E assim... Finalizamos mais um ano de trabalhos de caridade na Tulca. Homenageamos os Orixás do mês de dezembro: Mãe Iansã, Mãe Iemanjá e Pai Oxalá. Homenageamos também os Marinheiros, e ainda tivemos o axé do Povo do Oriente e dos Pretos Velhos. Tivemos a honra de realizar mais um batismo na Umbanda, parabéns aos batizandos e muito obrigada pela escolha da nossa casa para realizar esse lindo sacramento. Gratidão a todos os presentes! Feliz Natal e abençoado Ano Novo!
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03/12/2023
04/10/2023
Os Médiuns de Umbanda
Os médiuns na Umbanda desempenham um papel fundamental para o funcionamento do terreiro e dos trabalhos caritativos. Eles têm a capacidade de se conectar com os espíritos e atuar como intermediários entre o mundo espiritual e o mundo terreno. Através da mediunidade, as entidades espirituais se manifestam e transmitem orientações, conselhos, curas e direcionamentos espirituais. O médium que assume o compromisso com a religião, com o terreiro e com os seus próprios guias, tem todo o amparo da espiritualidade e oportunidade de crescimento e evolução espiritual.
No entanto, os médiuns também podem causar desafios e problemas nos terreiros e na religião. Alguns possíveis problemas relacionados à mediunidade incluem:
1. Descompromisso: Médiuns que não são comprometidos com os princípios éticos e morais da Umbanda, negligenciando suas responsabilidades, faltando aos compromissos e não se dedicando aos estudos e ao aprimoramento de suas habilidades mediúnicas.
2. Ego inflado: Médiuns que, devido à sua capacidade mediúnica, podem se envaidecer e se tornar autoritários, buscando se destacar e ter poder dentro do terreiro.
3. Manipulação e charlatanismo: Infelizmente, há casos em que médiuns se aproveitam da vulnerabilidade das pessoas em busca de auxílio e realizam práticas fraudulentas visando benefício pessoal.
4. Desarmonia e rivalidade: Conflitos e rivalidades entre médiuns podem ocorrer, causando desunião e enfraquecendo o trabalho espiritual do terreiro.
Para minimizar esses problemas, é importante a atuação dos dirigentes e responsáveis pelos terreiros, que devem zelar pelos aspectos éticos, promover a união e harmonia entre os médiuns, além de fiscalizar e orientar suas condutas.
No geral, a mediunidade e os médiuns são elementos essenciais para a prática e o desenvolvimento da Umbanda. Quando exercida com ética, compromisso e serviço ao próximo, a mediunidade pode contribuir significativamente para o fortalecimento e a evolução do terreiro e do próprio médium.
O médium evolui na Umbanda por meio de um processo contínuo de desenvolvimento espiritual, ético e moral. Esse processo ocorre por meio de práticas ritualísticas, estudo, autoconhecimento e dedicação ao trabalho espiritual. Algumas etapas importantes para a evolução do médium na Umbanda incluem:
1. Estudo: O médium deve buscar constantemente o estudo da Umbanda, de suas práticas, rituais, fundamentos, doutrina e conceitos. Isso permite uma compreensão mais profunda da religião e uma melhor atuação como intermediário entre os espíritos e as pessoas, bem como uma maior compreensão do funcionamento do próprio Terreiro e de como melhor se adaptar e vivenciar a religião.
2. Autoconhecimento: É importante que o médium se conheça a si mesmo, seus limites, virtudes e desafios. O autoconhecimento ajuda a lidar com questões pessoais que possam interferir no trabalho mediúnico, além de auxiliar na evolução espiritual individual.
3. Práticas de terreiro: participar ativamente dos ritos e atividades do terreiro, com responsabilidade, disciplina, humildade, dedicação, perseverança e respeito às regras e à hierarquia.
4. Educação moral e ética: A evolução do médium na Umbanda está intimamente ligada ao seu desenvolvimento moral e ético. É necessário manter uma conduta íntegra, respeitando os princípios da religião e buscando sempre praticar o bem, com honestidade, humildade e amor ao próximo.
5. Serviço ao próximo: A Umbanda é uma religião que tem como uma de suas bases o serviço ao próximo. O médium evolui ao praticar a caridade, auxiliando quem busca ajuda espiritual, compartilhando conhecimentos e promovendo o bem-estar ao próximo.
