Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

20/11/2015

Sobre a Doença Física e a Cura

Sobre a Doença Física e a Cura / Espírito Ramon - Médium Ednay Melo


O "milagre" está apenas e tão somente na fé que movimenta o amor de Deus e de Suas criaturas. É preciso a simbiose do amor, representada pela fé, para obter a cura de todo mal. 
(Ramon / Ednay Melo)

Diariamente, nos embates da vida, ouvimos lamentações várias, de variadas formas e pensamentos. As vicissitudes são consequências dos atos individuais, sejam atos desta vida ou da pretérita. A Lei de Ação e Reação é lei natural, dá sentido a tudo, assim quem "mexe com fogo" pode mesmo se queimar. A memória do encarnado é muito breve, daí não entender o porquê dos sofrimentos. A verdadeira vontade de Deus é o Bem e a Paz a todas Suas criaturas, mas cada um deve aprender como fazer esta valiosa conquista.

O sofrimento na terra é necessário, não que estejam todos condenados a ele, mas sendo ele resposta às ações indevidas de cada um, serve como alavanca de aprendizado e elevação espiritual.

Falaremos hoje um pouco sobre a doença física e a cura.

O aprendizado do espírito se dá através de muitas provações e desafios. As doenças físicas são uma das fontes de desafio, porque testa a paciência e a fé. O tempo previsto para elas é o exatamente necessário a cada um.

A cura sempre vai existir, considerando a vida eterna, porque tirando o olhar viciado apenas da vida corporal irão entender que a cura pode ocorrer em plano espiritual, devereis acreditar que, de fato, a morte como o fim do espírito, não existe.

Ainda considerando o corpo físico, porque para a grande maioria é o que interessa, venho lembrar que somente Deus está à frente e as curas que se dão na terra são somente pela vontade D'ele.

Nós, espíritos trabalhadores em benefício da terra, somos apenas intermediários entre a vontade de Deus e o merecimento de cada um, dado diante de esforço próprio.

Não fazemos "milagres", o milagre está apenas e tão somente na fé que movimenta o amor de Deus e de Suas criaturas. É preciso a simbiose do amor, representada pela fé, para obter a cura de todo mal.

Ficamos tristes ao observar que alguns irmãos encarnados, alimentados pelo veneno da vaidade e da cobiça, atribuem a si o poder da cura, seja através dos dons mediúnicos ou dos dons profissionais. Sem saberem, diante da vaidade com prêmio passageiro, que angariam para a vida eterna fardos pesados demais, que irão propiciar novo ciclo de sofrimentos para a sua depuração espiritual.

Portanto, irmãos, se querem realmente fazer parte do exército de luz comandado por Deus, em qualquer religião que professes em terra, fazes a tua parte com devoção e amor e agradece apenas todo e qualquer fruto do teu trabalho como intermediário, mas agradece em silêncio para que ninguém saiba.

(Espírito Ramon / Médium Ednay Melo, 20/11/2015). Ramon é Guia Chefe dos trabalhos de cura da Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca.
Do livro "Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo"



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17/11/2015

Entidades de Umbanda

Entidades de Umbanda

O nome da minha mãe era Lia e do meu pai Cid. Isto para você pode ser uma referência sobre minha pessoa, mas tudo o que eles significaram para construção do que eu sou é impossível de configurar em nomes. Assim como para mim o nome dos que fazem ou fizeram parte da vida de vocês não tem um significado tão grande, porque não consigo com isto mensurar a extensão da influencia que tem no que você é.

Se você lê a história e não a interpreta, perde a lição. Quando a Umbanda foi criada em 1908, no meu entendimento para libertar as almas desta terra do domínio do ego do poder do conhecimento- corajosamente por um menino de 18 anos chamado Zélio de Morais, era a espiritualidade pedindo libertação. Libertação da energia pela simplicidade. Aqui está faltando uma flor, falou Zélio, e foi buscar uma rosa que depositou no centro da mesa. Depois disto,apresentaram-se vários espíritos de caboclos e negros num centro espírita. Bom, a história quem é de Umbanda deve conhecer.

