretos (as)- Velhos (as), Crianças e Exus entidades de alta estirpe espiritual que militam na Corrente Astral de Umbanda, se manifestem nos terreiros e fiquem procurando as lentes de máquinas fotográficas ou filmadoras na intenção de verem captadas a sua imagem (na realidade a imagem do médium).

É evidente que quando isto ocorre, não é por ação dos espíritos trabalhadores da nossa Cristalina Umbanda, mas sim pela vaidade, pelo narcisismo, e outros atributos negativos enraizados em algumas pessoas, que de umbandistas nada têm. Simulam incorporação com tal ou qual espírito e, sob tal mistificação, exteriorizam o seu verdadeiro "eu". Pedem para serem fotografados, fazem pose para as câmeras, estufando o peito e olhando para as lentes com ares de superioridade, parecendo mais um intelectual sendo fotografado e filmado em eventos sociais.

E não é só isto. A pessoa pode até estar incorporada, restando saber a que classe pertence o espírito que se manifesta através dela.

Sabemos que espíritos ainda pouco esclarecidos se fazem passar (mistificam) por Caboclos, Exus, Pretos-Velhos etc., a fim de se infiltrarem nos Templos Umbandistas, promovendo a discórdia, a excentricidade, a confusão. Para estas entidades o flash de uma máquina fotográfica ou o refletor de uma câmera filmadora funcionam como grandes massageadores de ego, apegados que estão aos vícios, sentimentos e desejos humanos.

Os espíritos laboradores de nossa religião encaram fotografias, filmagens e gravações como algo sem nenhuma significância, mas as toleram por necessidades e desejos humanos. De igual forma, médiuns sérios jamais se preocupam em "sair na foto ou na fita", pois sabedores que nos trabalhos de terreiro é a Umbanda que deverá ser o único foco das atenções e exaltações. Aos leitores, Luz, Câmera, Atenção !!!

Jornal Umbanda Hoje



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23/11/2018

Trabalhadores de Umbanda

Trabalhadores de Umbanda

Quem já não sentiu vontade de desistir de tudo?

Quem não se viu diante de tantas dificuldades e tantos problemas em sua vida e não quis deixar a Religião em segundo plano?

E naquelas horas em que trabalhamos o dia inteiro e, cansados, queremos ficar em casa?

E aquela festa de aniversário ou casamento bem no dia da Gira?

Amigos e parentes que fazem de tudo para você desistir dos seus propósitos dentro da religião?

Se a pessoa está trabalhando não vai à gira por causa do trabalho, o que é compreensível, se está desempregado é porque não tem dinheiro para ir até o templo...

Se eu for colocar todas as coisas que nos levam a não ir ao terreiro, será uma lista extensa...

A fé e a determinação deve ser uma constante na vida dos trabalhadores de Umbanda, pois tudo pode nos levar a desistir de ir naquele dia que poderia ser especial pelo simples fato de ir, afinal só de ficar duas ou três horas louvando Deus apesar de ser pouco é especial e mágico ao mesmo tempo.

O compromisso não é diretamente com o dirigente espiritual, mas sim com sua espiritualidade e com as pessoas que buscam ajuda e conselho dos Mestres do Astral, os nossos amados Guias Espirituais.

Sabemos sempre pedir, pedir e pedir e muitas das vezes recebemos, mas na hora de doar espera-se que esteja sempre presente de corpo e alma para ajudar.

É hora dos trabalhadores da Seara Bendita de Pai Oxalá começarem a repensar seus valores diante da sua missão dentro da Umbanda e encarar com mais seriedade o trabalho de Socorro Espiritual.

Lembrem-se: - Antes você pertencia à assistência e procurava ajuda, hoje você é o socorrista e existem tantos outros precisando de ti.

Devem sim viver a vida de forma plena com alegria de estar com os parentes, amigos, colegas. Mas não devemos nos esquecer dos irmãos e irmãs que precisam de abraço acolhedor e ao mesmo tempo curador, para que somente assim alcance sua evolução espiritual.

Colégio de Umbanda
Inspirado por Pai João das Almas






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Médium em Desenvolvimento. Onde está a minha coroa?

Médium em Desenvolvimento. Onde está a minha coroa?

Em alguns terreiros de Umbanda é comum a confirmação ao trabalho de um médium em desenvolvimento através do ritual conhecido pelo nome de Coroação. Já outros terreiros usam o ritual do Amaci (lavagem da cabeça com ervas específicas) como ato confirmatório da preparação ao serviço mediúnico daquele que por alguns meses ou anos frequentou a corrente e participou das giras de desenvolvimento. Já outros terreiros sequer utilizam algum ritual preparatório.

Os chefes verificam a incorporação e o teor de algumas mensagens das entidades incorporadas e depois enviam o médium para o trabalho na corrente. Tais procedimentos, entretanto, variam de uma casa para outra. Como não há nenhuma determinação geral e única, cada agrupamento de umbandistas pratica aquilo que aprenderam com seus pais ou mães de santo e perpetuam o ritual em seus templos.

A coroação do médium não se restringe a apenas uma lavagem de cabeça com ervas aromáticas, ou raspagem, ou cortes, ou quaisquer outros rituais meramente externos de demonstração pública. Considerando todas as etapas do processo de preparação, o médium em desenvolvimento não perde seu tempo em interrogações inoportunas ao Dirigente ou ao Guia-Chefe pelo dia em que será finalmente coroado.

A espera é salutar, mas a pressa torna o aprendizado deficiente. A ansiedade, a intemperança e a impaciência são entraves para um saudável processo de aprendizado e um manuseio firme e seguro do seu instrumento de trabalho, a mediunidade. Uma corrente de Umbanda é composta basicamente de médiuns em preparação, médiuns preparados e Guias Espirituais. O preparo do médium que irá servir de instrumento dos Mentores Espirituais da Umbanda é etapa importante para o bom e seguro trabalho de uma corrente umbandista.

Essa preparação engloba tantos passos que grande parte dos médiuns em desenvolvimento desistem do serviço que iriam desempenhar. O fato é que muitos não aprenderam a controlar seus impulsos e gostariam de já estar “trabalhando” com seus Guias. Acreditam que somente o fato de sentir “uma vibração” intensa das Entidades já é suficiente para ouvir o consulente, aplicar-lhe passes e rezas, receitar obrigações, oferendas e banhos ou realizar trabalhos de desmanches de magia – serviço muito perigoso, mas comum nos terreiros de Umbanda.

Os médiuns em preparação, ou em desenvolvimento, desconhecem algumas nuances da mediunidade que podem ser prejudiciais a si mesmos e até mesmo a todo o corpo mediúnico. Não têm a percepção de que a mediunidade pode ser-lhes útil ou poderá se transformar num grande trampolim colocado à beira de um precipício.

Tal a necessidade do preparo acompanhado de perto pelo Guia-Chefe e sob os olhos sempre atentos do Dirigente Espiritual do Terreiro. O médium que age pelo impulso é comparável àquele discípulo que mereceu várias vezes as reprimendas de Jesus Cristo, tamanha era sua impulsividade. Por impulso, Pedro arrancou a orelha de um soldado. Noutra ocasião, o mesmo Pedro que antes havia sido corrigido por Jesus exclamou que iria para a cruz no lugar do Mestre. Também por impulso, o apóstolo respondeu a Jesus, logo depois da Ressurreição, que o amava.

O indivíduo que usa a mediunidade sem o devido preparo é como o homem que empunha a espada sem o treino da habilidade: fatalmente alguém sairá ferido no fim das contas. Pedro teve que aprender a controlar os impulsos e, acima de tudo, a ser paciente.

A paciência é uma virtude que deve ser cultivada por todo aquele que deseja servir à Espiritualidade Maior. O primeiro passo que o postulante ao exercício mediúnico deve dar, a partir da real compreensão do chamado realizado pelos Mentores da Corrente Astral da Umbanda é o abandono dos velhos costumes por uma promessa de grandes resultados futuros.

Assim como Pedro abandonou a rede que consertava e iniciou uma trajetória de aprendizado contínuo, o médium em desenvolvimento literalmente lança ao chão os velhos dogmas e as concepções errôneas acerca da vida espiritual, da caridade e do seu papel na vida comum. As palavras ”é necessário ao homem nascer de novo” implicam em deixar para trás todas as amarras do velho homem que todos levam consigo para as correntes mediúnicas, sejam em formas de pensamentos, atitudes ou visões do exterior.

É preciso deixar para trás alguns conceitos que outrora cultivou com tanto afinco e sem resultado concreto, tal como a crença em condenações eternas, ou o temor a um Deus vingativo e cruel, ou a unicidade da existência, ou ainda a religiosa supremacia de uma única raça e a demonização de irmãos e amigos desencarnados. Conceitos que afastam o médium de sua importância no intercâmbio espiritual e o lança a um mundo materialista e obscuro.

A próxima etapa nesse vagaroso processo de aprendizado é a caminhada diária e constante, sempre guiado pelo Mestre e Amigo. Pedro, assim como os demais discípulos, precisou caminhar ao lado de homens que mal conhecia. Alguns deles até mesmo eram mal-vistos pela tradição religiosa da época. E, nessa caminhada diária, muitas coisas viu e ouviu do Mestre Nazareno. Nas idas e vindas pelas terras da Judéia, Pedro atravessou um longo estágio de aprendizado.

O médium em preparação carece de um tempo para assimilar todas as coisas que ouvirá do Guia Espiritual e todas as informações são dosadas diariamente. Não se aprende tudo em um único dia ou em um único mês. É preciso tempo e observação constante de tudo o que estará vivenciando ao longo dos meses. Há que compreender também as diferentes opiniões e modos de agir dos seus irmãos de corrente.

O desenvolvimento envolve, ainda que dolorosamente, a aceitação das diferenças comportamentais, ideológicas, religiosas, sociais e morais de co-participantes dos rituais umbandistas. Mesmo que tenha um pouco mais de conhecimento, não deverá se colocar acima dos demais como o senhor da verdade apontando-lhes as falhas e os tropeços da caminhada.

A oração constante, a busca pela essência divina e o esforço por uma vida espiritual mais elevada devem estar no trabalho individual de preparação ao serviço mediúnico nos terreiros de Umbanda. Para obter grandes e preciosas inspirações dos Mentores de Aruanda, o médium em desenvolvimento colocar-se-á em humilde posição de alma necessitada e buscará a força necessária através de horas de conexão com o Plano Superior.

Assim, terá experiência suficiente para discernir entre a comunicação de um Guia Superior ou a ardilosa verborragia de uma Entidade embusteira. A confirmação para o trabalho mediúnico chegará no tempo certo, não sem antes a verdadeira compreensão do ministério repetido várias vezes dentro de si. Como fez o discípulo quando interpelado pelo Cristo sobre o seu amor incondicional.

Após a confirmação íntima de sua responsabilidade como médium a serviço da Espiritualidade Maior, virá do Alto o poder necessário para desempenhar o trabalho corretamente. É quando descem da Corrente Astral as irradiações poderosas dos Orixás que formam as Sete Linhas de Umbanda. A partir daí, o médium poderá ter sua “coroa” confirmada pelo Guia Chefe e pelos seus próprios Mentores.

Julio Cezar Gomes Pinto




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15/11/2018

O que são as Encruzilhadas?

O que são as Encruzilhadas?

Muito se fala em encruzilhadas, mas pouco se entende. E isto nos faz lembrar o advento da Umbanda anunciada pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas.

Esse conhecimento se deturpou com os interesses escusos, onde o que é oculto tende a se desfigurar quando os propósitos não são para o bem do Universo.

Podemos encontrar as Encruzilhadas nos opostos ilusórios necessários para a evolução dos filhos da Terra, como por exemplo, o “dia” e a “noite”. E onde ela está? Nem no “dia” e nem na “noite”. Estaria, então, na “tarde”? Também não, pois a “tarde” como os filhos compreendem não passa de outra ilusão. Ilusão porque é uma realidade relativa, onde conhecer profundamente a natureza faz com que enxerguemos que Deus é o Absoluto. O que nós, seres imperfeitos, insistentemente fazemos é decretar como única a verdade que só existe em nosso ego. O desapego é arma indeferível para que consigamos combater os equívocos da mente, reencontrando-nos assim, com o Eu Interior. Caminhemos rumo à evolução!

Podemos dizer que a Encruzilhada está no cruzamento vibratório de uma coisa com outra. Como é algo muito abstrato, usamos o exemplo das ruas terrenas. Mas isso não significa que as Encruzilhadas que nos referimos são as Encruzilhadas das ruas, não! E é justamente isso que causa muita confusão mental, onde despachos são colocados no intuito de interceder algo que não está fora, e sim no interior de cada ser.

Filhos, já é chegada a hora de entender que não há outra forma de intercessão se não a caridade!

Somente através da caridade se consegue compreender o que são as Encruzilhadas. E como qualquer outro conhecimento, é essencial a prática. Quando há a prática do conhecimento, emerge a sabedoria.

É preciso vivenciar e assim também é na Umbanda! E esse é um dos motivos pelo qual a Umbanda ainda não foi codificada. Não foi criada para ser discutida, mas para ser sentida no âmago. E quando isso acontecer, não só com a Umbanda, mas também com todas as outras religiões, não haverá mais julgamentos, haverá mais tolerância e a caridade em uníssono salvará o planeta Terra!

Pergunta: Então é por isso que as Entidades se apresentam com “esses” nomes, como por exemplo, “Caboclo das 7 Encruzilhadas”?

Resposta: Os nomes que as Entidades se apresentam são simbólicos. Através da simbologia, os homens conseguem compreender as forças da natureza que emanam do Criador, como por exemplo, os próprios livros sagrados o são.

Símbolos são figuras, marcas, sinais que representam ou substituem outra (s) coisa (s).

Simbologia é o estudo acerca dos símbolos.

Acaso há alguém, não só na Terra, mas também no Astral que não necessite dos símbolos? O próprio corpo físico não passa de um emaranhado de símbolos que a medicina terrena se esforça para desnovelar.

Aqueles que condenam os símbolos ainda não perceberam que para compreendê-los profundamente é necessário estar fora do fardo da carne, pois este é fator limitante da consciência. É como querer enxergar uma célula sem o microscópio.