É importante ressaltar que a evolução do médium não se dá apenas no âmbito espiritual, mas também no seu crescimento humano e emocional. Por isso, é essencial o equilíbrio entre a prática mediúnica e o desenvolvimento pessoal, buscando sempre a evolução integral do indivíduo.
Então, a mediunidade na Umbanda é uma ferramenta de auxílio para a melhoria do médium como espírito em evolução, mas ele também tem que fazer a sua parte, cuidando da sua saúde física, mental e emocional, nutrindo energias positivas através dos bons pensamentos e boas ações.
Por Mãe Ednay - Dirigente da Tulca
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Artigos Ednay Melo
12/09/2023
A Umbanda Através dos Tempos
A Umbanda passou por várias transformações ao longo das décadas de 1900 a 2000. No início do século XX, a Umbanda ainda não era formalizada e estava em processo de consolidação como uma religião independente. Nessa época, influências do espiritismo e de religiões afro-brasileiras como o candomblé eram evidentes.
Historicamente, muitas pessoas que praticavam a Umbanda, assim como outras religiões de matriz africana, costumavam se esconder ou praticar suas crenças de forma discreta devido à perseguição e ao preconceito enfrentados em alguns momentos da história.
Durante períodos de discriminação e intolerância religiosa, as comunidades de Umbanda frequentemente mantinham suas práticas em segredo para evitar perseguições e represálias. Felizmente, ao longo dos anos, houve avanços na proteção da liberdade religiosa e no combate ao preconceito, o que permitiu que muitas pessoas praticassem a Umbanda de forma mais aberta e sem medo.
A perseguição às religiões de matriz africana, estava enraizada em uma série de fatores históricos e culturais. Aqui estão algumas das razões principais:
1. Escravidão: Durante o período da escravidão, muitos africanos foram trazidos para as Américas, incluindo o Brasil, onde essas religiões foram preservadas e adaptadas. Os colonizadores europeus muitas vezes viam essas práticas religiosas como uma ameaça à conversão ao cristianismo e, portanto, tentaram suprimi-las.
2. Racismo e preconceito: A perseguição também estava enraizada em preconceitos raciais, pois as religiões de matriz africana eram predominantemente praticadas por pessoas negras. Isso levou a estereótipos negativos e à discriminação.
3. Sincretismo religioso: Para sobreviver à perseguição, as religiões de matriz africana muitas vezes incorporaram elementos do cristianismo, um fenômeno conhecido como sincretismo religioso. Isso permitiu que continuassem a existir, mas também as tornou menos visíveis.
4. Medo do desconhecido: A falta de compreensão e conhecimento sobre essas religiões contribuiu para a perseguição. Muitos colonizadores e autoridades locais viam as práticas e rituais como supersticiosos e "selvagens".
É importante observar que, ao longo do tempo, houve um aumento no reconhecimento e respeito pelas religiões de matriz africana, e muitos esforços foram feitos para preservar e proteger sua prática como parte importante da herança cultural.
Ações que foram tomadas para combater a perseguição religiosa:
1. Leis Antidiscriminação: O Brasil promulgou leis que proíbem a discriminação religiosa, tornando ilegal perseguir ou discriminar pessoas com base em sua fé.
2. Reconhecimento Legal: O reconhecimento oficial do Candomblé e da Umbanda como religiões legítimas contribuiu para sua proteção.
3. Educação e Conscientização: Foram realizados esforços para educar a sociedade sobre as religiões de matriz africana, combatendo estereótipos e preconceitos.
4. Apoio de Organizações: Diversas organizações, como o Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB), têm trabalhado para proteger e promover essas religiões.
5. Políticas Públicas: Políticas públicas têm sido implementadas para garantir a preservação das tradições religiosas afro-brasileiras e a proteção de seus praticantes.
Embora essas medidas tenham contribuído para reduzir a perseguição às religiões de matriz africana, ainda existem desafios, e a conscientização contínua é fundamental para promover a tolerância religiosa e combater a discriminação.
Na literatura umbandista há referência a Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas como fundadores da Umbanda, em 1908. Porém, outros pesquisadores atribuem a eles a anunciação da Umbanda em forma de culto sistematicamente estabelecido, o que é diferente do termo fundação.
Entre as décadas de 1920 e 1940, ocorreram o reconhecimento legal e a institucionalização da Umbanda no Brasil. Nesse período, a influência do candomblé era cada vez menor, e a Umbanda passou a buscar sua própria identidade. Havia uma miscigenação de elementos do espiritismo, do catolicismo e de religiões africanas.