Evoluímos de lá pra cá e muito. O mundo mudou muito, mas as pessoas, estas não perderam seus vícios. Acho mesmo que algumas coisas são registradas em nossos DNAs. Praticamos com mais liberdade nossa querida Umbanda ,mas estamos nos tornando cruéis com relação às nossas entidades.

Quem é capaz de dizer com certeza absoluta o que é o espírito que está recebendo? Acho deprimente quando falam: o meu caboclo, o meu preto, o meu exu. Estes espíritos existem para nos libertar e não para serem nossos escravos pessoais. Adianta saber se é exu Caveira, ou Caboclo das 7 Flechas, ou seja lá qual falange pertença? O nome dos meus pais como falei no começo não significam nada se você não souber da obra que eles fizeram. Os espíritos que nos guiam são exatamente iguais a nós , embora estejam num nível superior de entendimento. Você não é apenas um nome, é um conjunto de qualidades adquiridas, é um ser na busca de desenvolvimento e uma entidade neste ponto não é diferente, porque não respeitá-los então?

Se você buscar meu nome na internet vai encontrar os livros que publiquei e mais algumas coisas sobre minha vida, mas em momento nenhum isto vai te dar a minha real dimensão, e assim é com as entidades que aceitaram fazer uma parceria com vocês. Se deem a oportunidade de conhecer suas entidades como conhecem os seus amigos: conversem, alimentem a amizade com respeito e dignidade que eles merecem.

O que mais tem por aí é uma Umbanda ostentação: aprenda tudo sobre umbanda por um preço maravilhoso, participe de giras gigantescas e seja mais um....em momento nenhum vejo: viva a Umbanda em plenitude, descubra-a e se descubra, experimente, observe! O que querem de você? Alienação e enquadramento em um sistema que a Umbanda de início veio para quebrar. Pense! Saravá a sua banda!

Autor desconhecido




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11/11/2015

A União Contra a Intolerância


A União faz a Força Mesmo!
Estou lendo "Exu" do professor Dr. Vagner Gonçalves da Silva, da USP. O mesmo professor que coordenou o livro importantíssimo sobre “Intolerância Religiosa”. Então, como todo mundo que gosta de leitura, abro o livro em inúmeras situações, principalmente em transportes públicos. Hoje não foi diferente. Entrei no ônibus. Assim que consegui sentar abri o livro. Percebi imediatamente que a mulher que dividia o banco comigo se incomodou com algo. Ela fechou o livro que lia com rispidez - e me dei conta de que se tratava da Bíblia -, se levantou e foi para a porta. Ela começou a falar algo sozinha. As pessoas começaram a olhar. Então, acho que surtou:
“É isso mesmo! Até nos ônibus gente do demônio não nos deixam em paz!”, quase gritando e fuzilou-me com os olhos.

Não sou do Candomblé, não sou da Umbanda, não sou membro de nenhuma sagrada religião de origem africana, mas nem por isso deixo de admirar a beleza e a sabedoria que estas pregam e propagam. Eu filmo estas religiões justamente para que, um dia, possam dialogar com pessoas como essa mulher louca que me interpelou daquela forma. Então me vi na mesma situação que milhares de outras pessoas que fazem parte destas maravilhosas religiões. Sim! Naquele momento eu fui colocado no mesmo grupo e, também naquele momento, estava sendo vítima de “intolerância”.

Ah! Mas, sou azedo quando quero.
“A senhora está me chamando de pessoa do demônio?”, perguntei.
“Tá amarrado, em nome de Jesus!”, retrucou levando a Bíblia na frente do rosto.

Nisso nos tornamos o centro das atenções. Todo mundo olhava para nós apreensivos pela minha resposta. Então foi...

“Então eu a liberto em nome de Exu, pois só Exu salva.” Olhei para todos! “Eu ouvi um laroiê?” E esperei. Silêncio! “Nenhum?”
“Laroiê!”, veio tímido do fundo. 
“Vamos lá, com alegria! Não tenham medo de declarar o amor a Olorum, o pai de todos nós!”
Então veio, lindo, forte de umas cinco pessoas.
“Laroiê!”

