2021 - Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

26/12/2021

Assentamento na Umbanda

Assentamento na Umbanda


O assentamento é uma força extrema e assentada, enraizada, plantada, que ficará ali pelo tempo desejado por quem assentou, ao contrário do firmamento, que ficará ali enquanto uma vela estiver acesa, por exemplo, ao se findar essa vela o firmamento se finda.

O assentamento é uma base bem estruturada e bem sustentada para dar força aos trabalhos espirituais, normalmente o assentamento é a força de sustentação do templo de Umbanda, que auxilia no recebimento de pessoas.

Nos terreiros estruturados se faz uso normalmente de dois principais assentamentos, que são o assentamento do Gongá e o assentamento da Tronqueira.

Esses dois pontos dos terreiros são de extrema importância, pois a Tronqueira que fecha a entrada do terreiro, afastando todo e qualquer tipo de espírito sem luz que possa ter a intenção de atrapalhar os trabalhos, e o assentamento do Gongá é para que todos os filhos tenham um apoio espiritual do dirigente da casa, fazendo assim um bom trabalho junto as Entidades de Luz.

No Gongá se faz normalmente o assentamento para o Orixá de frente do seu dirigente encarnado, Pai, Mãe de Santo, responsável pela casa.

Na Tronqueira se faz os assentamentos para o Exu ou Pombo Gira do dirigente da casa, ou seja, para os Guardiões que acompanha esse Zelador.

O assentamento de um terreiro, ou casa, ou templo de Umbanda pode ser feito com elementos da natureza na força do Orixá ou da Entidade Mentora da casa, e normalmente será o mesmo que indicará quando, como e com o que deverá ser feito esse assentamento.

Devemos entender que o assentamento é a sustentação dos trabalhos de um terreiro, e não é fundamento, é sustentação ao trabalho da casa, o fundamento é a teoria da religião de Umbanda.

Quando se recebe uma ordem de montar um terreiro à primeira providência a ser tomada é assentar essa casa, ou seja, fazer o fundamento particular daquela casa, dentro das regras e leis do Orixá ou da Entidade Mentora do seu futuro Zelador.

Na maioria das vezes esses assentamentos podem ser feitos por diversos elementos da natureza, porém um dos mais utilizados é o Otá, ou seja, no idioma Nagô iorubá, significa pedra.

Devemos esclarecer que não se deve pedir a terceiros que assentem o futuro terreiro, pois o correto é que o Mentor do médium responsável diga como será feito esse assentamento.

Vejamos que se o médium tiver certa insegurança para fazer esse assentamento, certamente ele não estará preparado para dirigir uma casa de Umbanda. Seria recomendado aguardar o momento mais propicio, pois o tempo trará mais firmeza e maturidade para tal missão, e assim não trazer mazelas a terceiros, ou a si próprio.

Devemos entender também que não se deve copiar um assentamento de alguma outra casa, pois muitos Zeladores de Umbanda acreditam ter que acompanhar assentamentos mirabolantes, como por exemplo, a de uma casa de Candomblé, que nada tem a ver com os assentamentos da Umbanda, pois normalmente não tem nada de simplicidade, assim como e de praxe na Umbanda, que busca a demonstrar humildade e simplicidade extrema.

Na Umbanda se diz que ninguém assenta fora o que não está assentado dentro, essa é uma das grandes lições da Umbanda no que se refere a assentamento, ou seja, devemos antes de tudo ter amor, carinho, dedicação, caridade para com a Umbanda e a quem a procura, pois o terreiro é exteriorização do que está dentro de você, ou seja, receber pessoas, fatos, problemas alheios de assistentes, devemos recebê-los antes em nossos corações. Portanto devemos mostrar em nossos assentamentos aquilo que devemos mostrar caridosamente e humildemente a nossos assistentes, sendo assim basta um assentamento simples, feito com muito amor, sem muitos elementos naturais, mas com extrema quantidade de caridade, amor e carinho, principalmente demonstrar toda a verdade no que está destinado a ser feito, pois ali estará a sua verdade.

Faça com amor seu assentamento, caso seja necessário um dia cumprir essa missão.

Carlos de Ogum







Leia mais

20/12/2021

Umbanda e Espiritismo

Umbanda e Espiritismo

Vejo com curiosidade essa eterna discussão sobre a denominação “espírita-umbandista” que algumas pessoas usam, e que causa profundo desconforto entre os umbandistas e irritação entre os espíritas.

Desconforto entre os umbandistas porque sabemos que a Umbanda tem personalidade própria e que apesar de estudarmos a doutrina de Kardec, não somos espíritas, pois espírita é quem segue esta doutrina codificada por ele. Bem, pelo menos isto é o que a grande maioria pensa, embora em julho de 1953, à página 149, o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, O Reformador, declarou oficial e textualmente:

“Todo aquele que crê nas manifestações do espírito é Espírita”.

E conclui:

“Pelo que estamos entendendo, os umbandistas creem nas manifestações, logo são Espíritas”.

No ano de sua morte, Allan Kardec declarou na Revue Spirite, de 1869, página 25:

“Para que alguém seja considerado espírita, basta que simpatize com os princípios da Doutrina (além da crença em Deus, nos espíritos imortais e na comunicação deles, na evolução, na lei de causa e efeito, pré-existência do espírito, pluralidade dos mundos habitados, etc) e que por ela paute a sua conduta”.

Citado por Luciano Napoleão da Costa e Silva, no livro "Nosso Amigo Chico Xavier".


A Umbanda tem sua própria doutrina que não foi codificada por encarnado nenhum, mas sim pelas entidades que militam na Seara Umbandista. Nós encarnados é que perdemos tempo discutindo fundamentos, preceitos, etc, quando deveríamos estudar melhor aqueles fundamentos e preceitos que desconhecemos.

A função da Umbanda é bem diferente da função espírita frente a Espiritualidade Maior. Entretanto elas não são conflitantes, como muitos desejam fazer o leigo crer, mas sim complementares. Essa “divisão” existe somente em nível de terra e não em nível de Astral Superior. O que existe é uma categorização que não significa superioridade e nem inferioridade, mas especialidades diferentes. Apenas isso.

Infelizmente alguns espíritas nos veem como inferiores, pois lidamos com entidades que “falam errado”, utilizamos rituais, velas, defumadores, enquanto eles (os espíritas) não utilizam nada disto e trabalham do mesmo jeito. São médiuns do mesmo jeito.

Entretanto desde que o mundo é mundo e começaram a existir as religiões, todas tem ritualística, com início, meio e fim. Somente a doutrina espírita não tem ritualística.

A grande maioria dos espíritos desencarnados que precisa de ajuda, teve algum tipo de contato, enquanto encarnados, com algum tipo de religião, consequentemente com algum tipo de ritualística, por isso muitos são encaminhados pela espiritualidade superior, para os terreiros de Umbanda, pois entenderão mais rapidamente a “linguagem” que lá é falada. Por isso os trabalhos de desobsessão na Umbanda são mais rápidos do que nos Centros Espíritas.

Mais uma diferença entre Espiritismo e Umbanda é que esta última dá oportunidade a qualquer entidade em qualquer faixa vibratória e evolutiva de trabalhar em função do Bem, indiscriminadamente e sem preconceitos.

Que o espírita tenha feito esta opção é um direito dele e não cabe a ninguém ir contra, entretanto o que ele não tem o direito é de dizer que a Umbanda é inferior ou que esteja num estágio evolutivo abaixo do Espiritismo, baseado simplesmente no fato da Umbanda se utilizar de rituais que ele está longe de entender ou não se identificar, ou ainda por a Umbanda ter em suas raízes influências africanas, ameríndias, católicas e espírita. Criticar o que não se entende ou desconhece não foi um ato do Codificador do Espiritismo, aliás o verdadeiro espírita não tem esse tipo de atitude. O verdadeiro espírita nos respeita!

Por outro lado, vemos os detratores do Espiritismo e das religiões espiritualistas colocando num mesmo saco a Umbanda, o Espiritismo e o Candomblé, e o que é pior, pessoas que denigrem o nome da Umbanda e do Candomblé.

É óbvio e compreensível que se você é espírita, portanto estudioso das coisas do espírito, médium dedicado e consciente, e totalmente avesso a rituais, ficará indignado ao ser comparado com terceiros.

Importante é entender que Umbanda e Candomblé não são sub-divisões, correntes ou linhas do Espiritismo, mas sim religiões espiritualistas, com características próprias e bem estabelecidas.

O grande problema são esses irmãos desonestos e ignorantes que se dizem espíritas, umbandistas ou candomblecistas e saem cometendo desatinos em nome de uma dessas três religiões que tem em comum apenas o fato de se comunicarem com a espiritualidade.

Que espíritas, umbandistas e candomblecistas se indignem e reajam contra os desonestos, os charlatães, mas não uns contra os outros, sem agressões mútuas, tentando agir da mesma maneira que os mentores, guias e Orixás de cada segmento fazem, esclarecendo e orientando, ou seja, fraternalmente e com respeito.

Que Eles sejam nosso exemplo!

Iassan Pery


Leia também:



Leia mais

12/12/2021

Umbanda também é Respeito

Umbanda também é Respeito

O UMBANDISTA NÃO JULGA AS OUTRAS RELIGIÕES

A Umbanda é uma religião universalista. Isto significa que ela reconhece a parcela de verdade que há em cada um dos diferentes caminhos espirituais e não se considera melhor que as outras religiões. Não faz julgamentos negativos sobre os caminhos adotados pela fé dos outros, nem busca convencer ninguém a seguir seus rituais.

Em sua própria formação, a Umbanda recebeu a influência de diferentes religiões. Há elementos do catolicismo, do espiritismo francês, do xamanismo, do candomblé, do culto aos ancestrais dos povos bantos, do esoterismo e até mesmo das religiões árabes, entre outros. Os próprios guias, em seus atendimentos, trazem consigo os saberes das diferentes espiritualidades que vivenciaram quando encarnados.

Um mesmo espírito de luz pode trabalhar em diferentes religiões. Há relatos de guias que se apresentam na Umbanda como preto velhos e na mesa branca como doutores. O que importa para eles é ter espaço para fazer a caridade. Onde o bem é praticado, os bons espíritos fazem-se presentes para auxiliar. Até mesmo nas igrejas encontramos os Exus fazendo a proteção.

A Umbanda não conquista ninguém pelo medo, mas encanta pelo amor. Não faz promessas de salvação eterna e nem de resolver todos os problemas de uma pessoa. Antes, explica a cada um as lições que precisa passar. Todo mundo é livre para deixá-la a qualquer momento. E a vida da pessoa continuará abençoada da mesma forma, seguindo ela um caminho de luz.

A Umbanda não se apresenta como o único caminho para conhecer Deus, nem o melhor, ou o verdadeiro, ou o mais elevado. Ela é apenas mais uma entre tantas milhares de outras formas que o Pai Maior, em seu imenso amor, permitiu ser conhecido. A religião é um rótulo, que varia de acordo com a cultura de cada povo e a consciência de cada pessoa. Mas a espiritualidade é universal. Há diferentes caminhos para diferentes consciências. O mais importante é fazer o bem a si mesmo e ao próximo.

Cada um que se considera um Umbandista deve-se considerar um representante dela. Ter uma postura de respeito perante as outras religiões. Mostrar, nas palavras e na prática, que nossa religião é uma religião de amor, luz e caridade ao próximo.

Autor desconhecido






Leia mais

15/11/2021

Pais e Mães de Santo

Pais e Mães de Santo

O PESO DA MISSÃO DOS PAIS E MÃES DE SANTO

Poucos realmente veem tudo o que o Pai ou a Mãe de Santo faz dentro do terreiro. São cobrados de todos, ninguém nunca está satisfeito e sempre há uma pessoa para reclamar. Porém, quando é necessário agir, muitos somem.

É imensa a responsabilidade do Pai ou Mãe de Santo. Nas mãos deles, está a manutenção do terreiro e a sobrevivência de nossa religião. O fardo é pesado, mas por amor o exercem. E cabe a todos nós apoiá-los da melhor forma possível.

Eles precisam lidar tanto com espiritual, quanto o administrativo e humano do terreiro. São os responsáveis por preparar e ativar as firmezas e assentamentos do terreiro, abrir e fechar giras, acompanhar o desenvolvimento mediúnico de cada um, fiscalizar o atendimento de todo médium. Se surge algum problema, no final, é ele que vai resolvê-lo.

Além disso, sobra para eles administrarem toda a parte material do terreiro. É preciso adquirir velas, copos, materiais para as firmezas, produtos de higiene, fora os custos com água, luz, aluguel. No dia de gira, o espaço precisa estar limpo e organizado e mais uma vez sobra para o Pai ou Mãe de Santo coordenar quem realizará estas tarefas.

Tudo possui o seu custo, e nem sempre é suficiente as doações da consulência e mensalidade dos médiuns recebidas. Se algum filho está sem condições de contribuir financeiramente com a casa, o Pai e Mãe de Santo ainda o escuta e procura ajudá-lo. Quantas vezes o dirigente tirou do próprio bolso para pagar uma despesa ou auxiliar alguém do terreiro? Muitos nem ficam sabendo.

Porém, a parte mais difícil da missão dos sacerdotes é lidar com os próprios médiuns da casa. Se os filhos percebessem o quanto são, em algumas situações, imaturos e infantis, criando desarmonias por assuntos pequenos, levando ao Pai e Mãe de Santo intrigas e melindres desnecessários. Seus ouvidos já receberam todo tipo de informação, os quais algumas ele preferia nem ter conhecimento.

Com frequência, ele precisa agir como um administrador de egos frágeis. Se dá atenção para um, outro fica enciumado. Se repreende os erros, consideram-nos muito duro. Se ensina com palavras suaves, acusam-no de ser muito tolerante. Sempre há um para lhe apontar o dedo e dizer, nas fofocas de corredores, como ele deveria proceder.

