2014 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

29/12/2014

A Umbanda não Precisa de Super-Heróis

A Umbanda não precisa de super-heróis

Humildade e caridade: provavelmente são os dois termos que mais se ouve na Umbanda. Constantemente somos lembrados que precisamos praticar a caridade e ser humildes. Ótimo, mas até que ponto realmente colocamos isso em prática?

Acredito que a caridade praticada sem a humildade torna-se vã para aquele que busca a evolução através dela. De que adianta dar passagem às suas entidades, permitir que seu corpo seja um aparelho para que elas ajudem as pessoas e depois cantar aos quatro ventos os seus super-dons mediúnicos?

A Umbanda não precisa de super-heróis. Não precisa de entidades que baixem no terreiro já dizendo "Eu sou a entidade tal e sou chefe da falange" - chefe? Suponhamos que seja realmente, mas será que a entidade tem necessidade disso ou será que isso é vaidade do médium?

Da mesma forma a Umbanda não precisa de entidades que ficam dando demonstração de força, que se viram para a assistência e dizem para uma determinada pessoa: "você não me conhece, mas vou falar tudo sobre você". Mais uma demonstração de que o médium - e não a entidade precisa chamar a atenção. Acredito nos dons das entidades e as respeito muito, mas não consigo engolir a postura de certos médiuns.

Da mesma forma não precisamos de diplomas ou títulos. Quem realiza os feitos são as entidades, nós somos meros instrumentos mediadores. Quem muito quer exibir seus títulos é porque confia mais neles do que na espiritualidade. Lembremos das mães-de-santo do passado, analfabetas, mas que detinham grande conhecimento sobre a espiritualidade, suas mirongas e magias. Hoje por um valor financeiro até irrisório compra-se um diploma de pai ou mãe-de-santo, e isso não te faz melhor que ninguém. O que te faz um verdadeiro dirigente de uma casa espiritual é a sua postura ética, e isso não são as suas entidades que vão lhe dar, por melhores que sejam. Se você não tem ética, não sabe tratar as pessoas com respeito e educação, se não sabe orientar as pessoas com a mesma humildade que um dia necessitou para aprender, se você não tem a firmeza de segurar as demandas contra você e os filhos da casa (lembrando que as demandas muitas vezes vêm através do pensamento, da língua ferina , em tempos de internet, através dos dedos desocupados e covardes também, que digitam quaisquer impropérios contra seus desafetos), você pode ter o título que for, mas de nada adiantará se não tiver humildade, pois sem ela, na Umbanda, você não é ninguém, é só mais um número.

Lembre-se que para aprender a andar um dia você engatinhou. Somente aquele que sabe ajoelhar para aprender um dia terá maturidade para liderar. Lembre-se também que a Umbanda precisa de médiuns verdadeiros. Quem precisa de super-heróis é a Marvel Comics.

Douglas Fersan

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26/12/2014

Cartas Psicografadas do Chico




Cartas de Chico Xavier

Pesquisa cientifica realizada por núcleo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) concluiu que informações contidas em lote de cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, morto em 2002, eram verídicas.

Ao todo, foram analisadas treze cartas atribuídas a Jair Presente, morto por afogamento em 1974, na cidade de Americana (SP). As correspondências começaram a ser psicografadas pelo médium ainda no ano da morte de Presente e prosseguiram até 1979.

Conforme o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES-UFJF), o estudo teve início em 2011 e foi feito em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a partir do pós-doutorado dos pesquisadores Denise Paraná e Alexandre Rocha.

O resultado, de acordo com o pesquisador, foi publicado em setembro deste ano pela revista científica Explore, editada na Holanda.

O interesse para desenvolver a pesquisa, explica Almeida, foi a relevância dada no país às cartas psicografadas.

"A motivação foi a importância que as chamadas cartas psicografadas têm no Brasil e a falta de estudos acadêmicos a respeito delas. Sabe-se que pessoas enlutadas podem aceitar, como sendo reais e precisas, cartas que contêm apenas informações genéricas", afirmou o pesquisador.

Segundo ele, o estudo comprovou que os dados colhidos nas cartas atribuídas a Presente eram críveis.

"As informações comunicadas nas cartas eram precisas (nomes, datas e descrições de fatos acontecidos na vida da família) e verídicas (nenhuma informação comunicada nas cartas estava incorreta ou era falsa)", afirmou Almeida em entrevista ao UOL por e-mail.

O pesquisador informou que a análise foi feita nas cartas originais, das quais foram extraídas 99 informações objetivas e passíveis de verificação.

"Familiares e amigos de Jair Presente foram entrevistados, documentos como jornais de época foram checados, além de escritos do Jair Presente e registros em cartórios", disse.

Conforme Moreira, o intuito era comprovar se Chico Xavier poderia ter tido acesso a essas informações por meios convencionais e se as cartas continham dados verídicos e específicos em relação ao falecido.

"A probabilidade de Chico Xavier ter tido acesso a grande parte destas informações por vias convencionais era extremamente remota. Em vários casos, eram informações muito privativas da família e, em algumas delas, até desconhecidas dos familiares que visitaram Chico Xavier para obter as cartas psicografadas", afirmou.

O pesquisador citou como exemplo o falecimento da madrinha da mãe de Presente, "fato que ainda não era do conhecimento da família", descreveu Almeida.

Médiuns em atividade

O psiquiatra Alexander Moreira-Almeida informou que o resultado de outro lote de cartas psicografadas por Chico Xavier, também investigado por Denise Paraná e Alexandre Rocha, será publicado em breve. Ele adiantou que o núcleo dará início a pesquisas com médiuns em atividade.

"Assim teremos maior possibilidade de um controle experimental do vazamento das informações para o médium. Seu desenho metodológico nos permitirá investigar um número bastante significativo de médiuns em atividade", disse.

Rayder Bragon






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19/12/2014

O Fanatismo Religioso

O Fanatismo Religioso

O FANATISMO RELIGIOSO ENTRE OUTROS - BREVE ENSAIO
Por Raymundo de Lima*

Os primeiros sintomas de fanatismo e suas estratégias de sedução

O início de qualquer fanatismo consiste, em primeiro, reconhecermos um sujeito ou grupo estarem convictos, quando julgam de posse de uma certeza que recusa o teste da realidade. Nietzsche dizia que"as convicções são piores inimigas da verdade do que as mentiras", porque quem mente sabe que está mentindo, mas quem está convicto não se dá conta do seu engano. "O convicto sempre pensa que sua bobeira é sabedoria". Até no campo científico, há cientistas correndo o perigo de tornar-se convictos de suas teses. Edgar Morin analisa que quando algumas idéias se tornam supervalorizadas e adquirem um caráter de grandiosidade e absolutismo tendem a levar os seus sujeitos a abdicarem de seu raciocínio crítico e se tornarem meros objetos dessas idéias. Indivíduos assim submetidos a tão grandes idéias, fazem qualquer coisa para "salva-las" de um possível furo de morte; elas funcionam como muleta existencial. Isso acontece principalmente no meio religioso, mas também pode ocorrer nos meios político, filosófico e científico.

O segundo sinal do fanatismo é quando alguém quer impor a todos de modo tirânico a "verdade" única extraída de sua inspiração ou crença absoluta. Pretende assim a uniformização via linguagem, através de aparência física, rituais e slogans do tipo: "O único Deus é Allah", "só Cristo salva", "Jesus Cristo é o Senhor", "somos o Bem contra o Mal", "Em nome do Senhor Jesus eu ordeno..." São expressões de caráter estereotipado, sustentado por uma "estrutura de alienação do saber", onde o discurso passa a falar sozinho, é uma resposta que está no gatilho, pronta para qualquer emergência que o sujeito não quer pensar. Observem o caráter tirânico, narcisista e excludente dessas afirmativas. Todos possuem uma visão que nega outros modos de crer e pensar. O mesmo acontece nos auto-elogios das pessoas de raça branca e o desprezo pelas outras como proclamam os fanáticos da extrema direita, nas ações violentas de uma torcida sobre a outra, todos, sinalizam que o indivíduo se rende ao grupo e este "a causa". Os recém convertidos de qualquer seita religiosa ou política estão sempre convictos que, finalmente, contemplam a verdade e essa tem que ser imposta a todos, custe o que custar.

O terceiro indicativo de fanatismo, já dissemos, é quando uma pessoa passa a colocar uma causa suprema (podendo esta ser justa ou delirante) acima da vida dela e dos outros.

Quarto, quando um indivíduo e/ou grupo se isolam da convivência familiar e social e adotam um modo de vida narcísico (no igual modo de vestir, de cortar ou não cortar o cabelo, no jeito de falar, nas regras de comer, na ritualística, etc), enfim, quando uniformizam seu discurso, gestos, postura, atitudes em geral e punem os que se recusam a seguir as regras impostas. Entrar para um grupo de fanáticos implica em renunciar: pai, mãe, os filhos, os amigos, o lugar onde viveu, o trabalho, enfim, os membros são persuadidos a matarem os vestígios simbólicos da vida anterior para fazer renascer a vida em outra base moral e de fé.