Sorri satisfeito para os rostos daqueles que também sorriam. Nos tornamos cúmplices e orgulhos da religiosidade vinda do coração. (Ah! Se estas pessoas soubessem a verdade quanto a mim!)

Mal a porta abriu e a mulher desceu com os olhos arregalados e sumiu. Acho que não era o ponto dela. Saiu de perto de mim para fugir da “gente do demônio” e fugiu do ônibus por vergonha de sua incrível estupidez. 

Bem mais tarde, quando chegou o meu ponto na Av. Paulista, encarei os 33º de calor ainda sorrindo com a vitória de um dia que mal tinha começado.
Graças a Exu.

Celso Masotti




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10/11/2015

O Terreiro que Muda as Suas Convicções Doutrinárias

O Terreiro que muda as suas convicções doutrinárias


É cada vez mais crescente o número de terreiros que mudam drasticamente as suas doutrinas. É natural acompanhar a evolução de todas as coisas, aqui e ali mudar para aperfeiçoar o que já existe e dessa forma a Umbanda vem crescendo e se aprimorando, acompanhando as consciências da época atual, é natural e necessário.

Estamos falando de um terreiro mudar a sua base doutrinária, a sua raiz, por exemplo seguir por vários anos os principais conceitos da Umbanda Esotérica e de repente mudar para uma Umbanda amplamente africanizada. Nada contra os princípios de cada vertente de Umbanda, cada uma delas são ricas fontes de desenvolvimento para a religião. O mesmo terreiro pode sim seguir várias vertentes. Nos referimos a troca drástica. Imaginem um filho de fé acostumado a ir a seu Terreiro que tanto se identifica, sintonizado com as forças espirituais que lá estão, sintonia esta adquirida a custo de muita dedicação e trabalho espiritual e de repente, chega neste Terreiro e todo o ritual foi mudado, a liturgia agora segue um outro parâmetro que ele vai ter que se adaptar. Ele pode se adaptar sim, se for coerente com os seus princípios e consciência religiosa, mas se não for? Com certeza ele irá se afastar deste Terreiro com a sensação de frustração e perda de tempo.

O que leva os dirigentes de Terreiro a mudarem as suas convicções doutrinárias? As vezes até por duas ou mais vezes? Achamos importante esta reflexão. E daremos a nossa opinião, entendam que é apenas a nossa opinião, não temos a intenção de julgar se certo ou errado, porque cada um sabe o que faz e porquê faz, pelo menos deveria.

Mas enquanto não sabemos o que realmente levou este dirigente a mudar os aspectos rito-litúrgicos do seu Terreiro de forma tão radical, a ponto de deixar os seus frequentadores sem entender a causa real de tamanha mudança, arriscamos um palpite:

O terreiro não tem base espiritual sólida ou, se tem, o seu dirigente é inseguro e não confia nele mesmo. Estamos de fora e não conseguimos encontrar outra justificativa, perdão aos que estão "de dentro" e que podem justificar de outra forma.

Vamos lembrar de uma base espiritual sólida? A deixada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas! Até hoje a Tenda Nossa Senhora da Piedade mantém os princípios doutrinários do Caboclo, um deles é a não utilização de atabaques. É somente um exemplo, é somente uma reflexão!

Saravá à diversidade saudável da Umbanda!

Ednay Melo



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09/11/2015

Erva Hortelã

Erva Hortelã

Nome Científico: Mentha spicata L.var.crispa
Nomes Populares : hortelã, menta.
Família : Angiospermae – Família Lamiaceae

Origem: Acredita-se que é originária da Ásia, chegando no Brasil trazida pelos colonizadores. A Hortelã-verde (Mentha spicata), também conhecida como hortelã-das-hortas, hortelã-comum, hortelã-das-cozinhas, hortelã-dos-temperos ou simplesmente hortelã, é uma planta herbácea perene, da família Lamiaceae (Labiadas), atingindo 30–100 cm. Existem inúmeras variedades cultivadas.

