julho 2012 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

30/07/2012

A Linha do Oriente e de Cura na Umbanda


A Linha do Oriente é parte da he­rança da Umbanda brasileira. Ela é com­posta por inúmeras entidades, classi­ficadas em sete falanges e, majorita­riamente, de origem oriental. Apesar dis­­so, muitos espíritos desta Linha po­dem apre­sentar-se como caboclos ou pretos velhos.

O Caboclo Timbirí (ca­bo­clo japo­nęs) e Pai Jacó (Jacob do Ori­ente, um preto velho bastante ver­sado na Ca­bala Hebraica), săo os casos mais co­nhe­cidos. Hoje em dia, ganha força o cul­to do Caboclo Pena de Pa­văo, enti­dade que trabalha com as for­ças espiri­tuais divinas de origem indiana.

Mas nem todos os espíritos săo ori­entais no sentido comum da palavra. Es­ta Linha procurou abri­gar as mais di­ver­sas entidades, que a princípio năo se encaixavam na matriz formadora do bra­sileiro (índio, português e afri­cano).

A Linha do Oriente foi muito popular de 1950 a 1960, quando as tradiçőes bu­­­distas e hindus se firmaram entre o povo brasileiro. Os imigrantes chineses e japoneses, sobretudo, passaram a frequentar a Umbanda e trouxeram se­us ances­trais e costumes mágicos.

Antes destas datas, também era co­mum nesta Linha a presença dos que­ridos espíritos ciganos, que possuem ori­­­gem oriental. Mas tamanha foi a sim­patia do povo umbandista por estas en­­­tidades, que os espíritos criaram uma “Linha” independente de trabalho, com sua própria hierarquia, magia e ensi­na­mentos. Hoje a influência do Povo Ci­gano cresce cada vez mais dentro da Umbanda.

Existem muitas maneiras de classi­ficar esta Linha e este pequeno artigo năo pretende colocar uma ordem na ma­neira dos umbandistas estudarem es­ta vertente de trabalho espiritual. Dei­xo a palavra final para os mais ve­lhos e sábios, desta belíssima e diver­sificada religiăo. Coloco aqui algumas instruçőes que colhi com adeptos e mé­diuns afinados com a Linha do Oriente.

Namastê e Salve o Oriente!


CARACTERÍSTICAS DA LINHA DO ORIENTE:

• Lugares preferidos para ofe­rendas: As entidades gostam de co­linas descampadas, praias desertas, jar­dins reservados (mas também rece­bem oferendas nas matas e santuários ou congás domésticos).

• Cores das velas: Rosa, amarela, azul clara, alaranjada ou branca.

• Bebidas: Suco de morango, suco de abacaxi, água com mel, cerveja e vinho doce branco ou tinto.

• Tabaco: Fumo para ca­chimbo ou charuto.Tam­­bém utili­zam ci­gar­ro de cravo.

• Ervas e Flores: Alfa­zema, todas as flores que sejam bran­cas, palmas ama­relas, mon­senhor branco, monse­nhor amarelo.

• Essências: Alfazema, olíbano, ben­joim, mirra, sân­da­lo e tâmara.

• Pedras: Citrino, quart­zo rutilado, topá­zio im­perial (citrino tor­nado ama­relo por aque­ci­men­to) e topá­zio.

• Dia da semana recomen­dado para o culto e ofe­rendas semanais: Quinta-feira.

• Lua recomendada (para oferenda mensal): Se­gundo dia do quarto min­guante ou primeiro dia da Lua Cheia.

• Guias ou colares: Colar com cento e oito contas (108), sendo 54 brancas e 54 amarelas. Enfiar sequencial­mente uma branca e uma amarela. Fechar com firma branca. As enti­dades india­nas também utilizam o rosá­rio de sân­dalo ou tulasi de 108 con­tas (japa ma­la). Algumas criam suas próprias guias, se­gundo o mis­tério que trabalham.


CLASSIFICAÇĂO DA LINHA DO ORIENTE

Suas Falanges, Espíritos e Chefes:

01 - Falange dos Indianos:

Espíritos de antigos sacerdotes, mes­tres, yogues e etc. Um de seus mais conhecidos inte­gran­tes é Ramatis. Está sob a chefia de Pai Zartu.

02 - Falange dos Árabes e Turcos:

Espíritos de mouros, guerreiros nôma­des do deserto (tuaregs), sábios marroquinos, etc... A maioria é mu­çulmana. Uma Legiăo está composta de rabinos, cabalistas e mestres judeus que ensinam dentro da Umbanda a mis­teriosa Cabala. Está sob a chefia de Pai Jimbaruę.

03 - Falange dos Chineses, Mon­góis e outros Povos do Oriente:

Espíritos de chineses, tibetanos, japoneses, mongóis, etc. Curio­sa­men­te, uma Legiăo está in­te­grada por es­pí­ri­tos de origem esquimó, que tra­balham muito bem no desmanche de demandas e feitiços de magia ne­gra. Sob a chefia de Pai Ory do Oriente.

04 - Falange dos Egípcios:

Espíritos de antigos sacerdotes, sacer­dotisas e magos de origem egípcia antiga. Sob a chefia de Pai Inhoaraí.

O5 - Falange dos Maias, Toltecas, Astecas e Incas:

Espíritos de xamăs, chefes e guer­rei­ros destes povos. Sob a chefia de Pai Itaraiaci.

06 - Falange dos Europeus:

Năo săo propriamente do Oriente, mas inte­gram esta Linha que é bas­tante sincrética. Espí­ri­­tos de sábios, ma­gos, mestres e velhos gue­rreiros de origem européia: romanos, gau­leses, ingleses, es­can­dinavos, etc. Sob a che­fia do Impe­rador Marcus I.

07 - Falange dos Médicos e Sábios:

Os espíritos desta Falange săo especiali­zados na arte da cura, que é integrada por médicos e tera­peutas de diversas origens. Sob a chefia de Pai José de Arimatéia.


Mentores de Cura

Quem São os Mentores de Cura

Os mentores de cura trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda.

São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar.

São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual. São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual estamos habituados na Umbanda.

Para se ter uma ideia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional.

Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações.

São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.


Métodos de Trabalho

Cada guia tem sua forma de restituir a saúde aos encarnados, normalmente se utilizam de meios dos quais já se utilizavam quando encarnados, mas de forma muito mais eficiente, pois após chegarem ao plano espiritual puderam aprimorar tais conhecimentos. Além disso esses espíritos aprenderam a desenvolver a visão espiritual, através da qual podem fazer uma melhor anamnese (diagnóstico) dos males do corpo e da alma.

Aliados aos seus próprios métodos individuais eles se utilizam de tratamentos feitos pelas equipes espirituais ou ministrados pelos encarnados com auxílio do plano espiritual.

Alguns deles são:

1. Cirurgia Espiritual

É realizada pelo mentor de cura incorporado ao médium. E envolve a manipulação do corpo físico através das mãos do médium, podendo ou não haver a utilização de meios cirúrgicos elementares (cortes, punções, raspagens, etc…). O maior representante deste método de trabalho no Brasil é o espírito do Dr. Fritz, mas este método é utilizado em diversas culturas e religiões.

2. Cirurgia Perispiritual

É realizada diretamente no perispírito do paciente, com ou sem a colaboração de um médium presente, costuma ser realizada por uma equipe espiritual designada especificamente para cada caso e ser feita em dia e horário pré determinados.

3. Visita Espiritual

É realizada por uma equipe espiritual, que visita o paciente no local onde ele estiver repousando, também com um dia e hora predeterminados. Na visita, darão passes, farão orações, etc…

4. Cromoterapia

É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiuns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizado para males de origem emocional.

5. Fluidoterapia

É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiuns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no perispírito.

6. Reiki

É indicada pelos mentores de cura e aplicada por médiuns que conheçam o método de aplicação. Atua no corpo físico e no duplo etérico. Muito utilizada para males de origem emocional ou psíquica e para realinhamento de chacras.

7. Homeopatia

Indicada e receitada pelos mentores espirituais. As fórmulas são feitas normalmente por laboratório de manipulação homeopáticos. E devem ser tomados de acordo com o determinado.

8. Outros

Fora estes tratamentos, também podem ser utilizados, florais de Bach, cristaloterapia, chás, aromaterapia, acumpuntura, do-in, etc…

Em alguns casos os guias também indicam dietas, alimentos a serem evitados ou ingeridos para melhoria da saúde geral.