Quinto, quando o indivíduo e/ou grupo perdem o bom-senso na lógica da comunicação e nas ações do cotidiano. O discurso passa a ser repetitivo e estranho à vida comum.

O sexto indício de fanatismo é quando se perde o sentido de respeito e humanidade para com os diferentes, em nome de uma causa transcendente.

O psicólogo francês, J-M. Abgrael, resume o método de doutrinação fanática em 3 etapas: 1o) sedução das pessoas para a "causa"; 2o)destruição da antiga personalidade, eliminação dos elos familiares, sociais e profissionais e 3o) construção de uma nova personalidade "renascida" ou "renovada", de acordo com o modelo e as regras da seita. Geralmente essa passagem da vida normal para a vida "renovada", há um ritual, algum tipo de batismo, onde se inicia a adoção de um novo nome, novos hábitos, apresentação de novas "famílias". Sentir-se incluso num grupo "de irmãos" ou "de luta pela causa" "é como estar apaixonado; surge uma sensação maravilhosa, tudo passa a fazer sentido na vida, a pessoa se sente acolhida e imensamente alegre". O indivíduo passa a se ver de modo especial, diferente dos demais para realizar a missão elevada; se vê inundado por um sentimento grandioso que Freud chama de "sentimento oceânico". Imagine um indivíduo desesperado, desgarrado de seu grupo social, sem uma forte identidade psicossocial cuja vida perdeu o sentido, ao ser acolhido em um grupo fanático, recebe mensagens confortadoras, do tipo: "nós amamos você", "você é muito importante para o projeto de Deus", "você faz parte de nossa vida", "Deus te ama", etc Diz P. Demo (2001) "o sentimento de ser amado, move o entusiasmo mais do de qualquer coisa".

Faz parte da estratégia para atrair pessoas para novas seitas e igrejas, investir em programas produzidos para solitários que sofrem insônia e depressão nas madrugadas. Os desesperados sentem-se acolhidos com tais palavras mágicas e facilmente se sentem inclusos e maravilhados pela ilusão de nova vida e sentimento extremo de felicidade, numa igreja em que o fanatismo é o seu ponto cego.

Todo fanático é intolerante.

O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista. Um fanático de direita não quer diálogo com os de esquerda. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes igualmente com negros adultos, mulheres e crianças. Por isso se diz que há em cada fanático um fascista camuflado, pronto para emergir em atos de exclusão e eliminação.

O semiólogo e filósofo italiano, Umberto Eco, reconhece que o protofascismo está presente nos movimentos fanáticos. No campo político, não importa auto denominar-se de "esquerda" ou de "direita" pode existir um protofascismo. No fundo os atos terroristas são produzidos e sustentados por fanatismos de inspiração místico-fascista incapazes de diálogo ou argumento racional que esclarece sua causa objetiva. Não é sem sentido que os atos terroristas deixaram de dizer algo pela palavra e passaram a ser apenas o ato, o acting out. S. P. Rouanet diz que "os terroristas são agentes de uma ideologia religiosa extrema direita ... que funciona como ópio do povo..." (A coroa e a estrela, FSP, Mais!, 18/11/01)

O fascismo, tanto o de Estado dos fundamentalistas religiosos, como o que está pulverizado nos atos do cotidiano das relações humanas, é fanático porque desrespeita, desconsidera, é intolerante quanto ao modo de ser, pensar e agir do outro, é tradicionalista-fundamentalista. Enquanto o fascista "quer o poder pelo poder", há o fanático "autêntico" que anseia dominar o mundo com sua crença, e o "fanático terrorista" que "deseja apenas destruir a estrutura de sustentação do inimigo". Mas, ambos, o fascismo e o fanatismo não são compatíveis com a democracia. Ambos pregam intolerância multirreligiosa, a intolerância multicultural e multirracial e usam o espaço de liberdade democrática para espalhar o seu ódio e sua crença.

O sentimento que no fundo sustenta o fanatismo e o fascismo não é a fé, nem o amor [Eros], mas o ódio [Thanatos] e a intolerância. O desejo do fanático "autêntico" é dominar o mundo com seu sistema de crença cheio de certeza. No plano psíquico, o lugar do recalque torna-se depósito de ódio e desejo de eliminar todos os que atrapalham o seu ideal de sociedade. Certa dose de paciência doutrinada o faz esperar-agindo para que a "idade de ouro puro" possa um dia acontecer.

São tão fanáticos os terroristas-suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam clínicas de abortos, perseguem homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente a qualquer preço, por meio do terror.

Alguns personagens "messiânicos" de nosso tempo, como Hitler, Idi Amin, Reagan, G. W. Bush, Sharon, os grupos dos martírios suicidas do Oriente Médio, entre outros, tem algo em comum: cada um se sente o escolhido para cumprir uma especial missão. Hitler discursou que "as lágrimas da guerra preparariam as colheitas do mundo futuro". G. Bush, na sua ânsia de guerra contra o ditador S. Hussein, não estaria delirando no mesma linha ? Não é sem sentido que os EUA, tem sido o solo fértil de seitas cristãs fanáticas. Uma delas, A Casa dos Filhos de Jeová, torce para o mundo se acabar logo, porque seus membros acreditam que depois surgirá uma nova civilização do Bem.

Fanáticos e suicidas carecem de humor

O fanatismo parece ser uma doença contagiosa, pois tem o poder de atrair adeptos geralmente em crise profunda de vida pessoal. Fanáticos e suicidas tem em comum a falta de humor e o desapego pela própria vida. A certeza cega tira-lhes o humor e os colocam no caminho do sacrifício místico.

O escritor e pacifista israelense, Amós Oz, numa carta ao escritor japonês Kenzaburo Oe, Prêmio Nobel de 1994, escreve ter encontrado a "cura para o fanatismo": o bom humor. Diz que: "nunca vi um fanático bem-humorado, nem alguém bem-humorado se tornar fanático". Oz imagina uma forma mágica de prevenir o fanatismo: um novo tipo de messias que "chegará rindo e contando piadas".

Emil Cioran, um filósofo amargo e pessimista, vê nas atitudes dos céticos, dos preguiçosos e dos estetas, os únicos que verdadeiramente estão a salvo do fanatismo. Já os religiosos estreitos, os políticos sectários, os dogmáticos que habitam em todas as áreas do conhecimento, tendem ao fanatismo com seus instrumentos próprios. O fanática jamais se pensa ser fanático.

Enfim, é preciso estarmos atentos e preparados para resistir os apelos do fanatismo que como erva daninha não escolhe lugar para germinar e se alastrar. Os grupos fanáticos exercem um atrativo para os indivíduos que possuem uma estrutura psíquica vulnerável, os desesperados, os desgarrados, os avessos ao espírito crítico ou predispostos à crendice, ao desejo de encontrar uma certeza e a se "contentar-se com pouco" na terra, porque ele tem certeza de que ganhará na suposta vida após a morte. Tanto o fanatismo como a guerra estão entre as situações que se encontram na contramão dasabedoria.


Para prevenção do fanatismo

Freud, como pensador evolucionista, pensava que só quando a civilização ascendesse à maturidade psíquica é que descartaria os mecanismos infantis ou alienantes cuja matriz é a religião. Segundo o fundador da psicanálise, a religião infantiliza as pessoas e as arrasta ao delírio de massa. O homem não poderia viver nesse estado de infantilismo para sempre, daí a urgente necessidade de um projeto de uma "educação para a realidade", que fortaleceria a vida intelectual, facilitando o acesso de todos ao conhecimento científico, por ser este verdadeiro. Ademais, a religião não fez e nem faz as pessoas felizes, mas, dá-lhes uma ilusão de felicidade; sem dúvida, ela tem o poder de controla os impulsos primitivos psicossexuais e proporciona alguma direção moral, que costuma ir além do necessário, ou seja, reprimindo o potencial criativo ou de prazer genuíno das pessoas.

Amós Oz, o escritor pacifista, sugere a criação de escolas em todo o mundo da disciplina "fanatismo comparado". Tal disciplina não apenas serviria para entender os fanatismos: religioso, nacionalista, racial, político, desportivo, mas também outros que passam desapercebidos, como o "antitabagista" que poderia queimar os que fumam, o "vegetariano" que comeria vivo quem come carne, "o ecologista" que prefere salvar as baleias às pessoas famintas, etc. Uma disciplina como essa, teria uma função mais que educativa, teria uma preocupação preventiva quanto a possibilidade de "contágio" social do fanatismo, já que pode-se pegá-lo ao tentar curar alguém desse mal. "Conheço o perigo de se tornar um fanático antifanatismo", alerta o escritor.