A partir da década de 1950, a Umbanda começou a se organizar em diferentes linhas ou vertentes, como Umbanda branca, Umbanda esotérica, Umbanda popular, entre outras. Cada vertente possuía suas particularidades, como rituais, entidades espirituais reverenciadas e crenças específicas.
Na década de 1970, a Umbanda passou por um período de reavaliação e questionamento de suas prática, na busca de uma reformulação dos rituais e uma aproximação maior com a sociedade.
Já nas décadas de 1980, 1990 e 2000, a Umbanda passou a ser mais aceita e respeitada pela sociedade brasileira, embora ainda enfrentasse preconceito e discriminação em alguns casos. O crescimento do acesso à informação e à religião proporcionou um maior entendimento sobre a Umbanda.
Em resumo, ao longo das décadas de 1900 a 2000, a Umbanda evoluiu como uma religião independente, com uma diversidade de práticas e crenças. A influência do espiritismo, do catolicismo e das religiões afro-brasileiras foi importante para a formação e consolidação da Umbanda, que continua se adaptando e se transformando até os dias atuais.
Os rituais na Umbanda de antigamente variavam de acordo com a região e com as diferentes vertentes dentro da religião. No entanto, alguns elementos eram comuns na maioria das práticas umbandistas da época, como o uso de velas, defumadores, banhos de ervas, roupa branca, ato de tomar benção, de bater cabeça, uso de guias (colares), cânticos em português, etc.
Geralmente, os rituais eram realizados nos espaços dos terreiros. Eles envolviam uma estrutura, como um altar, onde eram colocadas imagens de entidades espirituais, santos católicos, velas, flores e outros objetos simbólicos.
A principal atividade nos rituais era através da mediunidade de incorporação de caboclos, pretos velhos, crianças, exus, entre outros, que eram cultuados e considerados Guias de Umbanda, intermediários entre o plano terrestre e o mundo espiritual. Eles realizavam aconselhamentos, curas, transmitiam mensagens através dos médiuns.
Os rituais eram acompanhados por pontos cantados com palmas, rezas, em alguns terreiros se utilizava atabaques. Além disso, as oferendas eram em forma de alimentos e bebidas como água, café, cachaça, frutas, pipoca, flores, entre outros, como forma de agradecimento, de conseguir uma graça e de estabelecer uma relação de troca e respeito.
A umbanda é, pois, uma religião que se estruturou com o tempo como forma de culto e mantém a diversidade até os dias atuais.
Não há um registro específico que possa ser considerado o "primeiro" registro de uma reunião de Umbanda, pois a religião se originou a partir da sincretização de diversas tradições espirituais africanas, indígenas e espíritas.
Acredita-se que a Umbanda era praticada desde os primórdios da humanidade, de diversas formas os guias de luz intercediam pelas pessoas, com muita frequência na residência delas, através de reuniões familiares.
Desta forma, impossível ter um registro da primeira reunião de Umbanda. O registro do advento do Caboclo das Sete Encruzilhadas em nada prova que foi a primeira reunião de Umbanda, apesar dos esforços de uma minoria para fazer acreditar.
Então, não se sabe quando e como a religião de Umbanda foi fundada. Sabe-se que em 1908 ela foi anunciada como uma forma de culto, previamente estabelecido e seguido por algumas tendas, que também surgiram naquela época.
O que importa saber é que ao longo do tempo, a Umbanda se transformou numa religião estruturada e com muito fundamento, só que vai depender do amparo e orientações espirituais de cada Templo, isto é, quem faz a Umbanda são os espíritos compromissados com aquele terreiro e com aquela comunidade religiosa.
A doutrina e rituais de cada casa são repassados pelos guias espirituais aos dirigentes que têm outorga espiritual para ser sacerdote e para estar a frente daquela casa.
Acontece que muitos não têm permissão nem amparo espiritual e abrem casa apenas pelo desejo pessoal ou pela falsa ideia do animismo, ou pior, para fazer da religião meio de vida.
Outros acreditam que a aquisição do título de sacerdote por herança familiar ou por indicação de outro sacerdote são suficientes, sem considerar a permissão espiritual.
Talvez esse o motivo de tantos desalinhos, desencontros e confusões em torno do nome da Umbanda.
Por Mãe Ednay - Dirigente da Tulca
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11/09/2023
Ibejis e Mestres Juremeiros 2023
Nossa homenagem aos Ibejis e Mestres, gira pública em 09/09/23. Saravá Ibejis e Sonbonirê Reis Malunguinho!
