Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca

22/02/2024

Anjo da Guarda na Umbanda

Anjo da Guarda na Umbanda

É muito importante firmar o Anjo da Guarda de forma constante, principalmente os médiuns ativos em corrente mediúnica.


O Anjo da Guarda é um ser, como o próprio nome diz, que guarda e protege o seu pupilo. São espíritos missionários que aceitaram o chamamento de Deus de guardar as criaturas, logo, eles são os protetores da humanidade, se não estivessem nesta missão, o mundo talvez sucumbisse diante das investidas das trevas, que são muitas.

Eles protegem e orientam, se comunicam através daquela voz interior chamada "intuição", só eles têm o poder de se utilizar da mediunidade de intuição. Outros espíritos se comunicam pelo mental. A diferença é que a intuição é uma sensação, um pressentimento. E a comunicação mental a mensagem está codificada, surge com mais clareza.

Saibam que, para qualquer espírito se aproximar de vocês, eles têm que ter a permissão do seu Anjo da Guarda. Se ele permite que espíritos negativados se aproximem, é porque você assim merece, diante da utilização do seu livre arbítrio, e escolhas que se distanciam das ensinadas pelo Evangelho.

Muitas vezes o seu Anjo se distancia porque não tem campo energético propício ao seu lado, diante de pensamentos e sentimentos negativados que você insiste em nutrir.

Quando você diariamente firma o seu Anjo, está o fortalecendo, porque através da prece e dos elementos (que é a vela, representante do fogo e água) está trabalhando, lapidando o seu Eu Superior e entrando em maior sintonia com o seu Anjo.

Desta forma, é muito importante os médiuns não se acomodarem com suas firmezas de Anjo da Guarda, é ela que facilita até a aproximação do seu Orixá.

Então, estejam com o seu Anjo diariamente e conquistem a paz de espírito e a força de viver.

Caboclo Flecheiro - Proferida em gira pública na Tulca em 16/06/2018 - Canalizada por Mãe Ednay 



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No Terreiro Filhos Vão e Vêm

Filhos de Umbanda

No terreiro filhos vão e vêm, outros vão e não voltam mais, isso faz parte. Eles podem ir, quem não pode ir sou eu!


Essa é uma realidade que um dirigente tem que encarar, temos que ter amor ao que fazemos e respeito aos filhos, temos que nos apegar totalmente à missão, à sagrada espiritualidade. 


Mas apegar-se aos filhos como elo para o cumprimento da missão é muito perigoso, pois, a única garantia de permanência para a vida toda num terreiro de Umbanda é a do dirigente. 


Se tiver cem filhos no terreiro o dirigente estará lá, se tiver três filhos no terreiro a mesma coisa, nada muda, porque a missão não está entrelaçada aos adeptos e muito menos ao espaço físico, mas sim na espiritualidade, nos guias!


Embora a Umbanda seja um coletivo e isso é muito prazeroso, é preciso compreender que existe uma espiritualidade que pertence a cada indivíduo, a cada pessoa e que esse crescimento é individual, que essa missão é individual, pertence a cada um, porém, essa missão seja por um período curto ou extenso é comungada entre pessoas com a mesma finalidade dentro de uma religião, perante uma mesma casa, essa que deve ser zelada pelos filhos porque ela que acolhe a missão de cada um que ali está presente sob a zeladoria do dirigente espiritual.


O dirigente espiritual não deve alicerçar a sua missão ao filho espiritual, os filhos devem alicerçar sua missão na Umbanda e na casa que frequentam, porque a casa abraça a todos e quando eu digo "a casa" eu digo o espaço físico que se torna um lar espiritual a todos aqueles que estão debaixo daquele teto. 


O dirigente e sua missão deverão se alicerçar apenas no sagrado, esse que estará com o dirigente por onde ele estiver, seja num templo com cem filhos, numa casa com dez filhos ou num cômodo com dois filhos.


Padrinho Catucá



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30/01/2024

Espíritos Guias na Umbanda

Guias de Umbanda

Os Guias são entidades espirituais que baixam nos Terreiros de Umbanda e cuja proposta de trabalho é auxiliar os encarnados em suas necessidades espirituais, para que tenham uma vida mais tranquila e, principalmente, evoluam como espírito, sempre diante da permissão de Deus e do merecimento de cada um. Dentre os Guias que assistem a nossa casa, a Tulca, estão os Caboclos, Pretos Velhos, Ibejis, Marinheiros, Boiadeiros, Povo Cigano, Povo do Oriente, Mestres Juremeiros e Exus. Eles atuam a nível de terreiro com a distribuição de axé durante as Giras, com passes e consultas. 