Concluindo, resumimos que, previne-se o fanatismo com uma educação de boa qualidade, que saiba promover a cultura geral - mais do que a fé - e o sentido de grupo, de criatividade e humor.


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* Psicanalista, docente na UEM e doutorando na Universidade de São Paulo






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18/12/2014

Buscando o meu Orixá


Buscando o meu Orixá

Ele andava triste, por muito tempo buscava uma resposta para suas aflições religiosas. Temia que sua fé minasse a ponto de não mais bater cabeça… quando aconteceu este encontro. Em meio ao perfume das ervas queimando na brasa, ao som dos atabaques, penumbra iluminada por velas, ele ajoelha e desaba:


- Vovô, já não aguento mais…

– O que te aflige meu fio?

– Vô, eu amo os Orixás, não tenho dúvida. Mas passei por tantas desilusões, fui enganado por pessoas que se diziam mestres no culto aos Orixás, ostentando todo tipo de títulos e artefatos. Sei que de certa forma aprendi coisas, mas no fim sempre uma desilusão…

- Continue meu fio…

Em lágrimas ele recobra o fôlego e prossegue.

– Então meu velho, já deitei pro Santo, já assentei Orixás, já passei por muitos fundamentos quando eu cultuava o Orixá em outro segmento que não era Umbanda. Hoje não sei como fazer, de uns tempos pra cá começou meu Caboclo se manifestar, descobri que amo a Umbanda e este é meu caminho, o Caboclo disse que devo me fundamentar na Umbanda e devo assentar meus Orixás. Acontece que meus assentos foram confiscados pelo meu último Babalaô. Acho que meus Orixás estão bravos, estão me cobrando, tenho certeza!

- Meu fio, o que eles cobram?

– Não sei meu velho.

– Então vois zuncê vai pagar o que nem sabe que deve?

– Veja meu velho, como estou confuso. Acredito que preciso assentar meus Orixás para me acalmar. Como faço isso?

– Hehe…É meu fio, vois zuncê ta numa encruza mesmo! Intonce, aquiete seu coração, sinta este cheiro de ervas queimando e escuita com atenção o que este velho nego tem pra te fala…

– Meu velho, sou toda atenção, obrigado… – disse ele em prantos.

- Meu fio, os homens nessa terra tem uma necessidade constante de criar formas para expressar-se, neste caso, o nego vai se ater na religião. Por isso muitas são as formas de cultuar os Orixás, muitas mesmo, e é certo que muitas práticas, nem mesmo sendo tolerante às diferenças, é possível aceitar. Pois meu fio, quando o amor não for o caminho e o bom senso não for o limite, intonce muito problema vai acontecer. Sabe fio, esse velho conheceu os Orixás na antiga África, e lá era tudo muito diferente, simplesmente diferente, não me arriscaria a dizer que melhor, pois assim o nego negaria a evolução constante. Este contato da minha alma com essa luz que chamamos de Orixás mudou a existência do nego, e de tanto que amo e sinto-me bem, após minha passagem para o mundo espiritual, insisti para que Olorum me deixasse perto dos seus Orixás. Sou feliz por isso fio, porque nosso Criador me ouviu.

E foi assim que este velho aprendeu algumas coisas simples. Na carne este nego procurou muito os Orixás pela vida, por entre as coisas da Terra, minha Yá tinha ensinado que os Orixás estavam na Natureza, mas como eu não fugia à regra geral, entendia que essa natureza seria o plano físico da arvore, mata, água, fogo, hehe. Como que se eu tendo um pouco da água eu teria “aprisionado” o Orixá. Entendi já aqui no mundo espiritual fio que Orixá não está fora de nós, mas encontra-se dentro. Ele extrapola nossos poros e nos toma por inteiro quando entendemos e reconhecemos isso. Fio, Orixá é a essência de tudo o que você vê, escuta e sente, está muito além destes parcos sentidos humanos e muitíssimo além da nossa razão humana. Mesmo este velho tentando explicar Orixá, cometo um erro, pois sei meu fio, que Orixá não se explica, se sente. Mas como já disse, precisamos criar formas, então fio, que a sua forma seja a mais próxima do abstrato e do sutil, porque assim talvez esteja próximo do que seja Orixá.

Por isso meu fio não se apegue tanto às formas de como cultuam ou assentam os Orixás, principalmente quando lhe ensinam métodos que não encontra aceitação no seu coração. Os Orixás falam ao coração, intonce é ele que você deve escutar para saber como encontrará os Orixás. Se, por exemplo, você qué assentar um Orixá das matas, vá numa mata, sinta o cheiro das folhas, toque elas, converse com o Orixá, cante, dance, colha as folha, cipó, raízes, terra, vai pegando um pouquinho do que tem lá, porque isso simboliza o tal Orixá fragmentado na natureza, com isso monte um espaço onde colocará isso e lá você reza pro tal Orixá. Entendeu meu fio?

Ele soluçando e enxugando as lágrimas com a voz embargada responde:

- Meu velho, vovô querido, muito obrigado. Agora sinto o Orixá dentro de mim. Entendi sua mensagem e não sei como agradecer.

– Fio não tem de quê. Agora vai ao encontro de si mesmo para encontrar os Orixás. Seja feliz meu fio por entender que da essência só bebe aqueles que amam simplesmente por não saber explicar.

E sempre que irmanados os filhos deste plano estiverem, sem máscaras, sem receios, sem pretensões, lá, através do coração sincero de cada um, o Orixá se manifestará. Todos vocês são filhos de Orixá e adotados por todos os Orixás do Universo, somos filhos dos Pai e Mães Celestiais e nada existe sem a relação harmoniosa e contínua de todos Orixás num emaranhado perfeito. E se buscas o “teu” Orixá, então o encontra dentro de ti! Saravá!

E assim, com três estalos de dedo, o Velho sacudiu seu médium, retornando para sua Aruanda, uma sensação de paz profunda pairava no ambiente e o atabaque secou o couro, um silêncio se fez no ar e podia ouvir o crepitar do fogo nas velas, este silêncio eram os Orixás falando ao coração de cada um presente naquela Gira.

Rodrigo Queiroz



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11/12/2014

Mediunidade Desperdiçada


O conceito geral no Espiritismo é que todos somos médiuns. Uns mais, outros menos sensíveis. Aqueles que têm a mediunidade aflorada, isto é que é ostensiva, sofre perturbações de toda ordem. Isto porque a maioria dos espíritos à nossa volta, devido aos pensamentos, atos e atitudes mundanos, é atrasada. Não perturbam por maldade, mas por diversão. Os espíritos brincalhões têm permissão para fazer suas estripulias, porque o médium necessita de um chamamento. Se ele procurar um local ou pessoa entendida, que o oriente, tem um bom princípio. Estuda, educa a mediunidade e assim passa a ser um intermediário em benefício dos espíritos necessitados. É coisa simples, mas como muita gente desconhece, torna-se complicado.

Se a pessoa ou seus familiares têm idéia preconcebida contra o Espiritismo segue caminhos tortuosos. Passa a percorrer consultórios, variando de médicos até chegar a um psiquiatra. Se este é de mente aberta até pode aceitar o fato da perturbação espiritual. Caso contrário, se a mediunidade é de vidência ou de audição, aplica a medicação dita heróica, isto é, forte bastante para acabar com a alucinação. Isto geralmente acontece com pessoas praticantes de religiões avessas à idéia da comunicabilidade entre vivos e mortos. Outras também não procuram o caminho certo por preconceito social ao notar que a maioria dos espíritas tem vida simples e despojada. Enfim, há várias circunstâncias em que a pessoa passa a vida toda sofrendo sem necessidade, pois a continuidade de atuação espiritual, lúdica ou maldosa, acaba por prejudicar o corpo físico do médium.

Quando na espiritualidade, entre uma e outra reencarnação, nós escolhemos tanto o corpo físico, que nos proporcionará avanços na evolução, quanto as tarefas. Uma destas é a da mediunidade, missão que a pessoa escolheu por vários motivos e que se apresenta em um determinado momento da existência. Se a pessoa a exercer com boa vontade e desprendimento, avança rumo à perfeição. Caso não aceite pegar a tarefa que programou, sofre. O que seria uma bênção passa a ser um martírio. A vida passa, a velhice vai chegando e o tempo foi perdido. Pode-se objetar que os médiuns produtivos também sofrem principalmente incompreensões. Nesse caso, é porque têm o que resgatar e defeitos a extirpar, como por exemplo, orgulho e vaidade, milenarmente impregnados em seu psiquismo. Terá que se fazer humilde para ter boas companhias do Além. Caso contrário pode receber espíritos incentivadores do orgulho, caindo na autofascinação. Daí por diante não aceita corretivo, pois sempre dirá que o "guia" está dizendo o contrário do que seu orientador encarnado diz. Foge dos ensinamentos da Doutrina e do Evangelho.