Caboclo Pedra Verde do Oriente / Vanessa Cabral





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12/11/2018

Os Bastidores da Umbanda

Os Bastidores da Umbanda

Firma o ponto minha gente
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem prá trabalhar...

Era dia de "gira de preto velho" naquele terreiro. Enquanto os consulentes chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do conga os médiuns vestidos de branco e de pés descalços concentravam, ligando-se aos seus protetores e guias.

O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas por algumas cadeiras para acomodar os consulentes, poucas banquetas para os médiuns que serviriam de "aparelhos" às entidades espirituais e o congá onde um vaso de flores, outro de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima, uma imagem de Jesus resplandecente de luz.

Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente fluidicamente. Uma varredura energética havia sido feito pelos elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava, fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.

Na porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença do elemento fogo, postava-se o guardião da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao redor da construção, uma guarnição dos caboclos na egrégora de Ogum formavam verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao bom andamento do trabalho da noite. A construção toda estava no interior de grande pirâmide iluminada na cor violeta, com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o excesso de energia telúrica desequilibrasse a polaridade positiva que era captada pelos sete anéis giratórios que ladeavam a pirâmide, representando as Sete Linhas de Umbanda. Cada um desses anéis destacam-se na cor fluídica de seu Orixá e emitiam um harmonioso som diferenciado.

Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as larvas astrais e outras espécies de energias deletérias que ali eram desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.

Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chacra básico dos mesmos, obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, incentivando-os ao trabalho fraterno.

E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos, os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a mostragem de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a Lei permitia ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.

Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:

-Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha ex mulher...

Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:

-Negra velha vai explicar para que o filho entenda: - quando sua casa está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos, o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança. E para a luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos , deixamos a luz entrar mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não houverem os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura manter-se limpo.

Negra velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos à ela, a vida real está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade.

O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço vibratório, ambiente adequado. Sem contar que, o medo é porta aberta e atrativo para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado pelas energias trevosas, uma vez que fragiliza o corpo emocional facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, negra velha pergunta para o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho estaria aqui, sentado no chão, em frente à preta velha, buscando humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a ordem possa reinstalar-se.

As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.

Antes da hora grande as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito enganados... desse lado tem muito trabalho e como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?".

Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.


Preto velho já foi, 
Já foi prá Aruanda, 
A benção meu Pai 
Saravá prá sua banda... 


Leni Saviscki





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Por quê Caboclos e Pretos Velhos?


Por que Caboclos e Pretos Velhos


Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira natureza dos Caboclos e Pretos-Velhos.

Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.

No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.

Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “toco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.

Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.

Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.

Se o frequentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o conselho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria ocasião de receber ensinamentos preciosos sobre a vida futura, as reencarnações, a necessidade de vencer, com o próprio esforço, a passagem difícil que se lhe apresenta e que será mais um grau conquistado na escola da vida.

Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas materiais do homem.
Não por ser um culto materializado. Pelo contrário: percebendo como o ser humano premido pelas dificuldades que o seu próprio Carma conduz, se afasta do criador, quando a enfermidade, a falta de recursos financeiros, a desarmonia no lar se tornam mais poderosos que a sua crença, os dirigentes espirituais do nosso planeta organizaram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a ajuda através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.

Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.

Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?

Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual; a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.

Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no mundo astral.

Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos. Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
Os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado, neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram. Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.

Uns contam como viveram, há 200 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena. Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.

Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mostram como é necessário dar para receber, perdoar para ser perdoado, corrigir as falhas, dominar os sentimentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.

E através desse trabalho humilde, incompreendido, ainda, por muitos, vão prosseguindo na missão de reconduzir o homem ao caminho que o levará a Deus.

Sua origem, não importa.

Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.

Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.

O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade, para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio.

Lilia Ribeiro

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Lilia Ribeiro foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz Esperança e Caridade) e editora do jornal informativo Macaia.

A TULEF foi uma das Tendas fundadas por médiuns que vinham da linhagem direta de Zélio de Moraes e que fazia questão de seguir ao máximo a orientação do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Lilia foi quem registrou o maior numero de entrevistas com Zélio de Moraes e boa parte do material foi entregue diretamente a Mãe Maria, da Casa Branca de Oxalá. A palavra de Lilia é forte e carregada de embasamento, tanto quanto de vivência com a Umbanda de Raiz primeira.

Portanto todos os textos desta médium, sacerdotisa, autora e pesquisadora são de suma importância para a religião e não podem se perder no tempo.

São poucos os textos doutrinários de Lilia a maioria do que nos chega de sua autoria são as entrevistas e organização do pensamento e definições dadas por Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas.


Transcrição completa do artigo publicado pela revista Gira da Umbanda, ano 1 – número 1 – 1972,
Publicado no Jornal de Umbanda Sagrada - Outubro de 2008




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11/11/2018

Características dos Filhos dos Orixás

Características dos Filhos dos Orixás

Hoje trago a vocês um artigo que fala sobre um assunto muito interessante: as características dos filhos de cada Orixá. É legal entendermos que apresentamos características pessoais e influências relacionadas ao nosso Pai ou Mãe Orixá, mas que na maioria das vezes expressamos essas características de forma contrária e negativa, fato que reflete nosso desequilíbrio emocional e espiritual. Um exemplo disso poderia ser uma filha de Iemanjá que não pretende ou não gosta da ideia de ter filhos. Este “não querer” mostra o desequilíbrio desta pessoa pois vai totalmente contra as características esperadas para uma filha de Iemanjá, que é a Orixá que representa a geração e os laços familiares. Reconhecer esse nosso desequilíbrio é o primeiro passo para conquistar uma vida harmoniosa, tanto em nosso dia a dia, como dentro de nossa estrutura religiosa, a Umbanda, que tem os Orixás como Força Sustentadora e Divindades Sagradas.

Os filhos  podem ter uma ou mais características do seu Orixá, não necessariamente todas. Bem como podem intercalar características do seu pai e mãe orixás. (Grifo nosso)


Características dos Filhos de Iansã:

Nascidos da Luz da Manhã, os Filhos de Iansã são a própria majestade do Orixá. Sua principal característica exterior é ser sempre uma entidade dominante. Ocupam naturalmente posição de destaque e nunca passam desapercebidos. Gostam de vestir-se sempre na moda e de estarem sempre atualizados, embora haja sempre uma pitada de exagero em quase tudo o que fazem. Têm personalidade marcante, que dificilmente é esquecida. Brilham em quase tudo o que fazem. São temperamentais por excelência, mudam de opinião com facilidade, amando ou desprezando objetos e pessoas ou, ainda, coisas, absolutamente sem motivos aparente. São inconstantes e sentimentais, arrependendo-se com facilidade por atos praticados, mas, também, esquecendo-os e, não raras vezes, repetindo-os. O Filho de Iansã herda do Orixá suas características Guerreiras, empenha-se em discussões estéreis, às vezes, só pelo prazer de contestar, não se preocupando absolutamente com os resultados finais. Todavia, quase em tudo o que toca consegue levar a bom termo. É também muito dedicado e prestimoso e além de tudo, alegre.

As Filhas de Iansã são sempre extremadas: ou amam apaixonadamente ou simplesmente esquecem. Incapazes de odiar, não hesitam em se reaproximar de alguém que lhes tenha magoado, sentindo, não raras vezes, uma real piedade e amor por essa mesma pessoa se, por qualquer razão, estiver em posição de dor ou inferioridade. Não raras vezes, também, assumem as causas alheias, trazem parentes enfermos para dentro das próprias casas, depois, brigam com maridos e filhos por causa desses parentes, posteriormente, invertem toda a situação, mandando embora quem haviam trazido e buscando a paz familiar, como se nada tivesse acontecido. Fazendo tudo em escala maior, amam com intensidade, dão-se com facilidade, produzem ou promovem e depois, pura e simplesmente, esquecem. Quer seja homem ou mulher, o Filho de Iansã será sempre alguém que dificilmente consegue passar desapercebido. Será sempre um temporal num copo d’água, passando da tranquilidade de um lago sereno a incerteza de um mar tempestuoso. Sua principal característica positiva reside na sua capacidade de não apenas perdoar quem eventualmente lhe haja ofendido, como principalmente, esquecer a ofensa. Talvez nenhum outro consiga realmente esquecer, como o Filho de Iansã. Quando lideres em alguma atividade, quase sempre marcam, de maneira indelével, suas administrações, mesmo que isso lhes custe sacrifícios. As Filhas de Iansã são extremadas como as chamadas “super mães”. Lutam pela felicidade e progresso de seus filhos e não admitem erros ou faltas, embora, quase nunca tenham coragem de punir as crianças. Como pessoas são exageradamente ciumentas, às vezes, chegando a infernizar a vida de seus companheiros por causa do ciúme.


Características dos Filhos de Iemanjá:

Iemanjá e Oxum se confundem com o Espírito Criador e muitas de suas características também se confundem. Representam a própria instituição da família, seus laços, suas dependências. O Filho de Iemanjá é empreendedor, ativo, um pouco sovina. Sonha com grandes progressos, embora, às vezes, de forma ingênua, não tenha idéia de proporção, exagerado em suas aspirações. Raramente toma atitudes agressivas, excetuando-se, naturalmente, no plano familiar. De temperamento dócil, sereno, pode também agitar-se por qualquer motivo. Dificilmente consegue esquecer uma ofensa recebida e custa muito a depositar novamente confiança em que haja lhe ferido ou magoado. A mulher que é Filha de Iemanjá tem no marido e filhos seu principal objetivo. Costuma ser muito exigente com os filhos, mas perdoa todas as suas faltas, não raramente, escondendo-as, para que as crianças não sejam punidas por mestres ou pais. Como uma fera, briga com quem quer que se interponha entre os filhos e o lar. Também costuma ser desconfiada e não raro inferniza a vida do companheiro com ciúmes doentios. Se necessário, ombreia-se com o marido para fazer frente às dificuldades da vida, dando tudo de si. Nunca deixa de fazer o que lhe pedem, embora tenha uma grande tendência a reclamar de tudo. É empreendedora e ativa, vaidosa e coquete, gosta de adornos discretos e caros. Exige muitas atenções e geralmente, embora realize com perfeição os deveres domésticos, parece não sentir grandes atrações para com a cozinha, a não ser no que diz respeito aos filhos. O Filho de Iemanjá parece estar sempre lutando para galgar um lugar de destaque, qualquer que seja o empreendimento a que se dedique. É, por sua própria natureza, um lutador. Os Filhos de Iemanjá são profundamente emotivos, razão pela qual são chamados de chorões.


Características dos Filhos de Oxum:

Quase tudo o que foi dito sobre Iemanjá pode ser estendido a Oxum, cujo relacionamento com seus filhos se equivale por representarem ambas o Princípio Criador. Também é aplicada aos Filhos de Oxum, ainda mais emotivos que os de Iemanjá, a denominação de chorões. A sensibilidade dos Filhos de Oxum é ainda maior e, não raras vezes, chamados, principalmente as mulheres, de dengosas e flores de estufa, que fenecem ao menor motivo. Na verdade, os Filhos de Oxum, essencialmente honestos e dedicados, esperam sempre merecer as atenções que procuram despertar e sentem-se desprestigiadas quando não acontece. Um fato a ser considerado é o de que os Filhos de Oxum tendem a guardar por mais tempo alguma coisa que lhes tenha atingido e olham com muita desconfiança quem os traiu uma vez. Por outro lado, menos vaidoso do que os Filhos de Iemanjá ou Inhaçã, aparentam, mesmo em roupas discretas, uma certa realeza. Ternos e carinhosos, são conseqüentes e seguros e buscam sempre a companhia de pessoas de caráter. Preferem não impor suas opiniões, mas detestam ser contrariados. Custam muito a se irritar, mas quando o fazem, também custam a serenar. Oxum parece ocupar no coração das pessoas o espaço destinado à figura da mãe e esta característica faz com que seus filhos sejam naturalmente bem quistos e, não raras vezes, invejados. O homem e mulher, Filhos de Oxum, são, a exemplo de Iemanjá, muito ligados ao lar e a família, em geral.


Características dos Filhos de Oxóssi:

Oxóssi representa a pureza das matas. Seus Filhos são honestos, desinteressados, altruístas e espontâneos. A sua principal característica é a honestidade porque nunca esperam recompensa por aquilo que fazem espontaneamente. Têm um grande inconveniente: são inconstantes, não persistentes, seja qual for o motivo. Com muita frequência, após lutarem por um ideal, às vezes, às vésperas de consegui-lo desistem e partem para nova idéia. Geralmente, os Filhos de Oxóssi reúnem qualidades que são muito importantes. Se alguém está doente, ele é aquele que vai várias vezes visitar a pessoa, ver como está passando, se interessa pelo bem-estar dos outros. Não se aborrecem com as reclamações e ouvem lamúrias dos outros sempre com muita atenção. Dão-se muito bem com qualquer faixa de idade. Sentem-se mais à vontade em ambientes descontraídos. Não gostam de andar muito presos em roupas sociais. Não se sentem bem em cerimônias muito formais. São dados a vida muito singela. Não são dados ao luxo; tem verdadeira ojeriza a tudo o que chama a atenção. Adoram andar, gostam do ar livre, não gostam de ficar em ambientes fechados ou escuros. São muito complacentes com a aquisição de bens materiais, sendo desligados de tudo aquilo que se refira a luxo. O Filho de Oxóssi costuma mudar de atividade com relativa facilidade, mas na possibilidade de lançar raízes em algum campo de negócio, são profundos e seguros, jamais mudam. O chefe de família, Filho de Oxóssi, é um tanto desligado do lar, não que ele não se interesse pelos problemas familiares, é que prefere ser servido a servir. A mulher, Filha de Oxóssi, tende a não ser muito boa dona de casa. Gosta das coisas bem feitas, mas não de fazer, gosta das coisas em ordem, mas prefere mandar que os outros façam.


