outubro 2022 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

31/10/2022

Alerta aos Leitores

Este blog tem como objetivo a divulgação da religião de umbanda e de tudo que se refira a espiritualidade, com referência à diversidade predominante.

Nestes 10 anos de divulgação, alcançando quase 2 milhões de leitores, ganhamos credibilidade e apreço como reconhecimento de um trabalho sério, e é em respeito a estes leitores que viemos informar que retiramos das nossas indicações os livros de um autor espiritualista já consagrado no mercado, que ultimamente tem-se mostrado avesso à proposta espiritual que defendemos e acreditamos, que é o respeito e imparcialidade dos espíritos ao livre arbítrio humano. 

Este autor e também médium, que não divulgaremos o nome por questão ética, tem promovido a incitação ao ódio em suas redes sociais por ocasião do cenário político do País, para fazer valer as suas convicções usa o nome dos espíritos para obter credibilidade, informando que os espíritos o alertaram por meio da sua mediunidade que a outra parte política são as trevas tentando dominar o Brasil e as Américas, entre outras tantas falas estapafúrdias denegrindo a imagem pura da espiritualidade. 

Deixamos claro que somos a favor da liberdade de expressão de forma respeitosa, bem como ao direito de manifestação de preferências políticas de todas as pessoas, inclusive médiuns, pois todos somos também cidadãos. O que não se admite é misturar política e religião para coagir as pessoas através do medo.

A pergunta que fica é: este autor sempre foi assim ou somente agora se desvirtuou? Lembremos que atualmente a internet nos dá a oportunidade de conhecermos melhor personalidades ícones de todos os setores da sociedade, que eles mesmos se fazem mostrar através de vídeos e redes sociais, quando antes só o conhecíamos através dos seus livros ou outros materiais informativos e pré-elaborados.

Longe de questionarmos o seu motivo particular, se fraude, animismo ou alguma perturbação psíquica, a intenção é apenas contribuir para a defesa da umbanda e da espiritualidade de impostores, rogando a Oxalá muita luz em seu caminho.

Ednay Melo

Blog Tulca



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28/10/2022

Você é Médium?

Você é Médium?


Mediunidade é um termo que se propagou através da doutrina espírita kardecista, médium, mediano, sintonia que está "entre", está no meio: sintonia que permite às pessoas estarem ligadas mentalmente entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos.

Muita gente já ouviu falar e também já foi surpreendida por uma consulta espiritual em que lhe foi revelado: Você é médium!

Porém, é hora de salientarmos que somos seres constituídos de energia e nos movimentamos além da esfera física. 

Como espíritos vivendo no mundo terreno, continuamos a transitar pela dimensão astral. Essa dimensão é o mundo dos espíritos desencarnados. São mundos que se entrelaçam em dimensões diferentes.

A mediunidade é o sexto sentido que nos permite receber as sensações sutis. Todos somos médiuns e interagimos com os espíritos dos mortos.

A maioria das pessoas têm a mediunidade intuitiva, que funciona como um toque sutil que lhe chega aos sentidos como uma orientação de espírito de luz. Isso acontece porque estamos todos ligados energeticamente.
Podemos sentir a energia emanada nos ambientes e das pessoas à nossa volta. Sentir um leve mal-estar quando entramos em algum lugar ou quando alguém que amamos não está bem.
Perceber além dos cinco sentidos, isto é mediunidade.

Convencionou-se para o espiritualismo que o médium é um indivíduo intermediário entre os mundos físico e espiritual, podendo transmitir comunicações de outros espíritos, entre outras manifestações chamadas mediúnicas.

São diversos os tipos de mediunidade: Cura, psicografia, clarividência, clariaudiência, pictografia, pisicofonia e incorporação são algumas das modalidades.

Encontramos médiuns naturais e ostensivos. 

O médium natural possui seu sexto sentido como todos os outros sentidos e pode desenvolvê-lo naturalmente.

