setembro 2022 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

08/09/2022

As Sete Linhas de Umbanda


As Sete Linhas de Umbanda é um tema polêmico na religião e foi debatido no Fórum Tulca. Abaixo, assista ao vídeo que mostra as opiniões dos primeiros autores de Umbanda.

Conversa no Fórum Tulca:

"- As Setes Linhas da Umbanda são as linhas vibratórias, dirigidas pelos Orixás correspondentes a direção de cada linha. Em nossa Casa Tuage e em nossa Casa Mãe a Tulca , seguimos com os Sete Orixás Básicos:
Oxalá: presente em todas as vibrações, Orixá Maior (não é orixá básico).
Oxum: Linha do Amor. 
Oxóssi: Linha do Conhecimento. 
Xangô: Linha da Justiça. 
Ogum: Linha da Lei. 
Iemanjá: Linha da Geração. 
Omulu: Linha da Evolução. 
Iansã: Linha das Transformações e/ou do Movimento.
Há uma diversidade grande de autores sobre quais são realmente as Sete Linhas da Umbanda, eu prefiro aceitar as linhas já descritas neste texto, que contêm um pouco das linhas da Umbanda Sagrada e que podem representar de formas mais conscienciosa os Sete Orixás básicos que cultuamos na Tulca e na Tuage. Axé!"
Por Napoleão Maracajá

"-Tem fundamento a sua colocação, Pai Napoleão. Como tem fundamento a colocação de cada um que queira organizar as setes linhas de acordo com o que acredita e pratica em seu terreiro. Fico me perguntando por que "sete"? Se as emanações do Criador são infinitas em nosso benefício, em benefício do nosso planeta. Os Orixás são emanações de Deus que se dividem, somam e se multiplicam em forma de bençãos. Talvez por ser sete um número místico e este número alimenta o imaginário popular. Mas não podemos restringir os orixás a um número, nem a uma classificação, eles são muito mais do que isto. Na nossa casa, na Tulca, consideramos sete orixás básicos, mas somente a nível de coroa, ori de cada um. Porém, a nível de energia e axé são muito mais, que trabalham harmoniosamente entre si."
Por Ednay Melo



As Sete Linhas na visão dos primeiros autores de Umbanda






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06/09/2022

Incorporação na Umbanda

Incorporação na Umbanda

POSSO INCORPORAR QUANDO VISITO UM TERREIRO?

Trago este tema que foi debatido no Fórum Tulca e que é o questionamento de muitas pessoas, principalmente as iniciantes na Umbanda.

Conversa no Fórum Tulca:

Boa tarde grupo! Respondendo à pergunta de Renata se "É aconselhável um médium dar passividade à incorporação ao visitar um centro/terreiro que não é o seu de origem?", gostaria de complementar ao que já foi dito, inclusive concordo com a opinião do Pai Paulo no vídeo, é preciso saber que visitar um Terreiro não é o momento de dar passividade mediúnica, os guias sabem disso e não aprovam esta postura. 

Acrescento que quando isto ocorre é por conta do sistema nervoso do médium que está sobrecarregado de estímulos psíquicos e energéticos comuns em uma gira e o médium não sabe lidar, se precipitando para explodir sua emoção, porém, o médium tem total controle sobre sua incorporação ou postura, só acontece se ele quiser apenas. Daí a importância de seguir as orientações das casas sérias compromissadas com estudo e esclarecimento sensato. 

Outro motivo para que isto ocorra é o médium está sob influência obsessiva, o espírito quer se divertir ou quer atrapalhar os trabalhos e o estimula a tal ato, mas mesmo assim ele tem e deve ter o controle, não permitindo este comando mental do obsessor. 

Muito bem lembrado na explicação do Pai Paulo que, dar passividade em uma assistência tira a concentração dos médiuns em trabalho na corrente. Então, acredito que dar passividade numa assistência de Terreiro, além de falta de bom senso, falta de estudo é também falta de respeito. Diferente quando a pessoa tem a permissão da casa, ou é convidado para participar mediunicamente.