Características dos Filhos de Ogum:

Os Filhos de Ogum são tidos como brigões, mas é errôneo este pensamento. São mais intransigentes e obstinados do que propriamente brigões. Ogum representa o Espírito da Lei e seus Filhos têm esta característica bem predominante. Raramente pondera as coisas: se o regulamento é este, então, tem que ser seguido a qualquer custo. Toda Lei tem que ser estudada, para obter-se o seu verdadeiro sentido, para saber o seu espírito. Porém, para o Filho de Ogum, ele é usada com parcimônia. Ele segue a Lei sem ligar se ela serve para este ou aquele caso. É a Lei, tem que cumprir, implacavelmente. O pai de família, Filho de Ogum, não dá muitas chances de diálogo para seus filhos. É inflexível e radical. Usa uma lei para si e outra para os outros. É vaidoso, não gosta de ser contrariado em suas opiniões. Raramente “arreda pé” de sua posição, mesmo quando não dá certo. Quer sempre fazer prevalecer o seu ponto de vista. Não recua nenhuma vez em suas decisões. Tem sempre tendências para resolver as coisas para o seu lado, de qualquer forma. A mulher, Filha de Ogum é mais querelante do que briguenta. É mais belicosa e de atitudes extremadas. É excelente mãe de família, porém, coitado do filho que não andar direito: ela é do tipo que bate primeiro para depois perguntar onde foi o erro. O Filho de Ogum é dado a fazer conquistas, tem facilidade de relacionamento com o sexo oposto de qualquer filiação de Orixá.


Características dos Filhos de Xangô:

O Filho de Xangô é, por excelência, calmo e muito ponderado. Costuma pesar os fatos com muito cuidado, procurando sempre pôr panos quentes em qualquer disputa. Só toma decisões depois de pesar e analisar todos os ângulos dos problemas apresentados, procurando ser o mais justo possível. Dedica-se de corpo e alma a tudo o que se propõe a fazer, mas desilude-se com muita facilidade também. É sonhador por excelência, acha sempre que tudo dará certo, deixando-se levar, com muita frequência, pela ilusão e pelo sonho. Sempre procura apresentar seus propósitos e planos de maneira mais bonita, mais enfeitada, o mais claro possível, sem observar o que há de viável neles. Nunca procura ver se há realismo no que se propõe a fazer. Os Filhos de Xangô são capazes, geralmente, de grandes sacrifícios, mas aborrecem-se profundamente se algo que programaram não dá certo. Não admitem mudanças de programação, não só quando dependem deles a realização do plano programado. Costumam ficar roendo muito o que lhes acontece, ou o que não se realizou como queriam. Separam, com muita frequência, a realidade de si, levando seus pensamentos para altas esferas. Por serem muito honestos, magoam-se com muita facilidade pela ingratidão das pessoas, achando que todo o mundo tem obrigação de ser honesto e preciso em suas decisões. A Filha de Xangô, geralmente, é muito crédula, acredita em tudo o que lhe dizem. Magoa-se profundamente por coisas que não tenha feito ou que tenham dito que ela fez. Guarda mágoas profundas, mas não consegue guardar raiva. Em relação ao lar, não gostam de sair de casa, preferem o aconchego do lar e são excelentes mães de família, mantendo o lar em perfeita harmonia, não permitindo desavenças entre os familiares, dando possibilidades a todos de se defenderem, sempre que for necessário.


Características dos Filhos de Omulu:

Os Filhos de Omulu são muito introvertidos, seu caráter, às vezes, são taciturnos, calados, fechados em si próprio; ás vezes, tem piques de alegria, descontração, satisfação, indo de um pólo a outro, com muita facilidade e com muita frequência.Os Filhos de Omulu gostam de ocultismo, têm certa tendência para tudo o que é misterioso. Gostam e frequentemente estudam a vida dos astros. Gostam das artes e das pesquisas, dedicando-se muito a isso. Convivem melhor com pessoas idosas do que com as mais jovens. Não têm a paciência necessária para suportar arroubos da mocidade. Mesmo os Filhos de Omulu com menos idade sempre procuram pessoas mais velhas para conviver. Não gostam de aglomerações, preferem isolamento, utilizando seu tempo em coisas que consideram de maior utilidade. Raramente se abrem a respeito de seus problemas, preferindo “curtir” a mágoa ou a dor sem participar a ninguém. Muito sentimentais e profundamente negativistas.


Nota Explicativa: Os Filhos de Fé não recebem influência de apenas um ou dois Orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e orientação de um Pai ou Mãe Espiritual, também não ficamos sob a tutela de nosso Orixá de Frente ou Juntó. Frequentemente recebemos influências de outros Orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais chegados na nossa vida material). O fato de recebermos essas influências não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses Orixás. Trata-se apenas de uma afinidade espiritual. Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com a mãe? Assim também é com os Orixás, podemos ser Filhos de Ogum ou Iansã e recebermos mais influência de Oxóssi e Oxum. Posso ser Filho de Omulu e não gostar de trabalhar com Entidades que mais dizem respeito, preferindo trabalhar com Entidades das cachoeiras, o que, de forma alguma me faz ser adotado por estes outros Orixás. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se fazem presentes. Quase sempre uma soma de valores e não apenas, e individualmente, a característica de um único Orixá.

Texto extraído da apostila do curso “Formação Sacerdotal de Umbanda – 25º Barco”,ministrado pelo Babalaô Ronaldo Linares, Babá Dirce Paudette Fogo, Babá Tânia Maria Simões e Babalaô Eurides Silva Costa através da Federação Umbandista do Grande ABC.






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Mensagem de Pai Tomé de Angola

Mensagem de Pai Tomé de Angola

Aos céticos que dizem que só acreditam vendo, que só acreditam se o médium incorporado adivinhar tudo, e que é claro, o terreiro só tem poder se resolver a sua situação, aos que ainda acreditam que o mundo espiritual deve ser como o físico, que os espíritos devem ser visíveis, palpáveis e responder até o número da sorte para ficarem ricos e se assim não for, simplesmente não existem, são apenas fruto da imaginação dos que creem...

Tenho apenas a dizer que mesmo se o mais evidente fenômeno lhes provasse a realidade espiritual, mesmo assim não acreditariam, haveria sempre uma causa científica para justificar a sua arrogância e pseudo saber, porque o problema não é comprovar a verdade e sim exaltar o seu ego, sem falar na perturbação que seria ver os espíritos a toda hora e a toda hora comprovar a sua existência pelos modelos físicos...

Imaginem se toda dúvida fossem perguntar àquele espírito que está ali sentado, ou se não souberem como agir ir ali num terreiro que os espíritos saberão como agir por ele! O viver na matéria perderia o sentido que é evoluir através do próprio esforço...

Saibam que os espíritos não estão nem um pouco preocupados em provar a sua existência, nem a existência do seu mundo espiritual, isto é irrelevante diante da tarefa de orientar e incentivar o burilamento interior de cada um como requisito básico para o alcance da sabedoria, da evolução e da luz.

Aos céticos quero deixar claro que as evidências do mundo espiritual não são para qualquer um, são apenas para os que têm fé. E fé não existe apenas da boca para fora. Fé é não ver e saber que está, é não ter a resposta e saber que ela virá, é sofrer e mesmo assim acreditar que tudo irá mudar, é baixar a cabeça e saber levantar para agradecer. Fé é confiar, acreditar, sem dúvidas ou preconceitos. Não falo da fé cega, mas na fé com bases sólidas na razão, que é revelada somente aos que têm fé! Quem tem fé em Deus e nos seus enviados espirituais, tem fé em si mesmo e é por isto mesmo um vencedor.

Pai Tomé de Angola / Ednay Melo




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Quando o Médium Sai do Terreiro

Quando o Médium Sai do Terreiro

É normal, depois de um tempo de trabalho, que alguns irmãos decidam que sua caminhada junto a aquele grupo já não está mais dando os frutos que tinham que dar. As casas de umbanda funcionam por esquemas muito próprios, que dependem de uma série de fatores, muitas vezes, externos aos médiuns participantes: Os guias devem atender os assistentes e, para isso, precisam falar a língua deles. Às vezes, o médium já aprendeu as lições inerentes aquela casa e decide, por conta disso, procurar novas paragens, ou seja, decidem procurar uma nova casa para trabalhar.

Isso deveria ser um ato comum, acontecendo, como disse, para que o médium aprenda novas coisas e evolua, também, em seu próprio caminho. Então, o médium antigo se tornará, novamente, um médium novo.

Precisamos, aqui, tomar certos cuidados e o primeiro deles é com relação ao motivo do desligamento:

Motivos plausíveis: Claro que não vou conseguir abarcar todos os motivos plausíveis aqui mas vou citar algumas situações e espero que vocês compreendam a idéia. Os motivos para a saída de um terreiro tem que ter a ver com necessidades de evolução pessoal ou a falta e afinamento com o trabalho. Temos que ter em mente que o terreiro é feito de pessoas e pessoas são passíveis de erro e entender os erros dos irmãos, auxiliá-los e prosseguir faz parte de nosso aprendizado também, então desavenças bobas não entram entre os motivos plausíveis. O que entra é:

Diferenças no trabalho: A forma do trabalho não satisfaz mais você como pessoa ou como médium.

Falta de aprendizado: Não há mais aprendizado para você, o trabalho se tornou mecânico e isso faz com que você não sinta mais vontade de participar da casa. Lembremo-nos que o aprendizado na umbanda é, muitas vezes, feita através da observação, então você deve pesar se realmente não há aprendizado ou se você não está se importando em aprender.

Motivos não plausíveis: São motivos trazidos a você, geralmente, por conta daquela velha lista dos pecados capitais.

•Inveja: Um irmão seu foi elevado para um cargo que você cobiçava. Tornou-se pai pequeno, por exemplo, em vez de você. Isso não é um motivo justo, só quer dizer que você não está pronto ainda para isso. Não fique chateado: Busque se melhorar.

•Ira: Algumas coisas vão acontecendo ao longo do tempo que vão te chateando e, em tempo, se tornam um verdadeiro câncer. É sua obrigação sentar-se com os responsáveis e relatar os pequenos problemas assim que eles acontecem, justamente para uma pequena situação não se tornar algo gigantesco.

•Preguiça: Tudo no terreiro é de todos, a estrutura física do terreiro é responsabilidade de cada um. Não fazer parte da equipe de limpeza, por exemplo, te deixará fora das atividades sociais do grupo e isso fará com que você se desanime. Não tenha preguiça: Trabalhe duro e faça parte, realmente, do seu terreiro. O desanimo causado pela preguiça também não é motivo justo para você se desligar.

•Gula: Gula não tem a ver só com comida, pode ser a vontade de consumir tudo de uma só vez. Por exemplo? Você acabou de entrar e já quer se tornar um pai de santo. Vá com calma, sob pena de se decepcionar por não ter sua gula saciada.

•Luxúria: O terreiro é local sagrado, feito para facilitar para você, médium, o trabalho da caridade. Não é lugar para dar vazão as suas fantasias sexuais, muito menos com irmãos e irmãs de trabalho. Acontece de se interessar por um parceiro de trabalho, mas isso não é desculpa para ser leviano. Isso dará motivos para fofocas e você, futuramente, se irritará com isso, se esquecendo que o culpado pela situação é você mesmo.

•Avareza: Lembram-se que o espaço físico do terreiro também é seu? Contribua com a mensalidade. Além disso, avareza também está ligado com o fato de você tentar se apossar de tudo no terreiro. Você está lá para servir, não para ser servido. Isso acarretará broncas e situações chatas com seus irmãos de caminhada.

•Vaidade: O que falar da vaidade? Você não precisa ter o maior penacho do terreiro para mostrar que seu guia é bom. Não precisa impor seu cargo hierárquico aos outros. Evite a vaidade e seja amado por todos.

Levando tudo isso em conta, você sentou, se interiorizou e viu que, realmente, não é mais ali seu local? Então sente-se com seu dirigente e converse com ele. Prefira sempre sair em boa paz. Simplesmente deixar de frequentar o lugar, depois que você se comprometeu com ele, não mostra boas coisas sobre você, então, tente não envergonhar seus Guias. Sente-se e converse, avise de seu afastamento com simplicidade e paz de espírito.

Já em outra casa:

Então entendemos que você já colocou tudo o que está acima na balança e, após pesar cada um dos itens, conversou com o dirigente e viu que a melhor coisa a fazer era sair da casa mesmo. Agora acontece o que chamamos de “correr gira”, ou seja, você irá visitar algumas casas para ver onde se estabelecerá. Alguns cuidados a você:

•Não vá com prejulgamentos. Lembre-se que você está deixando uma casa porque o tipo de trabalho já não te agradava mais. Não faria sentido você procurar uma casa que faça exatamente a mesma coisa, não é mesmo? Como disse Einstein: Louco é aquele que faz sempre as mesmas coisas e espera resultados diferentes.

•Não se empolgue já na primeira visita. É possível que você, na primeira vez em uma casa nova, já se encante e sinta que ali e seu caminho. Guarde essa sensação e vá em visita mais algumas vezes. Eu sugeriria, pelo menos, três meses de visitas frequentes. Isso fará com que você observe coisas que não viu na primeira vez e te faça ter certeza do que fará.

•Identifique-se como médium. Procure alguém da casa e diga que você já é médium e está em visita. Assim os irmãos podem recebe-lo como a um irmão e sanar dúvidas que, por ventura, você tenha, além de deixar todos mais sossegados.

•Proteja-se. Isso não tem a ver, somente, com o uso de guias no pescoço. Vá com a mente aberta, mas mantenha sua mente firme.

•Não incorpore. A não ser que haja motivos muito fortes. Lembre-se que guia em terra é guia trabalhando e se não houver motivo para ele vir, ele não precisa vir. Você ficar chamando-o não adiantará muita coisa e pode abrir seu campo mental para oportunistas.

Entrando na casa nova

Passando por tudo isso, você decidiu que é naquela casa que você ficará. O primeiro passo a fazer é conversar com o dirigente ou com o médium que tem te atendido. Algumas casas tem regras severas com relação a admissão de novos médiuns e você, por educação, deve respeitá-las.

Não se ache o melhor médium do mundo. O melhor médium é, na verdade, aquele que aceita o trabalho, seja qual for. Não se importe em começar do começo. Faz parte de sua própria evolução.

Guarde o que você sabe para você, nesse primeiro momento. O seu conhecimento será usado mais a frente mas assuma a posição de neófito, de discípulo para, depois, chegar a mestre. Mostre-se humilde aos irmãos. A umbanda é feita, também, da humildade de seus participantes.