CARACTERÍSTICAS DOS GUIAS:

- Os Caboclos representam a sabedoria ancestral, a cura e a proteção espiritual. Estimulam o conhecimento, a determinação e o dinamismo.


- Os Pretos Velhos são representações de antigos escravos e carregam uma energia de amor, paciência e sabedoria para ajudar nas questões emocionais e espirituais.


- Os Ibejis são entidades infantis, que simbolizam a alegria, a inocência, ensinam sobre a importância da alegria de viver.


- Os Marinheiros são espíritos ligados ao mar, à jornada e à superação de obstáculos.


- Os Boiadeiros são Guias que representam a força, a coragem e a proteção nos caminhos da vida.


- O Povo Cigano traz a energia da liberdade, intuição e habilidades espirituais, como a vidência e os oráculos.


- O Povo do Oriente abrange Guias ligados à cultura oriental, que trazem sabedoria milenar e conhecimentos espirituais específicos. São espíritos de médicos, filósofos, cientistas, magos e mestres.


- Os Mestres Juremeiros são entidades da Jurema, uma tradição espiritual afro-indígena, e trabalham com  a conexão com a natureza e desmancham feitiços. São firmes, alegres, autênticos e determinados.


- Os Exus são guardiões, espíritos sérios e comprometidos com a Lei de Deus, trabalham em campos de energias densas para socorrer espíritos caídos, fazem desmanches de magias e atuam na proteção.


MANIFESTAÇÃO NOS TERREIROS:

Os Guias se manifestam nos médiuns para trazer as suas mensagens e orientações. A influência desses guias sobre as pessoas é de caráter positivo, proporcionando auxílio  na cura emocional, espiritual e física, auxílio em decisões, proteção e orientações para seguir um caminho de crescimento espiritual. É importante ressaltar que o respeito aos Guias e o preparo do médium  para recebê-los são fundamentais para se estabelecer uma sintonia harmoniosa e segura, com comunicação autêntica.


O TRABALHO DOS GUIAS:

1. Caboclos: Trabalham com a força da natureza, da cura e da proteção espiritual. Podem oferecer orientação em assuntos relacionados à saúde, problemas emocionais e desafios na vida.


2. Pretos Velhos: Trabalham com a sabedoria, a paciência e o amor incondicional. Oferecem auxílio emocional, conselhos e orientação para superar dificuldades e questões familiares.


3. Ibejis: São guias infantis e brincalhões, atuam com alegria, auxiliando em questões relacionadas ao sofrimento emocional.


4. Marinheiros: Trabalham com a energia do mar e das jornadas. Podem auxiliar em questões relacionadas a viagens, superação de desafios e desenvolvimento pessoal.


5. Boiadeiros: Representam a energia do campo e do trabalho árduo. Auxiliam em questões ligadas à força, coragem e proteção em diversos aspectos da vida.


6. Povo Cigano: Trazem a energia da liberdade, intuição e espiritualidade. Podem auxiliar em questões amorosas, desenvolvimento pessoal e aspectos ligados à vidência.


7. Povo do Oriente: Representam a sabedoria milenar do oriente. Atuam com conhecimentos espirituais específicos, auxiliando em questões espirituais e de autoconhecimento. Na Tenda de Umbanda Luz e Caridade - Tulca, é a linha de frente dos trabalhos de cura.


8. Mestres Juremeiros: Trabalham com a cura e a conexão com a natureza. Podem auxiliar em problemas de saúde, questões espirituais e o uso de ervas medicinais.


Os Guias trazem suas mensagens, orientações e energias para auxiliar as pessoas a enfrentarem os desafios da vida, promovendo o equilíbrio emocional e espiritual. 


Os Guias de esquerda da Umbanda são conhecidos como Exus e Pombagiras. Eles fazem parte de uma linha espiritual específica e são considerados guardiões, trabalhando tanto no lado espiritual quanto no lado material dentro do terreiro.


