Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca Página Otimizada para CLS

22/11/2015

Achar-se Vítima de Demanda


Observamos na vivência de Terreiro, que muitas pessoas se preocupam muito em saber se alguém fez demanda para ele, ou se alguém lhe quer prejudicar. Geralmente esta ideia está bem estabelecida em sua mente e buscam os Guias de Umbanda para ter a confirmação. Sobre este assunto, recebemos a seguinte mensagem de uma das nossas Guias Espirituais:

“Ligar-se mentalmente a alguém supondo que esta pessoa lhe faz algum mal, traz alguns sérios inconvenientes para quem pensa.

Enfatizo que "supor", "achismo" não quer dizer "verdade". Quem se aliena com estes pensamentos nunca tem a certeza se o seu desafeto faz ou não: "demanda, feitiço, bruxaria, magia negra, olho gordo, baixa magia, trabalho feito, ou qualquer nome que queiram dar.

E se acham que um Guia de Umbanda vai tirar este tipo de dúvida, se enganam. Este Terreiro não nasceu para jogar uns contra os outros. A força espiritual de um Terreiro de Umbanda vai agir em seu benefício, apenas isto.

Levantaremos algumas hipóteses para um melhor entendimento. Pensar que o outro lhe faz mal por meio de ações mágicas negativas, ou por outros tipos de ações também negativas, na verdade é uma autoagressão, porque:

Supondo que seja verdade, que esta pessoa pratica mesmo o mal contra você. Se você se liga a ela por tal pensamento, estará dando poder a ela e se colocando na mesma faixa vibratória negativa, ficando ambas no mesmo "buraco de aflições".

E se não for verdade? Se esta pessoa nem lembra da sua existência? Ou nem lhe conhece? O que acontece? Neste caso teremos duas situações, vamos dar dois exemplos nomeando pessoas "A" e "B":

"A" pensa que a "topada" que levou na rua foi demanda de "B". Sabemos que "B" é inocente com relação a estes pensamentos negativos de "A".

Se "B" é uma pessoa que leva uma vida regrada, se pratica o Bem ao próximo, se pensa sempre positivo em relação a si e aos outros, se ama a Deus e se conecta a Ele, se enfim, é uma pessoa do Bem, o pensamento negativo de "A" irá até ele, mas retornará para "A", sendo "A" o único prejudicado.

Em outra situação, vamos considerar que "B" é uma pessoa do mal, apesar de não ter feito nada contra "A", mas se compraz em práticas negativas seja a nível de magia, seja a nível de práticas diárias. Neste caso o resultado é bem pior, somem um mal a outro mal maior, que o resultado não vai ter dimensões, atingindo ambos com energias deletérias e enfermiças, carregadas com todos os tipos de quiumbas.

Com estes breves e singelos exemplos, observamos que pensar mal de alguém sempre resulta em sofrimentos para si próprio. Sem falar nos débitos que adquire perante as Leis Divinas, porque o mal em qualquer circunstância sempre será punido.

Prudência e sensatez com os pensamentos! Se estás incomodado achando que as tuas energias não estão boas, vai ao teu Terreiro, segue as orientações dos Guias, que com certeza vão trabalhar para o teu bem-estar. Não procure pensar em quem supostamente fez demanda ou algo do tipo, siga as orientações dos Guias e trabalhe para melhorar-se com uma lista infinita de práticas do Bem. O restante, se existem culpados, tenha certeza que a justiça se fará, porque Xangô elabora, Ogum determina e nós Exus, ha ha ha, fazemos questão de executar”.

(Pombagira Cigana das Rosas / Médium Ednay Melo). Mensagem proferida em Gira Pública na Tulca, em 21/11/15 
Do livro "Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo"



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20/11/2015

Sobre a Doença Física e a Cura

Sobre a Doença Física e a Cura / Espírito Ramon - Médium Ednay Melo


O "milagre" está apenas e tão somente na fé que movimenta o amor de Deus e de Suas criaturas. É preciso a simbiose do amor, representada pela fé, para obter a cura de todo mal. 
(Ramon / Ednay Melo)

Diariamente, nos embates da vida, ouvimos lamentações várias, de variadas formas e pensamentos. As vicissitudes são consequências dos atos individuais, sejam atos desta vida ou da pretérita. A Lei de Ação e Reação é lei natural, dá sentido a tudo, assim quem "mexe com fogo" pode mesmo se queimar. A memória do encarnado é muito breve, daí não entender o porquê dos sofrimentos. A verdadeira vontade de Deus é o Bem e a Paz a todas Suas criaturas, mas cada um deve aprender como fazer esta valiosa conquista.