Leia a mensagem do Mestre Malunguinho, proferida nesta gira do dia 09/09/23, canalizada por Mãe Ednay:
AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA
Tem um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga."Não duvide: Todas as suas ações retornam para você, se não for nessa vida é em outra, isso tanto para o bem quanto para o mal. Essa é a principal causa dos sofrimentos.
Tem gente que não se conforma: "Nunca fiz nada de mal, no entanto sofro tanto..."
O mal que você cometeu pode não ser desta vida, são infinitas vidas que se tem, em cada uma delas vocês aprontam, mas também trabalham bonito, então vai depender das suas ações o sofrer ou as recompensas que se adquirem nesta vida.
Quando encarnada a pessoa não lembra do que fez em outras vidas, se lembrasse talvez não aguentasse viver, por isto é providência divina o véu do esquecimento.
Vou contar uma história de uma senhora que vivia no umbral, que é lugar de muito sofrimento no plano espiritual, uns chamam umbral, outros chamam de outros nomes.
Ela sofreu tanto que já estava perdendo as feições humanas, a aparência dela já estava "desumana", ou seja, não parecia um ser humano, nem eu tenho a permissão de dizer como era essa aparência.
Sofria muito essa senhora. Mas tinha uma pessoa na Terra que rezava muito para ela, e de tanto rezar as preces foram atendidas e a senhora foi resgatada do umbral. Eu fui um dos que ajudou nessa missão.
Foi levada para um hospital espiritual e lá ficou por muito tempo para ser tratada. Quando recuperada, foi dada a ela a dádiva da reencarnação, essa permissão para reencarnar foi uma chance para resgatar os seus débitos.
A sua vida no corpo físico também foi de muito sofrimento, e piorava porque ela reclamava muito, era inconformada. Ela sofria com dores nos ossos e músculos que a incapacitava para trabalhar e, por isto, passava por privações financeiras.
Ela tinha uma amiga que era sua vizinha, que se compadecia com o seu sofrimento. Então, pensando em como ajudar a pobre mulher, a convidou para ir a sua Igreja: "Aprenda a rezar que vai lhe ajudar!" Ela só sabia reclamar e nunca rezar, porque reclamar é mais fácil.
Ela conseguiu rezar e se sentiu tão bem que retornou todos os dias para a Igreja, e assim foi rezando e se sentindo melhor... É assim mesmo, Deus e a espiritualidade às vezes atendem as preces com rapidez, para que aquela pessoa creia e se fortifique na fé.
Séculos após o seu desencarne, ela pode entender o que se passou com ela: Em uma de suas vidas ela foi parteira, e praticava aborto para as senhoras ricas da sociedade, ela vendia esse serviço. Esse o motivo do seu sofrimento no umbral e também na Terra.
Porém, ela foi salva pela amiga vizinha. Sabem quem era essa amiga? Que por sinal era a mesma pessoa que em outra vida rezava por ela, enquanto estava no umbral?
- Essa pessoa era uma das crianças que ela não tinha deixado nascer.
Esse ser de luz a perdoou e pediu por ela. Por isto cresceu ainda mais em luz! E ajudou a sofrida mulher a encontrar a sua própria luz!
Moral da história: Não lamentem nunca os sofrimentos, porque eles têm uma razão de ser. Agradeçam e peçam para que sempre sejam dadas oportunidades para que se livrem deles e cresçam em luz, como a história que o Mestre contou!
Mestre Malunguinho - Canalizada por Mãe Ednay - Gira Pública na Tulca em 09/09/23
O mal que você cometeu pode não ser desta vida, são infinitas vidas que se tem, em cada uma delas vocês aprontam, mas também trabalham bonito, então vai depender das suas ações o sofrer ou as recompensas que se adquirem nesta vida.
Quando encarnada a pessoa não lembra do que fez em outras vidas, se lembrasse talvez não aguentasse viver, por isto é providência divina o véu do esquecimento.
Vou contar uma história de uma senhora que vivia no umbral, que é lugar de muito sofrimento no plano espiritual, uns chamam umbral, outros chamam de outros nomes.
Ela sofreu tanto que já estava perdendo as feições humanas, a aparência dela já estava "desumana", ou seja, não parecia um ser humano, nem eu tenho a permissão de dizer como era essa aparência.
