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O Cavalo na Umbanda

Publicado em 02/06/2019

O Cavalo na Umbanda

Nos primórdios da Umbanda os médiuns de incorporação tanto homens como mulheres eram chamados carinhosamente pelos guias como cavalos. Hoje no entanto, por falta de conhecimento, discernimento ou preconceito mesmo, muitos umbandistas criticam esse nome, acreditam ser uma denominação grotesca, como se nossos caboclos, pretos velhos, boiadeiros e etc, mesmo sendo Guias de luz não sabiam o que falavam, ou seja, estavam errados!!!

Nada contra chamar o médium de incorporação de aparelho, mas gostaria de jogar um pouco de luz para clarear o importante significado do termo cavalo, e se permitirem lembrar que a linguagem de terreiro nos traz a humildade que não era permitida nas mesas dos doutores kardecistas.

Décadas atrás ouvi do caboclo boiadeiro uma singela, mas sábia e profunda definição do porquê eram chamados por eles os Guias de Luz como cavalo.

Vou descrever a resposta desse caboclo com minhas próprias palavras.

Ele me disse:

Meu filho o cavalo é um animal de porte Nobre, diga você que ele, juntamente com o uso do fogo e a descoberta da roda, foi uma das alavancas responsáveis pelo progresso da humanidade.

Usado em tração animal transportando pessoas e cargas, decidindo batalhas, servindo como correio. Até mesmo como alimento em tempos de calamidade e forme ele foi usado.

É um aliado fiel do homem, muitas vezes confundido com o próprio ser humano devido ao seu comportamento!

O filho ou filha de fé, assim como o cavalo, tem que carregar sobre si mesmo a nobreza nas atitudes, ser fiel, humilde, ter força de vontade e acima de tudo vencer os caminhos mais difíceis para cumprir sua missão.

Tendo o filho e a filha de fé tais atributos, os fazem importantíssimos instrumentos na prática da caridade. Na senda do progresso espiritual somente o esforço desinteressado na matéria, e a perseverança necessária na fé, é que nos farão (espíritos desencarnados e encarnados) atingirem a plenitude e a sublimação.

Ao término de tal ensinamento, me senti muito pequeno perante a sua grandiosidade, e ao mesmo tempo da simplicidade do caboclo boiadeiro.

Por isso, sempre que um Guia me chama de cavalo, um sentimento de honra me emociona profundamente!

SARAVÁ

Elvis Ribeiro (Sacerdote Uitaeté)



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