O que os umbandistas ainda não entenderam é que o Pai e Mãe de Santo são humanos como todos nós. Possuem suas qualidades e defeitos. Não são perfeitos, como ninguém é neste planeta. Porém, foi neles que a espiritualidade confiou esta missão, e o fez por um bom motivo, porque confia na capacidade deles de estar à frente de um terreiro.

Além de tudo isso, os Pais e Mães de Santo ainda precisam atender os consulentes. São muitos que os procuram fora do horário de gira. Há situações que exigem um cuidado maior, trabalhos na residência de particulares, pessoas passando mal de madrugada, médiuns mal orientados que saíram de outros terreiro, e tantas mais situações diferentes.

Os dirigentes possuem, ainda, sua própria família e trabalho, que nem sempre conseguem oferecer a devida atenção a eles. Dividem-se entre tantos pedidos e solicitações. Raramente encontram um momento de repouso e lazer. Suas energias estão dedicadas, em grande parte, no cuidado dos outros.

São os professores de todos nós. Orienta-nos, constantemente, no nosso crescimento pessoal e espiritual, ainda que muitos não o percebam. Neste sentido, agem como verdadeiros pais e mães, acolhendo e doutrinando os seus filhos. Isto quando não precisam atuar como se fossem psicólogos, confidentes de todos, que derramam sobre eles todas as mazelas.

Em alguns terreiros, até existe uma divisão de tarefas, o que é muito positivo e alivia o trabalho do sacerdote. Pais e Mães Pequenas, cambones chefe, assumem parte dessa responsabilidade. Porém, se alguém deixa de cumprir sua tarefa, mais uma vez cabe ao dirigente substituí-lo.

Há quem queria ser pai ou mãe de Santo somente para poder mandar a vontade, fazer tudo do seu jeito. Mas não compreende o peso da responsabilidade, o tamanho dos sacrifícios que esta missão exige. Não basta querer ser sacerdote, muito menos pagar algum curso. É preciso vocação e outorga da espiritualidade. Mas saibam todos: Pai Oxalá a tudo vê e nenhuma caridade será esquecida.

Saravá a todos!

Autor desconhecido




Leia mais

14/11/2021

A Umbanda Delivery

 

A Umbanda Delivery

*Aos "novos" médiuns da geração internet, Youtube, Tiktok, Instagram, pai Google e afins!*

A ideia da " Umbanda virtual" é absurda e não tem fundamento espiritual  nenhum!

É impossível a qualquer ser humano se tornar Médium Umbandista sem nunca ter pisado no chão físico de um terreiro. 

  • Você não se torna médico sozinho.
  • Você não se torna professor sozinho.
  •  Você não se torna advogado sozinho.

Para tudo na vida existe local e ambiente certo para a sua devida preparação, assim também é na Umbanda.

A frase " O terreiro  sou eu", que é muito comum hoje em dia, não está totalmente errada mas o mais correto seria:

"O terreiro somos nós Umbandistas". É impossível ser Médium Umbandista sozinho! 

  •  Como diz pai Joaquim de Angola:  O Chão do terreiro é a escola do médium Umbandista.
  • ME TORNEI UMBANDISTA INDO AO TERREIRO.
  •  ME FORTALECI ESPIRITUALMENTE INDO AO TERREIRO. 
  •  ME BATIZEI INDO AO TERREIRO.
  •  CONHECI AS ENTIDADES FREQUENTANDO O TERREIRO.
  •  ADQUIRI CONHECIMENTO FREQUENTANDO O TERREIRO.
  •   COMO ALGUÉM PODE DIZER QUE PARA SERVIR A ESPIRITUALIDADE NÃO PRECISA IR AO TERREIRO.?? 
  •  O chão de terreiro jamais será substituído pelo da sua cozinha, quarto, sala e afins.
  • A Umbanda é a mesma de 1908, diferentes são seus médiuns.
  •  Não existe passe virtual.
  •  Não existe benzimento virtual.
  •  Não existe consulta ESPIRITUAL virtual.
  •  A Umbanda não é virtual, A UMBANDA é presença FÍSICA.
  •  UMBANDA É TROCA DE ENERGIAS DENTRO DO TERREIRO.
  •  Se você quer INCORPORAR por conta própria na sala de sua casa, no quintal do vizinho, dentro do ônibus, no trabalho, no banheiro seja lá aonde você estiver afim, faça o que quiser só não use o nome da Umbanda.
  • Se você quer desenvolver mediunidade on-line não use o nome da Umbanda.
  • Você pode fazer o que quiser mas não use o nome da Umbanda nem da egrégora de espíritos que trabalham com disciplina, ética, responsabilidade e respeito.
  • Umbanda não é mediunismo!
  • Você pode Incorporar na sala, no quarto, na cozinha, pode montar tronqueira na sala, na cozinha, no quarto, pode manisfestar entidades em festas, bares, no momento que tiver tendo relações sexuais enfim você pode fazer o que você quiser com a sua mediunidade só não dê o nome de UMBANDA nem de caboclo, preto velho, Exu e pombogira.
  • Você pode cobrar passes via PIX , orientações espirituais etc. 
  •  Você pode colocar o cd da Xuxa e chamar a "Ibejada".
  •  Você pode colocar um pagode e chamar o "malandro".

Para isso crie você um conceito, um nome, uma Filosofia só não diga que isso é Umbanda.

  • Respeite o nome de Zélio Fernandinho de Moraes, Benjamin Gonçalves Figueiredo, Matta e Silva e tantos outros Umbandista que lutaram pela Umbanda com disciplina e Respeito.
  • Faça o que tiver vontade só não use o nome de caboclo, Preto velho, Exu e pombogira, respeite a egrégora da Umbanda.
  • Você é livre faça o que quiser, só não use o nome da Umbanda.
  • Umbanda tem regras, doutrinas, tradição, raiz e fundamento.
  • Umbanda respeita a vida Humana.
  • A Umbanda não trata o ser humano como cifrão.
  •  Terreiro de Umbanda não é Comércio ou lojinha de conveniência.

Cada coisa em seu devido lugar.

Rituais Umbandistas e incorporações são para serem realizados  dentro do terreiro não na sala, cozinha, quarto, balada, botequim, festa infantil e internet.

Jefferson Santana.


Leia mais

03/10/2021

O Ritual de Defumar

O Ritual de Defumar

A defumação existe como ritual, ou como prática magística, há muito tempo. Umbanda, rituais védicos, igreja católica, ocultismo, a lista é grande… Mas, o que, afinal, existem nessas ervas?!

Basicamente a defumação é a “liberalização” da energia vegetal, concentrada na folha ou em outra parte da planta. Quando em contato com a brasa e consequentemente com o fogo, a energia vegetal libera-se e pode ser facilmente manipulada pela mente do defumador, através de orações, cânticos ou mentalizações. Defumação é um ritual de magia, assim como existem muitos outros… Quem gosta de uma explicação bioenergética, sempre fala da energia do duplo etérico das folhas que se dissolveriam na água (banho de ervas) ou se “libertariam” com o fogo (defumação). Isso explica uma parte do processo, mas não todo, visto que outras coisas entram no assunto, como espírito vegetal da planta, axé, egrégora e outras coisas mais…

Deve-se salientar também que, apenas “queimar umas ervinhas”, não tem grande significação e resultado magístico. O mais importante é a capacidade do defumador de direcionar essa energia. Perceba que o processo é MENTAL, aliado a um recurso na matéria, pois estamos na matéria! Na verdade, não existe muito esse lance de ser mental ou “elemental”. Toda magia é mental, porém pode-se usar recursos naturais e físicos, sim ou não. E isso não é melhor ou pior. É apenas uma das muitas formas. (apesar de que para mim, em alguns casos, a utilização de elementos físicos são muito úteis) O problema, como sempre, é achar que a sua prática deva ser igual a do próximo…

É nesse princípio da defumação que também fundamenta-se o uso de cachimbo e charutos pelos guias incorporados na Umbanda. É uma defumação individual, aliando o sopro (comum na terapêutica espírita de passe) com a fumaça (energia da erva) potencializando os efeitos de limpeza energética, principalmente em relação a formas mentais que orbitam pela aura das pessoas….

Existe além disso, o aspecto psicológico, a força de hipnose e indução que um ritual como esse tem, além do odor de determinadas ervas serem muito agradáveis, o que acalma e sutiliza a mente.

Lembrando que defumação não serve “apenas” para “limpar o ambiente”, mas sim para muitos outros fins, dependendo da determinação dada pela pessoa que defuma e a qualidade das ervas utilizadas no preparo. Sim, porque arruda é uma erva agressiva de limpeza, já alecrim é mais mansa e tem uma energia equilibradora… Pinhão roxo serve para “quebrar demanda” no vocabulário
próprio umbandista e o louro para trazer uma energia de prosperidade… A lista é longa.

Não esquecer também que para defumar usam-se ervas SECAS, ou seja, nada de erva fresca, que acabaram de serem colhidas, pois ela está cheia de água. E água e fogo não é uma grande combinação…. Com a erva fresca dá-se preferência para banhos…

Por fim, duas receitas muito básicas, que podem ser utilizadas tanto para banhos como para defumações:

Limpeza energética: Arruda, Guiné, Espada de São Jorge, sal grosso e alecrim.

Equilíbrio mental: Sálvia, alfazema e rosa branca

Lembrando que antes de despejar o banho sobre o corpo, ou enquanto se defuma, deve-se fazer uma oração pedindo que a força das ervas se ativem e então direcionar a energia para o fim que espera-se alcançar.

Autor desconhecido



Leia mais

26/09/2021

Curiosidades sobre Exu

Curiosidades sobre Exu

Dizem que Exu é um homem sério, castigador, espírito sem compaixão alguma. Muitos falam que nem mesmo sentimento essas entidades apresentam. Muitos temem Exu, relacionando–o com o Diabo ou com algum monstro cavernoso que a mente humana é capaz de criar. 

Bem, dia desses, no campo santo de meu pai Omulu, vi algo inusitado que me fez pensar... Um desses Exus Caveiras, que apresentam essa forma plasmada como meio de ligação à falange pertencente, chorava sobre um túmulo. Discretamente, isso devo dizer, afinal os Caveiras em sua maioria são de natureza recatada e introspectiva, mas chorava sim. Engraçado pensar nessa situação, não é mesmo? Ele chorava pelos erros do passado, chorava por uma pessoa a qual amava muito, mas não mais perto dele estava. Claro, sabia que ninguém morria, mas a saudade e o remorso apertavam fundo seu coração. Isso acontece muito no plano espiritual, onde muitas vezes os laços são quebrados devido às diferenças vibratórias. Na verdade, o laço não se quebra, apenas afrouxa-se um pouco... Mas, voltando à nossa história, fiquei a pensar muito sobre aquele tipo de visão. Pensei que ninguém acreditaria em mim caso eu contasse esse “causo”, afinal, Exu é homem acima do bem e do mal, exu não tem sentimento, exu não chora... 

E para aqueles então que endeusam “seu” Exu, pensando ser ele um grande guardião, espírito da mais alta elite espiritual, espírito corajoso, sem medos, violento guerreiro das trevas, Exu acaba assumindo na Umbanda um arquétipo, ou mito, tão supra–humano, que muitas vezes ele deixa de ser apenas o mais humano das linhas de Umbanda. É, eu acho que todo Exu chora. Assim como eu e você também. Inclusive, todo mundo chora, pois todos temos dores, remorsos e tristezas. Isso é humano. 

Mas, voltando ao campo santo... Logo vi um Exu, vestindo uma longa capa preta, se aproximar do triste amigo Caveira. O que conversaram não sei, pois não ouvi, e muito menos dotado da faculdade de ler os pensamentos deles eu estava. Mas uma coisa é certa: Os dois saíram a gargalhar muito! “Engraçado, como é que pode? Tava chorando até agora, e de repente sai rindo de uma hora pra outra?” _ pensei contrariado. Fiquei alguns dias refletindo sobre isso, e cheguei a uma conclusão. 

A principal característica de um Exu é o seu bom–humor. Afinal, mesmo em situações muito complicadas, eles sempre têm uma gargalhada boa para dar. Na pior situação, mesmo que de forma sarcástica, eles se divertem. Ele pode escrever certo por linhas tortas, errado por linhas retas, errado em linhas tortas ou sei lá mais o quê, mas uma coisa é certa, vai escrever gargalhando. 

Admiro esse aspecto de Exu. Tem gente que de tanto trabalhar com Exu torna–se sério, “faz cara de mau”, vive reclamando da vida além de tornar–se um grande julgador. A verdade é que nunca vi Exu reclamar de nada, nem julgar a ninguém. Pelo contrário, o que vejo é que Exu nos ensina a não reclamar da vida, pois tem gente que passa por coisa muito pior e o faz com honra e... Bom–humor! 

Vejo também que Exu não julga ninguém, afinal, quem é ele, ou melhor, quem somos nós para julgarmos alguém? Exu ensina que o que nós muito condenamos, assim o fazemos porque isso incomoda. E sabe por quê? Porque tudo que condenamos está em nós antes de estar nos outros. Por isso Exu não gosta daquele que é um falso pregador, aquele que vive dizendo como os outros devem agir, vive dizendo o que é certo, vive alertando os outros contra a vaidade, vive julgando, mas no dia a dia pouco aplica as regras que impõe para os outros. O mundo está cheio deles. E Exu sorri quando encontra um desses. Mais para frente eles serão engolidos por si mesmos. Pela própria sombra. Mas Exu não ri porque fica feliz com isso, muito pelo contrário, ele até sente por aquela pessoa. Mas já que não dá pra fazer outra coisa, o melhor é sorrir mesmo, não é? 

