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Quem Procura Caridade, Esquece de Fazer Caridade

Publicado em 02/05/2013

Quem Procura Caridade, Esquece de Fazer Caridade


Acredito que seja um fato que ocorre na maioria dos terreiros, de se fazer a "campanha do quilo", no intuito de ajudar a alguma instituição ou comunidade, pedindo a assistência e aos médiuns que contribuam com um quilo de alimento não perecível.

Não é nada de mais, até porque, não se cobra a caridade prestada pelas entidades, e ainda tem casas que oferecem um café quentinho e até um lanche aos assistidos.

O que é estranho é o fato de, mesmo pedindo, muitos assistidos não ajudam e até médiuns, e olha que tem gente que vem toda semana: seja para tomar um passe, seja para conversar com um guia, seja para fazer um descarrego..., mas não se dá ao trabalho de lembrar em retribuir a caridade que lhe é prestada, para àqueles que mais necessitam.

Não digo que muitos fazem por maldade ou indiferença. Uma parte faz porque esquece ou está tão ligada aos seus problemas, que não tem olhos nem ouvidos para para escutar sobre as campanhas ou ler os avisos de "Traga um quilo de alimento para nossa campanha".

É interessante que muitos recebem a caridade dentro de uma casa de Umbanda, seja ela de que ramificação for, mas poucos entendem o princípio de dar e receber, de ajudar a quem precisa, do que realmente significa ser caridoso.

Só que, se a casa começa a cobrar, seja que valor for, para reverter em cestas básicas ou em outras coisas para ajudar no serviço assistencial que têm, as mesmas pessoas que não contribuem, não participam, mas que recebem a caridade feita pela casa, são as primeiras a reclamar e dizer: "mas casa de Umbanda não cobra $ nada!"; outros acabam dando uma desculpa quando são confrontados quando, em sua frente, vê um ou outro oferecendo um quilo de alimento.

É muito estranho, mas ainda falta muito para nos identificarmos como um conjunto religioso com uma identidade que vislumbra o respeito ao outro, a caridade, a solidariedade, o bem sem olhar a quem ...

Espero que um dia isso aconteça, mas sei que não estarei mais por aqui (reclamando desse lado ruim da Umbanda e fomentando as suas partes boas).

Pai Etiene Sales



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