OBS: Para o momento da visita espiritual e cirurgia espiritual: O paciente deverá vestir-se e deitar-se com roupas claras (de preferência branca); ficar num ambiente calmo, com pouca luz e colocar ao lado um copo d’água para ser bebida após o tratamento.

Após a visita e a cirurgia, o paciente deverá manter-se em abstenção por mais 6 horas, para que a energia doada seja melhor absorvida.

Como interagem com os médiuns

* Incorporação

É muito sutil e dificilmente inconsciente a incorporação dos mentores de cura. Muitas vezes atuam apenas na fala e só assumem o controle motor quando necessário.

* Intuição

Alguns mentores trabalham com seus médiuns apenas pela via intuitiva, indicando as providências a tomar e tratamentos. Neste caso, é necessário um grande equilíbrio e desenvolvimento do médium, para que o mesmo não atrapalhe nas indicações dadas pelo mentor.

* Psicografia (Receitistas)

Funciona da mesma forma que a psicografia comum, mas os espíritos comunicantes costumam psicografar receitas de tratamentos.

Equipes Espirituais
Cirúrgicas

São formadas da mesma forma que as equipes cirúrgicas do plano material, compostas de cirurgião, assistente, anestesista, instrumentista, enfermeiros, etc… Apnas diferem no que se refere aos instrumentos e tecnologia utilizados. Incluindo também a aplicação de passes e energias associados a intervenção cirúrgica.

De Oração

Formadas normalmente por espíritos religiosos, acostumados às preces quando encarnados. Estas equipes se reúnem junto ao paciente em uma corrente de orações com finalidade de equilibrar o mental e emocional do paciente e também de buscar energias dos planos superiores. Como efeito adicional, a prece tende a elevar a energia geral do ambiente onde está o paciente, assim como dos encarnados que estam atuando junto ao mesmo.

De Proteção

Quando o mal físico está associado a interferência de espíritos inferiores, essas equipes fazem a proteção do paciente, enquanto o mesmo é tratado nas cirurgias ou visitas, ou enquanto está seguindo as recomendações indicadas pelos mentores de cura.

De Passes (passe espiritual)

Seu trabalho é realizado em sua maior parte durante as sessões de cura e durante as visitas espirituais. Dando passes no paciente, nos assistentes e nos médiuns; antes, durante e após a sessão.

De Apoio

Estas equipes atuam levantando o histórico do paciente diretamente no seu campo mental, preparando-o através da intuição para a consulta, estimulando-o através do pensamento a reeducar hábitos nocivos, a mudar as situações que estejam prejudicando a própria saúde, inspirando-os força de vontade para continuar os tratamentos e seguir as recomendações e dietas.

O que curam e o que não curam

Males Físicos

A maior parte dos males físicos de que os encarnados sofrem, são causados pelos maus hábitos, vícios e má alimentação. Os mentores nestes casos se utilizam das diversas terapias para a cura mas principalmente esclarecem ao encarnado quanto a origem de tais males, sugerindo dietas, o abandono ou diminuição dos vícios e mudança de hábitos. Nestes casos a cura definitiva só pode ser obtida com a plena conscientização do paciente e com a sua força de vontade e compromisso na obtenção do equilíbrio orgânico.

Males Mentais

Parte dos males mentais (depressão, angústia, apatia) são causados por obsessores, mas a maior parte deles tem por origem a própria atitude mental do paciente. Pensamentos negativos atraem energias negativas, que quando se tornam constantes e intensas podem se materializar no corpo físico na forma de doenças. Males como: úlceras, enxaquecas, hipertensão, problemas cardíacos, e até mesmo algumas formas de câncer podem ser provocados pela mente do paciente, quando esta se encontra tomada por pensamentos negativos.

Também neste caso os mentores além de indicarem os tratamentos apropriados, esclarecem ao paciente quanto a necessidade de mudar a atmosfera mental, com objetivo de não ficar atraindo continuamente energias desequilibrantes, costumam também sugerir passeios por locais da natureza e o hábito da prece como forma de atrair energias novas e regeneradoras.

Males Kármicos

Os males kármicos se caracterizam por doenças incuráveis (fatais ou não) tanto pela medicina alternativa, quanto por terapias alternativas ou por meios espirituais. Nestes casos o tratamento visa o alívio do paciente ou ampará-lo emocionalmente para que sua atitude mental não tome o rumo da revolta ou do desespero.

As doenças karmicas são males que escolhemos antes de encarnar como forma de resgatarmos erros passados. Típicos males kármicos são: Cegueira de nascença, mudez, Idiotia, Eplepsia, Sindrome de Down, Más-Formações do corpo físico, etc. Na maior parte são males de nascença, embora algumas doenças possam ter sido “programadas” para surgir em determinada época da encarnação.

Nestes casos os mentores não podem (e nem deveriam) curar o corpo, pois através do padecimento deste é que o espírito está resgatando suas faltas e aprendendo valiosas lições para sua evolução e crescimento.

Males Espirituais

São aqueles causados pela atuação dos espíritos (obsessores, vampirizadores, etc.) e que se refletem no corpo físico. Nestes casos os mentores cuidam do corpo físico enquanto o paciente é tratado também em sessões de desobsessão, descarrego, etc.

Ou seja os mentores com as terapias à seu alcance minimizam e atenuam os males causados ao corpo físico enquanto o paciente é tratado na origem espiritual do mal de que sofre.

Quando o paciente se vê livre da presença espiritual nociva, os mentores costumam ainda continuar com os tratamentos visando reparar os males que já haviam sido causados ao organismo, até que ele retorne ao seu equilíbrio.

A Sessão de Cura (O visível e o Invisível)

Os Pacientes

O paciente deverá abster-se de bebidas alcoólicas, café, cigarro, carnes de origem animal e sexo, 24 horas antes da consulta, da visita e da cirurgia espiritual.

A Preparação

Muito tempo antes dos portões da casa espiritual se abrirem ou dos médiuns chegarem, o ambiente destinado aos tratamentos já está sendo limpo e preparado.

Os procedimentos começam com o isolamento da casa que é cercada por equipes de vigilantes espirituais (os exus), que impedem a entrada de espíritos perturbadores e fazem a limpeza fluídica dos encarnados que chegam. Caso seja necessário, podem provocar até mesmo um mal estar ou utra situação de forma a afastar as pessoas que venham a casa espiritual com má intenção ou envolta em fluidos que possam perturbar os trabalhos.

Logo após se procede a limpeza do ambiente interno da casa e em seguida há uma energização do ambiente. Em paralelo a isto, alguns espíritos trazem até o ambiente alguns fluidos extraídos da natureza, para serem utilizados posteriormente no tratamento dos pacientes.

Em seguida a isso vão chegando a casa os mentores com suas equipes de trabalho de forma a se reunirem e fazerem o planejamento dos trabalhos a serem executados.

Fora da casa espiritual, os médiuns que irão ser veículo dos mentores, devem estar se preparando física e mentalmente para os trabalhos, e já estão sendo magnetizados e preparados pelo plano espiritual de forma a terem maior sintonia com os mentores.

Quando os médiuns chegam à casa, continuam sendo preparados pelas equipes espirituais. E enquanto cuidam do ritual (incensos, cristais, velas, etc.) vão entrando em sintonia com o plano espiritual. A preparação termina com a prece de abertura, onde o pensamento dos encarnados e desencarnados se une numa súplica ao Divino Médico para que ele interceda por todos.

Após isso os mentores de cura se manifestam e dão sua mensagem individual para o início dos trabalhos.

A Mesa

A mesa da sessão de cura é composta por 3 ou 4 médiuns que devem se manter em concentração/oração durante todo o tempo em que estiverem compondo a mesa, e só devem romper a concentração após a partida de todos mentores que estiverem trabalhando.

A mesa funciona como um ponto focal de energias, é através da mesa que chegam as energias e ordens de mais alto e são distribuídas às equipes. Por ser um local onde existe alta concentração/oração é o ponto para onde convergem as energias mais puras e mais sublimes da sessão de cura. Eventualmente, podem se manifestar à mesa algum mentor de cura, ou algum dos médiuns pode ser utilizado em alguma psicografia (por isso mesmo é interessante manter lápis e papel á mesa).

Na mesa também fica a água a ser fluidificada e o nome de algumas pessoas que receberão irradiação.

Os Médiuns

Os médiuns que não estiverem trabalhando com seus mentores, compondo a mesa ou atuando como cambonos dos mentores devem manter o silêncio a concentração e a oração.