É utilizada como tempero em culinária, como aromatizante em certos produtos alimentares, ou para a extração do seu óleo essencial. Por vezes, simplesmente cultivada como planta ornamental. É uma das plantas mais usadas do mundo. É também utilizada como planta medicinal, estando inscrita nas farmacopeias de muitos países da Europa.

As folhas são oval-lanceoladas e serrilhadas, de cor verde a arroxeada, um tanto pilosas e têm um forte aroma refrescante. As flores são brancas com sombra violeta pequenas e dispostas em inflorescência tipo espiga terminal nos ramos.

PARTE USADA: Folhas e sumidades floridas
PRINCÍPIO ATIVO: Flavonóides: mentoside, isoroifolina, luteolina.
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Carminativa, eupéptica, estimulante, colagoga, estomáquica, antiemética, antiespasmódica, antisépticas e analgésica.
INDICAÇÕES Fadiga geral, atonia digestiva, gastralgia, cólicas, flatulência, intoxicação de origem gastrintestinal, afecções hepáticas, palpitações, enxaqueca, tremores, asma, bronquite crônica, sinusite, dores dentárias, estimulante estomacal, carminativo, dispepsias nervosas, vômitos, cólicas uterinas, útil nos catarros brônquicos facilitando a expectoração. O chá feito de hortelã também é usado como calmante. Em geral usa-se o óleo essencial ou uma infusão das folhas e sumidades floridas.
CONTRA-INDICAÇÃO É contra-indicado o uso da essência para lactentes. Pessoas que possuem cálculos biliares só devem empregar a planta com orientação médica. Mulheres grávidas devem evitar totalmente o consumo de poejo e de todas as outras hortelãs.
EFEITOS COLATERAIS O mentol em crianças de pouca idade e lactentes pode levar à dispnéia e asfixia. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva). Em pessoas sensíveis pode provocar insônia. As mentas não devem ser consumidas em grandes quantidades por longos períodos de tempo, pois a pulegona contida na planta exerce ação paralisante sobre o bulbo raquidiano. Apesar de seu uso ser muito comum, o poejo contém uma alta concentração do óleo essencial pulegona, que é muito tóxico, de forma que seu uso deve ser moderado. Outras mentas também contêm pulegona, mas em menor concentração.

Muito cultivada em hortas domésticas para confecção de chás. Pode ser cultivada em canteiros junto a hortaliças ou plantas ornamentais. Desenvolve-se também em vasos.

Necessita de sol, solo fértil em matéria orgânica e boa drenagem. Irrigue de forma a manter o solo sempre úmido. O ideal é que o solo nunca seque durante o ciclo de crescimento das plantas.

O plantio é geralmente realizado através de rizomas retirados de plantas bem desenvolvidas, saudáveis e de boas características, com duas ou três gemas em cada pedaço de rizoma. Estes podem ser plantados diretamente no local definitivo ou em canteiros, sendo as mudas depois transplantadas quando atingem de 10 a 15 cm de altura.

O plantio por sementes é possível, mas é desaconselhado, a não ser para quem está querendo obter novos cultivares ou híbridos, ou para quem não tem como obter mudas. Como as plantas intercruzam facilmente e a variabilidade fenotípica é grande mesmo entre plantas da mesma espécie, é difícil garantir que as plantas originadas por sementes tenham as características do cultivar ou da espécie das plantas mãe. Além disso, nem todas as mentas produzem sementes.

Tolera bem diferentes condições climáticas, desde que não falte água. Em climas frios pode perder as partes aéreas no Inverno, sobrevivendo através dos seus rizomas, que só morrem se o solo congelar completamente.

USO RITUALÍSTICO DA ERVA HORTELÃ

Erva dos Orixás Oxossi e Omulu.
Formas de uso: banhos e defumadores

Hortelã é erva equilibradora para reconstituição da aura energética quando esta estiver fragilizada tanto por ataques energéticos enfermiços, quanto por banhos fortes de descarrego, pois determinados banhos de descarrego podem retirar tanto energias deletérias quanto energias salutares. A hortelã detém grande poder terapêutico para várias doenças físicas e espirituais. Na forma de defumador propicia um ambiente de paz e equilíbrio.