Sofria muito essa senhora. Mas tinha uma pessoa na Terra que rezava muito para ela, e de tanto rezar as preces foram atendidas e a senhora foi resgatada do umbral. Eu fui um dos que ajudou nessa missão.
Foi levada para um hospital espiritual e lá ficou por muito tempo para ser tratada. Quando recuperada, foi dada a ela a dádiva da reencarnação, essa permissão para reencarnar foi uma chance para resgatar os seus débitos.
A sua vida no corpo físico também foi de muito sofrimento, e piorava porque ela reclamava muito, era inconformada. Ela sofria com dores nos ossos e músculos que a incapacitava para trabalhar e, por isto, passava por privações financeiras.
Ela tinha uma amiga que era sua vizinha, que se compadecia com o seu sofrimento. Então, pensando em como ajudar a pobre mulher, a convidou para ir a sua Igreja: "Aprenda a rezar que vai lhe ajudar!" Ela só sabia reclamar e nunca rezar, porque reclamar é mais fácil.
Ela conseguiu rezar e se sentiu tão bem que retornou todos os dias para a Igreja, e assim foi rezando e se sentindo melhor... É assim mesmo, Deus e a espiritualidade às vezes atendem as preces com rapidez, para que aquela pessoa creia e se fortifique na fé.
Séculos após o seu desencarne, ela pode entender o que se passou com ela: Em uma de suas vidas ela foi parteira, e praticava aborto para as senhoras ricas da sociedade, ela vendia esse serviço. Esse o motivo do seu sofrimento no umbral e também na Terra.
Porém, ela foi salva pela amiga vizinha. Sabem quem era essa amiga? Que por sinal era a mesma pessoa que em outra vida rezava por ela, enquanto estava no umbral?
- Essa pessoa era uma das crianças que ela não tinha deixado nascer.
Esse ser de luz a perdoou e pediu por ela. Por isto cresceu ainda mais em luz! E ajudou a sofrida mulher a encontrar a sua própria luz!
Moral da história: Não lamentem nunca os sofrimentos, porque eles têm uma razão de ser. Agradeçam e peçam para que sempre sejam dadas oportunidades para que se livrem deles e cresçam em luz, como a história que o Mestre contou!
Mestre Malunguinho - Canalizada por Mãe Ednay - Gira Pública na Tulca em 09/09/23
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27/08/2023
Influências para a Constituição da Umbanda
INFLUÊNCIA AFRICANA
A influência africana na Umbanda é fundamental, uma vez que a religião tem suas raízes nas tradições religiosas africanas trazidas pelos escravos que foram trazidos para o Brasil durante o período colonial.
A Umbanda incorpora elementos das religiões africanas, como o Candomblé, por exemplo.
A influência do candomblé na Umbanda é bastante significativa. A Umbanda é considerada uma religião sincrética, ou seja, ela incorpora elementos de várias tradições religiosas, sendo o candomblé uma delas.
Essas influências africanas são percebidas principalmente nas práticas rituais, no culto aos orixás e nos ritmos musicais e danças presentes nos terreiros de Umbanda.
Os orixás, divindades da religião africana, são cultuados na Umbanda como energias da natureza que estão ligadas a qualidades específicas. Eles são reverenciados nas giras de terreiro através dos pontos cantados e preces, as incorporações dos seus falangeiros, espíritos que representam os Orixás, são marcadas pela distribuição do axé da natureza, para o reequilíbrio energético dos encarnados.
Os orixás, divindades da religião africana, são cultuados na Umbanda como energias da natureza que estão ligadas a qualidades específicas. Eles são reverenciados nas giras de terreiro através dos pontos cantados e preces, as incorporações dos seus falangeiros, espíritos que representam os Orixás, são marcadas pela distribuição do axé da natureza, para o reequilíbrio energético dos encarnados.
Existem diferenças significativas nestas duas religiões, por exemplo, os Pretos Velhos, que são espíritos com roupagens ancestrais africanos muito reverenciados na Umbanda, podem ser relacionados aos voduns e aos antepassados cultuados no candomblé.
A música são os pontos cantados de cada linha ou falange espiritual da Umbanda, pode ser acompanhada ou não pelo som de atabaques, mas predomina o uso de palmas, que intensifica o alcance a nível astral. No candomblé, as músicas são na maioria em língua iorubá, na Umbanda em português.
A Umbanda é uma religião que abraça e valoriza as suas origens africanas.