- Exus: São entidades espirituais que possuem uma energia mais enérgica e firme. São considerados guardiões das encruzilhadas e das portas do plano espiritual, sendo responsáveis por proteger o terreiro e seus frequentadores. No lado espiritual, os Exus atuam como mensageiros, intercedendo em assuntos materiais e espirituais, auxiliando na resolução de problemas, quebrando demandas negativas e afastando energias negativas. No lado material, eles podem ser evocados em rituais para trazer soluções, proteção e limpeza espiritual.


- Pombagiras: São entidades femininas, com uma energia sensual e sedutora. Elas trabalham junto aos Exus, mas possuem atribuições específicas relacionadas a questões amorosas, relacionamentos e assuntos emocionais. No lado espiritual, as Pombagiras podem auxiliar em questões amorosas, autoestima, e podem trabalhar na cura emocional de traumas e mágoas. 


É importante mencionar que, na Umbanda, a atuação dos Guias Espirituais sempre visa ao bem e à evolução dos seres humanos. Os Exus e Pombagiras, embora possuam uma energia mais intensa, trabalham com a lei do amor e da caridade, buscando ajudar e orientar aqueles que os procuram. O respeito, a humildade e a dedicação são fundamentais para estabelecer uma relação positiva com esses Guias e para que seu trabalho seja efetivo na busca pelo equilíbrio espiritual e emocional.


É importante ressaltar que ainda existem, infelizmente, pessoas despreparadas ou mal intencionadas dizendo que trabalham com Guias de Umbanda, mas na verdade são espíritos trevosos e maléficos. 


É essencial seguir as orientações dos Guias Espirituais com discernimento e responsabilidade, buscando sempre o bem-estar e o crescimento pessoal.


LINHAS E FALANGES 


Na Umbanda, as linhas e falanges são agrupamentos de entidades espirituais que atuam de forma conjunta, compartilhando características, propósitos e afinidades vibratórias. Essas entidades, conhecidas como Guias Espirituais, possuem diferentes origens e energias específicas, sendo organizadas em diferentes linhas e falanges para melhor atuarem nos trabalhos religiosos e na assistência aos seres humanos.


Cada linha de trabalho é liderada por um ou mais guias espirituais, que possuem afinidades vibratórias e objetivos comuns. Essas linhas são compostas por diferentes entidades espirituais, como caboclos, Pretos Velhos, crianças (Ibejis), Exus, Pombas Giras, entre outros. Cada linha tem suas características específicas e atua em diversas áreas, proporcionando auxílio espiritual, cura, orientação e proteção aos seres humanos.


As falanges, por sua vez, são subgrupos dentro das linhas, compostos por guias espirituais que compartilham energias e características mais específicas. Por exemplo, na linha de caboclos, existem as falanges Pena Branca, Flecheiro, Sete Flechas, entre outras. Cada falange possui suas próprias atribuições e forma de atuação.


Essas linhas e falanges na Umbanda são uma forma de organização e hierarquia espiritual, permitindo que os guias atuem de maneira mais efetiva e direcionada nas questões humanas e espirituais. É importante ressaltar que, independente da linha ou falange, todos os guias da Umbanda têm em comum o desejo de ajudar, curar e promover o crescimento espiritual das pessoas.

Por Mãe Ednay



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11/01/2024

Orixás




Na Umbanda, há uma grande diversidade de orixás cultuados, mas a quantidade exata pode variar de acordo com as linhas de trabalho de cada terreiro.

Cada orixá possui uma ligação específica com a natureza e influencia diferentes aspectos da vida humana, como proteção, equilíbrio emocional, prosperidade e saúde.

CARACTERÍSTICAS E INFLUÊNCIAS

1. Ogum: Considerado um guerreiro, Ogum é o senhor dos caminhos, das batalhas e das demandas. É ligado às energias masculinas e à força e coragem. Representado pela força e pelo ferro, associado à coragem e à determinação. Ele tem influência nas batalhas da vida, auxiliando na superação de obstáculos e na conquista de objetivos.

2. Oxóssi: Orixá das matas, das florestas e dos animais, Oxóssi é considerado o caçador e protetor da natureza, está relacionado à fertilidade, à fartura. Sua energia influencia a busca por equilíbrio, a conexão com a natureza e a abundância.

3. Xangô: Orixá da justiça e do trovão, Xangô é conhecido por sua sabedoria, objetividade, força e equilíbrio. Ele é o senhor da pedreira e da justiça divina, é relacionado ao fogo, ao trovão e à pedreira. Ele é responsável pela harmonia e pela imparcialidade. Sua energia influencia na busca por sabedoria, justiça e no equilíbrio das emoções.