Por Ednay Melo






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04/09/2022

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

Consequências para o Médium que Menospreza o seu Terreiro

DETERIORAÇÃO DA MEDIUNIDADE:

A mãe. Sempre a nossa mãe. Ponto de partida no desenvolvimento da educação, e da futura personalidade desenvolvida pelo filho, a personalidade materna é aquela que desde cedo nos fala de limites, nos mostra o certo e o errado, nos adverte das consequências dos procedimentos inadequados a esta ou aquela postura. Em outras palavras são as mães que nos falam da importância da solidez familiar, de como é bom ter um lar e um grupo que nos incentiva, interage, fiscaliza a vida até a virtual, e as vezes ate “pega no pé”, e ainda, fala das escolhas e das más companhias; mas tudo pelo nosso bem. Falamos de figura da mãe, mas poderíamos elencar a personalidade e a participação igualmente importante do Pai, dos avós, quem sabe padrinhos, tios, ou enfim, alguém que nos ame verdadeiramente e queira igualmente o nosso bem.

Crescemos, ou nem tanto, e nos identificamos com caminhos que a vida nos oferece dia a dia: escolaridade, amizades, formação profissional, relacionamento amoroso e religião. São aspectos fundamentais na vida de todas as pessoas, e que terão maior ou menos êxito quando o lastro familiar e educativo na infância tiver sido sólido e bem lastreado.

Digo tudo isso como preâmbulo para falar da vivência religiosa na atualidade, em se tratando da singeleza do desenvolvimento e do trato da mediunidade. Sensibilidade esta que todas as pessoas trazem ao nascer para a vida física em algum grau, sendo que algumas por serem médiuns “ostensivos” deverão obedecer a procedimentos todos especiais em torno desta peculiaridade.

Na atualidade muitos destes médiuns em potencial chegam aos centros de Umbanda, ou terreiros de religiões afro brasileiras das diversas denominações, procurando socorro para os dramas de que são vitimas.

De certo que existem os templos mal estruturados nas questões de toda ordem, visto que os bons e os maus estão em toda parte, porém, existe uma grande maioria de casas afro umbandistas respeitáveis e criveis, dirigidas por pessoas idôneas de caráter austero e de moral inquestionável, com profundo conhecimento dos mistérios e das práticas que realizam a cerca do que é imaterial, porém, sagrado.

Uma pessoa para se iniciar num culto e desenvolvimento da mediunidade, seja em que linhagem ritual for, precisa primeiramente se INICIAR, e a semântica da palavra INICIAR neste momento conta por demais. Este iniciado precisa ser bem orientado e ter a informação acertada e correta de que precisa naquele ato ritual RENASCER, ou seja, recomeçar a vida material, a partir daí, em paralelo com a espiritualidade que estará em si 24 horas por dia, 365 dias por ano e NÃO SOMENTE nos dias de sessão na Umbanda ou nos dias de “obrigação de santo".

Um Cacique de Terreiro, um Pai ou Mãe de santo africanista precisa estar e se sentir preparado, para que da mesma forma como a mãe genética, pai ou avós ensinaram a trilhar de forma ordeira e disciplinada pelos passos da vida, estes sacerdotes também sejam arrimo de educação e orientação. Da mesma forma que uma Mãe, ou um familiar que ama, não deseja ver seus afetos nas vicissitudes e desvios sócio morais, por saberem que isso trará sofrimento e dor, também um sacerdote não deseja ver seus iniciados envoltos com os dramas da obsessão e até do desequilíbrio mental que a má educação e conduta mediúnica pode levar o indivíduo.

Em todos os atos da vida encontramos uma estrada de mão dupla, uma que leva e a outra que trás. Assim é a iniciação nas religiões que tratam da mediunidade. De um lado o orientador equilibrado, seguro e firme nas informações e ordenações de condutas, , que ele por ser “mais velho” no culto e portanto possuir maiores experiências e vivencias, transmite ao iniciando. Na outra via é preciso que esteja o iniciado receptivo, confiante e aberto ao conhecimento, mas, sobretudo puro e humilde, responsável e disciplinado.