No entanto, é importante destacar que a Umbanda não é simplesmente uma continuação do candomblé. Embora haja essa influência e semelhanças, a Umbanda é uma religião independente, com sua própria doutrina e filosofia. A Umbanda possui um caráter inclusivo, aberto a pessoas de diferentes origens étnicas e religiosas, o que a diferencia do candomblé, que é uma religião específica das tradições africanas.
INFLUÊNCIA INDÍGENA
A influência indígena na Umbanda varia de acordo com a região geográfica e o contexto histórico em que se desenvolve a prática religiosa. A Umbanda é uma religião afro-brasileira que mescla elementos das culturas africanas, indígenas e europeias.
Na Umbanda, a influência indígena é percebida principalmente em relação aos elementos da natureza, na relação com os espíritos da natureza e na incorporação de entidades espirituais que representam os indígenas, que são os Guias Caboclos, guias espirituais que oferecem orientação e cura. Eles têm uma conexão profunda com a natureza e são conhecidos por transmitir sabedoria, proteção e força.
Além disso, algumas práticas rituais na Umbanda envolvem o uso de plantas medicinais e rituais de purificação, como a utilização de banhos de ervas e defumadores, que também têm influência indígena. A relação com a natureza é fundamental na Umbanda, assim como na cosmovisão indígena, e isso se reflete nas crenças e práticas religiosas.
Em resumo, a influência indígena na Umbanda é significativa e se manifesta através da incorporação de entidades espirituais indígenas ou que os representam, do uso de elementos da natureza, da valorização da sabedoria ancestral indígena e das práticas de cura baseadas nas plantas medicinais.
INFLUÊNCIA EUROPEIA
A influência europeia na Umbanda é menos proeminente em comparação à influência africana e indígena. No entanto, é possível identificar algumas contribuições europeias na religião.
Durante o processo de colonização do Brasil, os europeus trouxeram consigo suas próprias crenças e práticas religiosas, como o catolicismo. Na Umbanda, pode-se observar elementos sincréticos do catolicismo, como a utilização de imagens de santos. Muitos terreiros de Umbanda possuem um altar com imagens de santos católicos, que são cultuados como Orixás e Guias.
Além disso, alguns aspectos das práticas rituais na Umbanda, como o uso de velas e incensos, podem ter influência das tradições europeias. O uso da água também é comum nos rituais, sendo uma prática tipicamente católica incorporada à Umbanda.
É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião sincrética, que integra diferentes influências e tradições religiosas. Portanto, a influência europeia na Umbanda é mais sutil e variada, se mesclando com outras influências, como a africana e indígena, formando uma religião única e rica em diversidade cultural.
INFLUÊNCIA DA DOUTRINA ESPÍRITA
A influência da doutrina espírita na Umbanda é significativa e está presente na sua estrutura e filosofia. A Umbanda é considerada uma religião espiritualista, que acredita na comunicação com os espíritos e na continuidade da vida após a morte, conceitos que são centrais na doutrina espírita.
Allan Kardec, o fundador do espiritismo, é frequentemente citado e respeitado na Umbanda. Muitos umbandistas veem a Umbanda como uma manifestação religiosa que mantém conexões com o espiritismo, especialmente em relação à prática da mediunidade.
Na Umbanda, a mediunidade é considerada um dom divino, instrumento de evolução espiritual. Os médiuns atuam como intermediários entre o mundo espiritual e o mundo terreno, recebendo mensagens, orientações e ajudando na cura espiritual. Essa prática mediúnica é ensinada na doutrina espírita, que enfatiza a mediunidade como condição de comunicação com os espíritos desencarnados.
A maior influência do espiritismo se refere ao entendimento da reforma íntima e da prática da caridade para a evolução espiritual. Bem como a crença na reencarnação e na lei do retorno, ou seja, o mal ou bem que se pratica retorna para si mesmo nesta vida ou em próximas.
No entanto, é importante ressaltar que a Umbanda é uma religião independente e possui suas próprias características e rituais, diferentes do espiritismo. Embora existam influências do espiritismo na Umbanda, cada religião tem sua própria individualidade e identidade. A Umbanda é marcada pela sua diversidade cultural e influências de outras tradições religiosas, como o candomblé africano e as religiões indígenas.
INFLUÊNCIA INDÍGENA
A influência indígena na Umbanda varia de acordo com a região geográfica e o contexto histórico em que se desenvolve a prática religiosa. A Umbanda é uma religião afro-brasileira que mescla elementos das culturas africanas, indígenas e europeias.