O certo é que a linha de Exu nos coloca frente a frente com o inimigo! Mas aqui não estamos falando de nenhum “kiumba”, mas sim de nós mesmos. O que eu já vi de médium perdendo a compostura quando “incorporado” com Exu não é brincadeira. Muitos colocam suas angústias pra fora, outros seus medos e inseguranças, muitos seus complexos de inferioridade. Tudo isso Exu permite, para que a pessoa perceba o quanto ela é complicada e enrolada naquele sentido da vida. Mas dizem que o pior cego é aquele que não quer ver, e o que tem de gente que não quer enxergar os próprios defeitos... E não sobra opção a Exu, a não ser sorrir e sorrir mesmo quando nós nos damos mal. 

Mas, ainda falando dos múltiplos aspectos contraditórios de Exu, pois ele é a contradição em pessoa, devo ainda relatar mais uma experiência contraditória em relação a sua natureza. Dia desses, depois de um “pesado trabalho de esquerda”, fiquei refletindo sobre algumas coisas. E sempre que assim eu faço, algo estranho acontece. Nesse trabalho, muitos kiumbas, espíritos assediadores, obsessores, eguns, ou sei lá o nome que você queiram dar, foram recolhidos e encaminhados pelas falanges de Exu que lá estavam presentes. Sabe como é, na Umbanda, a gente não pega um livro pesado e começa a doutrinar os espíritos “desregrados da seara bendita”. A gente entra com a energia, com a mediunidade e com os sentimentos bacanas, deixando o encaminhamento e “doutrinação” desses amigos mais revoltados nas mãos dos guias espirituais. 

Esse trabalho foi complicado. Muitos, na expressão popular, estavam “demandando o grupo”, ou seja, estavam perseguindo nosso grupo de trabalho e assistência espiritual, pois tinham objetivos e finalidades diversas e opostas. Ninguém tinha arriado um ebó na encruzilhada contra a gente, eram atuações vindas de inteligências opostas ao trabalho proposto e atraídas pelas “brechas vibratórias” de nossos próprios sentimentos e pensamentos. Mas que na Umbanda ainda acha–se que tudo que acontece de errado é culpa de algum ebó na encruzilhada, isso é verdade... 

Bom, o que sei é que alguns dias depois, durante a noite, enquanto eu dormia, alguém me levou até um estranho lugar. Eu estava projetado, desdobrado, desprendido do corpo físico, ou qualquer outro nome que vocês queiram dar. Fenômeno esse muito estudado por diversas culturas espiritualistas do mundo. Fenômeno esse muito comum também dentro da Umbanda, mas pouco estudado, afinal, muitos pensam que Umbanda é “só incorporar” os guias e de preferência de forma inconsciente! Sei, sei...Olha Exu gargalhando novamente! Nesse local, um monte de espíritos eram levados até a mim e eu projetava energias de cura em relação a eles. Vi várias pessoas projetadas no ambiente, inclusive gente muito próxima, do grupo. Alguns pouco conscientes, outros ainda nada conscientes. Mas, o importante, era a energia mais densa que vinha pelo cordão de prata e que auxiliava no tratamento daqueles irmãos sofredores. Por quanto tempo fiquei lá não sei, afinal, a noção de tempo e espaço é muito diferente no plano astral. 

O que sei é que em um certo momento um Exu, que tomava conta do ambiente, veio conversar comigo:  

- "Tá vendo quanto espírito a gente tem “pego” daquelas reuniões que vocês fazem?"  perguntou o amigo Exu.
 
- "Nossa, quantos! Muito mais do que eu podia imaginar." 

- "E isso não é nada, comparado aos milhares que chegam, diariamente, “nas muitas casas” dos guardiões da Umbanda espalhados pelo Brasil."

- "Poxa, mas isso é sinal que o pessoal anda trabalhando bem, não é mesmo?" 

- "Hahahaha, mas você é um idiota mesmo, né? Desde quando fazer isso é um bom trabalho? Milhares chegam, mas sabem quantos saem daqui? Poucos! A maioria também para servir as falanges de Exu. O grande problema é que os médiuns de Umbanda pouco ou nada cuidam dos que aqui ficam precisando de ajuda.
Nossa missão aqui é transformar os antigos valores desses espíritos, mesmo que seja através da dor. Mas, depois disso, muitos precisam ser curados, tratados. E dessa parte os umbandistas não querem nem saber!
Ah, ainda eu pego o maldito que disseminou que Umbanda só serve para cortar magias negras e resolver dificuldades materiais. Vocês adoram falar sobre amor e caridade, mas quase ninguém se importa em vir até aqui cuidar desses que vocês mesmos mandaram para cá."

- "É que muitos não sabem como fazer isso amigo!" tentei eu defender os umbandistas. 

- "Claro que não sabem! Só se preocupam em “cortar demandas”, combater feitiços e destruir “demônios das trevas”. Grandes guerreiros! Mas nada fazem sem os vossos Exus, parecendo mais grandes bebês chorões querendo brincar de guerra! Lembre–se bem. Todos que a mão esquerda derrubar terão que subir pela mão direita. Essa é a Lei. Comecem a se conscientizar que ninguém aqui gosta de ver o sofrimento alheio. Comecem a ter uma visão mais ampla do universo espiritual e da forma como a Umbanda relaciona–se com ele. Dedique–se mais a esses que são encaminhados nos trabalhos espirituais. Ore por eles, faça uma vibração por eles, tratem–nos com a luz das velas e do coração. Busquem o conhecimento e forma de auxiliá– los. Quero ver se amanhã, quando você não aguentar mais o chicote, e não tiver ninguém para te estender a mão, você vai achar tão “glamuroso” esse ciclo infernal de demandas, perseguições e magias negativas. Isso aqui é só sujeira, ódio, desgraça e tristeza. Poucos têm coragem de pousar os olhos sobre essas paragens sombrias."

- "É, isso é verdade. Muitos falam, mas poucos realmente conhecem a verdadeira situação do astral inferior à qual a Umbanda e toda a humanidade está ligada, não é mesmo?"

 - "Hahaha, até que você não é tão idiota! Olha, vou dar um jeito de você lembrar essa conversa ao acordar. Vê se escreve isso pros seus amigos umbandistas! E para de reclamar da vida. Quer melhorar? Trabalhe mais!"

- "Tá certo seu Exu Ganga. Só mais uma coisa. Um dia desses li num livro que Ganga é uma falange relacionada ao “lixo”. Mas você apresenta–se como um negro e ao julgar por esses facões nas vossas mãos, acho que nada tem a ver com o lixo..."

- "Lixo é esse livro que você andou lendo! Ganga é uma corruptela do termo Nganga, do tronco linguístico bantu. Quer dizer “o mestre”, aquele que domina algo. O termo foi usado por muitos, desde sacerdotes até mestres na arte da caça, da guerra, da magia etc. Algo parecido com o Kimbanda, mas esse mais relacionado diretamente à cura e à prática de Mbanda. A linha de Exus Ganga é formada por antigos sacerdotes e guerreiros negros. É isso! Vê se queima a porcaria do livro onde você leu essa besteira de “lixo”... "

Pouca coisa lembro depois disso. Despertei no corpo físico, era madrugada e não fui dormir mais. Agora estou acabando de escrever esse texto, onde juntei duas experiências em relação a Exu. Não sei por que fiz isso, talvez pelo caráter desmistificador da sua figura. Pra falar a verdade, essas duas históras são bem diferentes. 

Primeiro, um Exu que chora, sorri e ensina o bom–humor, o autoconhecimento e o não julgamento. Depois, um Exu que preocupa–se com o “pessoal lá de baixo”. Diferente, principalmente daquilo que estamos acostumados a ouvir dentro do meio umbandista. Talvez Exu esteja mudando. Talvez nós, médiuns e umbandistas, estejamos mudando. Talvez a umbanda esteja mudando. Ou, quem sabe, a Umbanda e Exu sempre foram assim, nós que não compreendemos direito aquilo que está muito perto de nós, mas é tão diferente ao mesmo tempo. Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver... 

PS: O termo "Ganga" é muito utilizado dentro da hierarquia do Candomblé de Nação Angola. Ganga forma o nome dos muitos graus existentes dentro dessa hierarquia. "Nganga" era na antiga África o feiticeiro, o sacerdote, o ritualista. Depois esse termo acabou por virar Ganga. É inclusive dessa raiz que muito provavelmente venha "Ganga-Zumba", o lendário rei dos Palmares, tio de Zumbi dos Palmares. Além disso, diz João do Rio em seu livro, "As Religiões no Rio", que "Ganga-Zumba" é como os negros Cambindas chamam uma divindade muito parecida com o Oxalá dos nagôs-yorubás. Por fim, ainda existe todo um culto afro-cubano denominado os "Santos Ganga", muito parecido com a Santeria Cubana. 

Autor desconhecido





Leia mais

25/09/2021

O Religioso Hipócrita

O Religioso Hipócrita

As pessoas costumam acreditar que o diabo, o mal, o pecado, está em pessoas como o ateu, a prostituta, o ladrão e o traficante de drogas.

No entanto, o tipo de pessoa que mais Jesus criticou em sua época foi o fariseu, ou seja, o religioso hipócrita.

O hipócrita está em todas as denominações, seja ele católico, evangélico, espírita, budista, islâmico, ou qualquer um. O religioso hipócrita é o pior tipo de todos, pois nunca sabemos o que ele é de verdade. Os ladrões sabemos que roubam, as prostitutas fazem sexo abertamente por dinheiro, os ateus são sinceros ao declararem sua descrença em Deus e no sagrado, os traficantes de drogas vendem entorpecentes. Mas o religioso hipócrita finge ser uma coisa que não é. Transmite uma imagem de moral, de santidade, de amor ao próximo, mas é, em verdade, um aproveitador da fé alheia.

São como os “sepulcros caiados”, a “raça de víboras” como chamou Jesus, nunca sabemos quem são de verdade. O ladrão, a prostituta e o ateu ao menos têm coragem de ser o que são… mas o religioso hipócrita não tem coragem de ser o que é. O religioso hipócrita demonstra ser uma coisa, mas é outra.

Sob os holofotes ele fala de Jesus, de paz, de perdão e dos valores cristãos mais elevados, mas nas sombras, quando ninguém está olhando, ele conspira, manipula, tem ódio e tenta tirar vantagens. Ele se vale da crença das pessoas para explorá-las, para ganhar alguma coisa.

O Religioso Hipócrita


Há uma máxima popular que diz: “O valor de uma pessoa está no que ela faz quando ninguém está olhando”. Assim, o religioso hipócrita, nas sombras, é como o ladrão que ele tanto critica, pois pega para si as doações de seus seguidores. O religioso hipócrita é como a prostituta que ele tanto quer converter, pois ele também se prostitui por dinheiro. O religioso hipócrita é também como o ateu que ele quer convencer da existência do divino, pois diz amar e acreditar em Deus, mas na verdade só ama a mamom e seu próprio ego. Ele sim é o verdadeiro ateu, pois caso amasse e acreditasse mesmo em Deus, não faria o que faz.

O religioso hipócrita é, ainda, como o traficante de drogas, pois deixa o povo entorpecido e apático com seus discursos bonitos, suas manipulações e seu fanatismo, da mesma forma que, tal como a droga, cria um mundo ilusório onde seus fiéis afundam e definham.

Assim, o religioso hipócrita, o fariseu dos nossos tempos, é o pior tipo de pecador. É ladrão, prostituta, ateu e traficante de drogas ao mesmo tempo. Talvez seja por isso que ele tanto ataca estes três. Ele não gosta muito de concorrência.

Mas o diabo certamente gosta muito mais do religioso hipócrita, pois este – muito mais do que o ladrão, a prostituta, o ateu e o traficante – faz um serviço muito valioso para as trevas: desvia os buscadores do caminho de Deus e os leva ao caminho da perdição.

Hugo Lapa



Leia mais

05/09/2021

A Umbanda Antes de Zélio de Moraes

A Umbanda Antes de Zélio de Moraes
Retrato imaginário de Luzia Pinta - 1739. (Fundo: Sabará, por A. V. Guignard)

A compreensão da Religião de Umbanda, entre adeptos e estudiosos, é bastante restritiva, pela qual corta-se tempo e espaço físicos e simbólicos que impedem um entendimento mais plausível e complexo da religião.

Um tema polêmico refere-se à origem da religião. O mito de fundação no ano de 1908, através da mediunidade de Zélio de Moraes, ofusca consideravelmente a existência dos espíritos ancestrais de caboclos, pretos velhos e crianças que já se manifestavam muito antes, possivelmente desde os primeiros cultos sincréticos documentados em solo brasileiro, já no séc. XVIII.

Segundo Guilherme Watanabe, sacerdote umbandista e historiador que pesquisa a religião, pode-se atribuir a Zélio Fernandino a institucionalização da umbanda, mas outros nomes, como Pai Gavião, Luzia Pinto e Juca Rosa também precisam ser lembrados.

O espírito Pai Gavião aparece nos relatos de um correspondente do jornal Correio Paulistano enviado a São Roque (SP) para investigar uma insurreição de escravos em 1854. Segundo o repórter, Pai Gavião encarnava em José Cabinda, líder de um grupo de escravizados que pretendia se rebelar. Cabinda era o grão-mestre do que o jornal chamava “maçonaria negra” e realizava rituais – que reuniam “grande quantidade de escravos e livres” – nos quais dançava e cantava com uma “linguagem ininteligível”, enquanto assistentes tocavam um “instrumento feito de cabaças com cabo de pão e chocalhos”.

No Rio de Janeiro da década de 1870, o “feiticeiro” Juca Rosa, descrito como um “negro inteligente e retinto” em crônica do livro História da Polícia do Rio de Janeiro, de 1944, ficou famoso por receber mulheres da alta sociedade em cerimônias mágico-curativas, com influência das magias europeias, em que também dançava e incorporava espíritos.