Como a mediunidade, geralmente, tem início na juventude, se a pessoa não exercê-la passará a vida com achaques. Depois da idade avançada não há mais como iniciar no trabalho, pois as próprias condições do corpo físico determinam limitações. Passou a vida sem realizar o que prometeu. Terá que reprogramar para outra encarnação, geralmente, com mais dificuldades que esta desperdiçada. Quem apresentar mediunidade procure, pois, um Centro Espírita, cuide dessa bênção com amor e dedicação. A vida será mais branda e terá amigos espirituais que o auxiliarão nas vicissitudes que surgirem. Estamos sempre envolvidos pela Divindade. Façamos por sentir Sua presença..

Por Julio Capilé




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28/11/2014

Não Sofra Por Causa de Vasos de Barro


Tudo na sua vida está em constante movimento, e no mundo da Ilusão, tudo tem um começo e um fim. A árvore começa em uma semente lançada a terra, e perfazendo seus ciclos, à terra retornará. Cada forma, na natureza, cada animal, planta, fruto, pedrinha até, iniciou e terá seu fim. Nada permanece.

Este é um princípio da Lei dos Ciclos, uma das Leis conectadas a Lei do Karma. E sua utilidade é múltipla. Lembre-se de que o que é Real não perece, permanece, o restante cessa, por não ser real. O SER é Real. O Estar, não. Das várias utilidades, escolhi uma em particular e compartilharei hoje, com vocês.

Tudo o que você acha que tem foi confiado a você e confiado por um tempo. Pertence ao universo, é energia condensada formando algo a que o ser humano atribuiu algum valor. Mas a ilusão de posse é muito profunda, arraigada, e por conta disso, os desejos desenfreados sustentados pela ilusão do possuir, levam ao medo de deixar de possuir. Quem deseja ganhar, em algum momento temerá perder.

O vaso é feito do barro da terra, e quando o vaso se quebrar, deixar de atender à função atribuída a ele, voltará à terra. Todo vaso quebra. Cedo ou tarde. É só uma questão de tempo. Nem a própria terra permanece.

Então não venere seus objetos; considere-os vasos de barro. Seu computador, seu carro, seu dinheiro. Use com sabedoria – que significa extrair a utilidade daquilo que temporariamente está sob seus cuidados (que você acha que possui)- e se desapegue, pois uma das grandes causas do sofrimento, assim como o desejo de ter é o medo de deixar de ter (apego).

Olhe para tudo aquilo que você tem: são vasos de barro. Se pergunte qual a utilidade e faça jus à utilidade de cada vaso. Considere tudo aquilo que deseja possuir: são vasos. Se questione sobre qual a utilidade do que deseja ter - de pronto perceberá que parte do que deseja, nem necessário é.

Por isso, para caminhar no sentido da cessação do sofrimento (zerar o karma), pare de perseguir miragens, ilusões. Realize o uso dos vasos que a você foram confiados, sabendo que eles quebram. Estão seus. Não são seus.

Não dependa do ter e não tema não ter. Não sofra por desejar possuir e não sofra por temer deixar de possuir. A realidade, a verdade profunda e incontestável, é que tudo o que perece, todos os vasos de barro, pertencem ao universo. Transporte o Real: você, seus princípios, sua percepção e sua disposição, seu amor e saber. Eu topo seguir contigo, mas sem bagagem, ok?

Por Lucius Augustus



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27/11/2014

A Dedicação do Médium de Umbanda


A Dedicação do Médium de Umbanda

Amigos, a Umbanda tem em seu mais profundo cerne a prática da caridade pura, o amor incondicional, a paz e a humildade. Ela também se propõe a produzir, pela modificação vibracional ou fluídica (conhecida popularmente como "magia"), modificações que permitam a melhoria de vida do ser humano.

Através da caridade e dedicação espiritual o médium Umbandista vai adquirindo elevação e consciência do valor de seu domínio mediúnico como forma de comunicação com seres superiores de outras esferas.

As incorporações, os passes e descarregos feitos na Umbanda formam o conjunto de afazeres espirituais do dia a dia do médium.

Portanto, o Médium é Patrimônio maior desta maravilhosa religião que é a Umbanda.

Acontece que a mediunidade é uma faculdade e como toda faculdade psíquica precisa ser aprimorada e disciplinada.

Na Umbanda, alguns critérios devem ser sempre observados:

Quando um médium entra em trabalho, ele estabelece uma espécie de ligação com a espiritualidade. Esta ligação gera uma constante descarga fluídica no sistema nervoso do médium. Por este motivo é importante a disciplina da mediunidade. O médium precisa aprender a fazer e desfazer esta ligação para evitar o desgaste do sistema nervoso.

Médiuns faltosos, ausentes das sessões de desenvolvimento, doutrinas, sessões de descarrego e passes estão sujeitos a sofrer as consequencias destes transtornos fluídicos como debilidade do sistema nervoso e patologias degenerativas.

Disciplina se torna palavra chave, bem como Obediência e Respeito.

As facilidades do estabelecimento do contato mediúnico resulta do aprendizado moral e de um conjunto de pontos que alicerçam os degraus da evolução.

Conserve sua Saúde Psiquica, vigiando seu aspecto Moral.

Conselhos para os Médiuns:

Não alimente vibrações negativas de ódio, rancor, inveja, ciume, etc.;

Não fale mal de ninguém, pois não é juiz, e via de regra, não se pode chegar às causas pelo aspecto grosseiro dos efeitos;

Não julgue que o seu Guia ou Protetor é o mais forte, o mas sabido, muito mais do que o de seu irmão, isto vale para o aparelho também;

Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, comentando, insistentemente, os feitos do seu Guia Protetor. Tudo isso pode ser bem problemático e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda a sua conversa vaidosa ruir fragorosamente. Dê paz ao seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome. Assim você esta se fanatizando e aborrecendo a Entidade pois, fique sabendo, ele, o Protetor, se tiver mesmo "ordens e direito de trabalho" sobre você, tem ordens amplas e pode discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas;


Quando for para sua sessão, não vá aborrecido e quando lá chegar, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de fé, de paz, e sobretudo de caridade pura para com o próximo, entre em sintonia com o astral firmando as ligações com as entidades da sua coroa.

Não mantenha convivência com pessoas Más, Invejosas, Maldizentes, etc... porque é importante para o equilíbrio de sua Aura e dos seus próprios pensamentos e:

Faça todo bem que puder, sem visar recompensas ou agradecimentos;

Tenha ânimo forte, através de qualquer prova ou sofrimento, confie e espere;

Faça recolhimentos diários, a fim de meditar sobre suas ações;

Não conte seus "segredos" a ninguém, pois sua consciência é o templo onde deverá levá-los à análise;

Não tema a ninguém, pois o medo é uma prova de que está em débito com sua consciência;

Lembre-se de que todos nós erramos, pois o erro é humano e fator ligado à dor, ao sofrimento e conseqüentemente, às lições com suas experiências. Sem dor, lições, experiência não há carma, não há humanização nem polimento intimo, o importante é que não erre mais, ou melhor, que não caia nos mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação:

Para isso, "mate" a sua vaidade e não se importe, de maneira alguma, com o que os outros disserem ou pensarem a seu respeito.

Faça tudo para ser tolerante, compreensivo, humilde, pois assim só poderão dizer boas coisas de você.

Zele por sua Saúde Física com uma alimentação racional e equilibrada:

Não abuse de carnes vermelhas, fumo, álcool ou quaisquer excitantes;

No dia da sessão, não como carne, álcool ou qualquer excitante;

De véspera e após a sessão, evite manter contato sexual. O ato sexual promove grande escape de energia através do chakra genésico e conseqüentemente uma grande baixa de energia na aura. Vale lembrar também que a troca de fluídos corporais também traz em si uma imensa carga energética que pode não ser benéfica.

Todo mês deve escolher um dia para ficar em contato com a natureza, especialmente uma mata, uma cachoeira, um jardim silencioso, etc... Ali deve ficar lendo ou meditando, pois assim ficará a sós com sua própria consciência, fazendo revisão de tudo que lhe pareça ter sido positivo ou não em sua vida material, sentimental e espiritual.

Autor desconhecido


Texto bem-vindo a qualquer época! Apenas acrescentamos que se o médium, por algum motivo, tiver dificuldade de assimilar ou respeitar as normas da Casa que são imprescindíveis para a manutenção da disciplina e bom andamento dos trabalhos, deve com urgência rever os seus valores dentro da Umbanda!






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24/11/2014

Trabalhadores da Última Hora


Trabalhadores da última hora

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Trabalhadores da Última Hora

A princípio parece injusto que quem se dedica à vida espiritual desde o início receba a mesma recompensa de quem se dedica por último. 