Na Umbanda, a influência indígena é percebida principalmente em relação aos elementos da natureza, na relação com os espíritos da natureza e na incorporação de entidades espirituais que representam os indígenas, que são os Guias Caboclos, guias espirituais que oferecem orientação e cura. Eles têm uma conexão profunda com a natureza e são conhecidos por transmitir sabedoria, proteção e força.
Além disso, algumas práticas rituais na Umbanda envolvem o uso de plantas medicinais e rituais de purificação, como a utilização de banhos de ervas e defumadores, que também têm influência indígena. A relação com a natureza é fundamental na Umbanda, assim como na cosmovisão indígena, e isso se reflete nas crenças e práticas religiosas.
Em resumo, a influência indígena na Umbanda é significativa e se manifesta através da incorporação de entidades espirituais indígenas ou que os representam, do uso de elementos da natureza, da valorização da sabedoria ancestral indígena e das práticas de cura baseadas nas plantas medicinais.
INFLUÊNCIA EUROPEIA
A influência europeia na Umbanda é menos proeminente em comparação à influência africana e indígena. No entanto, é possível identificar algumas contribuições europeias na religião.
Durante o processo de colonização do Brasil, os europeus trouxeram consigo suas próprias crenças e práticas religiosas, como o catolicismo. Na Umbanda, pode-se observar elementos sincréticos do catolicismo, como a utilização de imagens de santos. Muitos terreiros de Umbanda possuem um altar com imagens de santos católicos, que são cultuados como Orixás e Guias.
Além disso, alguns aspectos das práticas rituais na Umbanda, como o uso de velas e incensos, podem ter influência das tradições europeias. O uso da água também é comum nos rituais, sendo uma prática tipicamente católica incorporada à Umbanda.
É importante ressaltar que a Umbanda é uma religião sincrética, que integra diferentes influências e tradições religiosas. Portanto, a influência europeia na Umbanda é mais sutil e variada, se mesclando com outras influências, como a africana e indígena, formando uma religião única e rica em diversidade cultural.
INFLUÊNCIA DA DOUTRINA ESPÍRITA
A influência da doutrina espírita na Umbanda é significativa e está presente na sua estrutura e filosofia. A Umbanda é considerada uma religião espiritualista, que acredita na comunicação com os espíritos e na continuidade da vida após a morte, conceitos que são centrais na doutrina espírita.
Allan Kardec, o fundador do espiritismo, é frequentemente citado e respeitado na Umbanda. Muitos umbandistas veem a Umbanda como uma manifestação religiosa que mantém conexões com o espiritismo, especialmente em relação à prática da mediunidade.
Na Umbanda, a mediunidade é considerada um dom divino, instrumento de evolução espiritual. Os médiuns atuam como intermediários entre o mundo espiritual e o mundo terreno, recebendo mensagens, orientações e ajudando na cura espiritual. Essa prática mediúnica é ensinada na doutrina espírita, que enfatiza a mediunidade como condição de comunicação com os espíritos desencarnados.
A maior influência do espiritismo se refere ao entendimento da reforma íntima e da prática da caridade para a evolução espiritual. Bem como a crença na reencarnação e na lei do retorno, ou seja, o mal ou bem que se pratica retorna para si mesmo nesta vida ou em próximas.
No entanto, é importante ressaltar que a Umbanda é uma religião independente e possui suas próprias características e rituais, diferentes do espiritismo. Embora existam influências do espiritismo na Umbanda, cada religião tem sua própria individualidade e identidade. A Umbanda é marcada pela sua diversidade cultural e influências de outras tradições religiosas, como o candomblé africano e as religiões indígenas.
Por Mãe Ednay - Dirigente da Tulca
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Umbanda
13/08/2023
Omulu e Exus 2023
06/08/2023
A Diversidade na Umbanda
A diversidade na Umbanda pode ser vista, por exemplo, nas diferentes linhas de trabalho que existem, como a linha dos pretos velhos (arquétipo de sabedoria e humildade), a linha das crianças (que trabalha com espíritos infantis), entre outras; ou nos diferentes Orixás cultuados em cada Templo, em outros não cultuam Orixás, apenas os Guias ou entidades de Umbanda.