Devem utilizar esse momento para permitir que seus próprios mentores os preparem para futuramente trabalharem com eles. E ter também consciência de que toda a energia positiva que estiverem atraindo para os trabalhos de cura através de sua concentração/oração estará sendo amplamente utilizada pelos mentores e pelas equipes de cura para levar a caridade a todos os que estiverem sendo tratados.

O Encerramento

No encerramento, os mentores de cura dão suas mensagens finais e partem. Neste momento os médiuns que compõem a mesa também podem romper a concentração. Todos os médiuns tomam da água fluidificada que está na mesa. E caso o dirigente julgue conveniente, pode efetuar a leitura de alguma mensagem que porventura tenha sido psicografada.

No plano espiritual, o trabalho ainda continua, com distribuição de serviço entre as equipes espirituais. Somente após a saída de todos os médiuns e com o encerramento dos trabalhos de cura no plano espiritual é que a corrente dos vigilantes (exus) se desfaz. Embora a casa continue sendo vigiada, apenas não de forma tão ostensiva.

FALANGE DOS MÉDICOS E CURADORES
Linha de Cura

A Falange dos Médicos ou Curadores é a sétima hierarquia da Linha do Oriente. Comandada pelo sábio José de Arimatéia (Yosef Ha-Aramataiym em hebraico), um discípulo oculto do Mestre Jesus, ela agrupa inúmeros terapeutas do corpo e da alma.
Tradições ocultas nos contam que José, um rico membro do tribunal rabínico de Jerusalém, depois de conseguir um lugar para Jesus ser sepultado, viajou para o Ocidente trazendo o Santo Graal.

Ele teria aportado nas costas britânicas com alguns discípulos, salvando o objeto mais precioso do Cristianismo. José de Arimatéia, ao chegar onde hoje é a Inglaterra no ano de 36 D.C., encontrou lá os poderosos sacerdotes druidas e fez uma especial troca de ensinamentos e segredos esotéricos.

Desde então, uma misteriosa escola nasceu e continuou pelos séculos. A Umbanda brasileira, legítima herdeira do esoterismo cristão, também trabalha espiritualmente com esta herança.

A Linha do Oriente, que contém a Falange de José e a Falange dos Europeus demonstra esta riqueza admirável.

A Falange dos Médicos do Astral é uma egrégora composta de centenas de trabalhadores espirituais. Na maioria das vezes, eles foram em suas últimas vidas, médicos, curandeiros, raizeiros, benzedores e rezadores. Este exército de caridade é classificado em sete agrupamentos ou Legiões (alguns as chamam de Povos).

I - LEGIÃO DOS DOUTORES OU MÉDICOS:

Composta por doutores da medicina ocidental convencional ou homeopatas : Dr. André Luiz, Dr. Rodolfo de Almeida, Dr. João Correia, Dr. José Gregório Hernandéz, entre outros.

II – LEGIÃO DOS MÉDICOS ORIENTAIS:

Terapeutas orientais, especialistas em fitoterapia, acupuntura, massagem e nas principais disciplinas médicas tradicionais da Ásia: Ramatis, Mestre Agastyar, Babaji.

III – LEGIÃO DOS CURANDEIROS:

Curandeiros e Xamãs nativos das Américas, África e Oceania : caboclos e pretos velhos, feiticeiros tradicionais, alguns exus – como o Exu Curador, Seu Maramael.

IV – LEGIÃO DOS REZADORES:

Rezadores, benzedores e os praticantes da medicina religiosa ou espiritual. Aqui encontramos todo os que curavam pela imposição das mãos, fé e oração : Pai João Maria de Agostinho, Pai João de Camargo, Vó Nhá Chica, Mestre Philippe de Lyon, Abade Julio.

V – LEGIÃO DOS RAIZEIROS

Praticantes da medicina folclórica e mágica regional. São os mestres juremeiros brasileiros, os ervateiros ou chamarreiros das Américas e todos os especialistas na flora, fauna e minerais curativos: Dom Nicanor Ochoa, Mestre Inácio, Mestre Carlos de Oliveira, Mestre Rei Heron.

VI – LEGIÃO DOS CABALISTAS E ALQUIMISTAS:

Espíritos dos velhos cabalistas e alquimistas, conhecedores dos segredos das plantas e cristais : Pai Isaac da Fonseca (primeiro cabalista brasileiro), Nicolau Flamel, Paracel­sus, Pai Jacó.

VII – LEGIÃO DOS SANTOS CURADORES:

Santos católicos celebrados como médicos, curandeiros ou especialistas na cura de alguma doença : Santa Luzia – olhos, Santa Ágata – seios, São Lazaro – doenças de pele, São Bento – envenenamentos."
Por Edmundo Pellizari

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26/07/2012

Incenso e Sal Grosso Realmente Funcionam

Incenso aceso


Na sabedoria popular, muito se fala sobre o poder dos incensos e do uso do sal grosso quando o assunto é energia dos ambientes. Mas será que esses simples elementos realmente são eficientes para harmonizar energeticamente tanto ambientes como pessoas? Ou será que estamos diante de pura crença sem fundamento científico ou funcional? A minha resposta: eles funcionam!

São realmente eficientes no que tange ao trabalho de equilibrar energias sutis.

Selecionei neste texto um apanhado de informações que coletei ao longo da minha vida, desde as experiências que tive como químico (minha formação acadêmica), como também terapeuta e professor de terapias holísticas. Além disso, no estudo o qual dediquei grande parte do meu tempo para construir a Fitoenergética*, também encontrei muitas vezes no meio do caminho da pesquisa, as intrigantes atuações dos incensos e sal grosso.

Mesmo defendendo a ideia de que o tema abaixo foi amplamente estudado para que essa definição fosse apresentada, ainda sim, sugiro que você mesmo teste e encontre as suas próprias conclusões.

SAL GROSSO: O sal grosso, quimicamente falando é NaCl, ou seja, a união do Cl (cloro) com o Na (sódio). No átomo de cloro temos um ânion (-) ou a partícula negativa. No átomo de sódio temos o cátion (+) ou a partícula positiva. Portanto, o positivo se liga ao negativo para formar uma molécula em equilíbrio.

Vemos essa visão na espiritualidade e nas filosofias orientais como o Taoísmo, por exemplo, onde o Tao que é o todo, o inefável, a presença maior, emana para o planeta Terra o Chi. O Chi da visão oriental tem seus correspondentes ocidentais conhecidos como magnetismo, fluído vital ou energia vital simplesmente. Ao longo da história da humanidade e em diversos povos, também recebeu nomes como quinta essência, mana, prana, entre outros. E o que isso tem haver com as propriedades do sal grosso? Tudo...

Quando o sal entra em contato com a água, os átomos de Na(+) e Cl(-) tendem a se separar para reagir com a água (H20). Nesse processo, naturalmente encontramos também a possibilidade de partículas negativas do ambiente, pessoa ou objeto, serem atraídas magneticamente para a parte do Na+ (sódio), ao passo que partículas carregadas positivamente serão atraídas para a parte do Cl - (cloro). Engana-se quem pensa que energia positiva em excesso é algo bom, pois o correto e harmônico é o equilíbrio, e por isso, o sal além de absorver a negatividade em excesso, também absorve a parte positiva que estiver em desequilíbrio.

Colocar um copo com água + sal grosso nos principais ambientes de uma casa, promoverá o ajuste da energia desses locais, entretanto, é bom que se saiba que este copo precisa ser trocado. Troca-se o copo com água e sal grosso sempre que este começar apresentar formação de uma casca de sal em sua borda. Nesse momento, joga-se o conteúdo do copo em esgoto normal, lava-se bem o copo e repete-se o processo. Mantenha os copos com água e sal grosso nos ambientes que quer harmonizar e você promoverá o efeito filtro de ambiente, o que nos ajuda muito na rotina diária, para mantermos a qualidade da energia de nossos lares. Use preferencialmente copos de vidro transparente, sempre preenchendo com água mineral ¾ do volume, ou seja, deixe o copo com uma margem vazia. Em um copo de 300 mL use de duas a três colheres de sal.

INCENSOS: poder do incenso é transcendental porque reúne múltiplos elementos que são muito eficientes na harmonização de um ambiente. Quando a vareta é queimada, múltiplos elementos entram em ação e atuam no ambiente, pessoa ou objeto que se deseja. Veja os principais elementos benéficos oferecidos na queima do incenso:

ELEMENTO FOGO: quando o incenso queima, a força do elemento fogo atua no ambiente contribuindo para a transmutação das energias desequilibradas do local. O elemento fogo tem a força de limpar as saturações atmosféricas condensadas já em níveis materiais. Sempre que os fluídos densos psíquicos já estão muito condensados, os grupos de elementais do fogo agem purificando as forças e devolvendo o reequilíbrio.