Na vida espiritual não existe o tempo assim como o conhecemos, e de acordo com esta passagem, mais vale a intenção e a qualidade da dedicação do que o tempo que está se dedicando. 

Muitas vezes, tomando a nossa religião como exemplo, a pessoa não se dedica à vida espiritual simplesmente porque não encontra oportunidade, não encontra uma casa a qual se identifique. 

A outra mensagem do texto que achamos importante a assimilação: Não julgar principalmente às determinações do alto! O trabalhador desta passagem achou injusto o que chegou depois dele ganhar a mesma moeda como recompensa. Mais uma vez lembramos que a humildade é fundamental para quem pacientemente espera a sua vez na grande ascensão espiritual. 

Ednay Melo 



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23/11/2014

Simpatia Cigana para o Ano Novo

Simpatia Cigana para o Ano Novo - Cigana Esmeralda / Ednay Melo


Material:
  • 1 cristal branco
  • 1 taça de vidro para por o cristal
  • água mineral
  • vela colorida
  • prato branco
  • folha de louro
  • erva doce
  • cravo da índia
  • carvão vegetal
  • incensário para carvão
  • bacia ágata
  • sal grosso 

Procedimento:
  • No dia 30 de dezembro, colocar o cristal de molho em água com sal grosso na bacia de ágata, por 1 noite ao ar livre.
  • No dia seguinte, 31, pela manhã, retirar o cristal da água com sal e colocá-lo sob o sol por 1 hora.
  • Próximo da virada do ano, defumar a casa com folha de louro, erva doce e cravo da índia.
  • Após a defumação, colocar o cristal branco na taça de vidro e completar com água.
  • Em frente a taça, acenda um ponto colorido no prato branco para o povo cigano e peça prosperidade para o ano que se inicia.
  • Use a taça com o cristal como decoração em sua casa, troque a água a cada 7 dias.
Pela Cigana Esmeralda, em Gira Pública da TULCA em 22/11/14 / Médium Ednay Melo.

Trecho retirado do Livro Umbanda Luz e Caridade - Cap. 4 - Ednay Melo







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19/11/2014

Você Acredita nos Seus Guias?


Vivemos em uma religião espiritualista, e por muito podemos dizer até que universalista. Em nossa religião, temos diversos guias, mestres e mentores, que são espíritos em evolução, outros em ascensão plena e outros até ascensionados, que direcionam os trabalhos de Umbanda em outro plano amparados pelos Sagrados Orixás.

Analisando isso, somos muito bem amparados e guiados, por espíritos que nos amam e que tem uma afinidade ímpar conosco. Muitos de nossos guias mais próximos possuem uma ligação familiar de muitas vidas passadas e trazem como missão nesta passagem da vida nos amparar e nos guiar conforme nossas necessidades e merecimentos em cada momento de nossas vidas.

Mas a grande pergunta é: você acredita no seu guia, ou na sua banda?

Vejo muitos médiuns de Umbanda, por muitas vezes duvidarem do trabalho dos seus guias e até mesmo de suas orientações para com você e outras pessoas. Vejo também a famosa frase: “Mas meu Guia não me ajuda por quê? Só ajuda os outros?

Devemos primeiro entender que nós médiuns somos canais, veículos de espíritos evoluídos que nos guiam, orientam e ajudam a quem necessitar e merecer (inclusive nós).

Não confunda seus medos, sua incertezas com a força e a capacidade dos seus guias. Nossos guias nos ajudam o máximo que podem, dentro da Lei Maior e da Justiça Divina, e se por algum momento de sua vida eles “não te ajudarem”, pode ter certeza: é um momento que você deve firmar suas pernas no chão, ser forte e adentrar de cara na situação, pois a sua vida quem deve viver é você.

Nossos guias não são muletas ou muito menos babás, para ficar nos mimando ou nos bajulando. Os guias são espíritos que nos fazem crescer, pensar e principalmente sermos racionais assim andando com nossas próprias pernas.

Quando a incerteza bater em sua porta, a vaidade, e o ego tentarem te acolher, firme sua cabeça em Deus, nos Orixás, e em seus guias. Pode ter certeza que se você acreditar, o seu mundo irá mudar, seus guias lhe mostrarão o caminho para você percorrer. Suas decisões você que deve tomar e aceitar as consequências também.

Não importa se você errar, falhar, cair, os guias sempre irão te amparar, desde que você confie neles e em Deus e tenha plena certeza de que você está aqui para aprender, seja lá como for.

Confie em você, na sua natureza, e com certeza através dessa confiança seus guias se manifestarão em sua vida naturalmente e com muito poder de realização.

Nikolas Peripolli










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16/11/2014

Concentração nas Reuniões Mediúnicas


Reuniões mediúnicas




Uma das dificuldades dos integrantes das reuniões mediúnicas diz respeito à concentração.

A capacidade de controlar, direcionar e manter o pensamento dentro das finalidades da reunião é, para a maioria, um esforço muito grande e que nem sempre dá bons resultados. Não raro os pensamentos se dispersam, fixam-se em fatos do dia-a-dia e acabam por tornar alguns sonolentos, enquanto outros estão distraídos e longe dos objetivos propostos para um trabalho sério. Alguns poucos, então, conseguem uma boa concentração e estes sustentarão os trabalhos programados, porém, como é óbvio, sem alcançar melhor produtividade devido aos bloqueios vibratórios existentes no ambiente.
A nossa cultura ocidental não dá ênfase à necessidade do controle mental, pois é fundamentada em uma mentalidade racional, extremamente prática, extrovertida e imediatista valorizando a horizontalidade da vida terrestre, exatamente oposta ao Oriente, cuja mentalidade se estrutura de forma intuitiva, mística e introvertida e que realça a essência espiritual do ser humano, incentivando a busca da verticalidade.
Nos últimos tempos tem-se notado um sensível aumento no interesse por algumas práticas orientais, ressaltando-se a meditação, cujos benefícios estão sendo procurados pelos ocidentais, que despertaram para a necessidade de uma busca interior, ou seja, o autoconhecimento.
A concentração que é praticada nas reuniões mediúnicas, evidentemente, tem conotações próprias e não deve ser tomada aqui como as realizadas nas práticas orientais, embora os aspectos semelhantes nas suas bases, quais sejam a disciplina mental, o controle e equilíbrio dos pensamentos. Exatamente por terem estes mesmos fundamentos é que citaremos algumas definições de autores do Oriente, visto que a sabedoria oriental é multimilenar e pode beneficiar-nos sobremaneira através desses pontos comuns.

Concentração 

- Conceito: Concentrar, segundo o dicionário Aurélio, significa "fazer convergir para um centro ou para um mesmo ponto. Aplicar a atenção a algum assunto".

Um autor oriental, Mouni Sadhu, esclarece que o poder de concentração consiste na "habilidade para manter inabalavelmente sua percepção sobre um tema escolhido, pelo tempo que você decidir continuar com ele" (Do livro "Meditação").
É exatamente essa capacidade de concentrar nos objetivos da reunião mediúnica que irá favorecer a realização dos trabalhos.

Leon Denis, em sua magistral obra "No Invisível", alerta:

"Conforme o seu estado psíquico,
os assistentes favorecem ou
embaraçam a ação dos Espíritos"

Dificuldades de Concentração

Deixamos a palavra com Leon Denis, que assinala o motivo principal da dificuldade de concentrar:

"Na maior parte dos homens os
pensamentos flutuam sem cessar.
Sua mobilidade constante e sua
variedade infinita pequeno acesso 
oferecem às influências superiores. 
É preciso saber concentrar-se, pôr 
o pensamento acorde com o 
pensamento divino.(...)" 
("O Problema do Ser, do Destino 
e da Dor", cap. XX) 

A reunião mediúnica apresenta ainda outras conotações que são peculiares ao tipo de atividade que ali se desenvolve.
Assim, a dificuldade de concentrar-se nos objetivos elevados que o exercício da mediunidade requer é resultado da pouca prática que a maioria das pessoas têm de fixarem seus pensamentos em assuntos edificantes, em ideais e ideias nobres durante o seu dia-a-dia. Estão com a mente sempre ocupada pelos problemas e questões do cotidiano, por coisas supérfluas e interesses imediatistas, pelo noticiário e programa da TV, por literatura e músicas teor inferior, por conversações extremamente banais e irresponsáveis, e não conseguem esvazia-la desses assuntos para dar campo às influências benéficas dos Espíritos Superiores, dos Mentores que assessoram os trabalhos.