O médium ostensivo é aquele que tem uma grande sensibilidade mediúnica e nasceu com essa aparelhagem parafisiológica apropriada para o intercâmbio. Tem facilidade para captar as emanações sutis e se não desenvolver seu dom, fica a mercê das influências alheias.

Sintomas básicos da mediunidade:
Alterações repentinas de humor;
Crises de pânico;
Sonambulismo;
Passar mal em locais aglomerados;
Zumbidos no ouvido sem diagnóstico;
Sensação de vertigem e de sair do corpo;
Acordar e não conseguir mexer o corpo;
Bocejar demais;
Medo exagerado do escuro;
Sentir-se bem em contato com a natureza;
Sentir arrepios frequentes pelo corpo;
Ter sempre aparelhos eletrônicos com problemas e quebrados;
Quebrar copos com frequência;
Fechar os olhos e ver imagens de pessoas;
Sonhar sempre com pessoas que já morreram;
Muitos pesadelos e dificuldade para dormir.

Mediunidade é uma fenomenologia que requer tratamento e educação. Ela é uma sensibilidade que nos foi oferecida pela espiritualidade, ao reencarnarmos, para que com o bom uso que fizermos dela possamos colaborar no mundo, como cocriadores na obra divina, entretanto seu mau uso poderá trazer danos irreversíveis ao "eu psicológico" de seu portador. Mediunidade é coisa séria para gente séria..

Mozart de Iemanjá



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16/10/2022

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

Desenvolvimento Mediúnico na Umbanda

1) O desenvolvimento é lento. Exige muita paciência, não pode ser forçado, nem acelerado. Não se pode pular etapas, tudo acontece no momento certo. E é bom que seja assim. O atendimento é uma responsabilidade muito grande, é necessário garantias de que o médium está preparado para assumir essa tarefa. E este preparo vem somente com o tempo.

2) O amadurecimento da mediunidade é, antes de tudo, um desenvolvimento de si mesmo. Ele exige o autoconhecimento. É preciso evoluir moralmente, assumir uma postura correta, agir de acordo com os princípios éticos.

3) Com o desenvolvimento, muitas coisas há muito tempo guardadas começarão a se manifestar. Você deverá mergulhar em seu interior e limpar o coração de todos os sentimentos negativos, pensamentos e memórias que pesam em seu ser. Não haverá mais para onde fugir. Você terá que lidar com isso, resolver-se.

4) O estudo é necessário. Não ache que já sabe o suficiente. É o conhecimento que trará a compreensão do que se passa contigo. Tenha a humildade de sempre ouvir, mostrando-se sempre disposto a aprender mais. Muitas de suas perguntas têm respostas, basta procurá-las.

5) Atualmente, as incorporações são mais conscientes. Há muitas dúvidas. Você se perguntará se é você ou a entidade muitas vezes. Mas isso tudo é normal, é natural, com o tempo ficará mais fácil distinguir o que é seu e o que é da entidade. Neste fase inicial, a fé será necessária. Para prosseguir neste caminho maravilhoso que é a mediunidade, deverá persistir apesar das dúvidas e inseguranças.

6) O desenvolvimento deve acontecer no terreiro, sob a supervisão de um sacerdote, dirigente ou pai-de-santo. É a ele que você deve recorrer caso tenha alguma dúvida ou esteja passando por alguma situação. Cursos podem até te ajudar, mas não substituem o acompanhamento de alguém mais experiente. Conheça muito bem o terreiro antes de solicitar o ingresso.

7) Não são os elementos materiais que farão de você um bom médium. Banhos, guias, firmezas podem contribuir, mas somente o tempo fará de você um médium preparado. Não se deixe impressionar por aquilo que é superficial.

8) Não se preocupe, também, em descobrir quem são seus orixás de cabeça, nomes das entidades, os pontos delas. Na hora certa, quando seus guias considerarem que é o momento, você saberá. Apenas deixe fluir as coisas em sua naturalidade.