Já Luzia Pinta era uma sacerdotisa tradicional no Brasil do século 18. Nascida na África Central, atual território da Angola, ela foi acusada de feitiçaria em 1739 e enviada para Portugal, onde foi julgada pela pelo Tribunal de Inquisição de Lisboa e enviada aos calabouços do Santo Ofício em 1742. Os textos do processo descrevem rituais – com uso de vegetais, fumos e riscos no chão que marcavam a presença de antepassados – semelhantes aos que ainda se praticam hoje em dia.

Há um exemplo substancial da presença de diversas, talvez, da maioria, das características fundamentais das práticas umbandistas em um culto documentado bem antes do período designado pelos adeptos e estudiosos da Umbanda como sendo o do nascimento da religião. Trata-se de um CALUNDU do período colonial, termo este utilizado para se referir de maneira genérica aos primeiros e diversos cultos em solo brasileiro envolvendo sincretismo de elementos religiosos negros, indígenas e europeus. Este caso descrito por Mott - 1994 e retomado por Silveira - 2006, ainda não foi considerado em nenhum trabalho que conheço a respeito da Umbanda.

Luzia Pinta foi a protagonista de um calundu-angola que funcionou na Vila de Sabará, em Minas Gerais, entre os anos 1720 e 1740 – era, portanto, um culto bem estruturado, pois funcionou durante duas décadas. Luzia era angolana, nascida escrava e trazida ainda criança e já batizada para o Brasil, onde viveu na Bahia até 20 anos de idade, mudando-se depois para Minas Gerais. Aos 30 anos de idade comprou sua alforria e pode estabelecer-se em Sabará, onde organizou seu calundu. A existência de documentação suficiente a uma boa descrição de suas práticas deve-se ao fato dela ter sido presa, interrogada e torturada pela Inquisição em Lisboa, para onde foi transportada em 1741-2. Os depoimentos das testemunhas do seu processo trazem descrições muito importantes sobre o funcionamento do culto e sobre as possíveis entidades que atuavam com Luzia (Mott 1994; Silveira 2006).

As cerimônias organizadas por Luzia eram abertas ao público e frequentadas por negros e brancos, e eram acompanhadas de cantos e toques de atabaques. Os objetivos relatados das reuniões eram a purificação da comunidade, a cura de doenças ou malefícios e a realização de adivinhações esclarecedoras. A música e a dança começavam até que Luzia entrava em transe, quando então era paramentada com as roupas da entidade incorporada. Sim, ela trabalhava com diferentes entidades e também faziam parte de seus ritos de cura missas para Santo Antônio e São Gonçalo, e em algumas ocasiões ela também aparecia vestida como um anjo (Mott 1994; Silveira 2006). Esses dois aspectos, a influência do cristianismo e a capacidade de incorporar diferentes categorias de entidades, são marcantes na umbanda tal como a entendemos hoje, sem falar da música percussiva, da dança ritual e dos objetivos das sessões. A partir das descrições das roupas e utensílios utilizados por Luzia, Silveira (2006) propõe uma interpretação sobre as entidades que ela recebia:

Este conjunto de dados sugere portanto que Mameto Luzia, além do anjo, tinha a capacidade de incorporar entidades de diferentes ordens, tanto ancestrais quanto divindades. Nesse sentido, a descrição dos figurinos de Luzia indica que ela devia provavelmente receber um caboclo, mas também os inkisses Kaiongo e Inzaze. O que aliás não surpreende, porque não é muito raro que sacerdotes de grandes tradições sejam capazes de incorporar dois, três ou mais espíritos distintos. (Silveira 2006: 226)

Não apenas não é surpreendente, mas é comum entre os médiuns de umbanda o trabalho com diferentes entidades. Grande parte deles recebem ao menos duas categorias de espíritos (um caboclo e um preto velho; um caboclo e um exu; um preto velho e um exu; etc.), e alguns chegam a receber várias entidades de acordo com a ocasião (inclusive duas numa mesma sessão), variando também a natureza das entidades, entre espíritos desencarnados e divindades, tal qual Luzia Pinta.

A ideia de uma edificação orientada da religião por um grupo de pessoas bem determinado num período específico dificulta e até mesmo impede a percepção de um processo de constituição bem mais caótico e prolongado do que sugere um momento fundador, processo no qual lentamente se formam as condições imaginárias, culturais, sociais e espirituais para a emergência da umbanda. Não me parece sensato dispensar análises mais cuidadosas e bem embasadas sobre o período anterior à entrada em cena dos intelectuais umbandistas de classe média influenciados pelo kardecismo, como tem sido constantemente feito entre os adeptos e estudiosos da umbanda. Ora, se em 1720 já existia no Brasil um culto sincrético de elementos africanos, portugueses e indígenas voltado ao atendimento de um público indiscriminado, no qual eram realizadas curas, limpezas espirituais e adivinhações acompanhadas por música percussiva e danças, com a presença de entidades de diferentes categorias, como afirmar que a umbanda nasceu em 1908, ou na virada do século XIX para o século XX?

Não são poucos os estudiosos que vêem na umbanda branca o início da umbanda como um todo complexo. Na verdade há quase um consenso sobre isso, muito prejudicial a meu ver. Por sinal, de todos os autores que estudam a religião e que tenho citado neste texto, somente Ligiério e Dandara (1998) têm uma perspectiva diferenciada, que valoriza igualmente diversas vertentes e dinâmicas de formação da umbanda, divididas em tradições orais – ameríndia, kongo e iorubá –, tradições escritas – católica portuguesa e espírita kardecista – e outras tradições – onde incluem os malês, a maçonaria, o orientalismo, os ciganos, o vegetalismo e a medicina popular. A influência dos intelectuais umbandistas é, como em nenhum outro trabalho, relativizada. Outros autores também se referem a diferentes correntes de formação cultural da umbanda, porém sempre de maneira simplista, muitas vezes repetindo preconceitos já bastante estabelecidos na literatura antropológica, como aqueles referentes aos negros bantos, que seriam incapazes de estabelecer cultos complexos e organizados, além de não possuírem divindades próprias, mas somente culto aos antepassados:

No início do século XIX a macumba era ritualmente pobre e muito próxima da estrutura do culto praticado pelos bantos, no qual invocavam os espíritos dos antepassados tribais. Os orixás nagôs ainda não haviam assumido um papel mais importante no culto. Foram lentamente introduzidos a partir do crescimento do prestígio do candomblé. (...) A primitiva macumba, longe de ser um culto organizado, era um agregado de elementos da cabula, do candomblé, das tradições indígenas e do catolicismo popular, sem o suporte de uma doutrina capaz de integrar os diversos pedaços que lhe davam forma. É deste conjunto heterogêneo que nascerá a umbanda, a partir do encontro de representantes da classe mais pobre com elementos da classe média egressos do espiritismo kardecista. Foi este último grupo que se apropriou do ritual da macumba, impôs-lhe uma nova estrutura e, articulando um novo discurso, deu início ao processo de legitimação. (Oliveira 2008: 76)

Então quer dizer o autor que todos os cultos dos negros bantos, inclusive a macumba e os calundus e candomblés-angola, eram ritualmente pobres e sem divindades próprias, tendo que esperar a chegada dos orixás iorubás para ter algum deus? Além disso, a macumba não passaria de um agregado de elementos variados de diversas procedências, sem nenhuma sistematização mitológico-ritual, tendo que esperar os arautos da classe média kardecista para que passasse a ser um culto relativamente organizado, já sob o nome de umbanda?

Poderíamos então supor que não existiu nenhum religioso de origem banto sério o suficiente para manter um culto que não fosse um oba-oba, e que também entre as casas desses cultos primitivos não houve qualquer tipo de articulação, de rede social? É realmente preocupante como interpretações completamente distorcidas da realidade de toda uma parcela da população negra podem ser repetidas incansavelmente ao longo de décadas, enquanto o papel tardio de um pequeno grupo de indivíduos brancos (os intelectuais umbandistas) é tomado como única referência válida na análise da história da umbanda.

Assim, o peso atribuído por Birman (1985[b]), Brown (1985), Concone e Negrão (1985), Giumbelli (2002), Oliveira (2008), Ortiz (1999) e Seiblitz (1985) à relação entre o grupo responsável pela institucionalização da religião com o projeto político-cultural nacionalista de Vargas através da fundação de federações umbandistas deve ser tratado de forma mais cuidadosa. Isso por que, mesmo que tal relação tenha trazido modificações profundas nos modos de fazer religioso de determinados grupos umbandistas, outros segmentos do culto como hoje o entendemos continuavam a exercer suas práticas e crenças paralelamente ao grupo mais intelectualizado e preocupado com a legitimidade da umbanda no campo religioso brasileiro. Exemplos disso são a própria quimbanda, as diversas macumbas que provavelmente não se integraram ao movimento de institucionalização-nacionalização, e os outros cultos que se mesclaram ao longo do tempo com o universo umbandista, tendo hoje suas fronteiras regidas mais por opções pessoais do que por dinâmicas amplas de grupo, como a jurema, o catimbó, o vegetalismo, a wicca e outros.

Observando as fronteiras de uma nuvem: considerações finais

Para compreender a complexidade submersa sob a articulação entre intelectuais umbandistas e o projeto político-cultural nacionalista de Vargas, tomo como exemplo mais claro a quimbanda. Ora, na época em que foi empreendida essa articulação política e identitária-discursiva para legitimar socialmente a umbanda, um dos principais desafios dos intelectuais envolvidos nesse processo era afastar física e simbolicamente da religião umbandista todas as práticas que se assemelhassem aos rituais bárbaros e primitivos da magia negra, designada como quimbanda, significando o oposto da umbanda, a magia branca e pura. Foi assim estabelecida uma oposição simbólica derivada da dicotomia cristã “Bem X Mal” entre duas modalidades de culto, uma trabalhando com os caboclos, pretos velhos e crianças (entidades de luz), e a outra com os exus e pombagiras (entidades das trevas). Este tipo de procedimento é conhecido nos estudos sobre identidade como o estabelecimento de um exterior constitutivo, lógica da criação discursiva das fronteiras que separam nós dos outros, os quais, por serem apontados como outros distintos de nós, acabam por delimitar o nós, através do que nós não somos (Bourdieu 2007; Cuche 2002; Hall 2000; Silva 2000; Woodward 2000).

Esta oposição entre umbanda e quimbanda foi um motivo para inúmeras controvérsias ao longo do século XX entre os umbandistas (entendidos agora como a totalidade do grupo, e não apenas os da umbanda branca). Enquanto aquelas casas e indivíduos mais próximos ao kardecismo, mais ocidentalizados, renegavam a presença dos exus em seus cultos, outros grupos afirmavam (e afirmam, pois tal polêmica ainda não teve fim) a indispensabilidade dos exus, associados às demais entidades, para um bom funcionamento dos trabalhos e para a defesa das casas e médiuns, e outros ainda – os conhecidos como quimbandeiros – trabalhavam e trabalham apenas com os exus.

O interessante nessa história toda é que, hoje em dia, como demonstram diversos livros de autores umbandistas – incluindo os mais renomados atualmente, como Rivas Neto (1996) e Rubens Saraceni (2002 e 2004) –, revistas e sites sobre umbanda, os exus e pombagiras estão plenamente incluídos no universo umbandista, constituindo o que se tem chamado linha de esquerda ou povo da rua; a quimbanda agora é uma parte constitutiva de um universo maior denominado umbanda. Essa aceitação da quimbanda como intrínseca à umbanda, embora não seja total, pois existem casas que ainda dizem não trabalhar com exus, aconteceu processualmente, o que impede que se precise um momento exato para tanto. Além disso, ela é bastante ilustrativa daquilo para que venho chamar a atenção: partindo do dado contemporâneo da aceitação da umbanda como um universo complexo e plural constituído de diversas escolas, um “ecossistema de idéias religiosas” (Ligiério; Dandara 1998), como seria possível entender o processo de constituição desse universo a partir da referência exclusiva ao momento fundador de uma variedade de culto organizada por um grupo restrito (mesmo que influente) de indivíduos num determinado momento, quando ocorre a articulação entre intelectuais umbandistas e o projeto político-cultural nacionalista?

Será que os quimbandeiros, os macumbeiros, os catimbozeiros, os juremeiros, os ayhuasqueiros e praticantes de outras variedades rituais que numa visão complexa da umbanda passaram a fazer parte de seu universo, mesmo mantendo cultos e características específicas, foram todos vinculados aos ideais nacionalista, cientificista e evolucionista na época da institucionalização da umbanda? Sugiro que a articulação política-identitária com esses valores tenha sido obra apenas dos intelectuais responsáveis por um movimento que não corresponde hoje e nem correspondia na época à totalidade do universo de crenças e práticas que hoje denominamos umbandistas. Ora, e é justamente sobre esse fragmento do processo de constituição da umbanda (o período, os atores e os locais da institucionalização) que recaem todas as pesquisas a que já tive acesso que buscam datar um nascimento da religião propriamente dita. Há um marco temporal-espacial (físico e simbólico) relativamente bem delimitado que separa o que é chamado genericamente de macumbas (sobre as quais nenhuma ou poucas referências mais aprofundadas são feitas) ou baixo-espiritismo do momento em que surgiu efetivamente a umbanda.

Reafirmo que não estou querendo dizer que não houve uma grande virada, uma transformação importante no universo da umbanda mediante a influência dos grupos de intelectuais da classe média oriundos do kardecismo e da modalidade de culto organizada por eles. O que defendo é que essa modalidade de culto, conhecida como umbanda branca ou pura, não pode emprestar a história de sua constituição, seu mito de fundação, suas crenças e práticas a uma compreensão da totalidade do complexo fenômeno umbandista, como vem sendo feito indiscriminadamente por adeptos da umbanda e, o que me parece ainda mais preocupante, por estudiosos que poderiam aprofundar suas pesquisas em perspectivas não consensuais sobre esse universo.