Ensina Leon Denis:

"As preocupações de ordem material criam correntes 
vibratórias horizontais, que põem obstáculo às radiações 
etéreas e restringem nossas percepções. Ao contrário, a 
meditação, a contemplação e o esforço constante 
para o bem e o belo formam correntes ascensionais, 
que estabelecem as relações com os planos superiores 
e facilitam a penetração em nós dos eflúvios divinos. " 

A importância da concentração mediúnica

"Nesse sentido, consideremos a concentração mental de modo diverso dos que a comparam a interruptor, de fácil manejo que, acionado, oferece passagem à energia comunicante, sem mais cuidados... A concentração, por isso mesmo, deve ser um estado habitual da mente em Cristo e não uma situação passsageira junto ao Cristo".
Nossos pensamentos têm determinado teor vibratório, de acordo com os sentimentos que os tipificam.
É imprescindível compreendermos que o pensamento é energia viva "construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros(Emmanuel - "Roteiro", cap.28).
Este é o processo natural de sintonia e que predomina no curso de nossa existência.
Nas tarefas mediúnicas esta sintonia apresenta peculiaridades próprias. É essencial que exista uma afinizaçào, uma sintonia entre os participantes para que se estabeleça uma sincronia de forças, a conhecida "corrente vibratória".
Pode-se inferir, desde agora, o quanto é importante a concentração individual, visto que a qualidade dos trabalhos de intercâmbio depende fundamentalmente da participação consciente e responsável de cada um.

Recordemos Leon Denis, quando leciona a respeito:

"São favoráveis as condições de experimentação quando o
médium e os assistentes constituem um grupo harmônico,
isto é, quando pensam e bibram em uníssono. No caso
contrário, os pensamentos emitidos e as forças exteriorizadas
se embaraçam e anulam reciprocamente..."(No Invisível)

Ele acrescenta ainda que o médium em meio a essas correntes contrárias fica bloqueado, sem condições de atuar mediunicamente ou bastante prejudicado na filtragem das mensagens.
Em "O livro dos Médiuns", o Codificador ressalta a necessidade da concentração ao referir-se à reunião como um ser coletivo, resultante das qualidades e propriedades de seus membros e esta tanto mais força terá quanto maior homogeneidade vibratória houver. Ele afirma que o poder de associação dos pensamentos de todos é que contribuirá para a comunicação dos Espíritos, "mas a fim de que todos esses pensamentos concorram para o mesmo fim, preciso é que vibrem em uníssono; que se confundam, por assim dizer em um só, o que não pode dar-se sem a concentração"(Item 331).
Portanto, cada participante precisa estar consciente de sua contribuição para que haja êxito nas atividades programadas pela Espiritualidade Maior.

João Cleófas(Espírito), em seu excelente livro "Intercâmbio Mediúnico", desenvolve o pensamento de Kardec e Denis, em linguagem moderna:

"A média que resulta das fixações mentais dos membros
que consituem o esforço da sessão mediúnica oferece
os recursos para as realizações programadas.
A concentração individual, portanto é de alta relevância,
porque a mente que sintoniza com as idéias superiores
vibra em frequências elevadas"


Como Obter uma boa Concentração

A concentração não requer um esforço físico. Pessoas que tentam concentrar franzindo a testa, fechando os olhos com força ou denotando qualquer outro tipo de tensão muscular não alcançarão a finalidade a que se propõem.

Ao contrário do que imaginam, a concentração exige um relaxamento e passa por alguns estágios, quais sejam:

1. Relaxamento - O relaxamento do corpo físico serve para preparar e favorecer a calma, a tranqüilidade interior.

2. Abstração - Abstrair-se do mundo exterior, de tudo ao seu redor.

3. Interiorização - Fazer silêncio interior, abstraindo-se também dos conteúdos psicológicos(emoções, pensamentos, imagens, lembranças, etc).

4. Fixar a mente - A mente se fixa e a atenção volta-se exclusivamente para o objetivo da reunião.

5. Aquietar a mente - Neste ponto a mente se aquieta e, no caso dos médiuns, oferece espaço para a sintonia mental com o Espírito que irá transmitir a comunicação.

Afirma João de Cleófas:

"A concentração, é, pois, a fixação da mente numa ideia positiva,
idealista, ou na repetição meditada da oração que edifica, e que,
elevando o pensamento às fontes geradoras da vida, dá e recebe,
em reciprocidade, descargas positivas de alto teor de energias
santificadoras."(Intercâmbio Mediúnico)


Pensamentos Intrusos

Todos os que se iniciam nos exercícios de concentração ou de meditação percebem que é difícil controlar os pensamentos e que, com freqüência, vêem-se assaltados por pensamentos intrusos, inconvenientes e inoportunos.

Deixemos a lição a respeito com um dos mestres orientais:

"No início toda a sorte de maus pensamentos podem ocorrer,
se levantarão na sua mente. Você se sobressaltará .
Ficará atormentado. Isto é um bom sinal. É sinal de progresso
espiritual. Você está evoluindo espiritualmente. Esses
pensamentos, com a continuidade(dos exercícios), morrerão
com o tempo".(Trechos do livro "Concentração e Meditação",
de Swami Sivananda).


Ele também aconselha que a pessoa não lute contra a sua mente durante a concentração.
O mais acertado é aceitar com tranqüilidade e estabelecer o hábito de retorno, isto é, retornar aos objetivos propostos.
No livro de Mira y Lopes, "Curso Prático de Concentração Mental" o autor refere-se ao"hábito de retorno", para disciplinar a mente.
André Luiz, sintetizando o esforço que os integrantes dos grupos mediúnicos devem realizar, anota em seu livro "Os Mensageiros" a palavra de Aniceto, relativa ao nosso tema:

"Boa concentração exige vida reta. Para que os nossos
pensamentos se congreguem uns aos outros, fornecendo
o potencial, de nobre união para o bem, é indispensável o
trabalho preparatório de atividades mentais na meditação
de ordem superior. A atitude íntima de relaxamento(este
termo tem neste contexto o significado de descaso), ante
as lições evangélicas recebidas, não pode conferir ao crente,
ou ao cooperador, a concentração de forças espirituais no
serviço de elevação tão-só porque estes se entreguem
apenas por alguns minutos na semana, a pensamentos
compulsórios de amor cristão.(...)."(Cap. 47)

A Doutrina Espírita é um convite permanente à transformação moral, levando a um processo natural de autodescobrimento e propiciando condições para a realização desse encontro pessoal. Toda essa mudança, quando ocorre naquele que já interiorizou os princípios espíritas, denota um amadurecimento que favorece a uma nova compreensão da vida e a uma necessidade premente da busca da verticalidade. Quando existe essa conscientização o indivíduo torna-se cônscio de usas responsabilidades procurando, então, adquirir hábitos equilibrados, o que irá favorecer a sua concentração enquanto integrante de um grupo mediúnico.

Deixemos com Emmanuel a palavra final:

"Receberás, portanto, variados apelos, nascidos do campo
mental de todas as inteligências encarnadas e desencarnadas
que se afinam contigo, tentando influenciar-te através de
ondas inúmeras em que se revela a gama infinita dos
pensamentos da Humanidade, mas se buscas o Cristo, não
ignoras em que altura lhe brilha a faixa."
("Seara dos Médiuns" / Emmanuel - Chico Xavier)

Grupo Paz





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13/11/2014

Devemos Sair Antes da Gira Terminar?




Pergunta: Pai Antônio o senhor poderia dar sua opinião a respeito do consulente sair antes do término da gira de Umbanda? Existe algum problema de ordem energética ou espiritual?

Pai Antônio: Meus filhos que Olorum nos abençoe e que possamos manter sempre nossos corações abertos para a nossa transformação.

O assunto é amplo neste caso filho, devido a dois pontos que aqui iremos observar, deixando claro que não existe pretensão de nossa parte aprendizes ainda que somos de criarmos uma palavra ou ideia única no que tange doutrina de Umbanda ou ainda quebrar às regras impostas por determinada casa, mas tão somente expormos um ponto de vista.

O primeiro ponto que achamos prudente comentar trata-se de casas de Umbanda que não estipulam um horário para término de seus trabalhos, tornando ai cansativa a permanência do consulente no mesmo. Lembramos que os espíritos desenvolvem tarefas dentro e fora de um terreiro e que a criação de uma regra de trabalho os beneficia, além de auxiliar os médiuns ainda envolvidos pelo animismo e por que não dizer certos (as) dirigentes a não confundir o fator tempo com qualidade e eficiência.

Em sequência temos o consulente que frequenta um terreiro filho. Devido a liberalidade criada em nome e não da mediunidade dentro de certos terreiros e não é de nossa pretensão generalizar esta opinião, principalmente dos anos 70 em diante quando começa a ganhar maior força o movimento Umbandista no Brasil nos deparamos com médiuns apressados e presos a fenômenos e não a doutrina de Umbanda e dirigentes despreparados na condução da mediunidade e da disciplina dentro de um terreiro, dentro do estudo, do bom senso e da caridade.