Levando essas pequenas coisas em conta, você aproveitará muito mais sua faculdade mediúnica em prol do próximo, que é o verdadeiro objetivo.

Nino Delani



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Médium que sai do Terreiro










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A Importância da Saudação

A importância da saudação

O Umbandista respeitoso e religioso deve sempre que entrar em um Terreiro, saudar respeitosamente as Forças que sustentam aquele Centro e o próprio médium. 

Deve-se, no primeiro momento, saudar as Forças dos Srs. Guardiões e das Sras. Guardiãs assentadas na Tronqueira, agradecendo a permissão de sua entrada naquela Casa Santa, agradecendo o recolhimento e encaminhamento de espíritos negativos que é realizado no ato da “simples” saudação, agradecendo a guarda, a força e a proteção que ELES realizam. Em segundo momento saudar o Congá (o Altar), local Sagrado de um Centro que deve ser respeitado e é onde se realiza a grande troca de energia, pois todas as Irradiações Divinas estão sendo projetadas sobre todos aqueles que reconhecem o Poder Divino.

Por sua vez, o ato de ''Bater-Cabeça'' não deve ser um costume, mas sim uma atitude de reverência diante dos Sagrados Orixás e é nessa hora que comungamos com Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Iansã e Iemanjá pedindo que mantenham nossos olhos fechados para o ciúme, para o egoísmo e para a inveja, que mantenham nossos ouvidos fechados para a intriga e para a curiosidade que alimenta a fofoca, que mantenham nossos corações abertos para o amor, para a fé, para a compaixão e para a esperança, que mantenham nossa mente aberta para o discernimento, para a sabedoria e para a paciência, que mantenham nosso espírito purificado e iluminado para que assim possamos servir de “simples” instrumentos de Deus, da Lei e da Justiça. É o momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa oportunidade única que temos por estar diante do Poder Divino.

Em terceiro lugar e não menos importante, o médium deve saudar e tomar a Benção de seu Pai ou Mãe Espiritual. Quando isso ocorre, o “filho” está reconhecendo seu Pai Espiritual como o detentor dos conhecimentos da Lei de Umbanda e como seu orientador, que o conduzirá, sustentará e protegerá dentro da doutrina religiosa Umbandista.

“Tomar a Benção” é um procedimento de reconhecimento de Grau e de respeito à Hierarquia, pois o Pai Espiritual é a voz, é a força, é o representante e o intermediário dos Orixás aqui no plano material e ele é escolhido e preparado pelas próprias Forças Divinas, pois se assim não fosse, não conseguiria sustentar uma gira ou realizar um “simples” desenvolvimento.

Cada Centro tem a sua forma de saudar o Pai Espiritual, mas quando o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual, a beija respeitosamente, leva-a até a sua testa e a beija novamente, este ato representa o desejo de que aquelas mãos preparadas o conduza aos serviços de Deus ajudando-o a adquirir conhecimentos Sagrados.

Ao dizer: “Dai-me Pai, a sua benção” e o Pai Espiritual responder “Seja Oxalá quem lhe abençoe” ele está saudando acima de tudo a Trindade Divina e sendo abençoado POR OLORUN, POR OXALÁ E POR IFÁ. As mesmas atitudes devem ser realizadas ao sair do Centro, pois o médium sai do Sagrado para o Profano.

Vimos então que a Saudação tem sua importância dentro do Terreiro e por que não dizer fora, já que saudamos muitas vezes entradas de Cemitérios, Encruzilhadas e outros lugares como uma forma de Respeito.

Jornal de Umbanda Carismática




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07/11/2018

Relação dos Chacras com os Orixás

Relação dos Chacras com os Orixás

Um Breve Estudo dos Chakras na Umbanda:
● Sua relação com os 7 Sentidos da Vida e com os Orixás;
 ● Regências dos Orixás sobre os órgãos do corpo físico. Tratamento energético.
 Introdução
O que são  chakras. Quando se formam.
Os chakras são centros de energia ou canais receptores e transmissores da Energia Vital (prana, fluido universal, tchi etc.). São centros vitais para a saúde física, mental, emocional e espiritual do ser humano.
 A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda.
 A um olhar clarividente, os chakras se apresentam como rodas de energia que ficam girando, localizadas em determinadas partes do corpo humano ou animal. Lembram "funis" receptores da Energia Vital e se estendem do corpo físico para fora.
Os chakras se formam no Plano Elemental da Vida (3º. estágio da evolução humana) e se desenvolvem ao longo da nossa vida; ficando mais visíveis, desenvolvidos e funcionais na fase adulta do ser humano.
Um bebê não tem todos os chakras bem definidos. Isso só irá acontecer na fase da infância.  Já um idoso vai perdendo aos poucos a vitalidade dos seus chakras. E com a morte física, os chakras tendem a diluir-se, misturando-se com a Energia do Uiverso, voltando ao ponto de origem (“Na Natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma”...).
Os chakras funcionam interligados. No corpo físico, ligam-se a determinadas glândulas endócrinas, regulando o funcionamento dos órgãos corporais.
Dividem-se em 7 Chakras Maiores e 21 Menores. Além desses, há muitos outros no corpo humano, alguns minúsculos.
São chamados de “superiores” (maiores ou principais) os chakras que ficam nas regiões superiores do corpo: o Coronário (topo da cabeça), o Frontal (no meio da testa) e o Laríngeo (garganta). E de “inferiores” (menores ou secundários) são chamados os que ficam na parte inferior do corpo: o Esplênico (lado esquerdo do corpo, acima do baço), o Umbilical (ventre, altura do umbigo) e o Básico (área dos órgãos sexuais).
Já o chakra Cardíaco (do coração) fica exatamente no meio, fazendo a ligação “terra/céu”, “homem/Deus”, “matéria/espírito”.
Mas todos os chakras são igualmente importantes para a manutenção e a evolução da vida humana, eis que executam um trabalho conjunto de absorção e de transmissão das Energias Divinas. A Energia que entra em cada chakra é irradiada para os demais.
Conforme se desenvolva espiritualmente, a pessoa irá gerar mudanças no funcionamento dos seus chakras. O desenvolvimento dos chakras superiores se estende aos  inferiores, despertando a intuição e podendo desenvolver a clarividência e a clariaudição. Mudando a frequência vibratória dessa pessoa, os seus vícios tendem a cessar; e as amizades, relacionamentos, empregos e atividades  vazios de conteúdo também irão desaparecendo.
Os chakras contêm informações importantes sobre o nosso estado físico, emocional, mental e espiritual. Os Guias Espirituais, ao aplicar passes, atuam diretamente nas áreas de cada chakra, identificando os que estejam em desarmonia (a partir de alterações na cor que estão irradiando), para então limpá-los, reequilibrá-los e  restabelecer a saúde energética e, por consequência, a saúde mental, emocional e física do consulente. Não se trata de “adivinhação”, mas de um trabalho técnico especializado.
Quando em equilíbrio, os chakras trabalham alinhados, apresentam uma cor forte e brilhante e funcionam no sentido dos ponteiros do relógio.  Quando em desequilíbrio, tendem a mover-se em sentido contrário ao habitual e podem reter negatividades que irão repercutir na estrutura inclusive física da pessoa.
Há uma relação direta entre a natureza dos nossos pensamentos e emoções e o funcionamento dos chakras. Pensamentos negativos geram bloqueios e desequilíbrios nos chakras e na aura; já os positivos estimulam os centros de energia, trazendo saúde, energia e vitalidade à pessoa. Questão de sintonia. Pensamentos e emoções geram e atraem energias afins, desta e de outras dimensões. Quando equilibrados, atraem energias positivas, equilibradas. Já os pensamentos e emoções desequilibrados atraem energias igualmente desequilibradas (chamadas “negativas”). As energias atraídas sempre afetam o funcionamento dos chakras, alterando sua função, nível energético e movimento cíclico. Como visto, essas alterações serão positivas ou não, dependendo da nossa vibração pessoal.
Os 7 Chakras Maiores
Cada chakra tem um tipo de vibração e os respectivos nome, som  cor, símbolo e frequência energética.
A cor associada ao chakra refere-se à  cor característica da sua vibração harmônica e corresponde ao tipo de Energia que nele é trabalhada. As cores dos 7 chakras maiores são associadas às do arco-íris.
Os 7 chakras maiores são estes:
1º.)Chakra da cabeça ou da coroa – Coronário- Cor de vibração: violeta;
2º.)Chakra da testa, da sobrancelha ou terceiro olho – Frontal- Cor de vibração: índigo (=azul escuro ou cobalto);
3º.)Chakra do pescoço ou da graganta- Laríngeo- Cor de vibração: azul claro;
4º.)Chakra do coração – Cardíaco- Cor de vibração: verde;
5º.)Chakra do plexo solar ou gástrico ou do baixo ventre - Esplênico- Cor de vibração: amarelo;
 6º.)Chakra do umbigo ou sacral- Umbilical- cor de vibração: laranja;
 7º.)Chakra raiz ou da base – Básico- Cor de vibração: vermelho.

Os 7 Chakras Maiores- Os 7 Sentidos da Vida- Os Orixás e Seus Fatores
Na Umbanda se faz uma relação entre os chakras e os Orixás, a partir do Sentido da Vida correspondente a cada chakra.
Cada chakra maior está relacionado a uma das 7 Vibrações Originais de Deus, também a uma das 7 Irradiações dos Tronos de Deus e a um dos 7 Sentidos da Vida: Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração.
A relação é esta:
●Chakra da Coroa (alto da cabeça)►Sentido da Fé. Regência do Orixá Oxalá. De forma complementar, nele também atua nossa Mãe Logunan (Oyá-Tempo).
Absorve e transmite, sob a forma de Fatores, as Energias Divinas que alimentam o Sentido da Fé, inclusive despertando nos seres a autoconfiança, a autoestima etc. A Fé é base necessária para se viver e fazer qualquer coisa. Sem a Fé, nada se faz;
●Frontal (entre as sobrancelhas)►Sentido do Conhecimento. Regência do Orixá Oxóssi.  De forma complementar, nele atua Mãe Obá.
Absorve e irradia Fatores que alimentam o Sentido do Conhecimento (a busca da Expansão pelo aprendizado, em todos os aspectos, e sua aplicação positiva em proveito próprio e do próximo);
●Cardíaco (altura do coração)►Sentido do Amor. Regência do Orixá Oxum. O par complementar atuante é Pai Oxumarê.
Absorve e irradia Fatores que promovem o estímulo do Amor Incondicional e a cura emocional (desperta os sentimentos amorosos e harmonizadores, a conciliação, o perdão, a compaixão, a fraternidade etc.);
●Da Garganta (laringe)►Sentido da Ordem (Lei Divina). Regência do Orixá Ogum. O par complementar é Mãe Yansã.
Absorve e irradia Fatores Divinos que promovem a Ordenação, inclusive a partir da palavra. Ordenação, segurança, posicionamento perante o meio em que se vive;
●Esplênico (na altura do baço)►Sentido da Evolução. Regência do Orixá Obaluayê. Par complementar atuante: Mãe Nanã.
Absorve e transmite Fatores Divinos que promovem a Transmutação de estados e condições vibratórias em desequilíbrio, de modo a torná-los positivos,  favorecendo a evolução dos seres e dos meios em que vivem (transmutação, cura espiritual, emocional e física; retificação de rumos; evolução do ser em todos os aspectos);
●Umbilical (no ventre, região do umbigo)►Sentido da Justiça ou do Equilíbrio Regência do Orixá Xangô. Par complementar: Mãe Egunitá.
Absorve e transmite Fatores Divinos que promovem o Equilíbrio energético dos seres, despertando-lhes o senso de Justiça e equidade, a razão equilibrada;
●Básico (área dos órgãos sexuais)► Sentido da Geração. Regência do Orixá Yemanjá. Par complementar: Pai Omolu.
Absorve e transmite Fatores Divinos Geradores de Vida (sustentação e preservação da vida; criatividade; geração de idéias que propiciam novos caminhos ou possibilidades; geração de “saúde” em todos os sentidos; multiplicação e renovação celular perfeita e saudável).
Os Fatores de Deus- Quando equilibrados, os chakras absorvem os Fatores de Deus, que carregam as Energias Divinas Originais indispensáveis à nossa existência e evolução. 
Em poucas palavras, cada Fator corresponde à menor partícula da Energia Divina Original, sendo capaz de realizar uma atuação específica.
Cada Vibração Divina tem seu Fator específico. E cada Fator realiza aquilo que está contido na correspondente Qualidade Divina (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração).
Por exemplos: ●Os Fatores de Pai Oxalá carregam a Energia da Fé, de forma pura e sutil, que é captada pelo chakra da Coroa. Esses Fatores são capazes de dar sustentação magnética (magnetizar) a tudo quanto existe, inclusive aos outros Sentidos da Vida. Estimulam a Fé nos seres humanos e o sentimento de autoconfiança, autoestima etc.; dão forma astral aos nossos projetos mais elevados, para que eles depois se concretizem no plano físico. Em contrapartida, sua atuação elimina o excesso de ansiedade, a insegurança, o medo etc. ●Já os Fatores de Mamãe Oxum nos alimentam com as Energias do Amor Divino, que nos faz olhar para nós mesmos e para o próximo com amor, compaixão, benevolência, fraternidade etc. O Apóstolo Paulo dizia que o Amor cura tudo (“Só o amor cobre a multidão dos pecados”). Quem vive amargurado, remoendo dores antigas, sabe o quanto o “desamor” nos prejudica. O perdão, que nasce do Amor, lava e liberta nossa alma e nos traz a cura emocional e física, promovendo a multiplicação celular harmoniosa em nosso corpo. Até os seres mais rebeldes e negativos são transformados por um gesto de amor verdadeiro. O chakra do Coração está no meio, centralizando e harmonizando as Energias dos demais chakras; a cor de vibração deste chakra é o verde, a cor da cura espiritual.  Não é por acaso...
Em princípio, portanto, cada chakra absorve e também irradia os Fatores do seu Orixá Regente. Logo, circulam em nós as 7 Energias Divinas Originais, alimentando de forma contínua a nossa Essência Divina, pelo trabalho harmonioso dos 7 chakras principais. Essas Energias são absorvidas pelo chakras e depois irradiadas para toda a nossa estrutura espiritual, mental, emocional e física, que são corpos interligados. Disso resulta a nossa sustentação nos 7 Sentidos da Vida, desde o aspecto espiritual até ao físico-orgânico. 
NÃO podemos ficar um instante sequer sem receber e absorver tais Energias. Mas para absorvê-las corretamente é preciso que haja equilíbrio em nossos chakras.
A Atuação dos Orixás em cada Chakra
Além do amparo do Orixá Regente de cada chakra, recebemos também as Energias dos demais Orixás, como um complemento de forças para nossa evolução. Porque Deus nos ampara de forma integral e completa, em todos os Sentidos da Vida. Daí dizer-se: “somos filhos de todos os Orixás”.
Em cada chakra atuam o Orixá Regente e mais seis Orixás. Vale dizer: em todos e em cada um dos 7 chakras principais nós recebemos as 7 Vibrações Originais de Deus, pois só este conjunto de Energias garante nossa vida e evolução de forma integral e saudável.
Mas o Regente de cada chakra NÃO muda.
O que pode variar, em cada encarnação, é a posição dos outros seis Orixás em torno do
Regente, dependendo das nossas necessidades de aprendizado naquela encarnação.
Daí a importância de se estudar os chakras. Aprender quais órgãos do nosso corpo eles
regem; como realinhá-los e reequilibrá-los, para absorvermos de forma satisfatória as Energias Divinas indispensáveis à nossa saúde e equilíbrio geral.
Isso pode ser feito de várias formas, inclusive a partir de orações e oferendas ao Orixá Regente do Sentido da Vida relacionado àquele chakra.