Ou seja, parece-me impossível interpretar dinamicamente o todo, o universo umbandista, dando ênfase analítica quase que exclusiva a um dos fragmentos constituídos por uma lógica identitária, como vem ocorrendo entre estudiosos e adeptos da umbanda em relação à umbanda branca – mesmo que este grupo tenha adquirido uma proeminência social, política, cultural e histórica inigualável. O que proponho então é justamente uma mudança de ênfase no plano analítico, deslocando a interpretação da história e das características sócio- culturais-espirituais da umbanda de um grupo específico organizador de uma identidade, que se tornou em certo sentido dominante (a umbanda branca organizada inicialmente no Rio de Janeiro), para o processo longo, complexo e descentrado de constituição da nuvem de sentimentos, práticas, objetos e memórias que hoje chamamos de umbanda. A vantagem de uma mudança de postura metodológica dessa ordem é que ela não significa absolutamente o apagamento, a negação, a exclusão daquilo que já foi pesquisado a partir da umbanda branca, nem tampouco do peso efetivo que tal grupo exerceu e exerce na história umbandista. O que acontece é que essa importância, antes tida como única merecedora de análises aprofundadas, passa a ser integrada numa concepção mais ampla, menos redutora, do universo umbandista.

Pesquisado por Ednay Melo
Fontes bibliográficas:
National Geographic Society
Revista de Estudo da Religião - PUC-SP



Leia mais

15/08/2021

Linhas de Trabalhos e Linhas Auxiliares de Trabalhos na Umbanda

Linhas de Trabalhos e Linhas Auxiliares de Trabalhos na Umbanda


Guias de Umbanda são os trabalhadores da Umbanda, que prestam a caridade junto aos seus médiuns ou na contraparte astral do Terreiro, com obediência às regras, doutrinas e fundamentos daquela Egrégora. São todos eles espíritos que já reencarnaram na terra, portanto, todos estão em processo evolutivo.


Diferença básica entre Linha e Falange:

Linha: É um grupamento de espíritos que se apresentam com a mesma aparência fluídica. Ex.: Linha dos Caboclos.

Falange: É composta por espíritos da mesma linha, onde um deles tem o grau de comando. O nome da Falange, geralmente, é o mesmo nome do espírito que está na posição de comando. Ex.: Falange do Caboclo Sete Flechas.

Mais um exemplo: Todos os espíritos da linha caboclos que se apresentam na Falange do Caboclo Sete Flechas utilizam o nome simbólico do Caboclo Sete Flechas, porém são espíritos diferentes.


Dividimos todos os Guias em Linhas de Trabalhos da Umbanda e em Linhas Auxiliares de Trabalhos da Umbanda:

 

Linhas de Trabalhos da Umbanda

 

Linhas Auxiliares de Trabalhos da Umbanda

 

Caboclos

Pretos Velhos

Ibejis ou Crianças

 

Povo do Oriente

Povo Cigano

Marinheiros

Mestres da Jurema

Caboclos Boiadeiros

Exus e Pombas Giras

 

As linhas de trabalhos da Umbanda são formadas pelos Guias que estão presentes na religião desde o princípio, deram valiosa contribuição para a formação e o entendimento da religião. Os demais Guias que formam as Linhas Auxiliares aderiram à religião como trabalhadores ao longo do tempo, pois a Umbanda é aberta a todos sem distinção, desde que desejem sinceramente levar a bandeira de Oxalá no trabalho em benefício do seu próximo. Particularmente na nossa Casa, na Tulca, aderiram aos nossos cultos os Mestres da Jurema, são Mestres Juremeiros que também trabalham na Umbanda e, como todos os Guias, são disciplinados e respeitam a Doutrina da Casa que os acolhe. Os demais trabalhadores das Linhas Auxiliares citados no quadro acima, geralmente são cultuados na maioria das Casas de Umbanda, bem como a Falange dos Baianos, Malandros, Boiadeiros, etc.


Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo



Leia mais

11/08/2021

Sacrifício de Animais não é Umbanda

Sacrifício de Animais não é Umbanda


O sacrifício ritualístico de animais não é prática umbandista, é prática de outras religiões. Adentramos a este tema apenas porque percebemos muitas dúvidas, da sociedade em geral, se a Umbanda se utiliza deste ritual ou não. Definitivamente não, a Umbanda não sacrifica, imola, abate nenhum tipo de animal e tentaremos esclarecer o porquê, com respeito a todas as religiões que se utilizam desta prática.

É comum ouvirmos dos irmãos seguidores das religiões que fazem o ritual do abate de animais se referirem a nós, que não praticamos este ritual, de hipócritas, pois ingerimos a carne dos animais nas nossas refeições e no entanto, criticamos esta prática.

Responderemos a esta colocação com humildade e pacificidade, somente a termos de esclarecimento:

Existe uma enorme diferença entre utilizar a carne animal para satisfazer as necessidades fisiológicas e utilizar para fins de magia espiritual, é questão de energia.

O sangue do animal está impregnado de fluidos vitais e o ambiente do abate mantém fortes impressões da dor do sofrimento que este animal vivenciou durante o sacrifício. Logo, a energia que envolve este sangue é energia preferida dos espíritos que têm sede de fluidos vitais, que são os espíritos que estão na escala inferior da evolução, que não se desapegaram do mundo material e estes fluidos os ajudam a se manterem no planeta, sugando, vampirizando não só o fluido vital do animal, mas a pessoa que faz a prática de imolação. Eles mantêm um processo obsessivo para convencer cada vez mais a estas pessoas fazerem este ritual, para mantê-los “vivos” entre os encarnados. A impressão de dor que o animal deixou no ambiente do abate, é outro fator que atrai muitos espíritos que têm este mesmo sentimento de dor ou que se comprazem com a dor do outro, encontrando neste ambiente fluidos que os ajudam em suas práticas malignas.

Vocês podem perguntar o porquê isto não acontece quando ingerimos a carne animal. Simplesmente porque não tem um pensamento direcionado para o plano espiritual, simplesmente porque não há magia em uma simples refeição. Magia é a utilização de elementos materiais para fins espirituais, que se movimenta com a força do pensamento.

Ainda há críticas aos que não praticam sacrifícios de animais, se referindo que nós umbandistas utilizamos os elementos vegetais, que também têm vida, têm fluidos vitais. Sim, os vegetais têm fluidos vitais, mas não têm pensamentos nem sentimentos, e os seus fluidos vitais não satisfazem a necessidade dos espíritos vampirizadores. Os vegetais têm fluidos próprios da natureza, que vêm para as nossas mãos e a ela retornam, sem agredir nem causar danos a nenhuma consciência.

Enfim, a Umbanda entende o ritual de sacrifício de animais uma prática desnecessária e que compromete ainda mais estes espíritos equivocados que buscam por sangue vital, a fim de compensar o seu desequilíbrio. Abater animais para fins espirituais é faltar com a caridade com estes espíritos, é incentivar processos obsessivos, é causar danos à consciência animal que desencarna de forma violenta e é promover um cenário repugnante de morte e dor, que os espíritos compromissados com o Bem não participam.

Do livro Umbanda Luz e Caridade - Ednay Melo




Leia mais

04/08/2021

Preces Umbandistas

Preces Umbandistas

PAI NOSSO UMBANDISTA

Pai Nosso que estais nos céus, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados;
Santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.
Que Teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade, nos una a todos e a tudo que criaste, em torno da sagrada cruz, aos pés do divino salvador e redentor.
Que Tua vontade nos conduza para o culto do Amor e da Caridade.
Dá-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual; e a vontade para sermos virtuosos aos nossos semelhantes.
Perdoa-nos, se merecermos, as nossas falhas e dá-nos o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendem.
Não nos deixeis sucumbir ante as lutas, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
Envia Pai, um raio da Tua divina complacência, luz e misericórdia, para os teus filhos pecadores que aqui habitam pelo bem da humanidade.
Assim seja, em nome de Deus Olorum, de Oxalá e de todos os mensageiros de Luz da Umbanda.

***

Pai nosso, que estás nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar; que estás na compaixão, na caridade, na paciência e no gesto de perdão.

Pai nosso, que estás em mim, que estás naquele que eu amo, naquele que me fere, naquele que busca a verdade.

Santificado seja o Teu nome por tudo o que é belo, bom, justo e gracioso.

Venha a nós o Teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor.

Seja feita a Tua vontade, ainda que minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades.

Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas. Perdoa quando se torna frio meu coração;

Perdoa-me, assim como eu possa perdoar àqueles que me ofenderem, mesmo quando meu coração esteja ferido.

Não me deixes cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo.

E livra-me de todo o mal, de toda violência, de todo infortúnio, de toda enfermidade. Livra-me de toda dor, de toda mágoa e de toda desilusão.

Mas, ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: Obrigado, Pai, por mais esta lição!!!

Que assim seja!!!

***

CREDO UMBANDISTA

Creio em OXALÁ, Onipresente e Supremo;

Creio nos Orixás e nos espíritos Divinos que nos trouxeram para a Vida, por vontade do majestoso Pai;
Creio nas Falanges Espirituais, que orientam os Homens na vida Térrea;
Creio na Lei da Reencarnação e na Justiça Divina, segundo a Lei do Carma;
Creio na comunicação dos Guias Astrais, encaminhando-nos para a Caridade e a prática do bem;
Creio na Invocação, na Prece e na Umbanda, como atos de fé e creio na Umbanda, como religião redentora, capaz de nos levar pelo caminho da Evolução até nosso Pai OXALÁ.

***

ORAÇÃO AOS ORIXÁS

Deus salve o Grito do grande Rei Xangô, que expulsa de nosso meio médiuns mentirosos e charlatões!
Deus salve a Espada de Ogum, que corta de nossos caminhos os que alimentam o ódio e a inveja!
Deus salve a Flecha de Oxóssi, que mata o pássaro da maldade e da traição!
Deus salve as Águas de Oxum, que lava nossos caminhos da mentira e da falsidade!
Deus salve os Ventos de Iansã, que expulsa os que alimentam pensamentos de promiscuidade e infidelidade!
Deus salve as Águas de Iemanjá, que lava nossos terreiros dos que alimentam a falta de amor e respeito ao próximo!
Deus salve as Chuvas de Nanã, que trazem o peso da responsabilidade, afastando os ociosos e oportunistas!
Deus salve o Cajado de Omulu, que expulsa as doenças do egoísmo e da desordem!
Deus salve Nosso Pai Oxalá, salvaguardando nossa Umbanda daqueles que ainda não conhecem o verdadeiro sentido da caridade!
DEUS SALVE A NOSSA UMBANDA! … e não desampare os que ainda se arrastam pelos caminhos da ignorância e da hipocrisia

***

ORAÇÃO AOS ORIXÁS

Que a irreverência e o desprendimento de Exu me animem a não encarar as coisas de forma como elas parecem à primeira vista e sim que eu aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso!

Que a tenacidade de Ogum me inspire a viver com determinação, sem que eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam meu caminho e seu escudo me defenda.

Que o labor de Oxóssi me estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de meu próprio esforço. Suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas, à minha direita e à minha esquerda, cercando-me para que nenhum mal me atinja.

Que as folhas de Ossain forneçam o bálsamo revitalizante que restaure minhas energias, mantendo minha mente e meu corpo são.

Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.

Que os raios de Iansã alumiem meu caminho e o turbilhão de seus ventos levem para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem de minhas fraquezas.

Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração. Seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e sua balança me incuta o bom senso.

Que as ondas de Iemanjá me descarreguem levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia dando-me a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio materno me acolha e me console.

Que as cabaças de Obaluaiê tragam não a cura de minhas mazelas corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes.

Que a vitalidade dos Ibejis me estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor, a tentação me envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral.

Que o arco-íris de Oxumarê transporte para o infinito minhas orações, sonhos e anseios e que me traga as respostas divinas, de acordo com o meu merecimento.

Que a paz de Oxalá renove minhas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegarei ao meu objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior!

***

 

PRECE A OXÓSSI

Meu Pai Oxóssi!

Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário à manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos com a vossa energia para a cura de nossos males!

Vós que sois o protetor dos Caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!
Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nossos Guias, nossos Protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da Fé.

Dai-nos paciência para suportar aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das Entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranquilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto àqueles que sofrem de enfermidades para as quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Dai-nos, enfim, a Vossa proteção e a certeza de que quando um Caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a Vossa vibração!

***

PRECE A OXÓSSI

Oh caçador! Guerreiro de uma única flecha. Rei das Matas, Rei da Umbanda. Pai da Inspiração e da Esperança, dai-me as bênçãos da prosperidade e inspira-me os pensamentos do bem.
Ajuda-me no sustento da minha fé; a fim que possa cumprir com minhas obrigações e meus deveres neste mundo.
Indica-me com sua flecha sagrada os verdadeiros caminhos da prosperidade.

***

ORAÇÃO AOS CABOCLOS

Salve amada linha dos Caboclos, salve todos os espíritos que se dignam dar-nos vossa salutar proteção e amparo. Que vossas bênçãos possam chegar a mim pura como as águas cristalinas, fortes como os ventos bravios, concretas como a Terra e suas antigas rochas, e que iluminem meu caminho com as chamas do fogo ancestral e antigo. Que nenhum mal tenha poder sobre mim, nenhuma pestilência chegue a mim, nenhum mau-olhado, mau agouro, tristeza, doença ou miséria cheguem a mim e aos que eu amo. Que meu coração e minhas intenções sejam por vós vistas, e as bênçãos me cheguem de acordo com meu merecimento perante à sabedoria Sagrada. Muito obrigado. Que assim seja e assim será!