Ao abordar a questão disciplinar vamos encontrar a mesma sendo aplicada em toda a vertente religiosa no que tange organização e fora deste sistema também no setor público e privado. Encontramos regras no trabalho, nas escolas, repartições públicas que regem a vida em sociedade de forma pautada e por que não dizer saudável.

Mas tais regras não eram aplicadas ao consulente de um terreiro onde víamos em muitas casas e ainda hoje é assim:

Médiuns saindo para fumar, conversar e agirem como se estivessem em uma festa na hora dos trabalhos espirituais de uma casa ignorando totalmente os campos de forças formados pelos Exus para dar segurança vibratória ao trabalho realizado.

Consulentes que permanecem do lado de fora de um terreiro e somente adentram a casa na hora em que o rito de “consulta espiritual” (que não adotamos, sugerindo o aconselhamento espiritual) se inicia.

Dentro desta questão vamos encontrar consulentes que ao se aconselharem, receberem passes e trabalhos com os guias, simplesmente viram às costas e saem do terreiro, pois julgam que o seu papel foi cumprido.

Este pai velho pede desculpas se vai desagradar aqueles que procedem desta forma e param para ler este texto, mas já é hora de se conscientizar do papel que uma casa desenvolve dentro de questões energéticas filhos.

Sair no meio de uma missa realizada nos primórdios dos ritos Católico Apostólico Romano, não faz com que todas as bênçãos daquele dia se resumissem somente até a hora de se tomar a hóstia consagrada.

Sair no meio de um trabalho em um terreiro de Umbanda, a nosso ver também perde o efeito energético quando abandonado pela metade.

Dentro de um terreiro existem espíritos trabalhando em todos os setores da casa na hora de um atendimento espiritual e certos trabalhos somente se concluem quando encerrada à gira.

Sair no meio deste trabalho, além de ser um gesto deselegante, mal educado com os servidores desta casa de Umbanda encarnados ou não nos mostra o exercício do egoísmo, onde o consulente pensa somente em si e não no todo e quando falo em “todo” devemos ai nos lembrarmos dos campos formados para segurança pelos Exus, lanceiros, Purís, pelas bênçãos dos pais e mães velhos no ato de benzer, pela força Elemental utilizada dentro do terreiro para o atendimento e pelos servidores que ali estarão dando o melhor de si até o final do trabalho.

É preciso compreensão do consulente no que tange disciplina de buscar, mas também de receber, e de exercitar a paciência para que o remédio seja dado na dose certa e não pela metade.

Certas casas liberam os consulentes para saírem antes, pois é notado o ar de indiferença e pieguice quando é solicitado que todos permaneçam até o fim da reunião e novamente insistimos que a nosso ver esta não é uma atitude correta o que leva muito a crerem que o terreiro é liberal aos extremos inclusive quando se trata de doutrina e postura doutrinária.

Acreditamos filhos e valorizamos a permanência do consulente até o final das giras de forma consciente, sabendo que o mesmo recebe bons fluidos do início ao final de um trabalho de terreiro.

Sabemos que nem todos concordam com estas palavras deste pai velho, mas nossa intenção reforçamos mais uma vez é somente expormos meus filhos nossa humilde opinião e sempre valorizarmos mais todas as energias que são trabalhadas dentro de um terreiro.

O pão para se tornar macio e saboroso, passa por todo um processo de preparo e tempo para alcançar o ponto exato para ser consumido.

Não é diferente o trabalho de um terreiro que dentro dos padrões de atendimento energético visa o máximo de energia para auxiliar aquele que presta de seu tempo para ser atendido e simplesmente ignorar isso saindo a hora que se quer e exercitando ai a lição do egoísmo, acreditamos que seja uma total perda de tempo.

Cada qual na sua reflexão leia esta mensagem com o coração e exercite seu bom senso dentro de suas conclusões finais.

Do amigo de caminhada,

Pai Antônio das Almas 

Canalizado por Gero Maita







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12/11/2014

Breve Comentário sobre Passe

Breve Comentário sobre Passe


A reação das pessoas no momento do passe: 

Dependendo de cada pessoa em particular, pode ocorrer: reações corporais histéricas, que podem denotar o desequilíbrio da mediunidade, fator emocional ou psicológico ou mesmo uma obsessão.

Atitude ideal do passista: com muita calma chamar a atenção da pessoa para orientá-la no tempo e no espaço. Se não conseguir encaminhar silenciosamente para sala reservada com médiuns treinados a fim de receber o socorro devido.

Também pode acontecer da pessoa que recebe o passe estar tão ajustada energeticamente que o próprio passista se beneficia com os seus bons fluidos.

Ednay Melo




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09/11/2014

A Posição do Médium


Médium


A posição de um médium em uma reunião requer muito cuidado e observação, tanto perante os assistentes quanto perante a sua própria consciência. O fenômeno que se chama repercussão é coisa muito séria em relação ao equilíbrio do próprio médium. A experiência nos faz compreender que todo trabalho de caráter sério busca na ciência e nos fatos compreensão profunda do seu exercício, para que não venhamos a ser cegos conduzindo cegos, ambos caindo nos despenhadeiros. 

A posição do médium deve ser correta, de modo a ampliar todos os conhecimentos estudados com as experiências oriundas de seus próprios exercícios espirituais. 

Nunca te enveredes por caminhos escolhidos afoitamente. Lembra-te de que muitas cabeças poderão formar diretrizes com maiores possibilidades de acertar. Uma das coisas essenciais para o medianeiro, em qualquer função espiritual, é a humildade, sem que esse gesto se transforme em fraqueza. A modéstia deve ser enriquecida com os valores da compreensão. 

Os assistentes de uma reunião mediúnica formam sempre uma heterogenia no campo mental. Os pensamentos, nas suas variações, guardam mais afinidades com o médium ou a ele se dirigem, por imposição dos participantes. O médium é sempre visado. É bom que te lembres disso todas as vezes em que praticares a mediunidade. A atmosfera que acompanha o intermediário dos Espíritos é de alta sensibilidade e sempre cede à sua vontade. Se essa vontade é educada, criará defesas naturais, perdendo a afinidade com o mal e estabelecendo a harmonia, de modo a assegurar o equilíbrio do instrumento dos Espíritos. 

O que chamamos de repercussão são pensamentos de tonalidades diferentes nascidos em muitas mentes e encaminhados para a mente do médium que, em seguida, sofre os desajustes dos mesmos na sua câmara sensível de fluidos imponderáveis. Certamente os Espíritos benfeitores ajudam, mas nem sempre o necessário, pois existe a parte do médium, que só ele deve fazer. Esse médium pode ser levado ao desgaste, tanto físico quanto emocional. As energias que circulam nos centros de forças distribuídas e redistribuídas em todo o corpo, podem sofrer perda com a repercussão, às vezes de modo irreparável. Os pensamentos dos assistentes são forças virgens que podem ajudar ou destruir, conforme a educação de cada um. Eis porque aconselhamos, em todos os tipos de reuniões, leituras elevadas, de cunho evangélico, acompanhadas de comentários feitos por pessoas que saibam lidar com as palavras nas áreas que constroem, alertam, educam e despertam esperança naqueles que ali se reúnem à procura do Senhor. 

A posição do médium é delicada. Ele está sempre no meio das trevas, procurando fazer luz. Os sofredores são muitos a buscarem conforto. O médium sem Cristo é ambiente sem paz. Aquele que não deseja educar-se, não serve para servir. A doutrina dos Espíritos é uma escola que veio com a missão de mostrar aos novos seguidores do Senhor um caminho bem melhor que tantos outros em evidência no mundo: o caminho do amor. 

Podes ouvir e conversar com as pessoas que procuram conforto e saúde, porém não deves alimentar o mesmo desequilíbrio nas tuas emoções. Certamente não é preciso responder-lhes com aspereza, porque a caridade educa a tonalidade da voz e é força disciplinadora dos próprios gestos. O bom senso deve ser a tônica de todas as conversações. Seja qual for a situação dos nossos irmãos que sofrem, não devemos sofrer com eles. Bastam-nos os nossos fardos; se os levarmos sem reclamações, já teremos cumprido um dever que alivia a consciência. 

O médium que já se candidatou a discípulo de Jesus não fere o companheiro. Procura esclarecer, se não pela palavra, pelo exemplo. Perdoa sem condições, sem anunciar o perdão e abençoa pelo que faz, sem desejar recompensa. O transe mediúnico é ato muito sério, que nos compete analisar. A nossa mente se abre em flor em busca do que desejamos fazer, auxiliando. E o que vem de fora, encontrando sintonia no que está dentro, acasala-se na conjunção da própria natureza, formando algo que nos ajuda ou nos perturba. O médium deve ser reto, nas suas qualidades de pensar, de saber e de sentir.