O sofrimento na terra é necessário, não que estejam todos condenados a ele, mas sendo ele resposta às ações indevidas de cada um, serve como alavanca de aprendizado e elevação espiritual.

Falaremos hoje um pouco sobre a doença física e a cura.

O aprendizado do espírito se dá através de muitas provações e desafios. As doenças físicas são uma das fontes de desafio, porque testa a paciência e a fé. O tempo previsto para elas é o exatamente necessário a cada um.

A cura sempre vai existir, considerando a vida eterna, porque tirando o olhar viciado apenas da vida corporal irão entender que a cura pode ocorrer em plano espiritual, devereis acreditar que, de fato, a morte como o fim do espírito, não existe.

Ainda considerando o corpo físico, porque para a grande maioria é o que interessa, venho lembrar que somente Deus está à frente e as curas que se dão na terra são somente pela vontade D'ele.

Nós, espíritos trabalhadores em benefício da terra, somos apenas intermediários entre a vontade de Deus e o merecimento de cada um, dado diante de esforço próprio.

Não fazemos "milagres", o milagre está apenas e tão somente na fé que movimenta o amor de Deus e de Suas criaturas. É preciso a simbiose do amor, representada pela fé, para obter a cura de todo mal.

Ficamos tristes ao observar que alguns irmãos encarnados, alimentados pelo veneno da vaidade e da cobiça, atribuem a si o poder da cura, seja através dos dons mediúnicos ou dos dons profissionais. Sem saberem, diante da vaidade com prêmio passageiro, que angariam para a vida eterna fardos pesados demais, que irão propiciar novo ciclo de sofrimentos para a sua depuração espiritual.

Portanto, irmãos, se querem realmente fazer parte do exército de luz comandado por Deus, em qualquer religião que professes em terra, fazes a tua parte com devoção e amor e agradece apenas todo e qualquer fruto do teu trabalho como intermediário, mas agradece em silêncio para que ninguém saiba.

(Espírito Ramon / Médium Ednay Melo, 20/11/2015). Ramon é Guia Chefe dos trabalhos de cura da Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca.
Do livro "Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo"



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17/11/2015

Entidades de Umbanda

Entidades de Umbanda

O nome da minha mãe era Lia e do meu pai Cid. Isto para você pode ser uma referência sobre minha pessoa, mas tudo o que eles significaram para construção do que eu sou é impossível de configurar em nomes. Assim como para mim o nome dos que fazem ou fizeram parte da vida de vocês não tem um significado tão grande, porque não consigo com isto mensurar a extensão da influencia que tem no que você é.

Se você lê a história e não a interpreta, perde a lição. Quando a Umbanda foi criada em 1908, no meu entendimento para libertar as almas desta terra do domínio do ego do poder do conhecimento- corajosamente por um menino de 18 anos chamado Zélio de Morais, era a espiritualidade pedindo libertação. Libertação da energia pela simplicidade. Aqui está faltando uma flor, falou Zélio, e foi buscar uma rosa que depositou no centro da mesa. Depois disto,apresentaram-se vários espíritos de caboclos e negros num centro espírita. Bom, a história quem é de Umbanda deve conhecer.

Evoluímos de lá pra cá e muito. O mundo mudou muito, mas as pessoas, estas não perderam seus vícios. Acho mesmo que algumas coisas são registradas em nossos DNAs. Praticamos com mais liberdade nossa querida Umbanda ,mas estamos nos tornando cruéis com relação às nossas entidades.