Ednay Melo

Fontes de Pesquisa:
Hortas
Plantas do mundo
Wikipédia



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04/11/2015

Banalização da Umbanda nas Redes Sociais

Banalização da Umbanda nas Redes Sociais


O caso realmente é muito sério. Expor o sagrado é falta de respeito às forças espirituais da nossa religião. Com o pretexto da divulgação da beleza da religião e quebra de preconceito, muitos expõem ao ridículo o nome da Umbanda para a sociedade em geral. Desde a fundação da nossa Casa, tivemos a orientação espiritual do cuidado e responsabilidade que se deve ter em preservar a imagem da Umbanda e de tudo que a representa. O texto abaixo deve ser lido por todo umbandista. Parabéns ao autor.

Blog Tulca

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BANALIZAÇÃO DA UMBANDA NAS REDES SOCIAIS

Para nós as incorporações mediúnicas são sagradas e a sua divulgação na internet não só banaliza, mas profana nossa religião. Temos que preservar nossas tradições dos "de fora" que a preconceituam. Não é colocando vídeos no YouTube ou fotos duvidosas no facebook que vamos elucidar a Umbanda frente a sociedade civil.

O discurso de ódio contra as religiões mediúnicas e de matrizes africanas é ferrenho e crescente. Desmistificar é uma atitude importante contra a intolerância e para isto se requer estudo, prática, manejo do fundamento, organização, disciplina... Mas infelizmente, o que estão fazendo é como jogar querosene na fogueira, divulgando toda sorte de trabalhos sem quaisquer respeito a ética e ao direito individual, numa clara disputa de clientela com outros cultos no farto mercado mágico religioso, e assim dando munição para o recrudescimento da intolerância e da violência. Já passamos do limite e lamentavelmente tem muita banalização postada pelos que se dizem "de dentro" da Umbanda.

Pérolas de Ramatis - Facebook



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02/11/2015

Médiuns Videntes

Médiuns Videntes


Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Há os que gozam dessa faculdade em estado normal, perfeitamente acordados, guardando lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo. É raro que esta faculdade seja permanente , sendo quase sempre o resultado de uma crise súbita e passageira. Podemos incluir na categoria de médiuns videntes todas as pessoas dotadas de segunda-vista. A possibilidade de ver os Espíritos em sonho é também uma espécie de mediunidade, mas não constitui propriamente a mediunidade de vidência. 

O médium vidente acredita ver pelos olhos, como os que tem a dupla-vista, mas na realidade é a alma que vê, e por essa razão eles tanto vêem com os olhos abertos ou fechados. Dessa maneira, um cego pode ver os Espíritos como os que têm visão normal.

Devemos distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade propriamente dita de ver os Espíritos. As primeiras ocorrem com mais freqüência no momento da morte de pessoas amadas ou conhecidas, que vêm advertir-nos de sua passagem para o outro mundo. Há numerosos exemplos de casos dessa espécie, sem falar das ocorrências de visões durante o sono. De outras vezes são parentes ou amigos que, embora mortos há muito tempo, aparecem para nos avisar de um perigo, dar um conselho ou pedir ajuda. Essa ajuda é sempre a execução de um serviço que ele não pôde fazer em vida ou o socorro das preces.

Essas aparições constituem fatos isolados,tendo um caráter individual e pessoal. Não constituem, pois, uma faculdade propriamente dita. A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos freqüente, de ver os Espíritos que se aproximam, mesmo que estranhos. É essa faculdade que define o médium vidente.

Entre os médiuns videntes há os que vêem somente os espíritos evocados, podendo descrevê-los nos menores detalhes dos seus gestos, da expressão fisionômica, os traços característicos do rosto, as roupas e até mesmo os sentimentos que revelam. Há outros que possuem a faculdade em sentido mais geral, vendo toda a população espírita do ambiente ir e vir e, poderíamos dizer, entregue a seus afazeres.

Livro dos Médiuns (cap 14) - Allan Kardec



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