***

ORAÇÃO AOS PRETOS VELHOS

Amado(a) Preto(a) Velho(a),

De joelhos peço a vossa presença ao meu lado direito e que através do meu lado sagrado, vós possais auxiliar-me e amparar-me neste momento de minha vida.

Peço ao senhor(a) que me equilibre energeticamente e acalme meu coração, para que equilibrado eu possa direcionar meus pensamentos e escutar as vossas palavras através do meu eu interior. Os meus desejos e pensamentos já foram registrados nas telas vibratórias divinas e já estou sendo irradiado pelas esferas afins com meu estado de espírito ao qual me encontro nesse momento.

Em sua imensa luz e sabedoria, interceda por mim, para que eu possa ser auxiliado pelas hierarquias de luz a qual estou ligado.

Mostre-me meus erros para que consciente deles possa retificá-los.

Ó meu amado Preto(a) Velho(a), seja a guia que me conduzirá a senda evolutiva do Divino Criador nesta terra de meu Deus, remova todos os buracos, pedras e obstáculos que tem me prejudicado.

Nunca deixe faltar a sabedoria necessária para que eu possa tomar as decisões certas e assim remover as situações que me perturbam;

Nunca deixe faltar saúde em meu corpo material, pois sem ela não consigo viver dignamente nesta terra;
Nunca deixe faltar o alimento de todo dia;
Nunca deixe faltar esperança em realizar os meus sonhos e projetos;

Em sua morada espiritual, zele por mim nesta terra de meu Deus.

Amém!

***

PRECE AOS PRETOS VELHOS

Louvados sejam todos os pretos-velhos.
Louvados sejais vós que formais o santíssimo rosário da Virgem Maria.

Santas Almas Benditas, protetoras de todos aqueles que se encontra em aflição. A vós recorremos espíritos puros pelos sofrimentos, grandiosos pela humildade e bem aventurados pelo amor que irradiam, socorre-me, pois encontro-me em aflição.

Concedam-me meus bondosos pretos-velhos a graça de (pede-se a graça que deseja alcançar) através da vossa intercessão junto a Santa Virgem Maria, santíssima mãe de Deus e de todos nós.

Dai-me meus pretos-velhos um pouco de vossa humildade, de vosso amor, e de vossa pureza de pensamentos, para que possa cumprir a minha missão na Terra, seguindo todos os vossos exemplos de bondade.

Louvadas sejam todas as Santas Almas Benditas.
Tenham piedade de nós.
Assim seja.
***

PRECE À IANSÃ

Saravá Iansã a grande guerreira, Orixá do raio e do vento, que ajuda com sua energia vencer as lutas e as dificuldades.
Saravá Senhora Rainha dos ventos proteja todos nós.
Oyá Deusa do rio Niger, senhora dos ventos e das tempestades. Coloco em tuas mãos minhas ações na luz de tua luz, eu te consagro todos os minutos e horas desse dia, meus trabalhos, minhas preocupações, meus desejos, os meus lazeres são teus.
Dai-me hoje a tua luz poderosa para que eu compreenda todo bem que preciso fazer e tenha força para não ceder o mal que tenta bater em minha porta, que eu consiga ser mais fraterno, mais irmão, mais compreensivo e capaz de perdoar.
Dirija meus passos no caminho do bem e do amor, e hoje mais que ontem todos nós possamos contar com sua orientação, com a tua benção, com o teu amor.
Com tua espada haveremos de cortar as demandas dos invejosos, dos falsos, dos inimigos, dos olhos grandes, que necessitam de enxergar a verdade.
Dando conformação aqueles que sofrem, com a força dos teus raios, nós te pedimos, que acenda a chama da vida dos que estão desenganados, dê a eles força para continuar lutando na cura de seus males.
Saravá Iansã majestosa Senhora a vossa proteção em vosso louvor em brado unidos saudamos.

***

ORAÇÃO A IANSÃ

Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abale a coragem e a bravura.

Ficai sempre ao meu lado para que eu possa enfrentar de fronte erguida e de rosto sereno todas as tempestades e as batalhas de minha vida, para que vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra, da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras. Santa Bárbara, rogai por nós!

***

PRECE A OGUM

Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum que sou e nada temo pois sei que a covardia não muda o destino.
Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho.
Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa.
Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males.
Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de Ogum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição.
E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.

***

ORAÇÃO A OGUM

Orixá, protetor, Deus das lutas por um ideal. Abençoai-me, dai-me forças, fé e esperança.
Senhor Ogum, deus que combate as guerras e as demandas, livrai-me dos empecilhos e dos meus inimigos.
Abençoai-me neste instante e sempre para que as forças do mal não me atinjam. Ogum Iê, Cavaleiro Andante dos caminhos que percorremos.
E que assim seja!

***

ORAÇÃO PARA OGUM

Ogum, meu Pai – Vencedor de demanda,
Poderoso guardião das Leis.
Chamá-lo de Pai é honra, esperança, e vida.
Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades.
Mensageiro de Oxalá – Filho de Olorum.
Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios, depurai com Vossa espada e lança, minha consciente e inconsciente baixeza de caráter.
Ogum, irmão, amigo e companheiro,
continuai em Vossa ronda e na perseguição aos defeitos que nos assaltam a cada instante.
Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falange de milhões de guerreiros vermelhos e mostrai por piedade o bom caminho para o nosso coração, consciência e espírito.
Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser, expulsai-os da cidadela inferior.
Ogum, Senhor da noite e do dia
e de mãe de todas as horas boas e más,
livrai-nos da tentação e apontai o caminho do nosso Eu.
Vencedor contigo, descasaremos
na paz e na Glória de OLORUN.
Ogunhê Ogum
Glória a OLORUN!

***

ORAÇÃO A OGUM

O fogo é vosso elemento natural e é com ele que transformais as nossas vidas e nosso íntimo. Renovai as nossas almas, forjai-as para que estejamos prontos para vivermos a verdadeira felicidade, purificai-nos e tirai de nós os ímpetos e os vícios, até que só a luz resplandeça.
Só assim nos tornaremos verdadeiros soldados da luz.
Protegei-nos com vosso escudo sagrado de todo ataque das trevas. E que vossa espada de fogo seja sempre a nossa espada para que as forças do mal não tenham poder sobre nós.
imbuída do vosso poder imenso, jamais cairemos, e todo mal que em nós estiver, será retirado. Fazei vir a nós vossas milícias sagradas para que as nossas súplicas sejam atendidas…

***

ORAÇÃO A OGUM

Salve Ogum, guerreiro de Oxalá.
Orixá que abençoa seus filhos e os filhos de seus filhos.
Pai destemido, Senhor da espada de fogo que corta todas as demandas e conduz os que ama aos caminhos da prosperidade.
Que em meus caminhos, possa eu, filho seu merecer as vossas Bênçãos: a espada que me encoraja, o escudo que me defende e a bandeira que me protege.
Meu Pai Ogum
Não me deixe cair
Não deixe tombar.
PATACURI OGUM
OGUNHÊ.

***

PRECE AO PODEROSO ORIXÁ OGUM

Pai, que minhas palavras e pensamentos cheguem até vós, em forma de prece, e que sejam ouvidas. Que esta prece corra mundo e universo, e chegue até os necessitados em forma de conforto para as suas dores. Que corra os quatro cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos meus inimigos, em forma de brado de advertência de um filho de Ogum, que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino. Ogum, padroeiro dos agricultores e lavradores, fazei com que minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade, nas suas ceias espirituais, para que todos saibam que sou teu filho. Ogum, senhor das estradas, fazei de mim um verdadeiro andarilho, que eu seja sempre um fiel caminheiro seguidor do teu exército, e que nas minhas caminhadas só haja vitórias. Que, mesmo quando aparentemente derrotado, eu seja um vitorioso, pois nós, os vossos filhos conhecemos a luta, como esta que travo agora, embora sabendo que é só o começo, mas tendo o Senhor como meu pai, minha vitória será certa. Ogum, meu grande pai e protetor, fazei com que o meu dia de amanhã seja tão bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre abertas, que eu trabalhe para que no meu jardim só haja flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e que aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males. Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada, cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a Ordem dos Cavaleiros de Ogum. Pai, daí luz aos meus inimigos, pois eles me perseguem porque vivem nas trevas, e na realidade só perseguem a luz que vós me destes. Senhor, livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos-grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade que só leva a destruição. E que todos aqueles que ouvirem esta prece, e também aqueles que a tiverem em seu poder, estejam livres das maldades do mundo.
Ogum Iê
Saravá Ogum.

***

ORAÇÃO A OGUM

Ogum, Rogai por nós.
Nunca ficará sem resposta àquele que nele crer…Ogunhê meu Pai!

Eu andarei vestido e armado com as armas de OGUM para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.

Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.

Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.

Glorioso Ogum, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.

Que assim seja, amém

***

PRECE A TRANCA RUA DAS ALMAS

Seu Tranca Rua das Almas, que tem o poder de estar em qualquer lugar.
Traga-nos a força da sua vibração e de seu trabalho.
Protegendo e amparando aqueles que lhe pedem mil e um favores.
Mas dê a cada um desses beneficiários de sua obra, a gota do esclarecimento espiritual, para que possam compreender e propagar que o Exu é um irmão trabalhador na seara da caridade.
Assim Seja!

***

ORAÇÃO A TRANCA RUA DAS ALMAS

Senhor Tranca Rua das Almas, senhor do sétimo grau de evolução da lei maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda em meu caminho livrando-me de toda a energia que possa atrapalhar minha evolução; fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo. Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei meu coração mais puro que meus próprios atos; Fazei das minhas palavras a transparência da humildade; Fazei do meu corpo aparelho da caridade. Pois a teu lado demanda comigo não existirá, estarei coberto por sua capa que protege e abriga seus filhos. Senhor Tranca Ruas das Almas agradeço por tudo que me fizeste aprender nesta vida e em outras que passei ao seu lado, rogo por vós a proteção para mim, para meus irmãos de fé, para minha família e porque não para meus inimigos. Abençoe e guarde esses filhos que um dia entenderam o verdadeiro sentido da palavra Umbanda. Laroiê Exu !

***

ORAÇÃO DE TRANCA RUA

Faço reverência a vós mistério sagrado da criação, vós que sois a manifestação do divino, peço que possa se manifestar entre nós, conforme nosso merecimento. No seu poder, na sua força, e na sua magnitude, pelo caminho tripolar que emana de vós, pelo caminho que só vós conheceis, pela força que só a vós pertenceis, e pelo poder de trancar a vós concedido, eu peço:

Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas.
Que o ódio e o sentimento impuro, que emanam da minha alma, sejam trancados.
Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada.
Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados.
Que a dissimulação e a superficialidade, que nasce da minha língua, sejam trancados.
Que o egoísmo e a maldade, que transcendem da minha mente, sejam trancados.
Que a palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo, sejam trancados.
Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados.

E assim, fonte primária da criação, assim que trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a vós que:

Destranque todas as portas do meu caminho.
Destranque todas as passagens da minha jornada.
Destranque toda prosperidade material e espiritual.
Destranque o meu coração das amarguras.
Destranque o meu sustento de cada dia.
Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite.
Destranque o meu emprego, o meu negócio e a minha morada material.
Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado.
Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual.
Destranque a minha liberdade!

Pois vós, Força Sagrada do Divino Criador, é o portador supremo da Vitalidade!
Salve o Mistério Tranca Rua!!!

***

ORAÇÃO AO SETE ENCRUZILHADAS

Saravá Santo Antônio de Pemba!
Saravá à força do Sete!
Saravá à todos os Exus!

Ajoelhado aos teus pés, estou rogando que me escute no sopro dos sete ventos, meu grande Exu Sete Encruzilhadas.

Com a força do teu garfo que carregas nas costas e da cruz do teu peito, eu humildemente peço que tenhas vidência das dores que trago no peito aflito.

Sete Encruzilhadas Exu dos sete caminhos, senhor rei das Sete Encruzilhadas de fé, sepulte nas sete catacumbas os nossos problemas e tristezas.

És um lindo homem, um cavalheiro, andas descalço com tua linda capa de veludo, a gargalhar pela noite, venceste sete guerras, vença pelo menos uma para mim, se eu merecer pois estou em desespero.
Sete Encruzilhadas, conheces as dores e angústias do mundo onde tu vivestes, amaste, sofreste e foste humilhado, mas hoje carrega a Coroa dos infelizes e essa coroa quem te deu foi a misericórdia de pai Oxalá, nos pés de pai Olorum.

Sete Encruzilhadas, coloque debaixo de teu pé esquerdo o nome dos meus inimigos, livrando-me das invejas, calúnias e dos olhos grandes. põe no meu coração o perdão e a justiça, para me reconhecer e me corrigir das minhas faltas.

Lindo homem de cabelos negros e olhos de cristal, perfuma a minha vida com o perfume das sete rosas vermelhas.

Atenda meu pedido, te imploro Sete Encruzilhadas pois sei que os teus protegidos, tu jamais desampara.

Rei dos sete mistérios, carregas as sete chaves do destino, abra os meus caminhos e me faça feliz, pois contarei sempre com a sua proteção, agora e em todas as horas de aflição.

***

PRECE A OXUM

Oh Mãe Oxum! Senhora dos rios e cascatas. Orixá das águas claras que lavam os males do mundo.
Deusa do Amor! Que o canto das suas águas embale meus sentimentos alimentando meu coração com as vibrações de paz e perdão.
Senhora do ouro, clareia meus caminhos.

***

ORAÇÃO À OXUM

Oxum, eu te chamo!
Não te chamo por causa de morte.
Não te chamo por causa da doença de alguém.
Te chamo para que tenhamos dinheiro.
Te chamo para que tenhamos filhos.
Te chamo para que tenhamos saúde.
Para que tenhamos uma vida serena.
Para que não sejamos vitimados pela ira das águas.