Relação entre os Orixás, os 7 chakras e os nossos órgãos físicos

Recapitulando: Os 7 chakras maiores estão relacionados aos 7 Sentidos da Vida e a órgãos do corpo humano, sob a Regência de determinado Orixá.
Vejamos quais os órgãos governados pelos 7 chakras e como invocar a bênção do Orixá Regente de cada chakra, buscando auxílio energético para tratar problemas nesses órgãos, bem como as questões emocionais envolvidas (pois o desequilíbrio emocional pode gerar doenças físicas).
É claro que esse tratamento energético NÃO exclui e nem substitui o tratamento médico específico. Mas funciona como um complemento importante, já que iremos cuidar de Energias Divinas que nos amparam desde a nossa geração em Deus. Fé e bom senso podem e precisam andar juntas...
CORONÁRIO- Sentido da Fé- Regência: Orixá Universal OXALÁ.
Pai Oxalá é o Trono Masculino da Fé. Ele irradia a Fé o tempo todo e ampara os seres que vivem de forma equilibrada este Sentido da Vida. Seu Fator Magnetizador dá sustentação a todas as coisas (magnetismo=vibração=vida).
A Irradiação da Fé desperta em nós o sentimento da fé no aspecto de espiritualidade/religiosidade, mas também a autoconfiança, a autoestima, a capacidade de perdoar a si mesmo e aos outros, a aceitação daquilo que no momento não podemos mudar, a paz e a tranquilidade íntimas etc.; afastando a ansiedade, a insegurança, os medos excessivos e os sentimentos e emoções negativos afins. Tendo Fé, confiamos na Vida e em nós mesmos, não tememos o futuro, não nos colocamos “nas mãos dos outros”.
Pai Oxalá congrega os seres em torno de um ideal, no campo específico da Fé e também nos demais setores da vida humana. A Sua Luz Cristalina dá a estrutura e a forma astrais necessárias para a concretização desses ideais em nossa realidade. Tudo se forma primeiro no Astral, com a Luz de Oxalá, e depois se projeta aqui, pois tudo tem a Essência Divina como sustentação. Por isso também é que dizemos que Oxalá é o Senhor das formas.
Para concretizar um objetivo saudável e positivo, precisamos nos dedicar a isto e pedir que Pai Oxalá nos abençoe com a Luz Cristalina, para que esse projeto ganhe forma no Astral e depois se concretize em nossa vida. Pode ser no campo da saúde, da família, dos relacionamentos, do trabalho etc., pois a Vibração Divina da Fé (representada por Oxalá) atua sobre todos os Sentidos da Vida.
Sobre o chakra Coronário
Localização: Topo da cabeça. Abre-se para o alto, no sentido vertical. Na Umbanda, é o que chamamos de “a coroa do médium”.
Importância deste chakra: É o primeiro chakra a receber os estímulos do Espírito, pelas Irradiações da Fé- que é fundamental para tudo que se deseje alcançar.  Abre-se em forma de funil para o Universo, representando a ligação entre o ser humano e o Divino, a espiritualização do ser. É considerado o centro energético mais importante do corpo humano. Faz a união entre a Energia Vital e os demais chakras: a Energia Vital entra por ele e se espalha aos demais chakras. É representado por uma coroa, capacete ou flor de lótus que se abre para o céu, simbolizando o despertar da espiritualidade e da consciência humana.  
Bom funcionamento deste chakra- Faz perceber que a Luz Divina está em nós e  que somos parte do Todo. Desperta a Fé e favorece a cura da ansiedade, de fobias inexplicáveis, da depressão, de transtornos nos pensamentos, de dores de cabeça crônicas, de insônia etc. Tendo-o em equilíbrio, não só nos tornamos receptores da Energia Vital, mas também passamos a irradiá-la aos outros seres e ao planeta. Isso nos permite atingir níveis superiores de meditação. Quando o Coronário se desenvolve simultaneamente com o chakra Frontal, a pessoa tem grande capacidade de raciocínio e de intuição.
Mau funcionamento deste chakra- A pessoa se anula para a vida, perde o contato com a realidade e não consegue idealizar mais nada. Sua vida pode ser dominada pelo medo, trazendo-lhe desarmonia interior, infelicidade e desilusão, que se difundirão aos demais chakras, desequilibrando-os e às vezes gerando doenças de foro mental, fobias, dores de cabeça ou enxaquecas de difícil tratamento. Daí a importância da meditação (orações, relaxamento etc.), para afastarmos a ansiedade, o medo, os sentimentos de rejeição, de insegurança e de incerteza. Abrir o coração, buscando uma sintonia elevada e o desenvolvimento do ser Divino que habita em todos nós.
Glândula relacionada: PINEAL (ou epífise)- Esta glândula é pequena como uma ervilha e tem a forma de pinha – daí o seu nome. Tem a mesma estrutura básica dos nossos órgãos visuais, sendo considerada como “um terceiro olho”.
Até bem pouco tempo acreditava-se que era um órgão atrofiado e de funções indefinidas.
Mas os cientistas descobriram muitas funções importantes nesta glândula:
●semelhante a uma antena, a pineal capta radiações eletromagnéticas da lua (que regula ciclos menstruais, por exemplo) e as radiações eletromagnéticas do sol;
●desperta a produção de substâncias neurotransmissoras que estimulam a atividade física e mental;
●ativa a produção de hormônios sexuais no início da puberdade, dando início ao ciclo da reprodução humana.
●Está presente também nos animais, captando os campos eletromagnéticos da Terra e orientando as migrações das andorinhas e das tartarugas, por exemplos.
Outras funções importantes relacionadas à glândula pineal foram descobertas em pesquisas realizadas pelo DR. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA, que é Psiquiatra, Mestre em Ciências pela USP, Diretor-Clínico do Instituto “Pineal Mind” (SP) e também Diretor-Presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo.
Diz o Dr. Sérgio: “A pineal é capaz de captar campos eletromagnéticos não apenas desta dimensão onde vivemos - que é a terceira-, mas também de outras dimensões do Universo, acessando campos espirituais e sutis”.
●Em outras palavras: a pineal capta vibrações que estão além da realidade física e, portanto, está associada aos fenômenos mediúnicos (clarividência, telepatia etc.), já que a mediunidade é justamente a capacidade de entrar em contato com energias de dimensões não-físicas. Isso acontece porque a glândula pineal tem cristais de apatita na sua estrutura.
O Dr. SÉRGIO explica o seguinte:
●O cristal de apatita capta campos eletromagnéticos; e o Plano Espiritual age por meio desses campos. A interferência Divina sempre acontece obedecendo às leis da própria natureza;
●Os médiuns, pessoas capazes de entrar em contato com outras dimensões, apresentam maior quantidade de cristais de apatita na pineal. Os iogues e místicos têm menor quantidade. E ninguém pode aumentar ou diminuir essa concentração de cristais, pois ela é uma característica biológica, assim como a cor dos olhos e dos cabelos;
●A glândula é um receptor poderoso. Mas quem decodifica as informações recebidas são outras áreas do cérebro, como o córtex frontal cerebral. Sem essa interação, as informações recebidas não são compreendidas. Por isso, os animais recebem tais informações, mas não as decodificam, já que as outras partes do cérebro deles não têm esse atributo.
Cor de vibração do Coronário: Violeta- que é a frequência mais elevada, entre as sete cores do arco-íris.
Partes do corpo regidas pelo Coronário: Cérebro, cerebelo.
Tratamento energético― Fazer orações ao Pai Oxalá, pela obtenção do equilíbrio deste chakra e o favorecimento da cura desejada. Pedir as bênçãos de Oxalá para o fortalecimento da nossa Fé, autoconfiança e autoestima; pedir paz, calma, serenidade; pedir perdão para si (caso se arrependa de alguma conduta ou pensamento) e perdoar a quem nos tenha magoado, traído etc.; pedir o equilíbrio espiritual, mental, emocional e físico, pois isso favorecerá a cura.
Firmar 1 vela violeta (chakra) e à direita dela 1 vela branca (ou dourada) para Oxalá. Colocar um copo com água na frente da vela de Oxalá, pedindo que seja imantada e consagrada, e beber quando as velas queimarem.
O ideal é que se repita isso por 21 dias seguidos; tempo necessário para que o corpo físico assimile as Energias, mude seu padrão vibratório e a cura seja alcançada. Pode ocorrer a cura em tempo inferior, como em tempo maior. Mas a experiência indica que o mínimo desejável é fazer por 21 dias. Isto vale para todos os chakras.
Essa é uma forma simples de se trabalhar. E a experiência tem mostrado que muitas vezes é melhor seguir o simples, pois tudo o que vem de Deus opera com naturalidade e simplicidade.
Mas pode ser feito um triângulo de velas, também simples: ● 3 velas de Oxalá (brancas, ou douradas) fazendo o triângulo; ●vela violeta (chakra) no centro do triângulo; ●copo com água, para bênção e imantação, no centro do triângulo. Beber a água quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Podemos adicionar outros elementos de Pai Oxalá: ervas, flores brancas, frutas de polpa branca etc. Tais elementos podem ser colocados como oferenda, para reverterem suas energias em nosso benefício. Neste caso, NÃO usamos depois as ervas e flores e NÃO ingerimos as frutas, pois todo o seu prana será extraído pelo Orixá e transformado em energias curadoras. Quando as velas queimarem, agradecemos, recolhemos o material e levamos ao lixo.
Outra possibilidade é colocá-los com o pedido específico de que sejam abençoados e imantados para o nosso uso pessoal, visando à cura: em banhos e defumações (ervas e flores); ou para serem ingeridos (frutas).
Fundamental não é a quantidade de elementos, mas a oração sincera no ato de pedir a bênção do Orixá. (Isto vale para todos os chakras e seus respectivos Regentes.)
FRONTAL - Sentido do Conhecimento- Regência: Orixá Universal OXÓSSI.
Pai Oxóssi é o Trono Masculino do Conhecimento. Irradia o Conhecimento e ampara os seres que agem de forma equilibrada neste Sentido da Vida (que procuram aprender e transmitem o conhecimento adquirido, que fazem bom uso do conhecimento).
Pai Oxóssi é o Senhor do Reino Vegetal.  É também um dos Orixás do Trono Medicinal ou da Cura. É o “Caçador Divino” que nos faz encontrar o caminho da abundância, da fartura e da prosperidade em todos os sentidos, a partir do espiritual. Isso nos abre também os caminhos da cura para os males físicos, emocionais e espirituais.
Seu Fator principal é o Expansor, que atua em nosso mental e nos leva a buscar o aprendizado em todos os sentidos.
O Sentido do Conhecimento nos integra no Todo, nos dá uma visão ampliada de todas as coisas e da nossa própria existência, sendo um caminho de cura, no aspecto mais amplo da palavra.
Sobre o chakra Frontal
Localização: Fica entre as sobrancelhas. Posição horizontal, ele se abre para frente e para trás.  
Importância deste  chakra: O Frontal é expansor e atua equilibrando as nossas várias percepções, entre elas: visão, audição, tato e a rede de processos da inteligência que dizem respeito à palavra, à cultura, à arte e ao saber. É o berço da consciência, da intuição, das percepções extra-sensoriais e da imaginação. Governa o nosso sistema nervoso central. No nível físico, é considerado o centro de energia mais importante do corpo. Este chakra nos ensina a valorizar o pensamento humano como forma de poder e de energia. Os pensamentos humanos são providos de vida e de energia própria.  O poder da nossa intenção dá vida aos pensamentos. Precisamos aprender a manter pensamentos claros e positivos.
Bom funcionamento deste chakra- Dá forte intuição, hipersensibilidade, clarividência e capacidade de percepção. Ajuda a pessoa a encarar a vida sob um novo prisma, dando mais atenção para as suas capacidades extra-sensoriais, para o funcionamento das energias no corpo e no Universo e para as percepções desta e de outras realidades existenciais.
Mau funcionamento deste chakra- Causa perda de perspectiva, incapacidade de se focar num objetivo. Quando o desequilíbrio é acentuado, leva a pessoa ao excesso de racionalização, a analisar tudo em detalhes, tornando-se fria, arrogante e distante. Idéias de natureza espiritual serão rejeitadas. No íntimo, ela pode sentir-se atraída por temas ligados ao Divino, mas construiu barreiras baseadas “na lógica” para se proteger destas idéias e isto a impede de considerar a própria espiritualidade. Pessoas assim podem ter os sentidos relacionados ao chakra pouco desenvolvidos (audição, visão, fala, paladar, toque, intuição). Um bloqueio grave neste chakra geralmente causa bloqueios também no chakra Esplênico (gástrico ou do plexo solar), no chakra do Coração e no chakra da Coroa. Um tratamento energético numa pessoa que rejeita o lado espiritual da vida precisa ser feito também e simultaneamente nesses três chakras.
Glândula relacionada: A Pituitária- que governa a atividade secretória do corpo e controla o funcionamento das restantes glândulas.
Cor de vibração do Frontal: Índigo ou azul escuro.
Partes do corpo regidas pelo Frontal: Olhos, ouvidos, nariz, sobrancelhas, face, sistema nervoso central, cerebelo.
Tratamento energético― Fazer orações ao Pai Oxóssi pelo equilíbrio deste chakra e a cura pretendida. Pedir o equilíbrio do mental e clareza de pensamentos; disposição para estudar e aprender em todos os sentidos; foco e determinação nos objetivos; a limpeza de pensamentos negativos; o despertar da vontade de se autoconhecer e de aprender com a Vida e sobre o real significado desta existência; pedir o equilíbrio da mediunidade e seu desenvolvimento harmônico e produtivo (para os médiuns ativos e os em desenvolvimento).
Firmar 1 vela azul escuro (chakra) e à direita dela 1 para o Orixá (verde). Na frente da vela de Pai Oxóssi, colocar um copo com água, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Também se pode fazer um triângulo: ● 3 velas verdes (Oxóssi) e no centro do triângulo 1 vela azul escuro (chakra); ●copo com água, para bênção e imantação, no meio do triângulo. Beber a água quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
A pessoa pode colocar seu nome no triângulo, dentro de um copo com sumo de ervas (frescas, de preferência).
Outros elementos de Pai Oxóssi podem ser colocados: ervas, água mineral, vinho (branco, ou tinto doce), pembas (brancas e/ou verdes), cristal verde (Quartzo Verde, Esmeralda), flores, frutas.
LARÍNGEO- Sentido da Ordem (Lei Divina)- Regência: Orixá Universal OGUM.
Pai Ogum é o Trono Masculino da Lei. Irradia a Lei Divina, afasta o caos e abre caminhos, por meio do Fator Ordenador, além de amparar e sustentar os seres que vivem de forma equilibrada este Sentido da Vida.
O Fator Ordenador de Pai Ogum nos ajuda a vencer nossas trevas e bloqueios interiores (as verdadeiras “demandas”, pois a maior luta que enfrentamos é com o nosso íntimo!) e também nos protege dos obstáculos externos, quando vivemos de acordo com os ditames da Lei Divina.
Sobre o chakra da Garganta 
Localização: Zona da garganta e do pescoço. Tem o seu ponto de origem na vértebra cervical.  Posição horizontal, ele se abre para frente e para trás, como um funil alongado. 