ELEMENTO AR E ÉTER: a queima do incenso, a fumaça liberada ao ar tem a propriedade de transitar entre a dimensão física (fumaça) e a dimensão extrafísica ( éter quinto elemento, que é o veículo pelo qual o ar transita). Essa capacidade permite que as propriedades do fogo, das resinas, óleos essenciais e ervas do incenso, atuem simultaneamente nas duas dimensões citadas, portanto trata-se de um agente de conexão, de transição ou comunicação.

ERVAS, RESINAS E ÓLEOS NATURAIS: as propriedades específicas desses elementos usados individualmente ou combinados oferecem as forças de suas essências energéticas altamente benéficas. Além disso, quando queimadas, emanam ao ambiente a energia potencial retida em suas estruturas durante todo o processo de surgimento na natureza, desde os primeiros segundos de vida no planeta Terra, quando surgiram como sementes ou semelhantes, até o momento de uso.

A FORMA CORRETA DE UTILIZAR UM INCENSO:

-Escolha o local do ambiente no qual deseja acender um incenso, que deve ser de boa qualidade. Evite incensos indianos que tenham mão-de-obra escrava envolvida. Providencie um incensário que dê segurança ao ritual, para não permitir que partes ainda incandescentes possam gerar um dano indesejável.

-Segure o incenso entre as suas duas mãos (ainda apagado). Coloque as mãos em prece na frente da testa com o incenso entre elas. Eleve seu pensamento ao alto colocando uma intenção positiva para a queima do incenso e respire fundo várias vezes. A intenção é a chave de tudo, faça com bastante concentração.

-Acenda o incenso e agradeça as bênçãos recebidas. Você poderá deixar o incenso fixo em algum lugar da casa, mas poderá também mover-se no interior do ambiente, levando consigo incenso aceso liberando sua fumaça e suas propriedades balsâmicas.

-Para aplicar as energias do incenso em uma pessoa, transite com o incenso aceso a distância de meio metro dela, e deixe que suavemente a fumaça obtida toque o todo o seu corpo. De preferência, solicite que a pessoa a ser incensada fique de pé com os braços bem abertos no formato de cruz. Ande ao redor da pessoa suavemente, segurando o incenso, liberando a fumaça e mantendo uma forte intenção positiva.

-Essas práticas promovem purificações muito intensas tanto em lares, ambientes e objetos quanto em pessoas, principalmente, de energias mentais e emocionais desarmônicas.

-Existem muitos incensos de qualidade no Brasil, poderia citar os nomes e marcas, mas prefiro dizer aquilo que acredito muito, escolha com a sua intuição e use com a sua intenção, esse é e sempre foi o segredo do bom uso.

Bruno Gimenes






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21/07/2012

Ervas na Umbanda

Foto erva


As ervas nos rituais de Umbanda têm a função de descarregar, purificar, equilibrar, propiciar e fortalecer pessoas e ambientes. A energia vital dos vegetais tem o poder de atuar na aura humana e modificar o campo energético de acordo com a função terapêutica de cada erva, sob a orientação das entidades espirituais que militam na seara umbandista.

Comumente usam-se as ervas em forma de banhos e defumadores. Existem os banhos e defumadores de descarrego de energias negativas e os de fixação de energias positivas.

Classificam-se as ervas em quentes, mornas e frias; geralmente as ervas quentes são utilizadas para o descarrego de energias mais densas e, no banho, nunca devem ser jogadas sobre o ori (cabeça) e sim do pescoço para baixo, salvo as ervas do orixá regente que podem ser jogadas sobre o ori, em conjunto com uma erva fria. As mornas e frias são equilibradoras do campo energético e propiciadoras do tratamento específico para cada pessoa, geralmente podem ser jogadas sobre a cabeça.

Usam-se também as ervas para fortalecer o canal mediúnico e promover uma melhor sintonia com os Orixás e com os Guias, estes são feitos em forma de amaci, que é um ritual realizado no Terreiro sob a orientação do Guia Chefe da Casa.

O ideal é que não se use as ervas sem a orientação de uma entidade espiritual, porque além da característica vibratória diferenciada de cada uma delas, existe a interação entre elas que modifica a sua estrutura energética inicial e que, se indevidamente conduzida, pode prejudicar em vez de auxiliar.

Para banhos, as ervas devem ser frescas e maceradas em água de fonte natural, como rios e mares ou água mineral e para defumadores as ervas devem ser secas. Deixar as ervas depois de maceradas em infusão na água por pelo menos uma hora, de preferência ao ar livre e sob os raios do sol ou da lua. Após este tempo pode-se coar a mistura, tomando-se o banho com o líquido e desprezando os restos das ervas em lixo comum, enroladas com papel jornal.

Toma-se o banho de ervas após o banho comum de higiene, de preferência usar vasilhas de louça ou barro e não se enxugar para absorver melhor as vibrações. Durante o banho voltar os pensamentos para as falanges que vibram naquelas ervas.

Além do poder natural das ervas, é fundamental para absorvê-las plenamente a educação mental de quem quer se beneficiar. Quando estiver macerando ligar-se mentalmente ao "dono" daquela erva, que é o Orixá ou Guia de Umbanda, sintonizar-se com preces ou entoando pontos cantados ou, ainda, mentalizando o Reino daquele Orixá, sempre com pensamentos positivos e muita fé, para ser beneficiado de acordo com o merecimento.

Na Umbanda, os Pais e Mães de Santo são orientados pelos Guias para o uso das ervas e preparo dos banhos, cujo procedimento varia de forma individual e coletiva, respeitando cada caso em particular, desta forma, não existe uma regra, nem uma receita para a utilização das ervas, por exemplo, a arruda é uma erva quente, pode ser utilizada como descarrego e pode também ser utilizada como banho de fixação e proteção sob a vibração do Orixá Oxossi, sem falar que tanto os Pretos Velhos como os Exus também trabalham com esta erva. Então tem que seguir as orientações das entidades espirituais.


Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo




Saiba mais sobre algumas Ervas::

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18/07/2012

Bullying nos Terreiros


Este alerta se encontra em diversos sites da internet e outros meios de comunicação. Nunca é demais repetir, informar, alertar: DIGA NÃO AO BULLYING NOS TERREIROS! Religião é acima de tudo amor e fraternidade, qualquer ato de violência física, moral ou psicológica é um crime cometido por mentes insanas que usam o seu próximo para promover os seus egos insatisfeitos. Alerta também na maneira de agir dessas mentes perigosas, que muitas vezes envolvem suas vítimas em falsas aparências, para depois que ela estiver totalmente "encantada" com o falso brilho, lançam-lhe suas garras ferindo a sua integridade como ser humano. Bullying é crime: DENUNCIE! 

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"Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física e/ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (do inglês bully, "tiranete" ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz (es) de se defender.

Recentemente, o termo entrou em evidência com o apoio da mídia e com a declaração das vitimas, que vem assumindo um papel importante para o controle desta situação.

Pois bem! Como Umbandista, procuro enxergar de dentro pra fora da religião e percebo, junto a relatos de frequentadores e trabalhadores de casas Umbandistas, que a prática do bullying é bem clara e tratada de forma distorcida.

Boa parte da prática do bullying é endossada ou justificada pelo "guia": o guia fez, o guia falou, o guia mandou... Tudo isso em abraço com a tal da inconsciência.

São casos de exposição, de ameaças, de repressão e de medo, fornecidos de forma gratuita.

Todo médium que aceita essa condição, não pode ser encarado como vitima, e sim como consorte da situação.

Alguns alegam um medo extremo da situação e não têm coragem de dar queixa ou abandonar a casa. Outros, em um devaneio de fé(?), acham tudo normal e totalmente espiritual, o que acaba assim fortalecendo o processo dentro da casa.

Entidade ou Guia, orienta, não aponta o dedo.

Entidade ou Guia, sabe o que significa o voto de sigilo mediúnico. Sendo assim, não expõe a vida do outro como se fosse um palco para alguns rirem e outros se amedrontarem.

Entidade ou Guia não denigre, não ofende, não xinga e nem passa por cima do próximo, faz o bem sem olhar a quem.