***

ORAÇÃO A OXUM

Ora ie ieu Oxum,
Salve dourada senhora
Da pele de ouro!
Benditas são suas águas,
e essas mesmas águas lavam meu ser
e me livram do mal.
Oxum, Divina Rainha, bela Orixá,
venha a mim,
caminhando na Lua Cheia.
Traga, mãe, em suas mãos,
os lírios do amor e da paz.
Torna-me doce, sedutora,
suave, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.
Faça que o amor seja
constante em minha vida
Que eu possa amar a
tudo o que existe.
Me proteja contra as
mandingas e feitiçarias.
Daí a mim o néctar de sua doçura
e que eu consiga o que desejo
Mãe do ouro, da beleza e do amor,
Senhora do mais puro Axé,
valei-me hoje e sempre.
Aie ieu Oxum!

***

ORAÇÃO PARA OXUM

Dourada é a tua de luz Assim como o ouro que te pertence. Derrama a tua pureza cristalina, Orixá das águas doces. Não permitas que neblina alguma obscureça o meu desejo mais profundo, Que é conseguir amor mais verdadeiro, Seguro, eterno e duradouro. Estás presente nas cachoeiras, que são sagradas por si só. Portanto, fazes com que se apague todo sentimento se eu sofrer. Não verterei nenhuma lágrima por aqueles Que não me correspondem no amor. Não sofrerei por ninguém que, com mentiras, me faltar com o respeito, Porque não permitirás que Frieza, inveja ou ciúmes me traiam. És doce, protetora, Suave e vaidosa, Feminina e sedutora. Ó mãe Oxum! Dai-me o teu axé, dai-me a tua força, dá-me a alquimia Como o néctar mais sublime, Para eu saber como respeitar e venerar. No mel está o teu segredo, que eu saberei utilizar.

***

ORAÇÃO PARA OXUM

Que Oxum me dê serenidade para agir de forma consciente e equilibrada.
Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimentos.

***


ORAÇÃO A OXUM

Senhora das cachoeiras. Oh! Linda e maravilhosa Oxum! Afastai de mim todo o mal que no momento me aflige. Eu te venero e te guardo, oh! Mãe Divina! Que eu seja abençoado com a tua bondade e justiça. Que em nome de Olorum muitas vezes aclamas por todos aqueles que te amam. Peço-te que, neste momento de dor, derrames sobre mim, Oxum, o teu olhar misericordioso. Que as tuas águas acalmem a minha pobre alma e que neste momento eu receba a graça que tanto espero. 

***

PRECE A OXALÁ

Salve meu Pai Oxalá. Senhor do branco, pai da luz. Senhor absoluto do universo, toda criação te saúda, êpa babá. Pai da misericórdia. Dai-me, Senhor, a paz o vigor e o rumo, mas meus caminhos.
Oxalá, meu Senhor, faz minha casa feliz e dai-me as bênçãos da
propriedade. Obrigado meu Deus, meu Senhor, meu Pai.
ÊPA BABÁ!

***

ORAÇÃO A OXALÁ

Oxalá! Divina manifestação do Bem,
Senhor da perfeita Sabedoria e do Bendito Amor,
Oh! Vós que recebeis o poder do supremo Doador para tudo e todos.
Protegei-nos das ciladas ilusórias do mundo enganador,
Despertai-nos para a realidade da vida imortal,
Sois a imaculada irradiação do Altíssimo,
Vosso nome é só mavioso e compassivo,
que nos guia; com ternura e esperança,
para a Aruanda – Cidade de Luz.
Ai de nós empedernidos, na mais grosseira materialidade,
Afogados em sentimentos inferiores,
Rogamos contritos pela salvação da nossa consciência.
Junto a Vós, trilharemos por caminhos iluminados,
Porque sois a divina pureza, acolhedora e misericordiosa.
Santo Nome, envolvei-nos em sentimentos fraternos de real amor, a fim de chegarmos até Vós,
Oxalá ! Tende pena de nós, tende compaixão…

***

PRECE A OXALÁ

Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos nossos corações, caminhamos até a sua claridade, clareando todos os nossos passos no amanhecer de cada dia.

Que a luz, a eterna luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a cabeça daqueles que a ti estão ligados numa corrente de fé e num só pensamento elevamos as nossas preces.

Oxalá nosso Pai, dai-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas cometidas, e com espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é mundano, vício, ódio e maldade, na certeza de que com toda esta humildade alcançaremos o Senhor.

Pai Oxalá, sabeis que a razão humana é fraca e pode enganar-nos, mas a verdadeira fé não pode ser enganada.

Obrigado Pai Oxalá por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos unidos, que o Senhor nos escolha para sermos mais alguns dos vossos íntimos amigos.

***

ORAÇÃO PARA UMA CIGANA

És uma linda flor que desabrocha no amanhecer és um espírito de luz
És a lua que clareia nossas mentes para que possamos dar um conselho na hora certa.
És o espírito que nos dá força para superarmos todos os nossos obstáculos.
És a estrela brilhante que ilumina nossas vidas neste planeta Terra.
És um espírito maravilhoso que à noite vigia nossos sonhos, impedindo a aproximação de espíritos maléficos
Cigana, com tuas fitas coloridas, estás sempre transmitindo a força do arco-íris.
Sempre que o aflito te invocar, possas transmitir-lhe a energia da paz, da harmonia e da consolação.
Que, ao olhar a chama de uma vela, possamos sentir a tua presença.
Que, ao tocar um cristal, possamos sentir a tua energia positiva.
Que, ao sentir o aroma de violetas, possamos sentir que estás nos confortando.
Cigana, cobre-nos com tua saia colorida, escondendo-nos dos invejosos e mostrando a eles que o caminho não é esse.
Cigana encantada, que nesta hora possamos sentir segurança, paz e felicidade.
Com teu encanto, encanta coisas boas para que os nossos caminhos não tenham obstáculos.
Desencanta todas as perturbações que existam nos lares, Cigana, cura aqueles que estejam doentes do espírito, da alma, da matéria,
Com o poder do Pai Sol
Com o poder da Mãe Terra,
Nós te pedimos que nossos pedidos sejam atendidos.
Por Santa Sara, a padroeira dos ciganos, e por todos os espíritos ciganos que viveram e sofreram nesta Terra, nesta corrente de fé, Cigana.

***

ORAÇÃO CIGANA

Salve o Sol, a natureza, o Orvalho da Manhã !
Salve Deus todo Poderoso, que me dá a felicidade de tomar a benção de toda a Natureza.
Salve o Vento, o Sol, a Chuva, as Nuvens, as Estrelas e a Lua !
Salve as forças das Águas, a Terra, a Areia e o Solo fértil !
Que belo seja seu remédio !
O Pão que parto à mesa, seja multiplicado !
O trigo que trago comigo, seja minha propriedade.
O Universo me abrace.
E que os quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar, me deem as forças necessárias para todas as dificuldades de minha vida.

Meus caminhos sejam abertos, hoje e sempre, com toda a pureza dos Elementais, dos Anjos Mensageiros de Deus e da nossa Rainha Santa Sara Kali.

***

ORAÇÃO DOS QUATRO ELEMENTOS

Faço meus apelos nesta oração, com muita fé e amor, a querida Santa Sara Kali, protetora do Povo Cigano, a Rainha Cigana do Povo do Oriente e a todos os benditos espíritos de luz no templo da tribo cósmica.

Peço com toda a força do meu coração aos nossos protetores, que a energia poderosa da natureza representada pelos quatro elementos (fogo, água, ar e terra) tome conta da nossa casa, do nosso trabalho, do nosso corpo, da nossa mente, de nossas emoções e anseios.
Cubram-nos com grande proteção e nos abençoe.

Que o fogo seja a demonstração viva do amor, da união, do calor humano e da harmonia que deve nos ligar por toda nossa existência.
Que a água, fonte cristalina de bênçãos, lave e limpe nossas vidas e nos livre de toda carga negativa que possa interferir em nosso comportamento e atitudes para conosco mesmos e nossos semelhantes.
Que o ar nos traga o sopro mágico da vida e renove a cada dia as nossas energias físicas e a nossa saúde.
Que a terra seja o nosso símbolo de prosperidade, renovando-se sempre, para que possamos semear e colher todos os seus frutos benditos para nossa tranquila sobrevivência.

Salve a magia, a força e a Luz do Povo Cigano!

***

ORAÇÃO CIGANA DA UNIÃO E DA AMIZADE

Senhor, Deus da União, volte para nós, aqui reunidos, a graça do teu olhar de Bondade e de Amor, fortalecendo a amizade e o espírito de união que nos faz todos membros de uma mesma família de irmãos.

Derrama sobre nós a tua bênção e a tua proteção, para que, iluminados pela tua grandeza, possamos fazer jus às promessas de Cristo, o maior de todos os Irmãos e aquele que nos uniu definitivamente, Amém!

***

ORAÇÃO DE UM CIGANO

Oh! Poderoso Grande Rei Cigano.
Que nessa hora venho saudar.
Saúdo as forças das estrelas. Saúdo as ondas do mar. Saúdo toda as tribos ciganas que nessa hora estou a invocar.
Pedindo licença ao teu povo para trabalhar.
Saúdo as montanhas, os vales, as gotas de orvalho, as areias.
Teu povo dança feliz invocando a vida e a beleza.
Em suas músicas há a graça do bailar livre em liberdade a sonhar.
Teus tesouros são infinitos por que nem um preço pode pagar o valor da liberdade dos pés descalços a caminhar.
Tuas joias têm o brilho mais caro.

Teus homens ciganos põem a mão ao peito para seu talismã esquentar.
Tuas mulheres abanam seus leques para os maus espíritos afugentar.
Tuas fogueiras possuem as salamandras mais altas que nos olhos de teu povo sabe brilhar.
Aquece-nos agora oh! Grande Rei para que essa oração não possa acabar.
Enquanto um cigano olhando ao céu orar.

***

ORAÇÃO PARA UM CIGANO

Cavaleiro da noite e do dia, homem forte e corajoso,
és a força de um grupo cigano, és poder.
Com teu violino encantas a Lua Cheia.
Com teu sapateado ajudas a Mãe-Terra a sentir teu lamento cigano e sentes na relva a energia mais profunda da Natureza.
Ao olhar a fogueira decifras o que dizem as labaredas, pois é na chama do fogo que são revelados os mistérios do mundo.
Cigano, és homem forte e seguro do que queres.
Cigano, és amor, carinho, ternura e paixão ardente.
Cigano, pareces árvore frondosa de tronco grosso, a proteger-nos das falsidades desta vida terrena.
Ao olhar para o infinito, possa eu sentir a tua energia.
Cigano, ao olhar a chuva caindo na relva, possa eu sentir-te lavando-me das impurezas deste mundo e ao olhar a chama de uma vela, possa eu sentir-te a dizer-me: “Estou te protegendo”.

***

PRECE AO CIGANO WLADIMIR

Ó glorioso e poderoso cigano Wladimir, neste instante,
é com o meu coração cheio da mais profunda fé,
que me dirijo ao teu luminoso espírito,
que tem poder e forças entre todas as entidades ciganas que hoje,
como estrelas brilhando no infinito,
são entidades que por misericórdia nos assistem em nossas aflições.
Em particular a ti, peço, querido cigano Wladimir, que me ampares,
com teu coração bondoso, jamais deixando que eu venha a cair
sob o impulso das provas desta vida;
protege meu corpo, livrando-o das doenças;
protege o meu coração,
não deixando nunca que nele se abrigue o ódio;
protege minha mente, para que ela seja sempre abrigo
de pensamentos positivos e de força;
protege a minha família,
protege o meu caminho, livrando-me dos inimigos,
da terra e do espaço.
Por todo o bem que sei que fazes sempre,
por todos aqueles que depositam fé incondicional em ti,
é que peço à Santa Sara, a Padroeira Universal dos Ciganos,
que encha teu espírito de Força, Luz e Poder,
para que estejas sempre pronto a atender aos teus filhos,
aos teus seguidores…
e a Deus, nosso Pai maior, peço que tome nos braços este filho
tão querido que és e, ao lado dele,
jamais esqueças de nós,
Ó glorioso e bondoso cigano Wladimir.
Amém

***

ORAÇÃO AOS 7 CIGANOS

Sete Ciganos! Que eu possa olhar a estrada de terra batida, as pedras do caminho e sentir vossas presenças.
Quando me sentir só que eu possa olhar para as árvores da estrada e sentir através de leve aragem as vossas forças. Que na minha tristeza eu escute o som do violino cigano, através do canto dos pássaros que se torne impossível eu ficar impassível porque é a vossa música dizendo que estais junto de mim. Que eu possa ir as montanhas e campos e descubra a beleza da natureza e sinta o maravilhoso poder de Deus se fazendo presente. Que eu possa deixar o orgulho, a tristeza, as decepções e obstáculos na terra, pois nada mais existe perante toda essa festa de cores, toda essa luminosidade que vem do arco-íris e representa as irradiações dos sete ciganos.
Que eu me sinta purificada neste ritual de cores e beleza.
Feliz e vitoriosa com a presença dos 7 ciganos na minha estrada.
Que assim seja!

***

ORAÇÃO CIGANA PARA REALIZAÇÃO DE SEUS PROPÓSITOS

Salve a natureza! Salve o círculo mágico azul que me envolve!
Eu sou feliz e rico, eu tenho o hoje e o amanhã! Tenho o meu futuro pela frente!
A saúde tomou conta de meu corpo! Obrigado por tudo de bom que vós me destes e continuarás dando!
Porque eu posso, eu quero, eu mereço, eu vou conseguir através da lua Cigana, e dos mentores Ciganos, eu realizarei todos os meus sonhos. Por que querer é poder e eu posso!
Salve Santa Sara Kali! Que sempre ilumine o meu caminho, afastando os inimigos da minha estrada, que os olhos deles não cheguem até os meus e que seus passos não cruzem o meu caminho.