Importância deste chakra: É o chakra ordenador. Está ligado ao poder da palavra, à Vontade Divina (Lei) e à colocação do ser perante a sociedade. Regula a capacidade pessoal de comunicação e a capacidade de “ouvirmos a voz interior do Divino”. Através dele transmitimos nossas percepções do mundo e nossas emoções aos demais seres humanos. Está associado a todo o tipo de expressão humana: agressividade, choro, riso, ira etc. Rege todas as formas de expressão relacionadas com as artes (linguagem gestual ou mímica, música, canto, dança, teatro etc.).
Bom funcionamento deste chakra- Favorece a comunicação e a expressão ativa das idéias: a pessoa tem facilidade de conversar, de argumentar e de participar de discussões salutares sobre novas idéias e novos conhecimentos. Não se deixa constranger pelas suas emoções, pensamentos, sentimentos ou sensações. Consegue expressar suas idéias, vontades e a sua criatividade. Sente-se inspirada, viva, feliz e capaz de ultrapassar com tenacidade todas as crises que possam surgir.
Mau funcionamento deste chakra- Dificuldade de expressão. A pessoa se fecha, não consegue se livrar da angústia. Significa, acima de tudo, uma incapacidade de expressão dos sentimentos e emoções mais profundos. Sentindo-se incapaz de dizer NÃO aos outros, ao longo da vida a pessoa absorve frustração, insatisfação, sofrimento e agressividade. Pode tornar-se passiva, incapaz de aceitar novos desafios ou de expressar suas necessidades, e acabar atraindo indivíduos inescrupulosos e controladores. Ou tornar-se excessivamente intelectual, solitária e introvertida, por receio de demonstrar sua afetividade. Pessoas com esse tipo de bloqueio costumam julgar a si mesmas com muita frequência, são duras consigo mesmas.
Bloqueios importantes neste chakra deixam a voz da pessoa mais agressiva, às vezes até com mudanças bruscas de timbre (passando de um tom grave para agudo, e vice-versa), provocando mais constrangimento e introversão. Persistindo o bloqueio, podem surgir outros sintomas físicos: dor de ouvido, problemas de audição, problemas vocais e na garganta, dores nas costas, problemas na parte superior dos pulmões, bronquite, laringite, faringite, asma etc.
Ao querer expressar-se, a pessoa pode gaguejar, ou sentir um nó na garganta, ou dor na parte superior do tórax, tudo por sua resistência interior à comunicação como forma de expressão das suas necessidades. Muitas vezes possui uma natureza talentosa para a escrita, a poesia e as artes no geral, mas não consegue expressar-se verbalmente. Precisará fazer um esforço consciente para desenvolver sua autoestima e autoconfiança, confiar mais na própria intuição, além de treinar a voz (cantando, conversando mais com os outros).
O medo de se expressar leva a pessoa a se esconder num mundo de fantasias, criando muros invisíveis de proteção contra julgamentos e críticas alheias. Para vencer isso, ela precisará ser mais expressiva no geral e mais honesta diante dos próprios sentimentos, idéias e necessidades. Precisará, em primeiro lugar, aceitar-se e aprender a expressar suas opiniões e comunicar de forma honesta e direta os seus pensamentos e sentimentos.
Glândula relacionada: Tiróide- que regula a transformação e a digestão da comida, equilibrando os níveis de cálcio e iodo em nosso organismo e no sangue.
Cor de vibração do Laríngeo: Azul céu. 
Partes do corpo regidas pelo Laríngeo: Garganta, ouvidos, pescoço, voz, maxilares, tubos branquiais, traquéia, parte superior dos pulmões, braços, esôfago.
Tratamento energético― Pedir as bênçãos de Pai Ogum para a cura desejada. Pedir que Ogum venha despertar e fortalecer nossa determinação de agir, enfrentar obstáculos e encontrar soluções. Pedir coragem para enfrentar a dificuldade enquanto ela durar, caso mais nada se possa fazer naquele momento.  Que Pai Ogum nos ajude a dar bom uso à palavra, pois ela tem o poder de realizar. Que nos ajude também a ouvir a nossa “voz interior”. Que nos ajude a ouvir os outros e saber selecionar o que nos convém, para não guardarmos e nem repetirmos palavras vazias ou carregadas de negatividade. Que Pai Ogum nos ajude a fazer isso, para obtermos o amparo da Lei Divina.
Firmar 1 vela azul claro (chakra) e à direita dela 1 vela para Ogum (azul escuro, ou então vermelha). Na frente da vela do Orixá, colocar um copo com água, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Também se pode fazer um triângulo: ● 3 velas para Ogum (azul escuro, ou vermelha) e no meio 1 azul claro (chakra); ● copo com água, para bênção e imantação, no centro do triângulo. Beber a água quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Podemos utilizar outros elementos de Pai Ogum: ervas (espada e lança de São Jorge etc.), frutas, pedras, água de rio, água mineral, vinho tinto, cerveja branca, pembas (branca, vermelha e/ou azul escuro).
CARDÍACO- Sentido do Amor- Regência: Orixá Universal OXUM.
Mãe Oxum é o Trono Feminino do Amor. Irradia o Amor Divino para toda a Criação, além de amparar os seres que vivem este Sentido da Vida de forma equilibrada.
Oxum promove a atração e a união dos seres e elementos, pela atuação do Fator Agregador. Por isso, é considerada a Mãe da concepção (atrai, une e faz conceber).
Falar sobre a Vibração do Amor Divino é tarefa para Iluminados... Aqui nos arriscamos a dizer que Ele é tudo quanto nos salva, é a chama que nos resgata, que nos acalenta, que nos alimenta, que nos integra ao meio e ao Todo, que cura todas as nossas dores, principalmente as mais profundas. Disse o poeta: “sem amor, eu nada seria...”.
O Amor da Mamãe Oxum é tudo isso e muito mais: é o Amor de Deus por nós e por toda a Criação; é a Fraternidade; é a Compaixão; é a Fonte do Perdão que nos liberta; é a chave de atração da Prosperidade espiritual e material, enfim, de todas as coisas mais puras e belas que possa haver; é o Bálsamo; é o Mistério Divino que agrega partículas, elementos, seres, tudo, para a construção do Universo. É o Ouro de Deus!
Que, pela Misericórdia Divina, saibamos atrair este Amor para as nossas vidas e curar todos os males que possamos estar enfrentando. Que assim seja!
Sobre o chakra do Coração
Localização: Zona do coração. Posição horizontal, ele se projeta para frente e para trás.
Importância deste chakra: Está ligado aos sentimentos (afetividade) e ao sistema circulatório, é agregador. Rege o nosso desenvolvimento espiritual e o funcionamento das nossas emoções e sentimentos. Desperta as noções de amor, simpatia, compaixão, devoção,  amor incondicional, paz, altruísmo, perdão, generosidade, necessidade de compartilhar, amor pela liberdade, desapego dos bens materiais, amor pela vida, amor pela natureza, amor pela beleza e pelas artes em geral. Também está ligado à nossa capacidade de enfrentar as adversidades da vida, sem nos prendermos a mágoas, ressentimentos, decepções etc. É um centro energético poderoso, porque faz a ligação entre a parte inferior e a parte superior do organismo. Está no meio do corpo, simbolizando a ligação harmônica entre o ser humano e Deus, entre a matéria e o Espírito. Em equilíbrio, ele nos dá “imunidade” contra todos os males.
Bom funcionamento deste chakra- A pessoa fica aberta e receptiva à vida, é flexível, aceita a si mesma e aos outros de modo natural, com humildade, simplicidade e compaixão. Pessoas com este chakra aberto revelam qualidades de terapeutas, têm grande potencial de curarem a si mesmas e aos outros. Em harmonia, o Cardíaco favorece o equilíbrio dos demais chakras e gera os chamados "milagres" ou curas rápidas, auxiliando a pessoa a transformar radicalmente sua vida, de modo positivo e construtivo. O desenvolvimento conjunto do chakra do Coração e do Frontal nos traz grandes alegrias, nos leva a descobrir capacidades intuitivas e paranormais, a desenvolver uma inteligência superior e a estreitar nossos laços de união com os outros seres e o Criador.
Mau funcionamento deste chakra- Traz angústia, medo, palpitações, e pode levar a um quadro de pânico. Quanto acentuado o desequilíbrio do chakra, a pessoa perde a autoestima, vive insatisfeita, deprimida, em desilusão constante, melancólica, inerte, não consegue mais separar razão e emoção. Cai na lamentação, sente-se “vítima” do mundo e daqueles que a rodeiam, não se sente valorizada, acredita que dá muito de si aos outros e recebe pouco ou nada em troca, sofre um vazio interior. Tem dificuldade em expressar seus sentimentos, teme ser rejeitada. Isso gera sentimentos de impotência, insegurança e dependência, pois a pessoa não sentirá força interior para conduzir mudanças em sua vida, preferindo fechar-se a se tornar mais flexível. Nas relações amorosas, dará tudo de si aos outros sem aceitar nada de volta, sinal evidente de desequilíbrio interior. Repetir este ciclo vicioso torna a pessoa pessimista em relação ao amor, perpetuando desilusões amorosas e esperando sempre o pior dos outros. 
Glândula relacionada: Timo- que regula e controla o sistema linfático e fica bem no centro do nosso peito, acima do coração.
JOSÉ ALVAREZ MOSIG (www.ogrupo.org.br/9-artigos-timo) apresenta um estudo sobre a importância da glândula Timo. Abaixo, um resumo do texto:
O Timo é um órgão do sistema imunológico encarregado de detectar e repelir a invasão de diferentes tipos de microorganismos (vírus, bactérias, fungos, protozoários, vermes, etc.).
Situado no peito, atrás do osso esterno, o Timo produz os linfócitos-T, chamados assim por serem derivados do Timo (T, de timo-derivados).
Além dos linfócitos-T, existem em nosso organismo outros tipos de linfócitos envolvidos na produção dos anticorpos que o Timo não produz- como os linfócitos-B.
No entanto, os linfócitos-T, produzidos pelo Timo, constituem os elementos centrais no funcionamento do sistema imunológico. Sua ausência (ou a ausência do Timo) frequentemente resulta na morte do indivíduo. Prova a sua importância o quadro da AIDS, em que o vírus HIV destrói gradualmente parte dos linfócitos-T e determina a queda progressiva das defesas do organismo e a morte do indivíduo.
O Timo já está presente desde o nosso nascimento e tem um papel fundamental do fim da gestação à infância. Ele começa a regredir na adolescência, de forma que no indivíduo idoso sobra apenas um pequeno resto atrofiado. No entanto, isso não acarreta nenhum problema para o organismo, pois os linfócitos-T já foram distribuídos pelo Timo por todo o corpo, onde irão exercer sua importante função durante toda a vida do indivíduo. De forma metafórica podemos dizer que, na vida adulta, o timo está “distribuído” por todo o organismo.
Os linfócitos-T reconhecem e eventualmente destroem qualquer entidade molecularmente diferente das estruturas moleculares próprias do indivíduo. Essa capacidade é uma das características fundamentais das células do sistema imunológico. Mas no caso dos linfócitos-T, esta capacidade não é geneticamente determinada, mas é aprendida durante seu desenvolvimento no Timo. O Timo é, portanto, “o educador” que garante o respeito à identidade molecular do organismo.
►Este texto mostra que o chakra do Coração rege uma glândula que nos dá imunidade. Podemos entender que o Amor nos dá imunidade. Isto é de fundamental importância. Vale a pena nos dedicarmos a aprender a equilibrar nossos sentimentos e emoções. Não carregar ressentimentos, mágoas, tristezas, rancores, falta de perdão, ódio etc., que abatem nossa “imunidade” espiritual e física.
●Segue um exercício para estimular o funcionamento do Timo, ensinado pelo terapeuta e espiritualista DÁRCIO CAVALLINI, no seu livro “SOS Espiritual”, e que nos ajuda a recuperar a capacidade de vivenciar o amor na sua plenitude:
►De olhos fechados, bater levemente no centro do peito, com a mão ou a ponta dos dedos. Imaginar que estamos expandindo nossa aura e o nosso campo de proteção energética.  Assim despertamos a capacidade de distribuir Amor e aumentamos nosso campo de proteção espiritual. Quando estamos na sintonia do Amor, ficamos inteiros, integrados em todos os nossos "eus". E nesta condição podemos tudo, não temos limite (Fonte: site do Instituto Bio Segredo).
Cor de vibração do Cardíaco: Verde. 
Partes do corpo regidas: Coração, pulmões, sistema imunológico, peito, tórax, cavidade torácica, parte superior das costas, ombros, sangue, pele, mãos e sistema circulatório geral.
Tratamento energético― Pedir as bênçãos da Mamãe Oxum para o equilíbrio deste chakra e a cura desejada. Rogar a Oxum que nos faça mais amorosos, compassivos e generosos; que nos ajude a perdoar a nós mesmos pelos nossos erros e perdoar aos outros; que nos ajude a desenvolver amor e gratidão pela nossa vida, para obtermos a cura de males espirituais, mentais, emocionais e físicos que estejam nos afetando.
Firmar 1 vela verde (chakra) e à direita dela 1 para Oxum (cor-de-rosa, ou amarelo-ouro, ou dourada). Colocar um copo com água na frente da vela do Orixá, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Também é possível firmar um triângulo: ● 3 velas de Oxum (1 rosa, 1 amarelo-ouro e 1 dourada) e 1 vela verde (chakra) no meio; ●copo com água, para bênção e imantação, no centro do triângulo. Beber a água quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Outros elementos de Oxum que podem ser utilizados: água de cachoeira, água mineral, pembas (branca, rosa, amarela e/ou dourada), ervas, flores, frutas, mel.
Tudo precisa ser feito com uma oração sincera, visando ao equilíbrio do chakra do coração, para o pleno funcionamento dos sistemas imunológico e circulatório, o fortalecimento de todo o organismo e a cura da doença.  Seguir a intuição quanto à cor das velas e aos elementos.
►Observação: A cor do Chakra do Coração é o VERDE- que na Umbanda relacionamos com a cura. Já as cores associadas a Oxum são: o cor-de-rosa (usado para atrair o Amor da Mãe Divina, num aspecto mais espiritual e profundo); o amarelo-ouro e o dourado (para atrair a prosperidade em sentido espiritual e também material). Logo, neste chakra estão as chaves da Cura e da Prosperidade, pelo exercício do Amor.
●Sugestões: Muitos dos problemas humanos estão relacionados a questões emocionais e/ou sentimentais. Seguem algumas sugestões de exercícios que nos ajudam a curar este Sentido da Vida:
►Durante o tratamento, pode-se repetir este pensamento de ANDRÉ LIMA: “Sempre que cometo um erro, eu aprendo o que posso; me perdoo; perdoo a quem me feriu e sigo em frente”. Repetir durante o dia, especialmente ao deitar-se. Os momentos anteriores ao sono são essenciais para a fixação de padrões positivos de pensamentos e a renovação de padrões negativos. (V. O site de ANDRÉ LIMA, Terapeuta em EFT- Técnica de Libertação Emocional-, para obter outras informações importantes.)
►Outra forma é a repetição do Nome “OXUM”, a Divina Regente do Cardíaco. Repetir séries de três em três, em voz alta, como um mantra, na intenção do equilíbrio deste chakra.
►WAGNER BORGES, no site “Somos Todos Um”, ensina um exercício para equilibrar o chakra do coração, intitulado “O Abraço de Jesus“, que transcrevo abaixo:
“Se você gosta de Jesus, então faça um pequeno exercício de visualização e sensibilização dos chacras do coração e das mãos.
De olhos fechados e pensamento elevado, imagine a figura de Jesus à sua frente.