O processo mediúnico, religioso e espiritual dentro da Umbanda cria condições, para todos tratarem os seus excessos e as suas limitações.

Há aqueles que abusam deste mecanismo, fazendo da sua sombra interior o coadjuvante perfeito para esta pratica hedionda.

Não aceite!

Diga não ao bullying!

Denuncie! "

Jorge Scritori



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A Alimentação do Médium

Frutas


Um médium é, como sabemos, uma pessoa normal, igual a tantas outras, apenas se designa por médium porque possui uma capacidade mediúnica relevante, podendo também estar a desenvolver ainda mais essa capacidade e praticar atividades mediúnicas.

A questão de como deve ser a sua alimentação, especialmente nos dias e nas horas que antecedem a prática mediúnica, tem sido há muito falada e referida, tanto por entidades incorporadas nos médiuns, como por estudos realizados cientificamente.

Vejamos então alguns artigos interessantes:

Alimentação

"Bastante discutidos, os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso duplo e em nossa aura, afetando, consequentemente, também o nosso psicossoma (corpo astral).

Sendo a mediunidade uma hipersensibilização energética provocada em nosso perispírito antes da nossa encarnação, e sendo esta hipersensibilização transferida para o corpo físico no momento do reencarne, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos do que a média das outras pessoas.

Considerando ainda que o perispírito, o duplo e a aura são os principais elementos de contacto do espírito comunicante com o médium, como se fossem «órgãos do sentido mediúnico», é natural que qualquer coisa que interfira na sua vibração, tornando-a mais lenta e mais densa e que deixe suas energias mais “pegajosas” ou “oleosas”, interferirá diretamente também no seu grau de sensibilidade, dificultando a percepção e a sintonia do médium com as entidades desencarnadas, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e sutil.

É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando tudo aquilo que exija esforço exagerado do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele perceba que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho de intercâmbio, amortecendo sua sensibilidade mediúnica e energética, especialmente no dia de trabalho ou de reunião.

Por se tratar de algo individualizado, não há regras ou receitas prontas e cada um deve estabelecer o que melhor lhe convém em termos de alimentos, procurando observar suas próprias reações físicas, psíquicas e espirituais a cada um deles, lembrando sempre que estas reações podem mudar, e muito, com o tempo, à medida que sua sensibilidade for aumentando ou mudando.

De qualquer forma, existem, como já dito inúmeras vezes, alguns alimentos que a experiência de vários médiuns e trabalhadores espiritualistas indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes. Esses alimentos são as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate e alguns chás (por serem estimulantes ou excitantes); e os doces (em excesso) que devem ser evitados, pelo menos nas 24h que antecedem o trabalho mediúnico ou energético.

Além disso, o médium deve ter sempre a preocupação de manter uma alimentação o mais equilibrada possível, variando bastante os alimentos, para garantir também uma variedade suficiente de nutrientes físicos e energéticos que possam atender a todas as suas necessidades, garantindo também a sua saúde física e energética.”
Maísa Intelisano

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“Há pessoas e pessoas e, portanto, aparelhos digestivos e aparelhos digestivos. O que podemos falar, portanto, se refere às pessoas ditas normais ou comuns e não a exceções que somente servem, como diz o velho ditado, para confirmar as regras.
A alimentação nos influencia em muito mais que apenas nossa mediunidade. Cada alimento, melhor dizendo, cada combinação alimentar, requer determinado esforço do nosso organismo para o digerir. Se um de nós tiver uma alimentação balanceada e leve, em pouco tempo seu organismo dará conta de digeri-la em pouco tempo, utilizando pouca energia para tanto. Se ele tiver, por outro lado, uma alimentação pesada e desregulada, seu organismo gastará muita energia e despenderá muito tempo para fazê-lo.

Ora, quando exercemos a prática mediúnica, via de regra, uma quantidade de energia é demandada do nosso organismo. Mesmo sabendo que energia de boa qualidade nos é cedida pelos bons espíritos nas atividades nobres, esse intercâmbio de energia pressupõe, para seu melhor desempenho, um organismo desimpedido de outros processos que demandem energia, como é o caso do processo digestivo.
Será que alguém cogitaria em dar passes em outra pessoa durante uma prova de esforço em esteira ou durante um teste de Cooper? Supomos que não. Nossa intuição nos compele à posição serena, concentrada. E, se tal ocorre, não só se deve à necessidade de elevação do espírito, mas também à necessidade de se disponibilizar o organismo físico para a ação dos bons Espíritos no ato do passe.

Um organismo físico ocupado por uma atividade que demande energia, seja na forma de um exercício físico ou de um processo digestivo complexo, será como um canal obstruído por onde apenas um filete de fluido conseguirá passar. Falamos apenas da questão do passe, mas cremos não ser difícil perceber que o mesmo ocorre em outras atividades mediúnicas.

Assim sendo, quem é médium e trabalha como tal em benefício de seus semelhantes, deve cuidar de sua alimentação o dia todo, transformando em hábito a alimentação saudável, reduzindo ao máximo o consumo de carnes gordurosas e frituras, eliminando de sua dieta os temperos fortes e as bebidas alcoólicas, reduzindo o consumo de doces, bebendo sucos e mates de preferência aos refrigerantes, em suma, abandonando os excessos alimentares de qualquer natureza.”

Artigo publicado originalmente no Correio Espírita Meimei, Ano IV, no 12, Abril/Maio/Junho de 2008

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Portanto, em geral, a alimentação especialmente nos dias de trabalho mediúnico, deve ser o mais leve possível, evitando como é lógico as carnes (especialmente as vermelhas), temperos fortes, o álcool, café, chocolate, os doces em excesso, e os frutos secos mais gordurosos.

Tendo também em atenção, que pelo menos uma hora antes do trabalho mediúnico, além dos já citados, não se deve ingerir alimentos pesados e de digestão lenta, pois o organismo, ao centrar as suas energias na digestão dos alimentos, vai interferir na conexão com as entidades e por consequência no trabalho espiritual.

Existe também muita gente que defende a abolição das carnes em geral.

Os animais, nossos irmãos inferiores, encontram-se num estado inicial do seu nível de evolução espiritual. Têm consciência total do que se passa á sua volta. Todos os sentimentos, desde o nascimento até á altura das suas mortes, ficam registados nos seus perispíritos, e, toda a angustia e dor pela sua morte (na maior parte das vezes, feita com crueldade), e todos os sofrimentos infligidos ao longo das suas breves vidas, desde as más condições de higiene, aos maus tratos, até á privação de liberdade, ficam como que impressos na sua carne, na forma de fluidos negros. E são esses fluidos negativos, que o médium vai ingerir, no momento em que come a carne dos animais, em especial os de carne vermelha, pois em geral são animais mamíferos, e têm uma consciência primitiva mais individualizada, e por consequente uma percepção maior que os animais de carne branca, que têm uma consciência mais grupal, e não têm tanta percepção de si mesmos no momento do abate, e por isso, não passam tantos fluidos negativos para a sua carne.

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Para terminar, vejamos o que diz também o Dr. Ricardo Di Bernardi em sua coluna: 

“Os amigos espirituais nos falam que é bom evitar carne vermelha nos dias de sessão mediúnica. Dizem eles que a carne dos mamíferos possui energia vital de densidade muito semelhante à nossa, o que leva a uma aderência maior desta energia ("fluido vital”) ao nosso campo de energia vital.

