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Um Guia não é Mais Forte do que o Outro

Publicado em 13/08/2019

Um Guia não é mais forte do que o outro


Por que um Guia é mais forte, ou mais poderoso do que o outro?
Por que sinto uma força grande num Guia e em outro não?

Muitas vezes essa confusão se faz até porque na Umbanda se atua com várias linhas de trabalho, e isso por si só faz com que sejam diferentes as vibrações dos Guias. Pois uma linha de trabalho difere da outra em “funções”, magnetismos e vibrações.

A falta desse conhecimento leva muitas vezes o principiante a não só achar que um caboclo é mais forte do que um boiadeiro, que este é mais forte do que um baiano, ou um baiano é mais forte do que um preto velho, e por aí vai.

Essa situação agrava-se quando falamos de Guias dentro da mesma linha de trabalho, pois para o leigo, um caboclo é igual a outro, e não é bem assim.

Dentro das linhas de trabalho, cada Guia “carrega” uma força única (grau) e diferente ao mesmo tempo.

Exemplo: 
Um caboclo de Xangô ira manifestar-se de uma forma diferente de um Caboclo de Oxóssi, ou de Ogum, etc. O que quer dizer que seu magnetismo ou “força” terá uma característica diferente. O que não quer dizer de forma alguma que ele seja mais fraco ou mais forte do que qualquer outro, apenas diferente.

Não existe Guia mais forte ou poderoso do que o outro. Existe sim Guias que atuam, ou trabalham em linhas de ação diferentes, e que dentro dessas linhas possuem qualidades, forças ou melhor, vamos assim dizer: funções diferentes, cada um com sua especialidade.

Por exemplo, um Preto velho na Umbanda é um espírito que evoluiu e atingiu um certo patamar ou grau, o de Preto velho. Ou seja, ele possui o mesmo grau que todos os Pretos Velhos na Umbanda, que é uma linha de trabalho regida por Pai Omulu. São individualidades diferentes atuando dentro de uma uniformidade: Preto velho.

Claro que na nossa compreensão, ou entendimento humano acabamos por atribuir a alguns fatores como fortes, ou mais poderosos, pois nossa compreensão de força, mistérios e poderes ainda é muito pequena.

Assim quando vemos uma irradiação, ou manifestação de Pai Ogum, Orixá da milícia celeste, dos campos de batalha, etc. Ele nos passa uma vibração de um destemido guerreiro, pronto para enfrentar qualquer batalha. Diferente de quando sentimos uma irradiação ou manifestação de Mãe Oxum, Orixá da serenidade, do amor. Sua energia é sentida por nós de maneira diferente, e quando não temos essa compreensão, é bem provável que sejamos capazes de “confundir as coisas” e achar que a energia de Pai Ogum é mais “forte”.

Ela não é mais forte, ela possui características diferentes da de Oxum, apenas nossa questão de julgamento ou percepção credita ter mais força a vibração ordenadora de Pai Ogum que a amorosa de Oxum.

E o mesmo acontece com todas as linhas de trabalho e magnetismo dos Orixás.

Esse problema complica, quando um assistente acostumado a passar por uma entidade, ou por um mesmo médium, sempre tentando resolver algum tipo de problema, e que por algum motivo, ele passa por um outro Guia, ou outro médium que o ajuda da mesma forma do que o outro, só que desta vez o problema se resolve.

– “Olha, passa por este Guia que ele é mais forte do que o outro!” afirmam.

– Como assim?!

O outro Guia veio trabalhando, auxiliando, ajudando na questão já algum tempo, será que se esqueceu disso?

É mesma coisa de eu pedir para um amigo preparar para mim a massa de um bolo, e depois eu só a coloco no forno e dizer que meu bolo é melhor do que o dele. Claro que eu tive meu mérito, afinal fui eu que untei a forma, coloquei no forno, e esperei o momento certo para tirar, mas e ele? Será que não teve mérito nenhum?

Não é assim, ele preparou quase tudo, eu apenas terminei, foi um trabalho em equipe. Como é, aliás, sempre feito na Umbanda. Nenhum Guia trabalha sozinho, os próprios Guias ensinam que ninguém é auto-suficiente e que todos necessitam de todos, pois só assim compreenderemos melhor o processo de inter-ajuda, de irmandade, tão fortemente pregada pela Umbanda e que nos ajudará a crescer, evoluir, melhorar e nos fortificar.

Autoria desconhecida


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