Não se prenda a nenhum convencionalismo sobre a forma d'Ele.

Não importa como você O visualiza; importa mais o que você expressa.

Visualize-o como queira: menino, mestre, amigo espiritual, ou ser de luz, tanto faz...

Ah, vale muito mais o que você sente, em Espírito e Verdade.

A forma é relativa, mas o Amor é a essência vital.

Então, visualize que Ele vem ao seu encontro e lhe abraça, bem apertadinho.

E você se entrega nesse amplexo, de coração a coração. 
E suas mãos se enchem de luz...
E você pensa no bem de sua família e de seus amigos. 
E imagina que o mundo inteiro também está sendo abraçado por Ele.
E você ri junto com Ele, igual criança, seguro (a) e contente, em Espírito e Verdade.
E, no silêncio espiritual, você faz uma prece a favor do bem de todos os seres.
E aí, é só deixar o Amor levar os seus pensamentos ao Eterno...
E deixar que a Luz abençoe sua existência.
OM JESUS OM. Paz e Luz.”

ESPLÊNICO- Sentido da Evolução- Regência: Orixá Universal OBALUAYÊ.
Pai Obaluayê é o Trono Masculino da Evolução. Irradia as Vibrações Divinas que realizam a Evolução dos seres, além de dar amparo e sustentação aos que vivem de forma equilibrada este Sentido da Vida.
Seu Fator Transmutador nos faz passar de um estado para outro, dar um passo à frente, subir um degrau, para prosseguirmos em nossa jornada pela evolução.
Transmutar é modificar para melhor, é também curar uma situação ou uma condição, seja de ordem espiritual, emocional ou física. Por isso, Pai Obaluayê é o Senhor das Passagens, o Curador Divino, sendo simbolizado pelo Cruzeiro com degraus.
Sobre o chakra Esplênico
Localização: Acima do baço (lado esquerdo do corpo), na região do gástrico ou do plexo solar. Posição horizontal, abre-se para frente e para a parte posterior do corpo, como um funil alongado.   
Importância deste chakra: Regula a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais e é transmutador. Permite-nos desenvolver nossa personalidade e reforçar   nossa auto-estima. Considerado o "ponto de origem" do verdadeiro “Eu”,  reflete valores como tenacidade e perseverança pessoal. A energia solar é absorvida por este chakra e nos revitaliza nos níveis físico, mental, emocional e espiritual. Por isso, ele é também chamado de chakra do plexo solar. Funciona ainda como purificador dos desejos do chakra Umbilical e do chakra Básico. Permite ao ser humano o fluir natural da energia criativa que emana tanto dos chakras inferiores como dos superiores. 
Bom funcionamento deste chakra- Leva-nos a desenvolver e atingir objetivos de vida sólidos. Está associado à autoconfiança, auto-expressão, afirmação pessoal, adaptação às mudanças da vida, ambição  pessoal e à necessidade de atuar positivamente na sociedade, porque isso tudo são exemplos do “dar um passo à frente”.
Quando o chakra Esplênico se abre de forma conjugada com os chakras da Coroa e do Frontal, a pessoa sente a Energia Vital atuando em tudo, sente o Divino em si mesma e nos outros. Então, os seus sonhos e objetivos existenciais tendem a concretizar-se e  a sua vida passa a ter mais alegria, êxito,  paz, saúde e felicidade.
Mau funcionamento deste  chakra- Provoca perda de apetite, rancor, raiva, ódio e medo. A pessoa perde o amor próprio, não acredita em mais nada. Em casos mais acentuados, gera uma visão negativa da vida, tendências para a pretensão, o egoísmo, a vontade de controlar a vida alheia, o desejo exagerado da conquista de bens materiais, de poder e domínio, a pessoa não saberá viver com simplicidade. Suas expectativas em relação à vida e aos outros serão exageradas e não poderão ser atendidas; gerando sentimentos de rejeição, frustração, perda da alegria de viver e da paz interior, um desequilíbrio emocional constante e gerador de ira, impulsividade e agressividade. A pessoa verá obstáculos em tudo à sua volta, e sem coragem e tenacidade para resolvê-los ou contorná-los. Para ocultar essas emoções e sentimentos, poderá querer mostrar-se ativa e ocupada, mas terá dificuldade em descansar e relaxar do estresse diário que a consome por dentro. Uma verdadeira “indigestão” emocional...
Glândula relacionada: Baço
Cor de vibração do Esplênico: Amarelo.
Partes do corpo governadas pelo Esplênico: Abdomem, estômago, fígado, parte inferior das costas, sistema digestivo, sistema nervoso central, bílis e bexiga.
Tratamento energético―Pedir as bênçãos de Pai Obaluayê para o equilíbrio do chakra e a cura desejada. Fazer uma oração simples e sincera, pedindo ao Divino Obaluayê que nos ajude a “dar um passo à frente”, a transmutar sentimentos, emoções e pensamentos desequilibrados, levando-nos ao caminho da cura espiritual, mental, emocional e física.
Firmar 1 vela amarela (chakra) e à direita dela 1 vela para Obaluayê (violeta- a cor preferencial para este trabalho, porque é a cor da Transmutação. Na falta, substituir por 1 vela branca). Na frente da vela do Orixá, colocar um copo com água, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Ou fazer um triângulo: ●3 velas para Obaluayê (violeta) e no meio 1 vela do chakra (amarela); ●copo com água, para bênção e imantação, no centro do triângulo. Beber a água quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Podemos utilizar outros elementos de Obaluayê: terra, água mineral, ervas, crisântemos brancos ou de cor lilás, pemba branca, frutas, palha da costa, grãos de café, pó de café, pipoca feita no azeite virgem ou em areia.
UMBILICAL- Sentido da Justiça- Regência: Orixá Universal XANGÔ.
Pai Xangô é o Trono Masculino da Justiça. Irradia as Vibrações da Justiça Divina para toda a Criação, além de amparar e sustentar os seres que vivem de forma equilibrada este Sentido da Vida.
Seu Fator Equilibrador atua em nosso racional, controlando o excesso das emoções e nos ajudando a refletir, pensar e agir de forma equilibrada e justa. Isso nos dá também uma estabilidade, uma estrutura firme. As imagens representativas de Pai Xangô e as pedreiras que o simbolizam nos dão justamente essa idéia de estabilidade, equilíbrio e firmeza.
Sobre o chakra Umbilical
Localização: Dois dedos acima do umbigo. Posição horizontal, ele se projeta para frente e para trás, como um funil alongado.
Importância deste chakra: É um chakra equilibrador. Trabalha a nossa reflexão e nos permite agir de forma racional, equilibrando e harmonizando nossas emoções. Pela sua localização, envolve a área genital e a urinária. Está ligado: no homem, aos testículos; na mulher, aos ovários.  É chamado de “a morada do prazer”. Mas esse prazer não é apenas o prazer sexual, pois engloba o prazer de viver, o prazer de relacionar-se, de realizar uma tarefa etc. É o chakra responsável pela irrigação dos órgãos sexuais e pela vitalização do feto em formação (esta última função é realizada junto com o chakra Básico).
►Observação: É grande a ligação entre os chakras Umbilical e Básico, porque  a energia “kundalini” é direcionada do Básico para dentro do chakra Umbilical. Por esse motivo, os tibetanos consideram o Umbilical e o Básico como um único chakra.
Existe uma importante afluência de energia entre os chakras Esplênico, Umbilical e Básico, todos eles situados na parte inferior do corpo. Estes três centros energéticos criam um grande triângulo de forças relacionado com a matéria, a substância, a construção de formas, a criação, a vitalidade e a persistência da forma.
O triângulo Esplênico/Umbilical/Básico se relaciona com um “triângulo” superior, que é composto pelos chakras Laríngeo, Frontal e Coronário.
E entre esses dois “triângulos” de forças está o chakra do Coração, fazendo a ligação e a harmonização entre o material e o espiritual.
Bom funcionamento deste chakra- Bem equilibrado, ele nos permite agir de forma racional e vivenciar relacionamentos saudáveis e úteis à nossa evolução. O umbilical rege a posição equilibrada do ser perante a Vida. Influi nos relacionamentos, na necessidade humana de procriar e de gerar vida nova (não apenas física), também repercutindo no funcionamento do sistema reprodutivo masculino e feminino.
Mau funcionamento deste chakra- A pessoa fica sem estrutura para se identificar, fecha-se no mundo, vive no passado, sem alegria e insatisfeita. São sinais de disfunção deste chakra: falta de interesse sexual; falta de curiosidade e de criatividade; rejeição ou dificuldade em manter contato físico. Em casos mais sérios, a pessoa pode ter problemas na sua afirmação sexual, excessos de fantasia, ou desvios sexuais. Poderá, por exemplos: rejeitar a própria sexualidade, sentir inibição em exprimir suas necessidades e desejos mais íntimos, preferindo reprimi-los; encarar o ato sexual como vício ou ato pecaminoso; ter dificuldades nas amizades e/ou nas relações amorosas; desenvolver doenças sexuais (impotência, frigidez etc.); ter comportamentos promíscuos. Problemas relativos à expressão da afetividade humana bloqueiam este chakra.
O chakra umbilical fica mais ativo na puberdade e geralmente está em desarmonia, já que nesta fase as energias percorrem o corpo de modo intenso, gerando emoções fortes que afetam desde o nível físico ao espiritual. Muitas vezes, os pais, os educadores e as religiões tentam controlar, limitar ou até reprimir o despertar da sexualidade nas crianças e adolescentes. Contudo, essas Energias fazem parte do ser humano e precisam ser encaradas como algo natural e fundamental à nossa vida e crescimento. A necessidade de aceitar ou de rejeitar este aspecto importante da vida humana é algo que se imprime na mente do individuo desde tenra idade.
Glândulas relacionadas ao Umbilical: Pâncreas
Cor de vibração do Umbilical: Laranja
Partes do corpo regidas pelo Umbilical: Rins, bexiga, intestinos (grosso e delgado), apêndice, vértebras lombares, área pélvica e os líquidos do nosso organismo (sangue, sucos gástricos, esperma e o processo relacionado com o ciclo menstrual feminino).