Vamos emitir uma hipótese como exercício de raciocínio, e não como verdade doutrinária. Lembramos que o mamífero foi morto precocemente, portanto cheio de vida, ou seja, de energia vital em seus tecidos para uma encarnação de muitos anos ainda. Sua carne, portanto, encontrava-se plena de energia vital ("fluido vital"). Parte deste fluido vital permanece nos matadouros e costuma ser vampirizada pelos espíritos enfermos e desequilibrados que tenham o corpo astral (perispírito) muito denso. Outra parte desta energia vital, não sendo vampirizada, e não retornando à massa de energia do universo, como ocorre nas mortes naturais, fica impregnada na carne. “Ao ingerirmos a carne (nos referimos, em especial, aos mamíferos), há uma decomposição ou fragmentação de seus subcomponentes (aminoácidos, etc.), os quais serão absorvidos pelo nosso sangue. A energia vital é também absorvida, encaminhando-se para o nosso corpo vital (denominação de Kardec), ou corpo etérico, que é o campo de energia fixadora do perispírito ao corpo biológico. Este corpo vital (corpo etérico), ao absorver esta energia vital do mamífero, torna-se mais denso, mais "oleoso", dificultando o trânsito das energias do corpo biológico para o corpo espiritual (perispírito). Esta dificuldade acarretaria: - maior dificuldade no desdobramento mediúnico - maior dificuldade na captação de energias espirituais - maior dificuldade na doação de energias pelo passe - maior dificuldade em receber o passe - e, com o passar dos anos, crescente dificuldade nos sentidos mencionados.
Quando disse Jesus: "atirai vossas redes ao mar ", poderíamos entender, também, ser melhor nos alimentarmos de peixes. Brincando, diríamos: Claro, o peixinho é limitado (burrinho), nem pineal desenvolvida tem, quase como um sincício espiritual ou alma-grupo. Não existe uma individualidade bem constituída em peixes, como existe em mamíferos. Portanto, o fluido vital dos peixes não tem a mesma característica dos animais superiores. Seria quase como nos vegetais, onde um conjunto de mudas de grama é formado por centenas de princípio espirituais que se fundem em um gramado sem individualidade (alma-grupo, uma denominação esotérica, mas o raciocínio é o mesmo dos espíritas). A individualidade, conforme Jorge Andréa e outros autores encarnados e desencarnados, só se atinge nos lacertídeos, e os peixes, pela pineal quase inexistente, ainda não têm esta organização”.

Paulo Lourenço “Ramiro de Kali”




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16/07/2012

Poema à Mãe Oxum

Poema à Mãe Oxum

Mãe das águas doces e cristalinas, Mamãe Oxum, tens o amor de mãe e a pureza das meninas...

Bela Orixá da luz dourada, que ilumina o meu caminho e aquieta o meu coração para que eu alcance a serenidade da tua vibração divina...

O criador a ti confiou a propagação da virtude mais perfeita: o Amor que é o princípio das conquistas santas que engrandecem a alma...

O teu canto através da cachoeira nos induz à reflexão de que tudo é passageiro, como tuas águas que passam, mas que deixam pelo caminho o benefício de matar a sede da terra, fazendo crescer as mais belas flores...

Que saibamos seguir o teu exemplo, doce mãezinha, para que nossa rápida passagem por este mundo deixe a marca do amor que tu nos ensina, acolhendo a todos que de nós necessite, doar pela felicidade íntima de doar sempre e jamais fazer uma troca, pelo que tudo se perderia...

Agradeço-te todo o amor que me cerca, de todas as dimensões e auxilia-me para que os olhos do meu espírito reconheçam todos os seres como irmãos da nossa família universal, que Oxalá abençoa através dos teus gestos!

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Cap. 3 - Ednay Melo






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14/07/2012

Atabaque na Umbanda



Em nossas giras de Umbanda, é muito comum se ter presente o ataba­que, um instrumento lendário e de origem afro. Esse instrumento dá ritmo e axé aos cultos, possibilitando uma melhor incorporação e dando maior energia aos trabalhos.

O atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Ori­­xás e Guias e tem uma força pode­rosa, que em uma gira faz toda a di­ferença.

Para aprendermos um pouco mais sobre o atabaque e seus funda­mentos trago algumas informações interessantes sobre o mesmo, relacio­nado aos cultos afro religiosos, dentre eles, Umbanda e Candomblé.

Segundo a Wikipédia, “O Atabaque de Origem Africana, hoje muito utili­zado nos cultos aos orixás, de reli­giõ­es também de origem afro, “É na verdade o caminho e a ligação en­tre o homem e seus orixás, os to­ques são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual “( Romário Itararé há 35 anos toca atabaques e instru­mentos de percussão).

Há três tipos de atabaque: Rum, Rum­pi e o Lê. O Rum é o atabaque maior, o Rumpi seria o segundo ataba­que maior, tendo como importância responder ao atabaque Rum, e o Lê seria o terceiro atabaque onde fica o Ogã que está iniciando ou aprendiz que acompanha o Rumpi. O Rum também é usado para dobrar ou repicar o toque para que não fique um toque repetitivo. Importante saber que cada atabaque tem suas obrigações a serem feitas, pois o atabaque praticamente repre­senta um Orixá.

Existem vários tipos de toques, Angola que se toca com mão e Ketu que se toca com a varinha. Na Angola existem vários tipos de toques, onde cada toque é destinado a um Orixá, por exemplo, Congo de Ouro, Angolão que seria desti­nado a Oxossi, Ygexá que seria destinado a Oxum, etc. O mesmo acontece com Ketu, que se toca com varinha de goiabeira ou bambu, chamada aguidani. O couro também mere­ce cuidados, como passar dendê e deixar no sol para que ele, o couro, fique mais esticado e possa produzir um som melhor.

Um Ogã seria como um Tatá da Casa e na maioria das vezes seu conhecimento é quase superior a um Zelador de Santo. Para ser um Ogã não basta saber tocar, e sim, saber o fundamento da Casa, salientando que saber o canto na hora certa é de gran­de importância para um Terrei­ro.

Existem também outros tipos de componentes que se usam junto com os ataba­ques, como por exemplo, o agogô, chocalho, triângulo, pandeiro, etc. Existe também o Abatá, que seria um tambor, com os dois lados com couro, que se usa muito no Rio Grande do Sul e na nação Tambor de Mina. Os tambores começaram a apa­recer nas escavações arqueológicas do período neolítico.

O tambor mais antigo foi en­contrado em uma escavação de 6.000 anos A.C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Es­tes troncos eram cobertos nas bor­das com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, depois foram usadas peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

De origem africana, o atabaque é usado em quase todos os rituais afro-brasileiros, típico do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos relacio­nados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa são empregados para evocar os Orixás.

Marcos Vinicius Caraccio





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12/07/2012

Nuanças Mediúnicas



Nuanças Mediúnicas



Obs: acerca das comunicações em outras línguas, sobretudo.

Por muito tempo, dúvidas haviam da realidade das comunicações espirituais. Compreende-se, perfeitamente, que os investigadores pouco lastreados, em suas próprias mensurações, colhessem resultados pouco animadores para não dizermos duvidosos.

As comunicações mediúnicas realizam-se em faixas subjetivas, deixando o nosso terreno intelectivo analítico, de bases objetivas, como sem possibilidades de avaliações. Partindo dessa premissa, as análises das comunicações só poderão ser feitas por indivíduos que possuam vivências no campo psicológico e, principalmente, nos denominados parapsicológicos.

É preciso registrar que as comunicações mediúnicas, de toda natureza, inclusive as realizadas com médiuns exercitados, bem traduzem o conteúdo das mensagens, porém, sempre carregando as "tinturas" do médium ou aparelho receptor. Isto quer dizer que o Espírito comunicante, ao "refletir-se" no médium, utiliza o que o mesmo possui: se é um médium de arcabouço psicológico evoluído encontrará boas condições para exteriorizar seu pensamento; se o médium apresenta, pelo seu dia-a-dia, pouca evolução, traduzida em reduzidas condições psicológicas, é claro que o comunicante não encontrará elementos específicos a fim de expressar a desejada mensagem.

Tudo isso é bem claro como regra geral, porquanto, em casos especiais, a lógica nos faz pensar que a influência espiritual será de tal ordem, a ponto de suplantar muitas deficiências no médium que não possua certas condições. Os requisitos evolutivos dos médiuns não podem ser analisados e avaliados diante do seu atual arcabouço psicológico, porquanto, muitos deles se encontram em singelas reencarnações intelectuais, embora, possuindo um rico e experiente pretérito. Na recíproca dessas propostas poderemos ter outros tantos ângulos de avaliações. Assim. não será fácil aos avaliadores pouco afeitos a essas pesquisas, compreenderem muitos dos fatos como das inusitadas angulações da mecânica mediúnica.

Através de mais de três décadas de observações pelos campos da mediunidade, acolitado por informações espirituais de variados matizes, concluímos que o Espírito comunicante, nas denominadas incorporações mediúnicas, emite a mensagem com valores de seu pensamento, incluindo o idioma que melhor manipula. Toda essa carga psicológica será como que incrustada, após a aceitação pelo médium, nas malhas vibratórias da zona perispiritual do receptor. Por este modo, haveria um encontro de vibrações entre a vontade-apelo do Espírito e a vontade-resposta do médium, devido a sua vontade-aceitação.