4. Iansã: Orixá dos ventos, das tempestades e dos raios, é uma orixá guerreira, que representa a força e a coragem, ligada às transformações e ao movimento. Sua energia estimula a determinação e a capacidade de se adaptar às mudanças.

5. Iemanjá: Orixá das águas, é considerada a mãe de todos os orixás. Protetora das famílias, dos pescadores e dos navegantes, é representada pela imensidão dos mares e oceano. Sua energia influencia na proteção, na maternidade, na família e na intuição.

6. Oxum: Orixá das águas doces, é associada à fertilidade, à maternidade, à riqueza e à beleza. Representa a água dos rios, a doçura e o amor. Sua energia está relacionada à busca pelo autoamor, ao equilíbrio emocional e à prosperidade.

7. Oxalá: Orixá supremo, Oxalá é o pai de todos os orixás. Ele é associado à paz, à união, à sabedoria e à verdade. É conhecido por sua energia calma e tranquilizadora. Ele está presente em todas as coisas e possui influência em todas as áreas da vida. Sua energia estimula a serenidade, a harmonia, a espiritualidade e o autoconhecimento.

8. Omulu, também conhecido como Obaluaiê, é um Orixá frequentemente associado à cura, à saúde, à renovação e purificação.

SINCRETISMO RELIGIOSO 

O sincretismo religioso é uma prática que ocorre quando elementos de diferentes tradições religiosas são combinados ou identificados uns com os outros. No contexto das religiões afro-brasileiras, é comum encontrar sincretismo entre orixás e santos católicos:

1. Iansã: Sincretizada com Santa Bárbara.

2. Omulu (Obaluaiê): Sincretizado com São Lázaro ou São Roque.

3. Xangô: Sincretizado com São Jerônimo ou São João.

4. Ogum: Sincretizado com São Jorge.

5. Oxum: Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora do Carmo.

6. Iemanjá: Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora da Glória.

7. Oxóssi: Sincretizado com São Sebastião.

8. Oxalá: Sincretizado com Jesus Cristo.

Essas correspondências variam em diferentes regiões e tradições das religiões afro-brasileiras, refletindo a adaptação das práticas religiosas africanas às condições e contextos locais no Brasil.

CORES, SAUDAÇÕES, DIAS DA SEMANA E DATAS COMEMORATIVAS DOS ORIXÁS 

As cores associadas aos Orixás podem variar um pouco de acordo com a tradição específica da religião afro-brasileira e também nas tradições africanas originais. Aqui estão algumas associações de cores, saudações  e dias de alguns Orixás:

1. Oxalá: Branco é a cor associada a Oxalá, representando pureza e paz. Saudação Epa babá! Dia: domingo. Data: 25 de dezembro.

2. Iemanjá: Azul claro é associada a Iemanjá, representando o mar. Saudação Odoyá. Dia: segunda-feira. Data: 08 de dezembro.

3. Oxum: Azul escuro é associada a Oxum, simbolizando o encontro do rio com o mar. Saudação Oraieiêo! Dia: sexta-feira. Data: 16 de julho.

4. Xangô: Marrom é associada a Xangô, representando a Terra. Saudação: Kawô Kabiecilê. Dia: quinta-feira. Data: 24 de junho.

5. Ogum: Vermelho é a cor associada a Ogum, simbolizando energia, coragem e guerra. Saudação: Ogunhê! Dia terça-feira. Data: 23 de abril.

6. Oxóssi: Verde é associada a Oxóssi, representando as matas. Saudação: Okê Arô. Dia: quinta-feira. Data: 20 de janeiro.

7. Iansã: Amarelo dourado, que simboliza poder e transformação, refletindo a personalidade altiva e tempestuosa.  Saudação: Epahey! Dia: quarta-feira. Data: 04 de dezembro.

8. Omulu/Obaluaiê: Preto e branco, simbolizando vida e morte, sendo morte relativo à transformação. Saudação: atotô! Dia: sábado. Data: 16 de agosto.

Lembre-se de que essas associações podem variar e são influenciadas pelas diferentes tradições dentro das religiões afro-brasileiras.

Mãe Ednay
Dirigente da Tulca 




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