Tratamento energético― Pedir bênçãos ao Pai Xangô para o equilíbrio deste chakra e a cura desejada. Pedir que Pai Xangô nos ajude a ter equilíbrio, uma forma racional de pensar, emoções equilibradas e um senso de justiça para com a nossa própria vida e para com todos.

Firmar 1 vela laranja (chakra) e à direita dela 1 para Xangô (marrom, ou vermelha). Colocar um copo com água, para bênção e imantação, na frente da vela do Orixá e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Ou fazer um triângulo: ● 3 velas marrons (ou vermelhas) para Xangô e 1 vela laranja (chakra) no meio do triângulo; ●copo com água no meio do triângulo, para bênção e imantação. Beber a água ao término das velas. Repetir por 21 dias.
Outros elementos de Xangô que podemos utilizar: cerveja escura; ervas; pedras; flores; frutas; pembas (marrons e/ou brancas― Neste caso específico, em lugar da pemba vermelha, que também se costuma usar para Xangô, a pemba branca terá efeitos “acalmadores” e equilibradores mais amplos e favoráveis).
BÁSICO - Sentido da Geração- Regência: Orixá Universal YEMANJÁ.
Mãe Yemanjá é o Trono Feminino da Geração. Irradia as Vibrações Divinas da Geração, o tempo todo, além de amparar e sustentar os seres que vivem de forma equilibrada este Sentido da Vida.
O Fator Geracionista de Yemanjá gera o surgimento de todas as formas de vida. Além disso, Ela tem o Fator Criacionista, que desperta a nossa criatividade (novas soluções, novas idéias, novas formas de ver e pensar a vida etc.).
Quando se vai iniciar algo novo, é importante um pedido de bênçãos à Mãe Geradora, para que esse projeto possa “nascer” devidamente abençoado por Ela.
Seu elemento é a Água (símbolo do começo da Vida e também das emoções).
Vale lembrar que a água é o elemento que melhor conduz energias e que melhor as absorve, também.
Sobre o chakra Básico
Localização: Base da coluna vertebral, logo acima dos órgãos reprodutores. Posição vertical, ele se abre para baixo. Forma um eixo magnético com o chakra da Coroa.
Importância deste chakra: Dá sustentação aos demais chakras. Abrange: Alimentação, equilíbrio, saúde e finanças. Ligado às glândulas supra-renais, é o responsável pela absorção da “kundalini” (energia da terra) e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está relacionado diretamente com os membros inferiores e com os instintos físicos. Atua na irrigação dos órgãos sexuais. Por meio dele é que entram as energias que nos conectam com a terra e com o mundo exterior.  Ligação com a terra, com o bem-estar físico, com o instinto de sobrevivência, com a vitalidade, também com a sexualidade. Está diretamente ligado à vontade, pois nos dá motivação e energia para agir, fazer, realizar, para ganhar nosso sustento, para enfrentar obstáculos etc. É ativado por um ato de vontade dirigida e controlada pelo indivíduo: o chakra Básico responde ao aspecto vontade. Da mesma forma que o Princípio “vida” está situado no coração, o Princípio da “vontade” de ser está situado no chakra Básico.
Seu principal aspecto é a inocência, qualidade pela qual experimentamos a alegria pura, infantil, sem as limitações do preconceito e dos condicionamentos, e que nos dá dignidade, equilíbrio e um enorme senso de direção e propósito na vida. É simplicidade, pureza e alegria.
Neste centro energético se unem matéria e Espírito.
É o chakra onde a "serpente de Deus" (Energia Divina) experimenta duas transformações: a) A “serpente da matéria” permanece enrolada sobre si mesma. Quando despertamos a consciência de que somos seres de origem Divina, ela se transforma na “serpente da sabedoria”; b) A serpente da sabedoria sobe ao longo da coluna, até chegar ao topo da cabeça (Coronário), e então se converte no "dragão de luz vivente". Essas etapas são nutridas pela Energia que flui através da coluna vertebral, por intermédio do cordão vertical (eixo magnético) que se forma do chakra Coronário ao Básico.
Esta é uma representação da energia kundalini: uma Energia Divina que vem da terra, que é básica para a nossa existência, e que desperta quando tomamos consciência de que somos espíritos imortais vivendo importantes experiências na carne (“a serpente que estava enrolada sobre si mesma desperta e se transforma na serpente da sabedoria”). Essa tomada de consciência (da nossa origem Divina) desperta a kundalini, que nos traz o prazer de viver, gratidão pela Vida etc., ao subir pela coluna vertebral até ao chakra da Coroa, onde se encontra com as Energias que vêm do Alto, numa “explosão” fantástica de Energia e Luz (“e a serpente da sabedoria se transforma no dragão da luz vivente”).
Essa reflexão nos dá uma idéia da Grandeza da Criação, presente em cada um de nós. Fomos criados por DEUS de forma a ter em nós todos os caminhos de acesso às Energias essenciais para alimentar nosso espírito enquanto encarnado: o chakra Básico sustenta a nossa vida na carne, porém associado ao chakra da Coroa, que capta as Energias do Espírito imortal. Essas duas Energias unidas nos dão “pé no “chão” e o despertar da espiritualidade, o caminho do êxtase. Podemos compreender, finalmente, que tudo está interligado (matéria/espírito), que “o céu pode estar aqui”, pois não existem “separações” na Criação Divina...
Bom funcionamento deste chakra- Dá à pessoa um sentido prático da vida, senso de administração, “pé no chão”. Suas idéias são bem definidas e fecundas, seus projetos são realizáveis. Tem bom discernimento espiritual; consegue usar sua criatividade; tem habilidade e senso de organização.
Mau funcionamento deste chakra- Provoca falta de equilíbrio emocional, falta de ânimo e de força para tomar decisões e agir; desgaste físico; tendência para a “dramatização” (a pessoa não vê saída para suas dificuldades; pensamentos negativos e confusos; excesso de ilusão). Gera perda de vitalidade, podendo ocasionar gripes e/ou viroses constantes, doenças do sangue, reumatismo, artrite, problemas na coluna, alergias, cicatrização lenta, debilidade óssea e fraturas, impotência sexual, frigidez.
Quando o Básico está pouco energizado, a pessoa tende a negar suas necessidades materiais, dá muita ênfase aos aspectos sentimentais e místicos, não tem “o pé no chão”. Tem dificuldade de permanecer num trabalho ou num emprego; seus recursos parecem “sumir”, não rendem o suficiente. No amor, faltará espontaneidade na relação e pode haver um sentimento de posse do ser amado (medo da entrega, medo de perder).
Já quando muito ativado, o Básico tende a gerar um forte apego, excesso de materialismo, excesso de agressividade, irritação e rigidez na forma de a pessoa lidar com as necessidades materiais de sobrevivência. Poderá negar seus sentimentos e emoções, desqualificando-os; às vezes, até  negando a existência de Deus e a realidade não tangível (“morreu, acabou...”; “só existe aquilo que posso pegar e tocar...”; “viver é competir, então preciso ganhar a qualquer preço”... etc.). Um desequilíbrio mais acentuado pode gerar: cobiça; complacência na brutalidade; dificuldade de se apresentar de modo criativo, espontâneo e flexível; dificuldade para a expressão espontânea dos sentimentos e sensações; agir e reagir de forma compulsiva; tensão, pelo desejo de controle da sua posição na vida. A pessoa terá dificuldade no dar e receber (níveis psicológico, emocional e sexual), impedindo-se de ter sentimentos e relações espontâneas.
Os bloqueios nesta região relacionam-se com a capacidade de soltar e transcender, de ir além das preocupações puramente materiais.
O ponto chave é: deixar fluir, deixar que a Vida Maior nos conduza (sem cruzar os braços!), pois a Vida flui naturalmente. É deixar-se conduzir pela Inteligência Divina Amorosa que preside a todos os mecanismos e processos vitais!
Glândulas relacionadas ao chackra Básico: Ovário, Testículos e Próstata.
Cor de vibração do chakra Básico: Vermelho
Partes do corpo regidas: A coluna vertebral, os rins, o aparelho reprodutor e os membros inferiores. As musculaturas que podem ser envolvidas por um bloqueio nessa região são: glúteos, diafragma pélvico, músculos internos da barriga e da região lombar (abdominais, lombares, lombo sacrais e glúteos médios).
Pessoas com estes bloqueios podem apresentar hemorróidas, dores lombares, tensão nas pernas e pés, problemas nos aparelhos urogenitais e dificuldades sexuais.
Tratamento energético― Pedir as bênçãos da Mãe Yemanjá para o equilíbrio deste chakra e a cura pretendida. Em oração, pedir que Yemanjá nos auxilie a descobrir e despertar toda a potência da nossa vontade, da nossa capacidade de agir, de realizar e alcançar nossos objetivos nesta existência. Que nos ajude a encontrar o equilíbrio entre o espírito e a matéria. Que desperte nossa criatividade e nos dê a habilidade de olhar a vida de forma positiva, sabendo buscar e encontrar novos caminhos de solução dos problemas. Que Ela gere em nós a capacidade de entender e aceitar esta encarnação como oportunidade de realizações e progressos. Que Ela nos ensine a viver com “os pés no chão e a cabeça nas estrelas”, como dizem os poetas e os sábios... Com calma, a pessoa precisa fazer uma oração, expondo suas dificuldades e pedindo o auxílio da Mãe Divina Yemanjá.
Firmar 1 vela vermelha (chakra) e à direita dela 1 vela para Yemanjá (azul claro). Colocar na frente da vela do Orixá um copo com água, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Pode-se fazer um triângulo de velas de Yemanjá (azul claro), com 1 vela do chakra (vermelha) no meio. Colocar um copo com água no centro do triângulo, para bênção e imantação, e beber quando as velas queimarem. Repetir por 21 dias.
Outros elementos de Yemanjá que podemos utilizar: um copo com água mineral e 7 punhados de sal; flores brancas; fitas e linhas brancas e azuis; pemba (branca, azul claro); mel; ervas; frutas bem doces e aquosas; cristais (de cor azul clarinho); estrelas do mar, conchinhas, areia do mar.
►Sugestões:
●Se a pessoa estiver muito “empacada”, sem energia e vitalidade, o melhor momento para fazer seu tratamento energético e seus pedidos será na Lua Minguante. Pedir para “minguar” as dificuldades que sente e as doenças que está enfrentando. Poderá repetir quantas vezes quiser, inclusive usando velas de 7 dias, no lugar de velas palito.
Quando houver melhora no quadro, poderá repetir o ritual numa Lua Nova. Pedir para ir “renovando” suas energias. Mas isto NÃO é essencial, é apenas uma sugestão...
●Quando NÃO há sintomas físicos ou emocionais importantes que revelem um desequilíbrio mais sério do chakra Básico, pode-se ativá-lo e equilibrá-lo apenas usando roupas na cor vermelha e/ou objetos na cor vermelha (lenço, meias, pulseira, figa etc.).
●Quanto ao uso de Pedras Vermelhas (a cor do chakra), convém lembrar as recomendações de ANGÉLICA LISANTY: pedras vermelhas NÃO podem ser colocadas muito tempo junto à parte superior do corpo (da cintura para cima), pois aumentam a agressividade e a irritabilidade da pessoa e elevam a pressão arterial. O ideal é carregá-las num ponto do corpo da cintura para baixo.
●Para quem tem pouca energia de agir e/ou muita indecisão, é antiga a recomendação para usar meias vermelhas, pelo menos na hora de dormir. Ou uma fita vermelha, ou um pedaço de tecido vermelho dentro do calçado, durante o dia, em contato direto com os pés. O vermelho dá vitalidade e energia. Estar sempre em contacto com o solo também ajuda nesse equilíbrio: caminhar com os pés descalços, caminhar na areia à beira-mar, pisar na terra― especialmente agora, que a maioria das pessoas vive em arranha-céus...
●Observações finais― Ter o Sentido da Fé em equilíbrio é fundamental para que se alcance qualquer objetivo. Sem Fé, nada pode ser feito. Também o equilíbrio no Sentido do Amor é muito importante, porque ele é o grande harmonizador das nossas energias,  sentimentos e emoções. Recomenda-se que um tratamento energético comece trabalhando esses dois Sentidos (Fé e Amor), que correspondem ao chakra da Coroa e ao Cardíaco. Começar firmando 1 vela branca para o Pai Oxalá e 1 vela para a Mãe Oxum (rosa, ou amarelo-ouro, ou dourada), durante 7 dias, com orações aos dois Orixás, pedindo bênçãos e o equilíbrio desses dois chakras. Em seguida, iniciar o tratamento específico para o chakra pretendido.
Uma alternativa é trabalhar o chakra onde a pessoa tenha uma necessidade mais imediata de equilíbrio e, ao mesmo tempo, firmar 1 vela branca para Oxalá e 1 vela para
Mamãe Oxum (rosa, ou amarelo-ouro, ou dourada), na frente do ritual do chakra que está sendo trabalhado. Fazer isso pelo menos por 7 dias seguidos, com Fé e Amor, que os resultados logo virão. Que assim seja, como sempre foi, e assim será! Paz e Luz a todos!

FONTES CONSULTADAS:
 ●Cursos de Teologia e de Sacerdócio de Umbanda ministrados por ALEXANDRE CUMINO (Modo Presencial, em Santos/SP, 2004-2005, e no Colégio Pena Branca/SP, 2006; Modo Virtual- ICA -Plataforma EAD, turma 11, 2011);
 ●”Elixir de Cristais”, “Os Cristais e os Orixás”, ANGÉLICA LISANTY, Madras Editora, Edições 2006 e 2008, respectivamente;
 ●”As Cores e suas funções, VALCAPELLI, Editora Roka, 2001;
●O site do IPPB, de WAGNER BORGES;
●O site “Somos Todos Um”;
●O site do Terapeuta em EFT ANDRÉ LIMA;
●O site de JOSÉ ALVAREZ MOSIG;
 ●O site do INSTITUTO BIO SEGREDO. (*Ao reproduzir esse texto ou parte dele, pede-se mencionar as fontes aqui indicadas, em respeito aos Direitos Autorais.*)
Instituto Cultural Sete Porteiras do Brasil


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