O perispírito do médium, inundado pelas emissões do perispírito da Entidade comunicante, absorve essas correntes superiores de pensamento ( comunicações harmônicas) com toda a carga que se acham investidas. Desse modo, o perispírito do receptor enriquece-se do referido material e passa a manter a corrente, que sempre existe nos indivíduos, em direção às células físicas. Nestes casos específicos, o perispírito traz, além do que é realmente do espírito do médium, os elementos enxertados pelo perispírito da Entidade comunicante, transferindo toda essa carga para a zona física. O médium adestrado na vivência mediúnica, acaba compreendendo o que é seu e o que é do Espírito comunicante, nos casos da chamada mediunidade consciente. No caso da mediunidade semiconsciente ou inconsciente a distinção torna-se mais difícil.

Realmente, será na zona de transição entre o perispírito e a matéria que esses delicados mecanismos espirituais se expressam. As correntes perispirituais, à medida que se aproximam da zona física, vão modificando o teor de suas energias especificas, possibilitando, nestas transformações, os adequados símbolos que as células nervosas ou neurônios tenham condições de entender e expressar os pensamentos captados.Nesta transmutação, a tela neuronial traduzirá, de acordo com as condições, a carga que o perispírito, já enriquecido pela mensagem, carrega.

Anote-se, como de importância, que a zona perispiritual do médium será a região que manipulará o pensamento do comunicante.Se a comunicação é fornecida por um Espírito que utilizou idioma desconhecido pelo médium, nesta região dar-se-ia a transmutação de linguagem, que será tanto mais ajustada e especifica se o médium possuir experiências pregressas naquele idioma, mesmo desconhecendo no momento presente a língua em pauta.

Tudo isso quer dizer que o delicado mecanismo mediúnico será realizado de modo a que a zona consciente do médium não intervenha; isto é, seria um processo apropriado e manipulado pelos campos internos do psiquismo ( zona espiritual ou inconsciente), onde a zona consciente não possui interferência direta. Pela natural e acertada vontade de realização do fenômeno pelo médium, haveria aberturas e facilidades de passagem da carga mensageira pelos campos terminais do psiquismo, onde as expressões conscientes se mostram na estrutura intelectual.

André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, a respeito da linguagem dos desencarnados, nos fornece os seguintes dados: "Incontestavelmente, a linguagem do Espírito é, acima de tudo, a imagem que exterioriza de si próprio.
"Isso ocorre mesmo no plano físico, em que alguém, sabendo refletir-se, necessitará de poucas palavras para definir a largueza de seus planos e sentimentos, acomodando-se à síntese que lhe angaria maior cabedal de tempo e influência.

"Espíritos desencarnados, em muitos casos, quando controlam as personalidades mediúnicas que lhes oferecem sintonia, operam sobre elas a base das imagens positivas com que as envolvem no transe, compelindo-as a lhes expressar os conceitos.

"Nessas circunstâncias, expressa-se a mensagem pelo sistema de reflexão, em que o médium, embora guardando o córtex encefálico anestesiado por ação magnética do comunicante, lhe recebe os ideogramas e os transmite com as palavras que lhe são próprias."


Até o momento ainda desconhecemos os detalhes desta complexa estruturação que é o fenômeno mediúnico.A fim de compreendermos como o processo se deve dar, é que fizemos a descrição acima, em síntese, como hipótese de entendimento. Este mecanismo estará amparado não só em observações e convivência do fenômeno, como também, pelas informações espirituais criteriosas, apesar de quase sempre reduzidas, coisa de fácil compreensão.Consideremos, também, como de valor, na avaliação da fenomenologia em pauta, as pesquisas realizadas com as regressões de memória.

O nosso trabalho sobre regressão de memória, auxiliado pela hipnose, forneceu bom material para ilações neste campo.Anotamos que alguns daqueles que participam das regressões de memória, em recordando determinada etapa reencarnatória pretérita, falava a língua da época; em raros casos registramos algum arrastado sotaque, devendo-se, esta condição, a atual tela consciente, onde os dados pretéritos tinham dificuldades de se mostrarem integrais em sua origem.Joeirand-se estes pequenos e reduzidos fatores, as forças internas do regredido, isto é, seu bloco energético anímico, mostrava grande parte do passado pelas aberturas que a hipnose determinou na zona consciente.

Trazendo esses fatores para o setor mediúnico, onde, como vimos, existem manipulações das zonas perispirituais em ação - emissor e receptor, Espírito comunicante e médium - vê-se quanto o aparelho receptor elabora elementos para bem traduzir o que o emissor ( Espírito) deseja.

As coisas passam a mostrar maior complexidade, quando o pensamento do comunicante se faz em idioma diferente daquele que o médium está manipulando no seu dia-a-dia de encarnado.
Haverá, assim, nos arcanos do Espírito, zonas e campos onde o pensamento é um só e, à medida que esse bloco de energias vai ganhando a periferia do psiquismo ou zona consciente, vai existindo a necessidade da palavra e organização de frases para a expressão do pensamento.Quanto mais para o psiquismo de profundidade ou zona espiritual o pensamento será como que purificado e representando um único matiz; isto é, o bloco de energias se faz presente e, vibratoriamente, elabora a percepção sem a necessidade da palavra.Quanto mais perto do psiquismo de superfície ou zona material ( zona consciente), mais haverá necessidade das expressões perceptivas de um idioma.

Todas as frases de uma determinada língua possuem a carga de sua própria emoção, na dependência de quem está fazendo a emissão.É como se as palavras tivessem um sustentáculo energético do pensamento elaborado.Assim, as palavras seriam símbolos elaborados, entre a zona espiritual e perispiritual, com finalidade de utilização pela zona consciente, onde se refletem e se mostram.À medida que o ser vai evoluindo, todos esses símbolos, estribados nos variados idiomas e arrecadados nas diversas etapas reencarnatórias, se vão como que ajustando e buscando pontos comuns até se refletirem num idioma universal.

Jorge Ândrea dos Santos
Revista "Presença Espírita"




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11/07/2012

Oxum

Oxum

 

Dia da semana: sexta-feira – dia do Astro Vênus.

Data comemorativa: 16 de julho

Sincretismo: Nossa Senhora do Carmo, em Pernambuco.

Cor: azul royal

Ervas: erva cidreira, botão de ouro, manjericão branco e outras.

Frutas: banana, melão, uvas verdes e outras.

Flores: rosas cor de rosa e todas as flores cor de rosa, brancas e azuis.

Reino Natural: Rios e Cachoeiras

Elemento: água

Pedras: quartzo azul, sodalita, quartzo rosa.

Símbolo: leque, espelho, coração.

Saudação: Orayeyêo! – Significa: Salve benevolente mãezinha!

Astro: Vênus

Deuses na mitologia greco-romana: Vênus: Deusa romana do amor e da beleza. Afrodite para os gregos.

 

Oxum está intimamente relacionada aos sentimentos e aos afetos, ao amor em essência e em formas. É associada à maternidade, protegendo o momento da gestação. Orixá símbolo perfeito do amor na compreensão humana. Auxilia no equilíbrio emocional e nas questões da mediunidade. Representada pelas águas doces, é conhecida como a Senhora dos Rios e Cachoeiras e, desta forma, a sua cor é azul na Doutrina da Tenda de Umbanda Luz e Caridade, cor que melhor representa as águas. Os filhos da Oxum geralmente são calmos, amorosos, delicados, meigos, maternais, sensíveis, emotivos, místicos e admiradores da beleza e das artes, são também vaidosos com a aparência pessoal. Quando os filhos seguem o lado oposto da Orixá tornam-se agressivos, vingativos, ciumentos e intransigentes.


Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo

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08/07/2012

Anjo da Guarda

Anjo da Guarda


Quem são os Anjos da Guarda? São espíritos muito evoluídos, cuja principal função é nos proteger e nos inspirar a seguir pelo bom caminho. A figura do Anjo da Guarda na crença cristã é de um ser iluminado, com asas e que portam harpas musicais e vivem sobre as nuvens do céu. Esta é a representação material para facilitar o entendimento, mas que não é de fato bem assim... São espíritos com energias tão sutis, devido ao seu grau evolutivo, que têm dificuldade de estarem próximos à densidade do nosso planeta, desta forma delegam a proteção dos seus pupilos aos espíritos protetores de cada encarnado, que pode ser um ente querido, um Guia de Umbanda ou mesmo um Falangeiro de Orixá, pode ser um ou mais de um protetor, que o acompanha mais de perto.

Na Umbanda firmamos o Anjo da Guarda com uma vela branca, de preferência de sete dias, com um copo d'água na frente da vela. Dessa forma consagramos um ponto de força para a troca energética com o nosso Anjo e com toda a Banda que nos dá proteção. O ideal é criar o hábito de orar ao Anjo da Guarda diariamente em sua firmeza individual.