Os sentimentos são forças que se irradiam em todas as direções que indicamos e que reclamam os iguais, retornando à fonte de onde surgiram para se multiplicarem, desfazendo-se na própria personalidade como energias gastas, alimentadoras de desequilíbrios, ou como fluidos imponderáveis da natureza divina, que fortificam a alma para a libertação. 


A mediunidade é dom generalizado em todas as criaturas, à espera de educação e disciplina. Sem certas regras orientadas pelo Cristo, ela é apenas um instrumento de satisfação pessoal ou meio de vida na pauta dos negócios. Há muita diferença entre o médium da luz e o das trevas, entre a faculdade divina e a faculdade humana. A posição do sensitivo ante sua mediunidade é que sua língua deve perder a força de ferir, suas mãos a força de revidar e suas idéias, a força de contrariar as leis de Deus. 

Todos os médiuns são testados por meios variados. Por onde não se espera é que o inimigo chega. O defeito que insistimos em apontar nos outros é o que temos com mais saliência. A casa do vizinho está sempre alterada, quando analisada pela razão em distúrbio. 

Se tiveres que chorar por alguém que errou, chora por ti mesmo. Se tiveres de alterar a voz com irmãos que julgaste incursos em erro, altera a voz contigo mesmo. Se tiveres de anunciar alguma virtude que não possuis, fala das qualidades dos companheiros e dos esforços que eles fazem para melhorar. 

A posição do médium no lugar em que foi chamado a trabalhar é a de servir de instrumento para o bem em todas as direções da vida. Quando vamos trabalhar na caridade, recebemos de Deus uma cota de luz divina, mas não podemos esquecer que tal cota é para ser doada, e se ela se transforma fielmente no que nós desejamos que ela seja, torna-se uma carta com endereço certo. Eis a posição do médium diante da consciência.

Do Livro "Segurança Mediúnica" - Miramez / João Nunes Maia




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06/11/2014

Médium Rebelde


Médium Rebelde

Apesar do Médium Rebelde possuir uma boa mediunidade, e receber de Deus toda a força para caminhar no caminho correto, estas pessoas fogem e buscam alternativas perigosas. Mediunidade é uma coisa muito séria e não se deve brincar com ela.

Conheci uma médium que possuía uma boa mediunidade, mas era muito rebelde. Criticava a todos os seus amigos, falava mal dos outros, faltava ao trabalho, era relapsa. As suas opiniões tinham que ser aceitas como ela as ditava, ninguém poderia divergir dos seus pensamentos. E, por incrível que pareça, tinha péssimas idéias. Resultado: ninguém a queria por perto, vivia abandonada, os vizinhos não queriam saber dela, pra dizer a verdade foi abandonada até mesmo pelos parentes e quase sempre estava doente e vivia sofrendo pelos caminhos da vida.

Um dia entrou num centro espírita e foi aceita para o começo do trabalho, mas logo vieram as observações. Para ela tudo estava errado e precisaria mudar muito. Suas idéias não foram aceitas. Mesmo assim continuou. Quando se viu que ela realmente iria trabalhar, foi-lhe enviada uma pasta como trabalhadora da casa e todas as normas, leis e regulamentos da casa para que ela se adentrasse.

Ela não disse não, mas arrumou uma trouxa de roupa velha e no meio da roupa velha colocou a pasta do mesmo jeito que recebera. Estava devolvendo as orientações do trabalho que ela teria que executar a Deus. E devolvendo de uma maneira maldosa: praticamente num saco de lixo. Nunca mais apareceu na casa espírita e provavelmente deve estar sofrendo muito por aí.

Outra pessoa começou a prestar serviço a uma casa espírita, mas dizia a pessoa que o espiritismo não poderia mudar seu estilo de vida. Assim trabalhou um tempo nesta casa e depois começou a faltar. Nunca abandonou o vício da bebida e do cigarro, pelo contrário passou a beber mais e bebia para todo mundo ver. Deixou de freqüentar a casa espírita.

O médium rebelde terá muito a galgar se insistir em se submeter às próprias vaidades

E assim vemos muitos médiuns sofredores como estes. Vai ser preciso outras existências para que eles possam se melhorar.

Por outro lado grande parte destes médiuns sofre de obsessões. Quase sempre foram pessoas muito más no passado e fizeram muita gente sofrer. A mediunidade é uma janelinha que Deus abre na mente destas pessoas, para que elas possam ver um pouco de suas maldades do passado e possam se melhorar no presente, ajudando a todos aqueles que eles prejudicaram no passado.

Quase todos os médiuns foram pessoas muito ruins no passado e suas vítimas estão cobrando agora o que receberam. São espíritos que querem se vingar. Tanto é que quando o médium cumpre suas obrigações para com Deus, as coisas melhoram, quando se afastam, as coisas pioram.

Estes espíritos obsessores têm um dos dois caminhos a seguir, quando o médium se torna melhor: ou seguem com o médium, se melhorando com ele, tornando-se um amigo; ou eles se afastam e esperam uma pequena queda do médium para retornar. Por isto todos os médiuns precisam estar vigilantes todos os dias. “Orai e vigiai” já dizia o Cristo. Temos uma grande missão na humanidade e prometemos a Deus, quando estávamos na espiritualidade, que desta vez não iríamos falir. Muitos cumprem direitinho até o fim, outros ficam perdidos pelas estradas tortuosas desta vida. O arrependimento geralmente vem muito tarde.

Fonte: religiaoespirita.com




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05/11/2014

Comentário Sobre "O Retorno da Vida Corpórea à Vida Espiritual"


Comentário sobre o retorno da vida corpórea

TEMA DA DOUTRINA ESPÍRITA
L.E. Cap. III


RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL

Negar a individualidade da alma é negar a vida espiritual como um todo. Tomamos como exemplo as psicografias de Chico Xavier, onde até a assinatura do desencarnado provava a sua existência pós morte do corpo físico. 

Já vimos no livro dos médiuns, que o espírito toma a aparência que quiser e de acordo com o seu propósito. Na questão 150 do L.E. observamos que aparência da última escarnação se apresenta como forma de constatar para o desencarnado a sua individualidade, neste caso não é a vontade do espírito que faz a sua aparência e sim a bondade de Deus para lhe ajudar no momento que pode ser confuso para ele, que é o momento da sua morte.

Existem espíritos em estado de perturbação tal, que não percebem que morreram e não enxergam, na vida espiritual, os espíritos que vêm em seu socorro. Daí a necessidade do acolhimento a estes espíritos dentro da casa espírita e de Umbanda, o choque anímico que experimenta com o médium que lhe dá passividade é como um bálsamo a acalmar a sua aflição, a partir daí o orientamos com relação ao seu estado de desencarnado, geralmente pedimos que ele perceba as mãos, os braços e o corpo do médium e perguntamos se ele sabe de quem é aquele corpo, neste momento ele constata que não possui mais o veículo físico.

O momento da separação da alma do corpo não é dolorosa, porém as sensações que o espírito experimenta vai depender da sua evolução moral, do ser humano bom ou mau enquanto encarnado, do seu apego ou não as coisas materiais. As pessoas muito apegadas à matéria demoram muito para o desenlace e dão maior trabalho aos socorristas espirituais no momento da morte, já as mais evoluídas, tem consciência da sua situação e facilitam o trabalho. Sabemos que o fenômeno da morte, em qualquer espírito, proporciona o sofrimento da saudade dos que ficam e, de certa forma, torna o desenlace mais lento, podemos observar quando os enfermos em coma, demoram-se para o desenlace. Além do sofrimento do enfermo que se prepara para a morte, tem também o sofrimento dos familiares e amigos. Por isto ouvimos tanto o termo "melhora da morte: ele teve uma melhora e logo após, morreu!", que nada mais é do que os socorristas espirituais proporcionarem uma melhora aparente a fim de que a família relaxe o seu mental, retorne para a sua casa mais tranquila e desta forma facilite o desenlace do corpo físico do seu ente familiar.

A alma se liberta pouco a pouco, o primeiro laço a se desfazer é o correspondente do perispírito nos pés. Geralmente, a alma próxima do desenlace, a primeira parte do corpo que esfria são os pés.

E nas mortes violentas, o que acontece? Antes do choque final, o espírito perde a consciência e não participa do desenlace.

E os que ficam sofrendo junto ao corpo em decomposição? Mais uma vez a evolução moral de cada um irá interferir neste processo. Percebam que evolução moral não tem relação com a evolução intelectual. Pode ser um trabalhador rural, que nem sabe que a Doutrina Espírita existe, mas se é puro de coração, a espiritualidade não irá permitir nenhum tipo de sofrimento a este espírito.

Sugerimos a leitura do livro "Voltei" do Irmão Jacob, em psicografia de Chico Xavier, para enriquecer o tema aqui abordado.

Ednay Melo




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