***

ORAÇÃO PARA O POVO CIGANO

Ó meu povo cigano, te entrego a minha vida para que faça dela o melhor assim como vocês fizeram em suas vidas passadas, a grande luta para o bem , te entrego a minha vida e faça dela sempre um escudo e verdade que ninguém se aproxime de mim com intenções que não são dignas de minha pessoa, que nenhum mal visível ou invisível possa chegar até a mim , não permita que nada nem ninguém consiga me enxergar para fazer o mal, feche meu corpo, dai-me a intuição e a sabedoria necessária porque eu possa ajudar meu povo que a minha vierem me procurar, não deixe nunca que eles voltem de onde vieram sem a sua ajuda, permita meus ciganos que todos que de mim se aproximarem com más intenções apenas faça de meu corpo um espelho para que possa refletir nesta pessoa todo mal que me deseja , e seja sempre o caminho aberto e a estrada ampla , reta e limpa de minha vida , confio em vocês. Quero paz e calma para poder trabalhar hoje. E sempre quero e me orgulho de ter vocês.

***

ORAÇÃO PARA O POVO DO ORIENTE

Salve ó Bandeira Branca, Salve São João Batista, Salve estrela de David, e seus seis lados, Mestre Jesus, Buda, Santa Maria Madalena, Santa Sara Kali, São Lázaro, arcanjos, serafins, querubins, anjos protetores nos auxiliem neste momento, nesta corrente de luz, rogai ao Arquiteto do universo, a Alá, em nosso favor e, levai nossos pedidos para que eles sejam aceitos.

São Miguel, São Rafael, São Gabriel, Baltazar, Melchior, Gaspar, Reis do Oriente, venham nos ajudar forças egípcias, chinesas, indianas, árabes, ciganos, beduínos, videntes, profetas, magia de ponto, de pó, astrologia, pura manifestação das almas batizadas em águas sagradas.

Salve o Povo do Oriente!

Salve os quatro cantos do mundo!

Guerreiros, reis, príncipes, Santos e Santas do bem, doutores de branco, doutores da lei, mandamentos sagrados, sangue, suor, vitória de homens coroados.

Baptista é quem nos comanda, fonte de pura energia, pirâmides preciosas, rosas brancas no deserto, luz em nossas vidas, amparo de almas, linha branca bendita.

***

ORAÇÃO DOS DOZE MINISTROS DE XANGÔ

Salve São Jerônimo, São João e São José!
Saravá, oh poderoso Pai Xangô!
Saravá os Doze ministros de Xangô!
Saravá meu pai Xangô e seus doze ministros da sua corte,
grande Orixá, rei da justiça.
Senhor do trovão raiado olhai por mim no poder desta reza. Xangô poderoso pai, bondoso, mas justiceiro,
peço aos teus Doze Ministros por mim,
para que me absolva no seu grande tribunal do céu e da terra.
Doze pedras sustentam tua coroa no mais alto dos penhascos,
que pai Zambi te deu. Olhai por mim, meu pai.
Tu és um Deus, um Orixá que reina no Céu e na Terra como:
Senhor Kaô
senhor Bá
Senhor Doju
Senhor Alafim
Senhor Agodô
Senhor Ajacá
Senhor Afunjá
Senhor Abomi
Senhor Sambará
Senhor Aganju
Senhor Airá
Senhor Baru
Estas são tuas faces,
que olham os teus filhos nesta terra de dor e de aflição.
Olha por mim meu pai,
e seus Doze Ministros sempre a meu lado e a meu favor.
Doze Ministros, Doze coroas,
Doze meses do ano eu vencerei e vencerá quem estiver ao meu lado,
pois assim, o meu pai, o senhor Xangô ,quer.
Ao 1º Ministro Abiódún
Eu peço pela minha saúde
Ao 2º Ministro Onikôvi
Eu peço vitória em tudo que eu queira e mereça.
Ao 3º Ministro Onanxókún
Eu peço perdão pelas minhas faltas
Ao 4º Ministro Obá Telá
Eu peço Amor, e que ele nunca me falte, que eu possa também dar a quem não tem.
Ao 5º Ministro Olugban
Eu peço justiça e que ela seja feita conforme sua vontade
Ao 6º Ministro Aresá
Eu peço coragem na luta , e nunca fugir dela.
Ao 7º Ministro Arê Otún
Eu peço sabedoria nas decisões.;
Ao 8º Ministro Otun-Onikôi
Eu peço autoridade para mandar pra longe de mim os inimigos.
Ao 9 Ministro Otun-Onanxókún
Eu peço fartura na minha vida e na minha casa.
Ao 10º Ministro Nfó
Eu peço verdade a qualquer custo.
Ao 11º Ministro Ossi-Onikôyi
Eu peço união com os meus e a todos que estejam do meu lado.
Ao 12º Ministro Fkô-Kabá
Eu peço a Misericórdia de Xangô,
pois essa é a reza de invocação aos doze ministros .
E com esta reza eu estarei protegido, estarei guardado pelo poder,
pela Luz e pela Glória do senhor da Justiça.
Kaô Cabecile!
Meu Pai Xangô.
Que assim seja!
E para sempre seja louvado!

***

ORAÇÃO A XANGÔ

Senhor meu Pai, o infinito é tua grande morada no espaço, teu ponto de energia é nas pedras das cachoeiras. Com tua justiça fizeste uma construção digna de rei. Meu Pai Xangô, tu que és defensor da justiça de Deus e dos homens, dos vivos e dos além da morte, Tu com tua machadinha de ouro, defende-me das injustiças, acobertando-me das mazelas, das dívidas, dos perseguidores mal-intencionados. Protege-me meu glorioso São Judas Tadeu, Pai Xangô na umbanda. Sempre justiceiro nos caminhos em que eu venha a passar com a força desta prece, sempre contigo estarei livrando-me do desespero e da dor, dos inimigos e dos invejosos, dos indivíduos de mau-caráter e dos falsos amigos.

***

ORAÇÃO A XANGÔ

Salve Xangô! Orixá de grande força e harmonia.
Protetor dos injustiçados e advogado das boas causas.
Pedimos que nos envie um raio de luz e uma faísca de seu incomensurável poder,
A fim de abrandarmos a violência de nossa manifestações de ódio e de rancor
contra os nossos semelhantes.
Mostrai-nos o caminho certo, para cumprirmos a missão
que foi determinada pelo Pai.
Se nossos erros ou nossas faltas nos desanimarem,
deixai-nos sentir a sua presença, para seguir suas pegadas
no caminho da fé e da caridade, para que assim possamos levar
a Sua Justiça por toda a eternidade.

***

PRECE A XANGÔ

Kaô meu Pai, Kaô
O Senhor que é o Rei da Justiça, faça valer por intermédio de seus doze ministros,
a vontade Divina, purifique minha alma na cachoeira.
Se errei, conceda-me a luz do perdão. Faça de seu peito largo e forte meu escudo,
para que os olhos de meus inimigos não me encontrem.
Empresta-me sua força de guerreiro, para combater a injustiça e a cobiça.
Minha devoção ofereço-lhe. Que seja feita a justiça para todo o sempre.
É meu Pai e meu defensor, conceda-me a graça de vossa misericórdia em ter meu trabalho,
minha casa, meus filhos, minha família junto a mim.
Ajuda-me a pagar minhas dívidas e a receber sua luz e sua proteção.

***

ORAÇÃO A OMULU

Salve o senhor, o rei da terra, médico da Umbanda
Senhor da cura de todos os males do corpo e da alma
Pai da riqueza e da bem aventurança
Em ti deposito minhas dores e amarguras
Rogando-te pelas bençãos de paz, saúde e prosperidade
Faz-me digno de merecer todo dia e toda noite vossas bençãos de luz e misericórdia
Oh mestre da vida, vós é o limitador das enfermidades
Suplicamos sua cura aos males que nos afetam
Que as suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos
Concede-nos corpos sadios e almas serenas
Mestre da vida, ameniza nosso sofrimento e traz a cura a todos os teus filhos.

Se seu corpo está ferido
e não pode mais suportar
Peça proteção á ele
que ele vai lhe ajudar!
OBALUAÊ!!!

***

PRECE A OMULU

Senhor da Terra e da cura.

Dominador das epidemias.
De todas as doenças e da peste.
Omulu, Senhor da Terra.
Obaluaiê, meu Pai Eterno.
Dai-nos saúde para a nossa mente,
dai-nos saúde para nosso corpo.
Reforçai e revigorai nossos espíritos
para que possamos enfrentar todos os males
e infortúnios da matéria.
Atotô meu Obaluaiê!
Atotô meu Velho Pai!

***

PRECE A OBALUAIÊ

“Proteja-me, Pai, Atotô Obaluaê!
Oh, Mestre da Vida,
Proteja seus filhos para que suas vidas sejam marcadas pela saúde.
Vós sois o limitador das enfermidades.
Vós sois o médico dos corpos terrenos e almas eternas.
Suplicamos sua misericórdia aos males que nos afetam!
Que suas chagas abriguem nossas dores e sofrimentos.
Concede-nos corpos sadios e almas serenas.
Mestre da Cura, amenize nossos sofrimentos que escolhemos resgatar nessa encarnação!

***

PRECES À IEMANJÁ

Divina Mãe, protetora dos pescadores e que governa a humanidade, dai-nos proteção. Oh! Doce Iemanjá, limpai as nossas auras, livrai-nos de todas as tentações. És a força da natureza, linda Deusa do amor e bondade (fazer o pedido). Ajude-nos descarregando as nossas matérias de todas as impurezas e que a vossa falange nos proteja, dando-nos saúde e paz. Que assim seja feita a vossa vontade. Odoyá!

Prece 02
Oh Soberana Mãe das Águas venha a mim nesse momento de aflição, com minha fé e devoção, para iluminar meus pedidos e caminhos. Ó Mãe Iemanjá assim como controla a força das águas, venha e ajude-me no que eu necessito, (fazer o pedido). Com seu manto azul perolado cubra a minha vida de alegrias, e todos aqueles que me estão ao redor e aqueles que pensam ser meus inimigos, esses Mãe Soberana mude lhe os pensamentos para que tornem-se dignos e lhe tire o ódio do coração. Ajude me Mãe a resolver o que me aflige e me acompanhe nesta jornada, para que males não me alcancem. Oh soberana Mãe Iemanjá desde já lhe agradeço pois tenho fé que estarás comigo. Omio omiodo ya!

Prece 03
Iemanjá Mãe do Mundo, força que mantêm a criação, Senhora de todos os bens, alento da própria vida. Mãe magnânima de todas as mães, o mar é o seu símbolo, o sal a sua marca. Proteção é o seu aleitamento eterno. Iemanjá Mãe Querida, ajude-nos com tua constância, exemplificando em nós o desejo de perseverar-nos no amor ao nosso Pai Olorum! Odoyá Iemanjá! Glória a Olorum!

Prece 04
Oh! Iemanjá, Sereia do Mar. Canto doce, acalanto dos aflitos. Mãe do Mundo tenha piedade de nós. Benditas são as benções que vem do teu Reino. Meu coração e minha alma se abrem para receber as bênçãos de Iemanjá. Mãezinha querida, leve toda impureza, toda negatividade, todo feitiço, todo quebranto, toda magia ruim (peça para Iemanjá retirar tudo de mal) de minha aura para as profundezas do mar sagrado, de onde não terão mais poder sobre mim. Mãe que protege, que sustenta, que leva embora toda dor. Mãe dos Orixás, mãe que cuida e zela pelos seus filhos, e os filhos de seus filhos. Iemanjá, tua luz norteia meus pensamentos. Que tuas águas lavem minha cabeça, derramai sobre mim a vossa proteção, incutindo em meu coração o respeito e a veneração devida a força da natureza que simbolizas. Permiti que vossas falanges me protejam e amparem, assim o fazendo com toda a humanidade, nossa irmã.
Faça isso por nós, minha querida mãezinha.
Odoyá Iemanjá!

Prece 05
Salve Rainha do mar, minha mãe Janaína
Canto à Iemanjá
Adolê, Odoyá minha mãe!
Banha o meu corpo, limpa minha alma
Renova meu espírito, me abriga em teu íntimo
Mãe d’água Odoyá!
Bela sereia, deusa da beleza,
traz-me um amor, um beijo de mar
Traz pra mim as certezas de um presente próspero,
da saúde do corpo, a leveza da alma
Canta ao meu ouvido, encanta os meus sentidos,
e eu me entrego ao mar
Banha meu corpo, limpa minha alma
Renova meu espírito, me abriga em teu íntimo
Mãe d’água Odoyá
Canto à Janaína!
Linda donzela, mulher dos sete mares,
teu porto está nos ares,
onde quiser que esteja
Dá-me segurança, constância e prudência,
permite um banho de mar ao luar,
permite na areia da praia eu deitar...
faz real o meu sonhar mãe d’água,
traz amor pra eu amar
Canto a ti Iemanjá!
Adolê, Odoyá mainha!
Salve a Senhora dama,
Salve a Guerreira eleita princesa no templo do mar
Adolê, Odoyá!
Agradeço pelo que virá, pois o melhor será
Com a graça e a força de Iemanjá
Rogo a ti Janaína
Adolê, Odoyá! Minha mãe de alma!

***

ORAÇÃO À NANÃ

Ó mãe dos mananciais, senhora da renovação da vida, mãe de toda criação.
Orixá das águas paradas, mãe da sabedoria. Dai-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a tua luz neutralize toda as forças negativas à minha volta. Dai-me a tua serenidade e faz de mim um filho abençoado nos caminhos da paz, do amor e da caridade.
Salve Nanã Burukê!

 

Leia mais
Topo