Firmar o Anjo da Guarda é de extrema importância para o exercício mediúnico, pois a aura de luz que se estende aliada às qualidades morais do médium, é um poderoso escudo contra as investidas das sombras.

Infelizmente, a imaginação popular deturpa até a representação do Anjo da Guarda, há quem acredite que se pode aprisionar o Anjo da Guarda de determinada pessoa que queira sob seu comando, em trabalhos de baixa magia. O máximo que estas pessoas conseguem com seus intentos é envolverem-se com seus próprios obsessores, que com certeza lhes inspiram estes pensamentos descabidos para mantê-las, elas próprias, aprisionadas no mal que se comprazem e sofrerem suas consequências a curto ou longo prazo.

O Anjo da Guarda é o amigo íntimo, sublime e divino, sempre pronto a nos atender quando temos o desejo sincero de nos tornarmos melhores no propósito evolutivo, assim, peçamos sempre ao nosso Anjo para nos auxiliar a sermos melhores seres humanos e melhores cristãos. Peçamos proteção contra as investidas maléficas externas e, principalmente, internas, que são os nossos maus pensamentos e más atitudes para com o nosso próximo.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo




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06/07/2012

Ogum

Ogum

Dia da semana: terça-feira – dia do Astro Marte

Data comemorativa: 23 de abril

Sincretismo: São Jorge

Cor: vermelha

Ervas: espada de São Jorge, abre-caminho, aroeira e outras.

Frutas: manga espada, ameixas frescas, uvas vermelhas e outras.

Flores: cravos vermelhos e todas as flores vermelhas, exceto rosas.

Domínio: força da terra – a força do brotar da planta, força da gravidade, etc.

Elemento: fogo

Pedras: hematita, magnetita.

Símbolo: espada

Saudação: Pata Kori, Ogum! / Ogunhê! – Significa: Salve o supremo da minha cabeça, salve Ogum!

Astro: Marte – planeta vermelho, associado pelas antigas civilizações com o sangue das batalhas.

Deuses na mitologia greco-romana: Marte para os romanos – deus romano da guerra – Ares para os gregos.

 

Ogum é o Orixá da Lei e da Ordem. Todos os seres da Criação vivem inseridos em Leis Universais, que precisam ser respeitadas para proporcionar o devido equilíbrio para a vida no planeta. Estas Leis também orientam o comportamento humano para que o equilíbrio em todas as instâncias seja física, mental, emocional ou espiritual alcance o objetivo principal que é a evolução do indivíduo como espírito eterno.

Ogum traz a Lei que Olorum determina, como Criador Supremo de todas as coisas. Ser contra as Leis Universais, ou Divinas, paralisa o progresso do espírito e o impulsiona para a infelicidade, que nada mais é do que a Lei da Ação e Reação: o homem tem o livre arbítrio para escolher, mas deve assumir as consequências dos seus atos.

Ogum é o Orixá que carrega o arquétipo do guerreiro destemido e estratégico, da força e da luta, determinado e vencedor de demandas. É o Orixá dos caminhos, que simbolicamente remetem ao direcionamento que Deus nos concede e, desta forma, Ogum mostra a direção aos que têm fé e aos que têm firme desejo de transformação e renovação no Bem.

As características dos filhos de Ogum são: leais, protetores, temperamento forte e muitas vezes explosivo, teimosia, conquistadores, dificuldade de adaptação à rotina, forte disposição na conquista dos objetivos e da competitividade, corajosos, francos e muitas vezes intolerantes quando se trata de defender as suas ideias. São inquietos apesar de estrategistas e não gostam de traições e injustiças.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo



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01/07/2012

Omulu

 

Omulu

Dia da semana: sábado – dia do Astro Saturno

Data comemorativa: 16 de agosto

Sincretismo: São Roque

Cor: preto e branco

Ervas: barba de velho, babosa, hortelã e outras.

Frutas: maracujá, coco seco, abacaxi e outras.

Flores: cravos brancos, monsenhor branco e todas as flores na cor lilás.

Ponto de força: Calunga Pequena ou Campo Santo (Cemitério)

Elemento: terra

Pedra: ônix preto

Símbolo: xaxará com palha da costa e búzios

Saudação: Atotô Ajuberô! – Significa: Silêncio! O Senhor está na terra!

Astro: Saturno – planeta mais lento

Deuses na mitologia greco-romana: Saturno para os romanos e Chronos para os gregos.

 

Omulu é o Orixá da saúde e da transformação, transformação necessária à evolução. Ele ajuda no caminhar evolutivo, transformando os defeitos em qualidades, o mal em Bem, as trevas em luz, eis o sentido da transformação: transformar o homem em uma criatura melhor, para acelerar a sua evolução.

Tudo que de certa forma bloqueia ou atrasa o desenvolvimento do ser humano em sua essência Divina, Omulu favorece a oportunidade de renovação e crescimento integral. É conhecido também como o Orixá da saúde, auxiliando no equilíbrio físico, mental e espiritual, tendo sempre como meta a evolução.

Omulu é o Orixá que faz cumprir as leis cármicas. Responsável pelo controle, transformação e distribuição de energias, sendo considerado o Orixá Maior da magia, da transformação e do equilíbrio. Omulu é Orixá terra, de toda terra, inclusive das camadas internas do globo e, desta forma, é considerado Orixá base para todos os demais, todos os Orixás vão a ele, todos os Orixás fazem desdobramentos com os demais, menos Omulu. Exemplo: o desdobramento de Ogum com Omulu é "Ogum Megê", e o desdobramento de Omulu com Ogum não existe. Omulu é um Orixá que por si só se basta, se completa. Genericamente ele “sustenta” todos os outros Orixás na cadeia harmoniosa do Universo.

É o Orixá, que junto à Iansã, auxilia no momento do desencarne e conduz os espíritos recém-libertos do corpo físico para serem auxiliados de acordo com o merecimento de cada um.

Existem dois mitos devido à falta de conhecimento, hoje inadmissíveis, de que Omulu é Orixá da morte e da doença. Para início do nosso esclarecimento, a morte, como fim, não existe, quem é espiritualista e acredita que a morte é o fim tem que rever os seus conceitos antes de se dizer espiritualista. A morte é uma transformação, uma passagem de uma vida a outra, e Pai Omulu é o Orixá que auxilia os recém-desencarnados em sua nova jornada. A doença existe sob três formas: cármica, natural do desgaste do corpo e a provocada pelo próprio indivíduo, jamais um Orixá provoca a doença. Este mito se deve a epidemia de varíola que houve na África em tempos remotos, onde os africanos pediam com sua fé ao Pai Omulu que os livrassem dessa doença, porém, muitos faleceram, porque era o seu dia, porque tinha que ser, mas os africanos associaram este episódio a este Orixá, o denominando a partir daí de orixá da morte e da doença. Como o ser humano tem o hábito de acreditar em boatos, sem passar o fato pelo cadinho do bom senso e da razão, até hoje, infelizmente, ainda existem pessoas, entre elas as que se dizem fiéis da Umbanda, que acreditam e repassam esta inverdade. Lamentável! Omulu é o Orixá que promove a saúde física, mental e espiritual, dando o equilíbrio à vida. 

A pipoca é o elemento ritualístico de Omulu, utilizada para promover a cura.

Geralmente os filhos de Omulu têm mediunidade ostensiva desde tenra idade e sua constituição energética é propensa a repelir energias negativas que venham de pessoas e ambientes. São calados, reservados, observadores, leais, perspicazes, conselheiros e bondosos. No lado negativo podem ser austeros, violentos, insensíveis, rancorosos e implacáveis.

Agradeçamos a este grande Orixá a vida, porque ele nos auxilia no processo reencarnatório a fim de nos regenerarmos e evoluirmos rumo ao Criador, bem como auxilia as almas recém-desencarnadas, para que também consigam a sua evolução na nova vida que se inicia.

Omulu e Obaluaiê, em nossa doutrina, são energias do mesmo orixá: orixá da saúde, da transformação, da consciência kármica e do respeito aos nossos ancestrais como a nossa raiz mais profunda. Pai Omulu, representado pelo elemento terra, é o alicerce onde todos os orixás trabalham harmoniosamente em nosso benefício, proporcionando o equilíbrio tal qual proposta divina, em nossas vidas e em nosso planeta.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo

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