Neste momento o iniciado precisa estar puro como uma criança que se submete as atenções e cuidados de uma mãe ou familiar que zeloso o ama. Falo aqui das casas sérias, idôneas e respeitáveis, que graças aos Orixás ainda são a maioria. Da mesma forma que os pais genéticos orientam sobre as questões das más companhias, também os sacerdotes devem alertar seus médiuns de corrente e filhos de santo sobre as más companhias. Nos dias de hoje temos varias más companhias pessoais e virtuais que podem nos desviar do caminho do bem, e isso precisa ficar claro para um iniciado na religião.

Fiz todas estas citações para falar de outro assunto gravíssimo que assola o momento histórico que estamos vivendo, em termos de religião afro brasileira, de mediunidade e de conduta religiosa-moral. Desde que os mistérios e segredos dos fundamentos do afro brasileirismo, mantidos secularmente em sigilo por nossos antepassados e ancestrais, vazaram pela vaidade, orgulho e pelo descomprometimento de alguns vis religiosos para dentro da internet, e diuturnamente são expostos em nome da “modernidade” nas redes sociais. Ocorre hoje uma situação inédita na história das religiões afro brasileiras: DESMANDO.

As religiões afro brasileiras se apoiam em alguns pilares básicos: Origem e iniciação, fundamentos secretos, tradição de raiz imutável, hierarquia, respeito ao sagrado e amor a causa religiosa como um todo. Se analisarmos estes itens não será difícil observar que alguma coisa incorreta está acontecendo nos bastidores do afro brasileirismo que se observa nos dias de hoje.

Mas de todas as questões que o desmando, fruto da vaidade humana e da ganância que financia o ego pode gerar, esta está a deterioração da mediunidade que leva ao fascínio e a subjugação da obsessão, logo o apodrecimento da capacidade de ser um religioso e médium equilibrado.

Outro dia ouvi uma frase situando a chamada “fábrica de pais de santo” da atualidade como: “VITIMAS FABRICANDO VITIMAS”, ao que concordo plenamente. Seguidamente tenho atendido pessoas que buscam aconselhamento e apoio em nossa casa de santo, e que em muitos casos insinuam o desejo de se tornarem filhos de santo de nosso axé. Oriento e amparo, apoio moralmente, mas infelizmente não podemos assumir compromisso com pessoas que se deixaram deteriorar mediúnica e religiosamente pela má conduta.

Pessoas que não deram valor e ouvidos a sua primeira feitura, no renascimento, na INICIAÇÃO. E como se estivessem negando conselho de mãe deram ouvidos as más companhias, se deixaram levar sem reagir, ao grupo do glamour, da luxuria, do fanatismo e da aparente ascensão social em nome da religião e como consequência DESABARAM, caíram. Sofrem as consequências da má atitude que repulsa o espiritual positivo.

A vida é implacável, e quando nossos educadores não são ouvidos as consequências morais não tardam a chegar e a chicotear impiedosamente aquele que incorreu em equivoco. É triste observar pessoas que APARENTEMENTE possuem amor ao sagrado, dedicação as atividades religiosas, mas que estão de tal forma viciadas em maus hábitos, possuidoras de cacoetes e tiques de conduta desacertada ao ponto de se tornaram “batatas podres”(aquelas que estragam o balaio todo). Ou seja, é dramático e triste, mas não podem serem aceitas num grupo sério e bem orquestrado sob pena de incorrerem em condutas de mau exemplo e se tornarem más companhias indutoras de alguém desavisado.

Como diz o dito popular:”o demônio quando quer arrecadar almas para o inferno se finge de anjo bonito e galante”. Cada dia mais precisamos estar preparados para discernir da impostura a verdade, não no fascinarmos pelos já fascinados e estarmos atentos aqueles que chegam em nossas casa de santo já tendo batido em outras tantas portas, não pelo fato do bater, mas pelo perigo da porta ter se aberto, e ao se fechar ter deixado um pouco da alma pura e bem educada na primeira iniciação do lado de fora. Isto tudo é triste e preocupante.

Mozart de Iemanjá





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