9) Saiba aceitar sua mediunidade do jeito que ela é. Cada um tem sua peculiaridade e é parte do desenvolvimento descobrir isso. Aprenda com os exemplos alheios, mas não tente imitar alguém. A incorporação é um momento seu. Não ligue para a opinião dos outros. O objetivo não é agradá-los. Repetimos, o importante é deixar a incorporação fluir naturalmente.

10) O espírito não entra no corpo do médium. O transe mediúnico acontece pelo acoplamento dos chakras, onde a entidade envolve-te com sua energia, criando uma conexão mental. Para que isso ocorra com harmonia, é importante que esteja com sua aura limpa. Isso acontece através de bons pensamentos, práticas corretas, equilíbrio emocional. Da mesma forma, busque cumprir os preceitos. No dia de gira, busque entrar em sintonia desde cedo com a espiritualidade.

11) Aproveite o tempo como cambone. Há muito para aprender. É a oportunidade que você possui de servir diretamente às entidades. Sentirá muita falta disso no futuro.

12) Você tem todo o direito de não desenvolver a sua mediunidade, o livre arbítrio é lei divina. Há muitas outras formas de entrar em sintonia com a espiritualidade, a Umbanda é apenas uma dela. É somente o amor e o desejo de servir ao Pai Maior que devem te motivar a buscar esse caminho de luz.

13) Lembre-se, por fim, que o objetivo maior da mediunidade é a prática da caridade. Não é para nos auto-afirmarmos diante do outro, mas sim, antes de tudo, para contribuir com a obra do bem.

Diamantino Trindade




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03/10/2022

A Obsessão na Atualidade

A Obsessão na Atualidade


Que é assustadora a forma como as pessoas estão se arvorando a lidar com a espiritualidade na atualidade afro umbandista não é novidade para ninguém.

Basta navegarmos pelas redes sociais, diariamente, e vemos os impropérios estampados como normais, mas que tem muito mais de midiáticos e glamorosos na forma como são postados, quase sempre com o objetivo de demonstrar força mediúnica, poder paranormal ou mão milagrosa, e assim evidenciar uma certa superioridade egocêntrica, até quem sabe psicótica, que intrinsecamente satisfaz a vaidade a ao orgulho humano.

Tenho dito com alguma frequência que, quase sempre as pessoas agem assim por intenções exploratórias da dor alheia e em benefício próprio, com o fim unicamente da extorsão financeira.
Entretanto, de uns tempos para cá, tenho observado que o fato é muito mais grave do que parece. Nos atendimentos que faço, e no que leio nas redes sociais, vejo que o problema assume grandiosidade estrutural muito além da moral religiosa.

Minha constatação pessoal é a de que, tanto os “sacerdotes” invocaram, incentivaram e ativaram energias sombrias sobre seus templos, pelos mais diversos motivos, que estas trevas tomaram conta do grupo mediúnico coletivamente e saíram para as ruas, para as casas, para a comunidade como um todo.

Não precisamos muito conhecimento acerca de espiritualidade para percebermos que estamos vivendo um momento de OBSESSÃO COLETIVA instalada sobre um grande grupo de médiuns e sensitivos que se encontram subjugados às entidades que os fascinam e dominam mentalmente, sugando-os com vampirizações de tônus vital, muito além do que estes médiuns imaginam.

A mediunidade foi subestimada pelo mediunismo para dar visibilidade a médiuns, em detrimento do trabalho espiritual favorável.

O mundo passa por uma transformação na questão dos valores sócio morais, o mesmo indivíduo que não respeita e nem tolera os valores de família, ou de vida em sociedade, será o médium ou filho de santo mal-educado, pretensioso e rebelde dentro da estrutura religiosa, seja terreiro, ylê, Inzó ou outro. Os indivíduos que se sentiram livres para não respeitar pais e mães genéticos, serão os mesmos que não irão respeitar as regras estruturais para o convívio com os espíritos dos mortos, fundamentos e outras tradições manipuladas no ato sagrado e devocional.

Vivemos num mundo onde valores éticos e morais deram vez ao tudo quero, tudo posso e tudo faço sem nenhuma responsabilidade maior, todavia nas questões de intercâmbio com os espíritos, com as divindades, com “vales sombrios” e as “zonas de luz” não é tão simples assim e as consequências, mais dia menos dia surgirão, é só questão de tempo.

