Todos querem trabalhar com oferendas de velas, ervas, alguidares, elementos mágicos....
Poucos querem raspar a tábua, esvaziar os cinzeiros, lavar os alguidares, raspar o respingo de vela..
Todos querem aprender mirongas, banhos, encantamentos, fórmulas, pontos riscados...
Poucos querem respeitar a hierarquia, acatar as normas, saudar e respeitar o chão santo...
Todos querem ver, ouvir, sentir, receber intuição...
Poucos querem ouvir as razões, ver as fraquezas, sentir a sensibilidade, intuir as carências de seu irmão...
Todos querem firmar o congá, cruzar imagem, vestir o branco, cantar pontos, bater palma, riscar a tábua...
Poucos querem ter humildade, serenidade e sinceridade...
Todos querem a roupa mais vistosa, a Guia mais elaborada, o chapéu, o brinco, a capa, a saia, o instrumento mais exótico...
Poucos querem se vestir com a armadura da fé, se vestir com as armas da coragem... e pior ainda, não querem se despir do orgulho, da vaidade e da arrogância...
Todos querem, poucos fazem
Todos querem, poucos recebem.
Todos reclamam, poucos aprendem.
Poucos olham pra dentro de si mesmos ou para o lado...
A UMBANDA quer ser para todos,
mas a UMBANDA, infelizmente, é para poucos
Rosana Cristina
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