Quem é capaz de dizer com certeza absoluta o que é o espírito que está recebendo? Acho deprimente quando falam: o meu caboclo, o meu preto, o meu exu. Estes espíritos existem para nos libertar e não para serem nossos escravos pessoais. Adianta saber se é exu Caveira, ou Caboclo das 7 Flechas, ou seja lá qual falange pertença? O nome dos meus pais como falei no começo não significam nada se você não souber da obra que eles fizeram. Os espíritos que nos guiam são exatamente iguais a nós , embora estejam num nível superior de entendimento. Você não é apenas um nome, é um conjunto de qualidades adquiridas, é um ser na busca de desenvolvimento e uma entidade neste ponto não é diferente, porque não respeitá-los então?

Se você buscar meu nome na internet vai encontrar os livros que publiquei e mais algumas coisas sobre minha vida, mas em momento nenhum isto vai te dar a minha real dimensão, e assim é com as entidades que aceitaram fazer uma parceria com vocês. Se deem a oportunidade de conhecer suas entidades como conhecem os seus amigos: conversem, alimentem a amizade com respeito e dignidade que eles merecem.

O que mais tem por aí é uma Umbanda ostentação: aprenda tudo sobre umbanda por um preço maravilhoso, participe de giras gigantescas e seja mais um....em momento nenhum vejo: viva a Umbanda em plenitude, descubra-a e se descubra, experimente, observe! O que querem de você? Alienação e enquadramento em um sistema que a Umbanda de início veio para quebrar. Pense! Saravá a sua banda!

Autor desconhecido




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11/11/2015

A União Contra a Intolerância


A União faz a Força Mesmo!
Estou lendo "Exu" do professor Dr. Vagner Gonçalves da Silva, da USP. O mesmo professor que coordenou o livro importantíssimo sobre “Intolerância Religiosa”. Então, como todo mundo que gosta de leitura, abro o livro em inúmeras situações, principalmente em transportes públicos. Hoje não foi diferente. Entrei no ônibus. Assim que consegui sentar abri o livro. Percebi imediatamente que a mulher que dividia o banco comigo se incomodou com algo. Ela fechou o livro que lia com rispidez - e me dei conta de que se tratava da Bíblia -, se levantou e foi para a porta. Ela começou a falar algo sozinha. As pessoas começaram a olhar. Então, acho que surtou:
“É isso mesmo! Até nos ônibus gente do demônio não nos deixam em paz!”, quase gritando e fuzilou-me com os olhos.

Não sou do Candomblé, não sou da Umbanda, não sou membro de nenhuma sagrada religião de origem africana, mas nem por isso deixo de admirar a beleza e a sabedoria que estas pregam e propagam. Eu filmo estas religiões justamente para que, um dia, possam dialogar com pessoas como essa mulher louca que me interpelou daquela forma. Então me vi na mesma situação que milhares de outras pessoas que fazem parte destas maravilhosas religiões. Sim! Naquele momento eu fui colocado no mesmo grupo e, também naquele momento, estava sendo vítima de “intolerância”.

Ah! Mas, sou azedo quando quero.
“A senhora está me chamando de pessoa do demônio?”, perguntei.
“Tá amarrado, em nome de Jesus!”, retrucou levando a Bíblia na frente do rosto.

Nisso nos tornamos o centro das atenções. Todo mundo olhava para nós apreensivos pela minha resposta. Então foi...

“Então eu a liberto em nome de Exu, pois só Exu salva.” Olhei para todos! “Eu ouvi um laroiê?” E esperei. Silêncio! “Nenhum?”
“Laroiê!”, veio tímido do fundo. 
“Vamos lá, com alegria! Não tenham medo de declarar o amor a Olorum, o pai de todos nós!”
Então veio, lindo, forte de umas cinco pessoas.
“Laroiê!”

Sorri satisfeito para os rostos daqueles que também sorriam. Nos tornamos cúmplices e orgulhos da religiosidade vinda do coração. (Ah! Se estas pessoas soubessem a verdade quanto a mim!)

Mal a porta abriu e a mulher desceu com os olhos arregalados e sumiu. Acho que não era o ponto dela. Saiu de perto de mim para fugir da “gente do demônio” e fugiu do ônibus por vergonha de sua incrível estupidez. 

Bem mais tarde, quando chegou o meu ponto na Av. Paulista, encarei os 33º de calor ainda sorrindo com a vitória de um dia que mal tinha começado.
Graças a Exu.

Celso Masotti




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