Junte-se tudo isso ao modismo da exaltação do ego, onde não interessa ser realmente alguma coisa real na sociedade civil, mas fantasiar para os outros o entendimento de parecer ser. Principalmente com a Covid 19 onde as pessoas ficaram presas em suas casas, muitas delas somente conseguindo existir através do computador fantasiando felicidades, ou conhecimentos, e dando “pitacos” em questão basilares, das religiões afro umbandistas, sem nunca terem feito uma pesquisa pedagógica, ou uma leitura adequada, e até quem sabe uma conversa com alguém mais informado sobre tais questões. É comum no mundo do “faz de conta” as pessoas se darem a valores e conhecimentos que não possuem.

Além disso, os obsessores coletivos, os vampiros astrais que estão espalhados entre muitos grupos do nosso “povo de santo” os incentivam a prática do imediatismo, ou seja, não lhes permitindo tempo para que a germinação da mediunidade e a germinação do conhecimento andem lado a lado. Os obsessores são inteligentes e precisam incentivar no médium a vaidade e o orgulho de seus super poderes para os manterem subjugados. Tudo na natureza e na espiritualidade requer tempo e prática, caso o contrário não é equilíbrio natural.

Os mesmos médiuns que deixaram de respeitar sacerdotes e entidades, regras e doutrinas, são os que perderam o medo dos espíritos das trevas, dos obsessores. Por desconhecimento das leis de atração e repulsão do universo, e ainda, por não acreditarem em incorporações, nem em si nem nos outros, acreditam somente que todos estão em “transe de fingimento”, estes médiuns vitimizados também não acreditam na existência da realidade espiritual, mas ela existe e as consequências vêm logo adiante em forma de demência, síndrome do pânico e até suicídios.

O grau de domínio dos obsessores coletivos se torna tão galopante, em meio a um grande grupo de crentes, que hoje vemos médiuns beirando ao desequilíbrio mental pela maneira esquizofrênica como se portam, em aparente transe anímico ou de “cara limpa”, sendo ovacionados e reverenciados em grandes rodas. Como disse anteriormente: dado ao elevado grau de obsessão coletiva vivida por médiuns invigilantes e dominados.

Os espíritos obsessores perderam o “tônus vital” particular com o fenômeno da morte física, mas devido as suas viciações nas sensações humanas eles precisam sugar a energia da vida dos encarnados. Não existe nem outro mecanismo mais fácil para a vampirização da vítima do que aquela onde o vampirizado se oferece ao vampirizador de livre e espontânea vontade, pela ingenuidade que carrega em si com a vaidade mediúnica e a intenção espiritual sem conhecimento de causa da gravidade daquilo que está praticando.

Na prática da mediunidade estamos lidando com um mundo invisível onde somente a boa vontade não é suficiente. É necessário acompanhamento, regras disciplinares e muita vigilância sobre os fenômenos produzidos e o comportamento das “entidades” para se poder identificar um mistificador, obsessor ou um vampiro astral camuflado numa atividade ritual.

O momento é crucial, sofrido e quase sem luz à frente.
Enquanto isso as sombras granjeiam cada dia mais e mais médiuns ingênuos, como extensores do caos à fé, e por consequência a falta de solidariedade humana através dos mecanismos da mediunidade fraterna e educada.

Infelizmente, uma grande parte das pessoas, não procura mais por religião acima do fenômeno de incorporações. A ideia que se tem na atualidade é que as pessoas frequentam o mundo mediúnico por passatempo, como se a lida com a espiritualidade fosse uma coisa banal e sem consequências.
Obsessão é algo doloroso, grave e que pode levar a loucura e a morte física.

Que Mãe Iemanjá, senhora dos pensamentos humanos, nos ajude a discernir da impostura a gravidade dos fatos neste momento escuro da história da mediunidade humana.
Axé é para quem tem fé.

Mozart de Iemanjá






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