Há também variações regionais na Umbanda, com práticas e conceitos específicos de diferentes partes do país. Por exemplo, no Sudeste, a Orixá Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes, cujo dia comemorativo é 02 de fevereiro; já no Nordeste é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, cujo dia comemorativo é 08 de dezembro. Outros vários fatores variam de acordo com a Região, como as cores atribuídas a cada Orixá e Linhas de trabalho.
Além disso, cada centro de Umbanda pode ter suas próprias peculiaridades e tradições, que são influenciadas pelas experiências individuais dos membros e pelos guias espirituais que atuam no local.
Em suma, a diversidade na Umbanda se manifesta na pluralidade de formas de praticar, cultuar e entender a religião, abraçando a riqueza das diferentes expressões espirituais e culturais dos seus praticantes.
A diversidade na Umbanda existe por várias razões.
Primeiro, a Umbanda é uma religião sincrética que se originou no Brasil, combinando elementos do catolicismo, espiritismo, candomblé e cultos indígenas. Cada um desses elementos contribui para a diversidade de práticas, rituais e crenças dentro da Umbanda.
Além disso, a Umbanda é uma religião inclusiva, que acolhe pessoas de diferentes origens étnicas, sociais e culturais. Isso resulta em uma diversidade de adeptos que trazem suas próprias perspectivas, experiências e tradições para a prática da Umbanda.
Outro fator que contribui para a diversidade na Umbanda é o fato de ser uma religião que permite a comunicação com os espíritos, o que significa que os médiuns e praticantes podem ter diferentes conexões espirituais e experiências individuais. Isso leva a uma variedade de crenças e práticas relacionadas aos espíritos e guias espirituais.
Em resumo, a diversidade na Umbanda surge da combinação de diferentes influências religiosas, da inclusão de pessoas de diferentes origens e experiências, e da comunicação individual com os espíritos. Essa diversidade enriquece a religião e permite que ela se adapte às necessidades e crenças de seus praticantes.
A diversidade na Umbanda pode trazer numerosos fatores positivos e negativos. Alguns exemplos destes são mencionados abaixo:
Fatores positivos da diversidade na Umbanda:
1. Pluralidade cultural: A diversidade na Umbanda permite a incorporação de diferentes elementos e influências de culturas africanas, indígenas e europeias. Isso enriquece a religião, promovendo uma maior compreensão e aceitação entre distintos grupos.
2. Respeito à diferença: A Umbanda promove a valorização das diferenças e a aceitação de cada indivíduo como único, independentemente de suas origens étnicas, sociais ou religiosas. Essa valorização da diversidade contribui para a formação de uma sociedade mais inclusiva e tolerante.
3. Acesso a diferentes conhecimentos espirituais: A diversidade de tradições religiosas presentes na Umbanda proporciona uma variedade de conhecimentos e práticas espirituais, permitindo que cada pessoa encontre uma conexão com o divino que mais se identifica e lhe traga benefícios.
Fatores negativos da diversidade na Umbanda:
1. Conflitos entre grupos: A diversidade também pode gerar tensões e conflitos entre diferentes grupos dentro da Umbanda, especialmente quando há divergências de crenças, práticas e rituais. Esses desentendimentos podem prejudicar a união e a harmonia entre os praticantes.
2. Preconceito e discriminação: Infelizmente, algumas pessoas podem alimentar preconceitos e discriminação contra determinadas práticas, linhas espirituais ou tradições presentes dentro da Umbanda. Esses comportamentos podem gerar exclusão e marginalização de determinados grupos, limitando a plena participação e expressão religiosa dos seus membros.
3. Dificuldade em definir uma identidade unificada: Devido à sua diversidade, a Umbanda pode enfrentar dificuldades em definir uma identidade religiosa unificada, o que pode impactar a sua representação e aceitação na sociedade em geral.
É importante lembrar que essas são apenas algumas possibilidades, e que a diversidade dentro da Umbanda pode se manifestar de diversas outras maneiras, tanto positivas quanto negativas.
É possível que a Umbanda tenha algum tipo de órgão regulador no futuro, para torná-la homogênea, assim como várias outras religiões possuem. No entanto, isso depende de vários fatores, como a vontade e o consenso dos praticantes da Umbanda, bem como questões legais e sociais. A Umbanda é uma religião que tem várias tradições e vertentes, e a diversidade é parte da sua natureza. A possibilidade de se tornar uma religião homogênea vai depender do desenvolvimento e das escolhas feitas pela comunidade umbandista ao longo do tempo.
Mãe Ednay - Dirigente da Tulca
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